1990–1999
Enfrentar Provações com Otimismo

Abril 1996


Enfrentar Provações com Otimismo

Aprendi que poderia decidir ser positiva e otimista com respeito às muitas coisas boas de minha vida.

Creio em apoiar nosso profeta vivo, o Presidente Gordon B. Hinckley, ouvindo seus conselhos e seguindo-os.

Na conferência geral de outubro passado, ouvi o Presidente Hinckley falar sobre a emigração de milhares de santos europeus, que enfrentaram suas provações “com otimismo e entusiasmo”. (A Liahona, janeiro de 1996, p.78.) Ele aconselhou-nos a fazer o mesmo.

Foi um conselho difícil para mim. Naquela época eu estava infeliz, frustrada e mergulhada em autocomiseração.

Durante meses eu havia treinado para tornar-me membro da equipe principal de vôlei da minha escola. Eu corri, levantei pesos e fiz exercícios intermináveis. Dediquei muito de meu tempo. O trabalho compensou. Consegui entrar na equipe. Meu sonho tornara-se realidade, ou assim eu esperava.

Então, o sonho começou a perder o brilho. Outras jogadoras eram melhores que eu. Muitas vezes esquentei o banco, torcendo por minhas companheiras, desejando jogar mais vezes, tentando enfrentar minha decepção.

A vida não estava sendo justa. Minha atitude afetou o relacionamento que tinha com as outras moças da equipe. E afetou também o modo como me sentia a respeito de mim mesma.

Por que o Pai Celestial permitira que eu treinasse tão duramente e chegasse tão longe, para terminar tão desapontada? Finalmente, depois de ponderar minhas opções e orar por orientação, decidi deixar a equipe. Precisava voltar aos estudos e à vida, longe do voleibol.

Não conseguia, contudo, esquecer minha decepção e meu ressentimento. Aí, chegou a conferência geral. É uma época do ano que adoro, porque o Espírito permeia nosso lar. A conferência pode ser ouvida em todos os cômodos da casa.

O discurso do Presidente Hinckley deu-me o conselho de que eu precisava analisar com clareza minha situação. Com um “imenso espírito de otimismo” e entusiasmo, (A Liahona, janeiro de 1996, p.78), consegui decidir esquecer minha experiência com o voleibol. Consegui decidir ser positiva e otimista com respeito às muitas coisas boas de minha vida: meus amigos, meus estudos, minha família. Consegui jogar voleibol por diversão e não por competição. De repente, o dilema que parecia tão esmagador começou a desvanecer-se. Passei a sentir-me melhor com relação a mim mesma. Passei a ler mais as escrituras, a orar mais e a gostar mais das pessoas. Senti o Espírito retornar a minha vida.

Sou grata por um profeta vivo que me ensinou a desvencilhar-me da pena de mim mesma. Ele citou Alma 26:35, que nos ensina que “desde o começo do mundo”, jamais houve um povo “que tivesse tão grandes razões para regozijar-se, como nós”. Entendo agora que tenho tanto por que ser grata, tantas razões para me regozijar! Em nome de Jesus Cristo. Amém.