2013
Testemunho por Meio do Seminário
Agosto de 2013


Testemunho por Meio do Seminário

A autora mora em São Paulo, Brasil

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Minha mãe me ensinou o evangelho quando eu era jovem, mas como meu pai não era membro da Igreja, sempre me questionava se estava mesmo no caminho correto. Não entendia por que meu pai não se filiava à Igreja se ela era realmente verdadeira. Ainda assim, adorava ir à Primária e cantar hinos. Também gostava quando minha mãe lia as escrituras para mim e pouco a pouco comecei a desenvolver meu próprio testemunho.

Quando entrei para as Moças, uma das primeiras metas que fiz foi a de compartilhar meu testemunho a cada domingo de jejum. Tornou-se um hábito prestar testemunho e meu desejo de adquirir conhecimento aumentou quando pude me matricular no seminário.

Meu primeiro curso do seminário abordava o Velho Testamento. Naquele ano, não só passei a apreciar e valorizar bem mais o Velho Testamento, mas também aprendi a importância dos templos e da genealogia.

Juntamente com outros alunos de minha ala me envolvi no trabalho de história da família. Extraímos centenas de nomes e desenvolvemos um amor enorme por pessoas sobre as quais não sabíamos quase nada, exceto seu nome e umas poucas informações. Mesmo que eu soubesse que o trabalho que estávamos fazendo era importante, às vezes me sentia desanimada e frustrada. Estava trabalhando para permitir que fossem feitas ordenanças por pessoas que eu não conhecia, mas não conseguia tocar o coração de meu próprio pai. Ele não entendia a importância do que eu estava fazendo. Continuei orando e jejuando para que o coração dele fosse tocado.

No ano seguinte, no seminário, estudamos o Novo Testamento. Certa manhã, depois de acordar, comecei a ler sobre o Salvador no Getsêmani. Lágrimas rolaram de meus olhos quando me dei conta de que as gotas de sangue que Ele derramou foram por mim. Como eu queria nunca ter pecado! As palavras de Isaías que eu havia estudado no ano anterior me vieram à mente: “Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele” (Isaías 53:5). Quando eu lia sobre a Crucificação e a Ressurreição, minha mãe entrou em meu quarto. Compartilhei com ela meus sentimentos, meu testemunho e meu desejo de que meu pai soubesse o que eu tinha aprendido no seminário.

Meu testemunho continuou a crescer no ano seguinte, quando lemos Doutrina e Convênios. Obtive um testemunho de que Joseph Smith foi um profeta. Também segui o exemplo dele decidindo perguntar a Deus se a Igreja era verdadeira. Embora já tivesse uma convicção no coração, certa tarde, vi-me sozinha e orei sinceramente. Ao fazê-lo, dei-me conta de que o testemunho que eu estava pedindo havia sido desenvolvido enquanto eu estudava as escrituras e frequentava o seminário.

O Senhor abriu-me a mente e o coração naquele ano, e compreendi Doutrina e Convênios como nunca havia compreendido antes. Também aprendi o grande valor das almas (ver D&C 18:10–16) e comecei a compartilhar meu testemunho crescente com aqueles que nada conheciam sobre o evangelho, inclusive meu pai.

Eu sabia que o estudo do Livro de Mórmon em meu último ano de seminário ia fortalecer também meu testemunho. Ao estudar com dedicação, senti o amor do Pai Celestial por mim. As histórias me inspiraram a tal ponto que tudo que eu queria fazer era ler o Livro de Mórmon. Comecei a levar o Livro de Mórmon para a escola e a lê-lo em meu tempo livre. Também comecei a trocar ideias com meu pai sobre o que eu estava lendo.

Um dia, depois de uma longa conversa com meu pai sobre o evangelho, desafiei-o a ler o Livro de Mórmon inteiro. Testemunhei que, como eu, ele poderia receber um testemunho.

Estou feliz em dizer que meu pai leu o Livro de Mórmon. Quando o fez, soube que a Igreja era verdadeira e foi por fim batizado! Minha família agora se prepara para ser selada no templo. Sei que o seminário e a leitura das escrituras me ajudaram a desenvolver meu próprio testemunho e sei que essas coisas abençoam as famílias.