2013
Mais Que um Mero Coadjuvante
Dezembro de 2013


Mais Que um Mero Coadjuvante

Você acha que é um mero coadjuvante no ensino familiar? Pense bem.

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Young man with shovel.

“Sei ser amigo além de mestre familiar. Adoro ver o que posso fazer para ajudar os outros.”

Ilustrações: Sal Velluto

Você já deve ter visto a cena em filmes ou romances inúmeras vezes. Há um problema enorme e assustador que paira como uma nuvem negra no horizonte. O desastre parece inevitável. Em seguida surge o herói que, contra tudo e contra todos, salva o dia.

Esses heróis muitas vezes vêm acompanhados por um ajudante. Esse personagem costuma ter algumas habilidades básicas, mas sua principal função é jogar uma arma para o herói quando começam a surgir vilões aos montes.

Como companheiro júnior no ensino familiar, você pode ser tentado a considerar-se uma espécie de coadjuvante na dupla. Afinal, seu companheiro adulto tem mais idade e experiência do que você. Assim, cabe a ele salvar o dia, certo?

Não é bem assim.

No tocante ao ensino familiar, não há um super-herói (o companheiro sênior) e seu ajudante (você) — há simplesmente dois super-heróis que podem verdadeiramente mudar o mundo juntos.

A despeito de quem você seja e de quais forem suas circunstâncias, você pessoalmente tem condições de fazer uma grande diferença na vida das pessoas a quem visita.

Não Há Maior Chamado

O Presidente Ezra Taft Benson (1899–1994) afirmou: “Não há maior chamado na Igreja do que o de mestre familiar”.1

Os mestres familiares fazem muito mais do que deixar uma mensagem espiritual. Eles ajudam cada família a saber que tem amigos aos quais podem recorrer.

O Presidente Thomas S. Monson afirmou: “Um amigo faz mais do que uma visita obrigatória por mês. (…) O amigo preocupa-se com o outro. O amigo ama, escuta e faz de tudo para ajudar”.2

Naturalmente, grandes amizades podem surgir em qualquer idade.

Servir Como Amigo

Sean C., de 16 anos, do sul de Utah, EUA, sabe ser amigo e também mestre familiar. Sean tem uma ampla gama de interesses, entre eles competir em rodeios, lutar, cuidar de gado e consertar carros. Também adora cultivar amizades com as pessoas a quem visita como mestre familiar.

“Adoro conversar com as pessoas e ver o que posso fazer para ajudá-las”, diz Sean.

Seu companheiro de ensino familiar é o bispo da ala. Num dos lares que eles visitam, a esposa é membro da Igreja e o marido não. Sean simpatizou com o marido, Floyd, logo na primeira visita. Quando Floyd começou a falar de seu jipe, Sean se empolgou. “Descobrimos afinidades instantâneas”, conta Sean.

No ano em que Sean e o bispo visitaram Floyd e a esposa, Sean fortaleceu essa amizade — chegou até a ajudar Floyd a consertar motores em algumas ocasiões.

Uma das escrituras favoritas de Sean diz respeito ao serviço: “Quando estais a serviço de vosso próximo, estais somente a serviço de vosso Deus” (Mosias 2:17).

Sean explica: “Todos nós devemos estar sempre à procura de maneiras de servir”.

Seus Dons Espirituais

Todos nós temos dons e talentos espirituais. Além disso, temos interesses e hobbies únicos. Cada um de nós tem algo especial para oferecer que ninguém mais pode fazer do mesmo jeito.

“Toda pessoa é diferente e tem uma contribuição diferente a fazer”, ensina o Presidente Henry B. Eyring, Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência. “Ninguém está destinado a fracassar.”3 O ensino familiar pode ser uma oportunidade para você usar esses dons em benefício alheio.

Quando, por exemplo, for sua vez de deixar uma mensagem espiritual, ore antes para saber o que dizer a fim de ajudar melhor as pessoas que visitar.

Pode ser que você já tenha vivido uma experiência pessoal com determinado assunto que poderá contar à família. Deixe sua luz brilhar! Ensine o que sabe.

Você também pode encontrar formas criativas e significativas de servir às famílias visitadas. Suponha, por exemplo, que alguém numa de suas famílias designadas queira aprender a tocar violão. Por coincidência, você já toca há vários anos. Nessa situação, dar dicas musicais de vez em quando pode ser tão útil quanto tirar o excesso de neve da entrada da casa ou podar as árvores do quintal da família.

No ensino familiar, seu companheiro sênior pode de fato ser um gigante espiritual. Mas não se iluda: você é um filho de Deus e tem responsabilidades iguais como mestre familiar.

Você sempre poderá dar uma excelente contribuição.

Notas

  1. Ezra Taft Benson, “To the Home Teachers of the Church”, Ensign, maio de 1987, p. 50.

  2. Thomas S. Monson, “Home Teaching—a Divine Service”, Ensign, novembro de 1997, p. 47.

  3. Henry B. Eyring, “Ajudá-los a Estabelecer Metas Elevadas”, A Liahona, novembro de 2012, p. 60.

  4. Linda K. Burton, “Primeiro Observar, Depois Servir”, A Liahona, novembro de 2012, p. 78.