Abóboras ou Melões?

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illustration of a pumpkin on a vine

Ilustração: Carolyn Vibbert

Meu pai ficou muito surpreso ao descobrir que as sementes de abóbora que havia plantado no ano passado brotaram no meio do canteiro de melões no verão deste ano. Os melões estavam crescendo muito bem — mas as abóboras também. Tanto, na verdade, que meu pai ficou tentado a deixar que as aboboreiras continuassem a crescer. Mas ele sabia que, se o fizesse, as abóboras iam prejudicar o crescimento dos melões.

Ele tinha uma escolha a fazer. Podia arrancar as abóboras para que os melões tivessem mais chance de crescer ou deixar que as aboboreiras crescessem e ocupassem o espaço dos melões, fazendo com que ambos produzissem frutos inferiores. Abóboras ou melões? Essa era uma escolha entre duas opções boas.

Ao pesar as duas, meu pai decidiu arrancar as florescentes aboboreiras. Elas não apenas estavam brotando tarde, mas ele decidiu que queria os melões planejados mais do que as abóboras inesperadas.

Essa experiência me fez pensar nas escolhas que fazemos, especialmente em nosso relacionamento com as outras pessoas. Seja em relação a nossa família, nossos amigos, nosso patrão ou à pessoa com quem saímos ou com quem vamos nos casar, quando temos que escolher entre duas coisas boas, às vezes, é difícil reconhecer a opção certa, ou melhor, especialmente quando não queremos fazer escolhas erradas. O medo de fazer uma escolha errada muitas vezes nos paralisa, e esse temor pode inibir-nos de prosseguir com fé. Mas a verdade é que às vezes não há uma escolha errada. Há simplesmente uma escolha. No caso de meu pai, ele baseou sua decisão no que valorizava mais. Ele detestou ver as abóboras morrerem, mas sabia que lamentaria o dano que causariam aos melões mais tarde.

Na vida, algumas escolhas com que nos deparamos não importam, tais como: O que devo comer no desjejum? Que cor de vestido devo usar hoje? Ao nos depararmos com uma escolha entre duas coisas boas, podemos fazer como meu pai fez e simplesmente perguntar: “O que valorizo mais?” Depois tomar uma decisão e prosseguir com fé, confiando que o Senhor vai nos corrigir se por acaso estivermos errados.

Mas as escolhas importam muito. O Presidente Thomas S. Monson disse certa vez: “Temos constantemente de tomar decisões. Para fazê-lo com sabedoria, precisamos de coragem — a coragem de dizer ‘não’ e a coragem de dizer ‘sim’. As decisões determinam, de fato, o destino” (“Os Três Rs da Escolha”, A Liahona, novembro de 2010, p. 68). Ao nos depararmos com esses tipos de escolhas, uma pergunta melhor a fazer seria: “O que o Senhor valoriza mais?” Se soubermos a resposta dessa pergunta, tudo o que precisamos fazer é alinhar nossos valores com os Dele e prosseguir com essa escolha. Ela sempre será a certa.