Mensagem da Primeira Presidência
Reservar um Tempo para o Salvador
Presidente Thomas S. Monson
Ilustração fotográfica: David Stoker
Estamos novamente perto do Natal e com ele o início de um novo ano. Parece que foi ontem mesmo que comemorávamos o nascimento do Salvador e tomávamos decisões para o ano novo.
Como uma das metas deste ano, será que resolvemos reservar um tempo de nossa vida e um espaço em nosso coração para o Salvador? Não importa o quanto tenhamos sido bem-sucedidos até agora em realizar essa meta, tenho certeza de que todos desejamos melhorar. Esta época de Natal é o momento perfeito para analisar e renovar nossos esforços.
Em nossa vida atarefada, com tantas outras coisas competindo por nossa atenção, é fundamental fazermos um esforço consciente e comprometido de trazer Cristo para nossa vida e para nosso lar. É essencial para nós, tal como os magos do Oriente, mantermos fixa a atenção em Sua estrela e irmos “adorá-lo”.1
Ao longo de todas as gerações do tempo, a mensagem de Jesus foi sempre a mesma. Para Pedro e André, nas praias da Galileia, Ele disse: “Segui-me”.2 Para Felipe foi feito o chamado: “Segue-me”.3 Ao levita que estava sentado na recebedoria foi dada a instrução: “Segue-me”.4 E para você e eu, se simplesmente escutarmos, será feito o mesmo convite: “Segui-me”.5
Ao seguirmos Seus passos hoje e ao imitarmos Seu exemplo, teremos oportunidades para abençoar a vida de outras pessoas. Jesus nos convida a doar-nos: “Eis que o Senhor requer o coração e uma mente solícita”.6
Há alguém para quem vocês devam prestar serviço neste Natal? Há alguém que espera sua visita?
Há vários anos, fiz uma visita de Natal para uma viúva idosa. Enquanto eu estava ali, a campainha tocou. Era um médico muito atarefado e renomado. Ele não tinha sido chamado, mas sentira-se inspirado a visitar uma paciente que estava solitária.
Nesta época do ano, o coração daqueles que estão confinados anseia por uma visita de Natal. Em um Natal, ao visitar uma casa de repouso, sentei-me para conversar com cinco senhoras idosas, das quais a mais velha tinha 101 anos de idade. Ela estava cega, porém reconheceu minha voz.
“Bispo, você veio um pouco tarde, este ano!” disse ela “Achei que não viria mais.”
Passamos momentos maravilhosos juntos. Uma paciente, porém, olhava com anseio pela janela e repetia várias vezes: “Sei que meu filho virá visitar-me hoje”. Fiquei me perguntando se ele viria mesmo, porque houve outros Natais nos quais ele nem sequer lhe telefonou.
Ainda temos tempo neste ano para estender ao próximo a mão prestativa, um coração amoroso e um espírito solícito — em outras palavras, para seguir o exemplo deixado por nosso Salvador e servir como Ele gostaria que fizéssemos. Ao servi-Lo, não deixaremos escapar nossa oportunidade, como fez o dono da estalagem nos tempos antigos,7 de reservar para Ele tempo em nossa vida e um lugar no coração.
Será que compreendemos a magnífica promessa contida na mensagem do anjo aos pastores que estavam no campo? “Eis aqui vos trago novas de grande alegria (…). Pois (…) vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”?8
Ao trocarmos presentes de Natal, lembremos, valorizemos e recebamos a maior de todas as dádivas: a dádiva de nosso Salvador e Redentor para que tenhamos vida eterna.
“Pois de que vale a um homem ser-lhe conferida uma dádiva e não a receber? Eis que ele não se regozija no que lhe foi dado nem se regozija naquele que faz a doação.”9
Oro para que O sigamos, sirvamos e honremos, e para que recebamos em nossa vida as dádivas que Ele nos deixou, para podermos dizer, tal como o patriarca Leí, que fomos envolvidos eternamente nos braços de Seu amor.10