Salvos da lama
Élder Adilson de Paula Parrella
Dos setenta
“O amor do Salvador eu quero ir repartindo” (Músicas para Crianças, p. 42).
Minha família morava em São Paulo, Brasil. Do outro lado da nossa rua, havia um manguezal. Nos manguezais há rios no meio das árvores. O solo é bastante lamacento.
Muitas pessoas construíam casas naquele terreno alagadiço. Elas colocavam troncos enormes na lama. Depois construíam a casa em cima deles. Mas, quando chovia, o rio transbordava. A água entrava nas casas. Assim, as pessoas não tinham onde dormir à noite.
Quando isso acontecia, meu pai costumava convidar todos para nossa casa. Às vezes, havia até 15 pessoas! Ele as trazia para nossa sala de estar e lhes dava cobertores. Minha mãe fazia algo para comerem. Então elas dormiam em nossa casa até o dia seguinte.
Isso ocorreu pelo menos três ou quatro vezes. Lembro-me de pensar: “Poucas pessoas aceitariam estranhos em casa”. Meu pai estava deixando pessoas que mal conhecíamos dormir em nossa casa! Mas depois pensei: “Elas não têm para onde ir”.
Meus pais sempre faziam coisas para ajudar as pessoas. Mas o serviço deles era mais do que apenas ajudar e doar. Era demonstrar amor ao próximo mesmo quando se tratava de alguém que não conhecíamos bem.
Devemos estender a mão aos necessitados. Devemos ajudá-los com tudo o que pudermos. Não devemos nos limitar em nossas ações para ajudar as pessoas. Podemos dar abrigo e recursos. Podemos doar de nosso tempo. Podemos compartilhar nosso conhecimento sobre o Pai Celestial e Jesus Cristo, principalmente nesta época de Natal.