2019
“Porque Não Me Envergonho do Evangelho de Cristo”
Janeiro de 2019


MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DA ÁREA

“Porque Não Me Envergonho do Evangelho de Cristo”

“Todos nós somos convidados a servir, amar e ministrar compartilhando o evangelho — e devemos corajosamente corrigir e esclarecer os mal-entendidos sobre o evangelho restaurado e a Igreja.”

Em nosso Plano de Área, todos recebemos a responsabilidade de amar, servir e ministrar uns aos outros, compartilhando o evangelho com outras pessoas que não são da nossa fé.

Engajar-­se em conversas com pessoas sobre o evangelho restaurado — e dar referências a missionários — são maneiras muito evidentes das quais podemos e devemos fazer o trabalho missionário. No entanto, espera-se que compartilhemos o evangelho fornecendo esclarecimentos àqueles que entendem mal, corrigi-los com amor, informações falsas daqueles que estão mal informados e até mesmo defender a Igreja quando é atacada por aqueles que nos causam danos. Nas palavras de Alma em Mosias 18:9, temos que “servir de testemunhas de Deus em todos os momentos e em todas as coisas e em todos os lugares.”

Porque Não Me Envergonho

Muitos anos atrás, um dos meus melhores amigos estava em sua primeira aula na faculdade de Direito. A professora era uma intelectual de renome a quem os estudantes estavam a prestar muita atenção. Durante essa palestra, ela começou a expor seus pontos de vista sobre a religião — retratando-a negativamente. A certa altura, chegou a inferir que os “missionários mórmons” que veem-se nas ruas eram na verdade agentes de um governo estrangeiro disfarçados de representantes religiosos. Naquele momento, meu amigo interrompeu a palestra levantando a mão e dizendo: “Professora, eu fui um desses “agentes” em Portugal, por dois anos.” Ele notou que ela estava intrigada e confusa. Então, ele pediu permissão para explicar, foi para o quadro e começou a “compartilhar o evangelho” com todos os presentes naquela sala de aula.

Ele explicou sobre a evidência da existência do Pai Celestial, a criação de nossos espíritos, os planos apresentados a nós para vir a essa terra, sobre as dispensações, começando de Adão até Jesus Cristo, e como Sua igreja terminou em apostasia. Meu amigo ensinou sobre a restauração através do Profeta Joseph Smith e prestou o seu testemunho — e então o tempo de aula terminou. Como resultado de sua abordagem, naquele dia, ele recebeu um pedido de desculpas da professora e ganhou o respeito de todos os seus colegas da turma. Na verdade, ele foi escolhido para atuar como representante de classe no governo do corpo estudantil e mais tarde foi nomeado para ser o orador principal em sua graduação, alguns anos depois.

A sua coragem de esclarecer e corrigir informações falsas — e depois prestar o seu testemunho — exemplifica o que o apóstolo Paulo estava a ensinar aos Romanos quando disse: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo” (Romanos 1:16). Quando também, agimos com audácia e corajosamente para defender a Igreja e nossas crenças, também estamos a compartilhar o evangelho de uma forma muito poderosa!

Compartilhar o Evangelho Corretamente nas Redes Sociais

Hoje em dia, uma das principais áreas em que nossa coragem de compartilhar o evangelho é necessária é quando usamos as plataformas das redes sociais. Proativamente, podemos — sem sermos enfadonhos ou farisaicos — compartilhar nossas crenças — de maneira simples, amorosa e com convicção. Podemos compartilhar nossos pensamentos sobre o Salvador em ocasiões especiais como o Natal e a Páscoa. Poderíamos postar ou twittar sobre a forma como os discursos da conferência geral influenciaram o nosso pensamento. Também podemos postar pequenos versículos do Livro de Mórmon e nossos sentimentos sobre eles. Tudo isso pode inspirar e atrair alguém para o evangelho restaurado de Jesus Cristo.

À medida que navegamos em nossos relacionamentos nas redes sociais, haverá momentos em que precisaremos defender os valores abrangidos pelo evangelho restaurado, como a santidade do casamento entre um homem e uma mulher, nossa posição sobre o aborto, a doutrina sobre gênero, e até mesmo a realidade da existência de um Pai Celestial e a missão de Seu Filho Jesus Cristo. Embora certamente não devamos nos engajar em debates em torno de nossas crenças, devemos — com amor — mas claramente — declarar a nossa posição como ensinado pelas escrituras e especialmente por meio de nossos profetas vivos. Posicionar-nos apropriadamente e espiritualmente na multidão das redes sociais é uma maneira muito eficaz de compartilhar o evangelho.

Conclusão

Todos nós somos convidados a servir, amar e ministrar compartilhando o evangelho. Podemos fazê-lo de maneira proativa, conversando com todos que ouvirem nossa mensagem, mas também corajosamente, corrigindo e esclarecendo os mal-entendidos sobre o evangelho restaurado e a Igreja. Ao fazermos isso, o Senhor nos direcionará àqueles “que só são impedidos da verdade porque não sabem onde encontrá-la” (Doutrina e Convênios 123:12).

O Élder Joni L. Koch foi apoiado como Setenta-Autoridade Geral em abril de 2017. É casado com Liliane Michele Ludwig; eles são pais de dois filhos.