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Capítulo 9: 2 Néfi 9–10


Capítulo 9

2 Néfi 9–10

Introdução

Todos conhecemos alguém que morreu. Felizmente, conhecer o plano do evangelho do Pai Celestial dá-nos paz em meio à profunda tristeza. No Livro de Mórmon, o profeta Jacó ensinou sobre as grandes bênçãos da Expiação ao descrever o que aconteceria com nosso corpo e espírito se não fosse por ela. Jacó testificou a grandeza de Deus, que preparou um meio para que fôssemos salvos. Ele falou da ternura com que o Salvador consola Israel, roga por ela e a redime. Aceitando e seguindo os mandamentos do Senhor, nós nos colocamos em condições de receber essas bênçãos prometidas. Pense no impacto que a Expiação tem em sua vida e nas bênçãos que ela lhe traz.

Comentários

2 Néfi 9:1–3. Alegrar-se para Sempre com a Expiação

  • O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que Cristo e a Expiação devem ser o centro de nossas alegrias:

    “O testemunho de Jacó era que o ‘Deus Poderoso’ sempre libertaria ‘o povo do convênio’ e, que esse Deus Poderoso é o que Ele mesmo declarou ser: o Senhor Jesus Cristo, o ‘Salvador e (…) Redentor, o Poderoso de Jacó’.

    Jacó expôs esses ensinamentos, principalmente os contidos nos escritos de Isaías, de forma que aqueles que o ouviam e os leitores futuros tivessem ‘conhecimento dos convênios que o Senhor fez com toda a casa de Israel’ e de forma a dar aos pais de todas as gerações motivos para ‘alegrarem-se’ e para ‘levantar a cabeça para sempre, por causa das bênçãos que o Senhor Deus concederia a Seus filhos’.

    O centro em torno do qual gira esse convênio e a razão dessa alegria é o sacrifício expiatório do ‘Deus Poderoso’ que é o Salvador e Redentor do mundo” (Christ and the New Covenant, 1997, pp. 66–67).

2 Néfi 9:5–6. A Expiação É Essencial no Plano de Misericórdia

  • A Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos declararam ao mundo que o Salvador e Sua influência sobre a humanidade têm um papel central:

    “Oferecemos nosso testemunho da realidade de Sua vida incomparável e o infinito poder de Seu grande sacrifício expiatório. Ninguém mais exerceu uma influência tão profunda sobre todos os que já viveram e ainda viverão sobre a face da Terra.

    Ele foi o Grande Jeová do Velho Testamento e o Messias do Novo Testamento. (…)

    Ele instituiu o sacramento como lembrança de Seu grande sacrifício expiatório. Foi preso e condenado sob falsas acusações, para satisfazer uma multidão enfurecida, e sentenciado a morrer na cruz do Calvário. Ele deu a vida para expiar os pecados de toda a humanidade. Seu sacrifício foi uma grandiosa dádiva vicária em favor de todos os que viveriam sobre a face da Terra.

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    A Crucificação

    Harry Anderson, © IRI

    Prestamos solene testemunho de que Sua vida, que é o ponto central de toda a história humana, não começou em Belém nem se encerrou no Calvário. Ele foi o Primogênito do Pai, o Filho Unigênito na carne, o Redentor do mundo” (“O Cristo Vivo: O Testemunho dos Apóstolos”, A Liahona, abril de 2000, pp. 2–3).

  • O Presidente James E. Faust (1920–2007), da Primeira Presidência, atestou o quanto é importante compreender o poder da Expiação:

    “Nossa salvação depende de acreditarmos na Expiação e a aceitarmos. Essa aceitação exige um esforço contínuo para que a compreendamos mais plenamente. A Expiação ajuda-nos a progredir no curso mortal do aprendizado, possibilitando-nos tornar perfeita a nossa natureza. (…)

    Sempre que aumentamos nosso entendimento de Seu sacrifício expiatório, nos aproximamos Dele. A Expiação significa literalmente tornar-nos ‘um’ com Ele. A natureza da Expiação e seus efeitos são tão infinitos, tão incomensuráveis e tão profundos que transcendem em muito o conhecimento e a compreensão do homem mortal. (…)

    Ansiamos pela bênção [suprema] da Expiação: tornar-nos um com Ele, estar em Sua divina presença, ser chamados individualmente pelo nome quando Ele calorosamente nos receber de volta ao lar com um sorriso radiante, abrindo-nos os braços para envolver-nos em Seu infinito amor. Quão glorioso e sublime será esse momento, se formos dignos de estar em Sua presença! A dádiva gratuita de Seu grande sacrifício expiatório dada a cada um de nós é a única maneira pela qual poderemos ser suficientemente exaltados para colocar-nos diante Dele e vê-Lo face a face. A maravilhosa mensagem da Expiação é o amor perfeito que o Salvador tem por todos nós. É um amor cheio de misericórdia, paciência, graça, equidade, longanimidade e, acima de tudo, perdão” (Conference Report, outubro de 2001, pp. 19, 22; ou “A Expiação: Nossa Maior Esperança”, A Liahona, janeiro de 2002, p. 19).

2 Néfi 9:7. A Expiação Infinita

  • O Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou vários aspectos, segundo os quais, a Expiação é infinita:

    “A Expiação [de Cristo] é infinita — não tem fim. Foi também infinita no sentido de que toda a humanidade seria salva da morte eterna. Foi infinita em termos de Seu imenso sofrimento. Foi infinita no tempo, pois colocou fim ao protótipo anterior do sacrifício animal. Foi infinita em escopo — era para ser realizada apenas uma vez em benefício de todos, e a misericórdia da Expiação é válida não apenas para um número infinito de pessoas, mas também a um número infinito de mundos criados por Ele. Foi infinita por qualquer escala humana de medida e ultrapassa a compreensão dos mortais.

    Jesus era o único capaz de realizar uma Expiação infinita, uma vez que nasceu de mãe mortal e de Pai imortal. Devido a essa condição singular de Seu nascimento, Jesus era um Ser infinito” (Conference Report, outubro de 1996, p. 46; ver também A Liahona, janeiro de 1997, p. 37).

2 Néfi 9:10. “Oh! Quão Grande É a Bondade de Nosso Deus”

  • O Presidente Gordon B. Hinckley (1910–2008) expressou gratidão pelo papel que o Salvador desempenhou na Expiação: “Agradeçamos a Deus a maravilha e majestade de Seu plano eterno. Agradeçamos e glorifiquemos Seu Filho Amado que, com sofrimento indescritível deu a vida na cruz do Calvário em resgate da dívida do pecado mortal. Foi Ele quem, através do sacrifício expiatório, quebrou as cadeias da morte e pelo poder divino saiu triunfante do túmulo. Ele é nosso Redentor, o Redentor de toda a humanidade. Ele é o Salvador do mundo, o Filho de Deus, o Autor da nossa salvação” [Conference Report, abril de 1985, p. 69; ou A Liahona, julho de 1985, p. 62 (tradução atualizada)].

2 Néfi 9:15–16. “Os Imundos Ainda Serão Imundos”

  • O Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, falou do juízo final e do estado de pureza que precisamos atingir:

    “Em muitas passagens da Bíblia e das escrituras modernas, lemos sobre um julgamento final em que todas as pessoas serão recompensadas de acordo com seus atos, obras ou desejos do coração. Mas outras escrituras ampliam essa ideia e afirmam que seremos julgados pela condição que tivermos alcançado.

    O profeta Néfi descreveu o juízo final com base no que nos tornamos: ‘E se suas obras tiverem sido imundas, eles serão imundos; e se forem imundos, não poderão habitar o reino de Deus’ (1 Néfi 15:33; grifo do autor). Morôni declarou: ‘Aquele que é imundo ainda será imundo; e aquele que é justo ainda será justo’ (Mórmon 9:14; grifo do autor; ver também Apocalipse 22:11–12; 2 Néfi 9:16; Alma 41:13; D&C 88:35). O mesmo se aplicaria a ‘egoísta’ ou ‘desobediente’ ou qualquer outra característica pessoal que não esteja em harmonia com as leis de Deus. Ao referir-se ao ‘estado’ dos iníquos no juízo final, Alma explicou que se formos condenados por nossas palavras, obras e pensamentos, ‘não seremos considerados sem mancha (…) e nesse terrível estado não nos atreveremos a olhar para o nosso Deus’ (Alma 12:14)” (Conference Report, outubro de 2000, p. 41; ver também “O Desejo de Tornar-se”, A Liahona, janeiro de 2001, p. 40).

  • O Presidente Gordon B. Hinckley usou o exemplo da pornografia para ensinar esse mesmo princípio ao dizer: “Todos os que estão nas garras desse vício, ajoelhem-se na privacidade de seu quarto e supliquem a ajuda do Senhor para livrá-los desse monstro maligno. Caso contrário, essa mancha imunda continuará com vocês nesta vida e até mesmo na eternidade. Jacó, o irmão de Néfi, ensinou: ‘E acontecerá que quando todos os homens tiverem passado desta primeira morte para a vida, tornando-se imortais (…) os justos ainda serão justos e os imundos ainda serão imundos’ (2 Néfi 9:15–16)” (Conference Report, outubro de 2004, p. 66; ou “Um Mal Trágico entre Nós”, A Liahona, novembro de 2004, p. 59).

2 Néfi 9:18. Suportar as Cruzes do Mundo

  • O Élder Neal A. Maxwell (1926–2004), do Quórum dos Doze Apóstolos, mencionou um possível significado para a palavra cruzes: “Quais são as ‘cruzes do mundo’? Não é possível ter certeza, mas a imagem é sugestiva de uma cruz que suportamos por imposição do mundo, como aconteceu com Jesus. Talvez haja acusadores e espectadores contra nós, e o membro da Igreja se veja isolado (talvez até oprimido), mas ele não hesita diante das acusações e da zombaria daqueles que querem envergonhá-lo, pois não há motivo real para envergonhar-se” (Wherefore, Ye Must Press Forward, 1977, p. 110).

2 Néfi 9:20. Deus Conhece Todas as Coisas

  • O livro Lectures on Faith ensina por que a onisciência de Deus é necessária: “Sem o conhecimento de todas as coisas, Deus não poderia salvar nenhuma de Suas criaturas; pois é Seu conhecimento de todas as coisas, do início ao fim, que Lhe permite proporcionar essa compreensão a Suas criaturas por meio da qual elas são partícipes da vida eterna; e se não fosse pela ideia existente na mente dos homens de que Deus possui todo o conhecimento, ser-lhes-ia impossível exercer fé Nele” (Lectures on Faith, 1985, pp. 51–52).

  • O Élder Neal A. Maxwell explicou que é preciso que Deus saiba todas as coisas para realizar Sua obra de levar a efeito nossa imortalidade e vida eterna:

    “O que aqueles que tentam limitar a onisciência de Deus não entendem é que Ele não precisa evitar o tédio por meio do aprendizado de coisas novas. Como o amor de Deus é perfeito, na verdade Ele Se deleita com ‘um círculo eterno’, que para nós pareceria ser total rotina e repetição. A imensa e contínua alegria e glória de Deus vêm da multiplicação e do progresso de Suas criações, não de novas experiências intelectuais.

    Portanto, há uma grande diferença entre um Deus onisciente e a ideia errônea de que Deus é algum tipo de estudante de pós-doutorado, que continua a buscar mais verdades e dados vitais. Caso as coisas fossem assim, Deus poderia, a qualquer momento, descobrir alguma nova verdade que antes Lhe fosse desconhecida e que reestruturaria, diminuiria ou anularia certas verdades que Ele conhecia anteriormente. As profecias seriam meras previsões. Seria necessário revisar as premissas referentes a nossa redenção. Mas, felizmente para nós, Seu plano de Salvação está sempre em ação — não sempre em revisão (…)

    Em um sentido muito real, precisamos saber que Deus sabe tudo!” (All These Things Shall Give Thee Experience, 1979, pp. 14–15, 21).

2 Néfi 9:21–24. Todos Podem Ser Salvos

  • O Presidente Brigham Young (1801–1877) falou do quanto o Salvador Se empenha em salvar a humanidade: “Este é o plano de salvação. Jesus não dará por encerrada Sua obra, até que todos sejam levados a desfrutar um reino nas mansões de Seu Pai, onde existem muitos reinos e muitas glórias, segundo as obras e a fidelidade de todos os homens que já viveram sobre a face da Terra. Alguns obedecerão à lei celestial e receberão Sua glória, alguns habitarão o terrestre, outros o telestial (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young, p. 52).

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    Batismo na Nigéria

2 Néfi 9:25–26. Onde Não Há Lei, Não Há Castigo

  • O Élder James E. Talmage (1862–1933), do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou o papel que o conhecimento desempenha na responsabilidade: “De acordo com a definição técnica da palavra, pecar consiste em violar a lei e, nesse sentido restrito, é possível pecar sem perceber, é possível pecar por ignorância. Fica claro, porém, na doutrina da responsabilidade humana e da justiça infalível de Deus contida nas escrituras que, seja com referência a suas transgressões ou suas boas ações, o homem será julgado de acordo com sua capacidade de compreender e obedecer a lei. Para aquele que nunca conheceu uma lei maior, as exigências dessa lei não se aplicam plenamente. A expiação dos pecados cometidos por ignorância — ou seja, das leis violadas por falta de conhecimento — já foi feita por meio do sacrifício do Salvador; os pecadores que se enquadram nessa categoria não serão condenados, mas terão a oportunidade de aprender e aceitar ou rejeitar os princípios do Evangelho” [Regras de Fé, 12ª ed., 1924, p. 60 (tradução atualizada)].

  • O Presidente Boyd K. Packer, Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, esclareceu qual é a situação dos que não conhecem as leis de Deus:

    “O plano previa a situação daqueles que vivem na mortalidade sem conhecê-lo: ‘onde nenhuma lei é dada não há castigo; e onde não há castigo não há condenação; e onde não há condenação as misericórdias do Santo de Israel têm poder sobre eles, por causa da Expiação; porque são libertados pelo poder Dele’ (2 Néfi 9:25).

    Sem a obra sagrada de redenção dos mortos, o plano ficaria incompleto e seria muito injusto” [“The Play and the Plan” (Serão do SEI para os jovens adultos, 7 de maio de 1995), p. 4, www.LDSces.org].

  • O Élder Jeffrey R. Holland falou de algumas dessas pessoas que não conhecem a lei do evangelho: “A Expiação tem um amplo alcance e generosamente proporciona o necessário para as pessoas que morrem sem conhecer o evangelho ou sem ter a oportunidade de abraçá-lo, entre elas as crianças que ainda não alcançaram a idade da responsabilidade, os deficientes mentais, aqueles que nunca tiveram contato com o evangelho, e assim por diante” (Christ and the New Covenant, p. 215).

2 Néfi 9:28.
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domínio das escrituras
“Pensam Que São Sábios”

  • O Presidente Gordon B. Hinckley falou do problema que é confiar mais no intelecto do que na fé:

    “O intelecto não é a única fonte de conhecimento. Existe uma promessa, feita por inspiração do Altíssimo nestas belas palavras: ‘Deus vos dará conhecimento, por seu Santo Espírito, sim, pelo indescritível dom do Espírito Santo’ ( D&C 121:26).

    Os humanistas que nos criticam, os assim chamados ‘intelectuais’ que nos rebaixam, o fazem do alto da ignorância dessas manifestações. Eles não ouviram a voz do Espírito. Não a ouviram porque não a buscaram nem se prepararam para ser dignos de ouvi-la. Depois, supondo que o conhecimento vem apenas por meio do raciocínio e do intelecto, negam aquilo que vem pelo poder do Espírito Santo. (…)

    Não caiam nas armadilhas dos sofismas do mundo que, em sua maior parte, são negativos e raramente dão bons frutos (se é que dão). Não sejam apanhados pelos astuciosos cuja missão, traçada por eles mesmos, é aviltar o que é sagrado, salientar a fraqueza humana e minar a fé, em vez de inspirar e fortalecer” [“Be Not Afraid, Only Believe” (Serão do SEI para os jovens adultos, 9 de setembro de 2001), p. 4, www.LDSces.org].

2 Néfi 9:29.
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domínio das escrituras
“É Bom Ser Instruído”

  • O Presidente Gordon B. Hinckley falou das coisas boas que vêm de aprendermos o máximo possível: “Vocês têm grandes desafios à frente. Estão entrando num mundo extremamente competitivo. Devem procurar educar-se ao máximo. O Senhor instruiu-nos a respeito da importância dos estudos. Eles irão qualificá-los para melhores empregos e prepará-los para o grande mundo de oportunidades que vocês têm pela frente. Se puderem e quiserem entrar em uma faculdade, façam-no. Se não tiverem o desejo de entrar em uma faculdade, então procurem uma escola técnica para aprimorar suas habilidades e aumentar sua capacidade” (Conference Report, abril de 1997, p. 70; ou “Conversos e Rapazes”, A Liahona, julho de 1997, p. 53).

2 Néfi 9:34. “Ai do Mentiroso”

  • A escritura de 2 Néfi 9:34 e várias outras ensinam o quanto é grave o pecado da mentira (ver Provérbios 6:16–19; D&C 63:17–18; 76:98, 103). O Presidente James E. Faust (1920–2007) explicou o que significa dizer a verdade:

    “Cremos em ser honestos [Regras de Fé 1:13] (…).

    Todos nós precisamos saber o que significa ser honesto. A honestidade é mais do que não mentir. É contar a verdade, dizer a verdade, viver a verdade e amar a verdade. (…)

    A honestidade é uma bússola moral que nos guia na vida. (…)

    A honestidade é um princípio, e temos o arbítrio moral para determinarmos como aplicaremos esse princípio. Temos o arbítrio para fazermos escolhas; no final, porém, seremos os responsáveis por todas as que fizermos. Podemos enganar os outros, mas há Alguém que nunca enganaremos. Aprendemos no Livro de Mórmon que ‘o guardião da porta é o Santo de Israel; e ele ali não usa servo algum, e não há qualquer outra passagem a não ser pela porta; porque ele não pode ser enganado, pois Senhor Deus é o seu nome’ [2 Néfi 9:41]. (…)

    Há diferentes gradações de verdade. Quanto mais falamos ‘mentirinhas inocentes’, mais insensíveis nos tornamos às mentiras. É melhor ficar em silêncio do que enganar. Até onde cada um de nós diz toda a verdade e nada mais do que a verdade depende de nossa consciência. (…)

    Como disse o Presidente Gordon B. Hinckley: ‘Que a verdade seja ensinada por meio de exemplo e por preceito — roubar é pernicioso, trapacear é errado, mentir é uma desgraça para quem quer que o faça’” (Conference Report, outubro de 1996, pp. 57–61; ou A Liahona, janeiro de 1997, pp. 44–47).

2 Néfi 9:41. Cristo É o Guardião da Porta

  • O Presidente James E. Faust falou da importância de sabermos que um dia ficaremos diante do Salvador e prestaremos contas de nossa vida: “Lembro-me de um estudo feito há alguns anos para determinar quais eram as influências que mantinham os jovens no caminho estreito e apertado. Obviamente existem muitas influências fundamentais. Todas são importantes. Elas incluem a influência dos pais, consultores do sacerdócio, consultoras das Moças, chefes escoteiros e os amigos. Mas fiquei surpreso ao descobrir que um fato precioso de particular importância se destacou nesse estudo. Trata-se da crença de que um dia todos nós teremos de prestar contas de nossas ações perante o Senhor. Muitos acreditavam que ‘o guardião da porta é o Santo de Israel; e ele ali não usa servo algum, e não há qualquer outra passagem a não ser pela porta; porque ele não pode ser enganado, pois Senhor Deus é o seu nome’ [2 Néfi 9:41]. Aqueles que tinham uma perspectiva eterna contavam com mais força espiritual e resolução. O fato de sentirmos que somos pessoalmente responsáveis perante o Salvador por nossas ações e mordomias e de agirmos em conformidade com esse conhecimento nos proporciona uma imensa proteção espiritual” (“Quem Vocês Pensam que São?”, A Liahona, junho de 2001, p. 2).

  • O Élder Neal A. Maxwell falou de um aspecto reconfortante do princípio de que será Jesus e ninguém mais o nosso Juiz supremo: “Em 2 Néfi 9:41, Jacó fala do caminho estreito e apertado e nos lembra que ‘o guardião da porta é o Santo de Israel; e ele ali não usa servo algum’. A ênfase é, com toda a razão, no fato de que Jesus ‘não pode ser enganado’. Há também outro aspecto reconfortante: Não só a responsabilidade pelo julgamento final não será delegada a outro para que se realize a justiça divina, mas a misericórdia divina é aplicada com maior perfeição por Aquele que sabe daquelas coisas que só Ele sabe — dos momentos em que cada um de seu rebanho precisou de coragem na vida, sem que ninguém percebesse, dos atos de serviço cristão dos quais ninguém ficou sabendo, dos pensamentos que não foram expressos e que não poderiam receber crédito exceto em um julgamento perfeito” (For the Power Is in Them…, 1970, p. 37).

    Além disso, o Élder Maxwell explicou: “O guardião da porta, por escolha própria, é Jesus Cristo, que ali nos aguarda pelo desejo divino e profundo de receber-nos bem como para certificar-Se de que ali podemos entrar, portanto ‘ele ali não usa servo algum’. (2 Néfi 9:41). Se O reconhecermos agora, Ele nos reconhecerá cheio de carinho e com alegria nos deixará entrar!” (Notwithstanding My Weakness, 1981, p. 124).

2 Néfi 9:50–51. “Comprar (…) Sem Dinheiro”

  • O Élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou o que significa “comprar (…) sem dinheiro”: “A salvação está ao alcance de todos, não apenas de uns poucos escolhidos. A vida eterna não foi reservada apenas para os apóstolos e profetas, para os santos da época de Enoque nem para os mártires do início do cristianismo. ‘Toda a humanidade pode ser salva por obediência às leis e ordenanças do evangelho’ (Terceira Regra de Fé). Deus não faz acepção de pessoas, mas convida todos a ir ‘a ele e a [participar] de Sua bondade; e não repudia quem quer que o procure, negro e branco, escravo e livre, homem e mulher; e lembra-se dos pagãos; e todos são iguais perante Deus, tanto judeus como gentios’ (2 Néfi 26:33). O Deus Eterno chama: ‘Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite’ (Isaías 55:1), pois ‘a salvação é gratuita’! (2 Néfi 2:4)” (Doctrinal New Testament Commentary, 3 vols., 1971–1973, vol. 3, pp. 416–417).

2 Néfi 10:3. “Cristo (…) Seria o Seu Nome”

2 Néfi 10:6–8. A Dispersão e a Coligação São Primeiramente Espirituais

  • Jacó deixou claro que a iniquidade levou à dispersão dos judeus (ver 2 Néfi 10:6). Ele também salientou a ordem da coligação. Os judeus, declarou ele, serão reunidos “quando chegar o dia em que acreditarem em [Cristo]” (versículo 7; grifo do autor).

    O Élder Bruce R. McConkie esclareceu o motivo por que a dispersão e a coligação de todas as tribos de Israel são primeiramente espirituais e, depois, físicas:

    “Por que Israel foi dispersa? A resposta é simples e óbvia; não deixa dúvidas. Nossos antepassados israelitas foram dispersos porque rejeitaram o evangelho, corromperam o sacerdócio, abandonaram a Igreja e se afastaram do reino. Foram dispersos porque se afastaram do Senhor, adoraram deuses falsos e seguiram o modo de vida das nações gentias. Foram dispersos porque renunciaram ao convênio abraâmico, menosprezaram as santas ordenanças e rejeitaram o Senhor Jeová, que é o Senhor Jesus do qual todos os profetas deram testemunho. Israel foi dispersa devido à apostasia. (…)

    Sendo assim, no que consiste a coligação de Israel? A coligação de Israel consiste em acreditar, aceitar e viver em harmonia com tudo o que o Senhor um dia ofereceu a Seu povo escolhido. Consiste em ter fé no Senhor Jesus Cristo, arrepender-se, ser batizado, receber o dom do Espírito Santo e guardar os mandamentos de Deus. Consiste em acreditar no evangelho, filiar-se à Igreja e entrar no reino. Também pode consistir na coligação em determinada terra ou lugar para adoração” (A New Witness for the Articles of Faith, 1985, p. 515).

  • O Élder Russell M. Nelson ressaltou a importância da doutrina da coligação: “Essa doutrina da coligação é um dos ensinamentos mais importantes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O Senhor declarou: ‘Em verdade vos digo que vos dou um sinal, a fim de que saibais (…) quando, de sua longa dispersão, reunirei meu povo, ó casa de Israel, e estabelecerei novamente no meio deles minha Sião’ [3 Néfi 21:1]. O surgimento do Livro de Mórmon é um sinal para o mundo inteiro de que o Senhor começou a coligar Israel e a cumprir os convênios que fez com Abraão, Isaque e Jacó [ver Gênesis 12:2–3; 26:3–4; 35:11–12]. Não apenas ensinamos essa doutrina, mas também participamos dela, ajudando a coligar os eleitos do Senhor nos dois lados do véu” [Conference Report, outubro de 2006, p. 84; ou “A Coligação da Israel Dispersa”, A Liahona, novembro de 2006, p. 79 (tradução atualizada)].

  • O Élder Bruce R. McConkie explicou onde os santos devem coligar-se:

    “[As] revelações falam de (…) congregações do (…) povo do convênio do Senhor em todas as nações, falando todos os idiomas e entre todos os povos na época que o Senhor voltar. (…)

    O local de coligação dos santos mexicanos é no México; a Guatemala é o lugar de coligação dos santos guatemaltecos; o Brasil é o lugar de coligação dos santos brasileiros, e assim por diante em todos os recantos da Terra. (…) Cada nação é o local de coligação de seu próprio povo” (Conference Report, Conferência da Área Mexicana e da América Central, 1972, p. 45).

  • Para mais informações sobre a dispersão de Israel, consulte a seção “História Resumida da Dispersão de Israel”, no apêndice (página 443). Para mais informações quanto à coligação de Israel, consulte “A Coligação de Israel”, no apêndice (página 444).

2 Néfi 10:20–22. Separação dos Irmãos

  • Jacó ensinou que Deus levou vários membros da casa de Israel para diferentes partes do mundo de tempos em tempos, ele os chamava de “irmãos” (ver 2 Néfi 10:20–21). Eles eram irmãos por linhagem e religião. O Senhor tem um propósito para cada um desses grupos e sabe onde eles estão. O Livro de Mórmon fala de pelo menos duas dessas colônias: o grupo de Leí e os mulequitas (ver Mosias 25:2; Helamã 6:10; 8:21). Sem dúvida há outros grupos que desconhecemos, como, por exemplo, as tribos perdidas do antigo reino de Israel e é possível que outros grupos tenham sido levados para outros lugares (ver Jacó 5:20–25).

Pontos a Ponderar

  • De que forma você pode ajudar na coligação do povo do Senhor?

  • Por que é importante estar ciente de como o sacrifício expiatório de Jesus Cristo se aplica a você individualmente? O que você pode fazer para aprofundar sua compreensão da Expiação do Senhor?

  • Como você pode saber se vive de forma a agradar o Senhor?

  • Em sua opinião, por que a Expiação tinha que ser infinita?

Tarefas Sugeridas

  • Leia e pondere 2 Néfi 9:4–7, tendo em mente como a Expiação nos liberta tanto da morte física como da espiritual.

  • Em 2 Néfi 10 há a descrição de uma nação que surgiria nos últimos dias, à qual foram feitas promessas grandiosas. Encontre a descrição dessa nação no capítulo 10.

  • Descreva o que precisa acontecer antes que a redenção final da casa de Israel aconteça como prevista em 2 Néfi 10.