Depois de ficar sabendo sobre os problemas que os membros da igreja em Corinto enfrentavam, Paulo escreveu a esses membros e exortou-os a eliminarem a contenda e tornarem-se unidos. Ele também explicou que Deus chama o fraco e humilde para pregar Seu evangelho e que as coisas de Deus só podem ser conhecidas e entendidas por meio do Espírito Santo.
Paulo escreve aos santos em Corinto e exorta-os a eliminar a contenda e serem unidos
Mostre para a classe uma gravura de uma família, um time esportivo e um grupo de amigos (ou escreva família, time esportivo, grupo de amigos no quadro).
O que pode causar divisões e contendas em cada um desses grupos?
Como podem tais divisões e contendas afetar uma família, um time ou um grupo de amigos?
Como podem tais divisões e contendas entre os membros da Igreja afetar a Igreja?
Peça aos alunos que, ao estudarem 1 Coríntios 1, identifiquem uma verdade sobre as divisões e contendas que Paulo ensinou aos santos em Corinto.
Peça a um aluno que leia em voz alta o seguinte parágrafo:
Durante sua segunda viagem missionária, Paulo viajou para uma cidade chamada Corinto, onde pregou o evangelho. Muitas pessoas foram batizadas naquela época (ver Atos 18:1–18). Mais tarde, enquanto Paulo estava pregando em Éfeso, ficou sabendo que surgiram problemas entre os membros da Igreja em Corinto, porque alguns dos conversos estavam voltando para suas antigas crenças e práticas de idolatria. Paulo escreveu aos membros da Igreja em Corinto para fortalecê-los e lembrá-los de seu compromisso de servir ao Senhor.
Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 1:1–2 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Paulo se dirigiu aos membros da Igreja em Corinto.
Como Paulo dirigiu-se aos membros da Igreja em Corinto?
De acordo com o versículo 1, que cargo Paulo possuía na Igreja?
Resuma 1 Coríntios 1:3–9 e explique aos alunos que Paulo disse aos santos em Corinto que agradeceu a Deus em favor deles pela graça que receberam por meio de Jesus Cristo, que os havia abençoado em todos os aspectos. Saliente que, quando Paulo falou aos santos, ele usou linguagem indicando que o Pai Celestial e Jesus Cristo são seres separados (ver versículo 3).
Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 1:10–11 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Paulo exortou os santos de Corinto a fazerem.
De acordo com 1 Coríntios 1:10, o que o Senhor espera que façamos como membros da Igreja? (Usando suas próprias palavras, os alunos devem identificar um princípio semelhante ao seguinte: O Senhor espera que nós como santos sejamos unidos e que eliminemos a divisão e a contenda.)
O que podemos fazer como membros da Igreja para eliminar a divisão e a contenda em nossa família? Em nossa ala? (Escreva as respostas dos alunos no quadro.)
Que bênçãos podemos receber por sermos unidos e eliminarmos contendas?
Em que ocasião vocês foram abençoados por serem unidos em uma classe, ala, um quórum ou ramo?
Mostre aos alunos as respostas escritas no quadro e incentive-os a escolherem uma maneira que podem usar para eliminar as divisões e contendas e a estabelecerem uma meta para utilizá-la.
Resuma 1 Coríntios 1:12–16 e explique que os santos de Corinto se dividiam em grupos com base em quem os batizou. A contenda surgiu porque acreditavam que a condição deles na Igreja era determinada pela importância de quem os batizou.
Paulo ensina que Deus chama os fracos para pregar Seu evangelho
Explique-lhes que, durante o período de Paulo, muitos gregos viviam em Corinto. Esses gregos valorizavam muito as ideias filosóficas e a sabedoria do mundo.
Por que alguém que valoriza as filosofias do mundo acha difícil aceitar o evangelho? (Você pode ler 2 Néfi 9:28.)
Peça aos alunos que, ao estudarem 1 Coríntios 1:17–31, identifiquem uma verdade que possa ajudá-los a entender a falibilidade da sabedoria do mundo.
Separe a classe em quatro grupos. Dê uma das referências de escritura a seguir a cada grupo: 1 Coríntios 1:17–18; 1 Coríntios 1:19–20; 1 Coríntios 1:21–22; e 1 Coríntios 1:23–24. Peça aos alunos que leiam esses versículos em seus grupos e identifiquem o que Paulo disse sobre a sabedoria do mundo quando comparada à sabedoria de Deus. Explique-lhes que a expressão “Porque Cristo enviou-me, não para batizar”, no versículo 17, sugere que Paulo não foi enviado para construir uma reputação com base no número de conversos que ele poderia conseguir. Você também pode explicar-lhes que a “sabedoria dos sábios”, no versículo 19, e “a sabedoria deste mundo”, no versículo 20, referem-se às tradições filosóficas falhas da época.
Depois de dar-lhes tempo suficiente, peça a um aluno de cada grupo que resuma para a classe o que Paulo ensinou aos santos de Corinto sobre sabedoria. Depois que todos os grupos relatarem, pergunte:
Por que vocês acham que os descrentes consideravam a mensagem da Expiação de Jesus Cristo tola?
Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 1:25 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Paulo ensinou sobre a sabedoria humana comparada à sabedoria de Deus. Explique-lhes que Paulo usou as expressões “a loucura de Deus é mais sábia do que os homens” e “a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” para transmitir a máxima sabedoria e o poder de Deus. Deus não é tolo nem possui qualquer fraqueza.
Que verdade Paulo ensinou sobre a sabedoria humana em comparação à sabedoria de Deus? (Depois que os alunos responderem, escreva a seguinte verdade no quadro: A sabedoria de Deus é maior do que a sabedoria humana.)
De que forma o fato de entender essa verdade pode afetar a maneira como alguém procura soluções para seus problemas?
Peça a um aluno que leia 1 Coríntios 1:26–27 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique quem Deus escolhe para pregar Seu evangelho.
Quem Deus escolhe para pregar Seu evangelho?
Por que você acha que Deus escolhe aqueles a quem o mundo considera tolos e fracos para pregar Seu evangelho?
Peça a um aluno que leia em voz alta o seguinte relato do Presidente Boyd K. Packer, do Quórum dos Doze Apóstolos.
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Presidente Boyd K. Packer
“Sentei-me num avião ao lado de um ateu convicto que insistiu tanto em sua descrença em Deus que prestei meu testemunho para ele. ‘Você está errado’, disse eu: ‘Deus existe. Eu sei que Ele vive!’
Ele protestou: ‘Você não sabe. Ninguém sabe! É impossível você saber!’ Como eu não cedia, o ateu, que era advogado, fez talvez a pergunta mais crucial acerca do testemunho. ‘Está bem’, disse ele, de modo irônico e condescendente. ‘Você diz que sabe. Então me diga como você sabe disso.’
Quando tentei responder, mesmo tendo diplomas universitários, não consegui comunicar o que sentia. (…)
Quando usei as palavras Espírito e testemunho, o ateu respondeu: ‘Não sei do que você está falando’. As palavras oração, discernimento e fé eram igualmente sem sentido para ele. ‘Está vendo?’, disse ele. ‘Na verdade, você não sabe. Se soubesse, seria capaz de me dizer como você sabe.’
[Eu] (…) não sabia o que fazer” (“A Busca do Conhecimento Espiritual”, A Liahona, janeiro de 2007, p. 14).
O que vocês diriam a esse ateu?
Peça aos alunos que, ao estudarem 1 Coríntios 2, identifiquem uma verdade que vai ajudá-los a saber por que esse homem não pôde entender o Presidente Packer e por que eles podem ter confiança em seu conhecimento das coisas espirituais.
Resuma 1 Coríntios 2:1–8 e explique aos alunos que Paulo disse aos santos em Corinto que ele não usou a sabedoria do mundo para convencê-los do evangelho. Ele ensinou-lhes pelo Espírito e assim eles teriam fé em Deus. Paulo também lhes disse que os incrédulos não podem entender os mistérios de Deus.
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de 1 Coríntios 2:9–16. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique por que Paulo disse que algumas pessoas podem conhecer e entender as “profundezas de Deus” (versículo 10), enquanto outras não.
De acordo com os versículos 9–10, por que Paulo e outras pessoas fiéis podiam entender as coisas de Deus?
De acordo com o versículo 14, por que algumas pessoas são incapazes de entender as coisas de Deus?
Que princípio podemos aprender com esses versículos a respeito de como podemos conhecer e entender as coisas de Deus? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas se certifique de que identifiquem a seguinte verdade: Somente podemos conhecer e entender as coisas de Deus por meio de Seu Espírito.)
Consulte o relato do Presidente Packer e explique aos alunos que o Presidente Packer se sentiu inspirado a perguntar ao homem sentado ao seu lado no avião qual era o gosto do sal. Peça a um aluno que leia em voz alta o restante do relato do Presidente Packer:
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Presidente Boyd K. Packer
“Depois de várias tentativas, evidentemente ele não conseguiu fazê-lo. Não conseguiu transmitir-me só com palavras uma experiência tão comum como sentir o gosto do sal. Prestei-lhe novamente meu testemunho, dizendo: ‘Sei que Deus existe. Você ridicularizou meu testemunho dizendo que, se eu soubesse, seria capaz de dizer-lhe exatamente como sei. Meu amigo, falando espiritualmente, experimentei o sal. Não consigo transmitir a você com palavras como consegui esse conhecimento, da mesma forma que você não consegue me dizer que gosto tem o sal. Mas digo-lhe novamente que Deus existe! Ele vive! E só porque você não sabe disso, não queira me dizer que eu não sei, porque eu sei!’
Quando nos separamos, eu o ouvi resmungar baixinho: ‘Não preciso de sua religião! Não preciso nem um pouco’.
A partir dessa experiência, nunca mais fiquei embaraçado ou envergonhado por não conseguir explicar somente com palavras tudo que eu sabia espiritualmente” (“A Busca do Conhecimento Espiritual”, pp. 14–15).
Escreva as palavras As Coisas de Deus no quadro e pergunte aos alunos o que eles consideram ser as coisas de Deus que somente podem ser conhecidas e entendidas por meio de Seu Espírito. Escreva as respostas deles no quadro.
Por que é importante que acreditemos que somente podemos conhecer e entender as coisas de Deus por meio de Seu Espírito?
Mostre aos alunos a lista no quadro e convide-os a contar uma experiência em que eles vieram a conhecer e entender por meio do Espírito Santo uma dessas coisas de Deus. Pense na possibilidade de contar uma experiência sua.
Incentive os alunos a pensarem no que podem fazer para buscar a ajuda do Espírito Santo ao se esforçarem por conhecer e entender as coisas de Deus.
Encerre prestando testemunho sobre os princípios ensinados nesta lição.
Quando Paulo falou contra “a sabedoria deste mundo” (1 Coríntios 1:20), ele referia-se às tradições filosóficas falhas de sua época e não à busca digna de conhecimento e instrução que o Senhor incentiva (ver2 Néfi 9:29 e D&C 88:78–80). Paulo usou as palavras sábio e sabedoria repetidas vezes em 1 Coríntios 1:17–2:13 para referir-se às filosofias do mundo e àqueles que as apoiavam. As ideias filosóficas foram regularmente o tema dos debates públicos. Paulo comparou a sabedoria humana limitada com a mensagem poderosa do Filho de Deus crucificado (ver 1 Coríntios 1:17–25). Independentemente de quem zombou do evangelho, a fé que os santos possuíam não deveria se apoiar na “sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Coríntios 2:5).
“Foi difícil para os judeus e os gentios aceitarem a mensagem de um Messias crucificado. No mundo romano, a crucificação era uma punição reservada para os criminosos ou escravos e simbolizada vergonha e derrota. A ideia de alguém sofrer e morrer vicariamente por outras pessoas e, em seguida, voltar à vida era ‘loucura’ para os gregos de mente filosófica (1 Coríntios 1:23). Para os judeus, cujo conceito do Messias trouxe a esperança de realeza, poder e vitória, a mensagem de que o Messias tinha morrido numa cruz era uma ‘pedra de tropeço’ e uma ideia inaceitável (1 Coríntios 1:23)” (New Testament Student Manual [Novo Testamento — Manual do Aluno], Sistema Educacional da Igreja, 2014, p. 364).
1 Coríntios 1:18–29. “Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes”
“Enquanto muitos judeus e gentios rejeitaram a mensagem do evangelho como sendo ‘loucura’ (1 Coríntios 1:18), Paulo ensinou que ‘a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens’ (1 Coríntios 1:19–25). Deus geralmente realiza Sua obra por meio de pessoas que o mundo pode considerar como sendo ‘loucas’ ou ‘fracas’ (ver D&C 35:13–14; 124:1). Em 1 Coríntios 1:28, ‘as coisas vis deste mundo’ — aqueles que são mansos e humildes — são aqueles a quem Deus escolhe para realizar sua obra” (New Testament Student Manual [Novo Testamento — Manual do Aluno], Sistema Educacional da Igreja, 2014, p. 364).
1 Coríntios 2:6–16. As “coisas de Deus” são “[discernidas] espiritualmente”
Porque “as coisas do Espírito de Deus” podem apenas ser “[discernidas] espiritualmente” (1 Coríntios 2:14), aqueles que têm a mentalidade do mundo não podem entender as verdades espirituais. Deus providenciou um meio de obtermos conhecimento espiritual. O Élder Paul V. Johnson, dos Setenta, ensinou:
“No mundo científico, o método científico é usado para aprender a verdade e o conhecimento avançado. Tem sido extremamente útil ao longo dos anos e produziu uma quantidade enorme de conhecimento científico e continua a remover a cortina de ignorância a respeito do mundo físico. O aprendizado de coisas espirituais, entretanto, requer um método diferente do que o aprendizado de coisas científicas. O método científico e intelectual é muito útil, mas sozinho nunca levará ao conhecimento espiritual.
O aprendizado de coisas espirituais envolve o intelecto, mas isso não basta. Só aprendemos coisas espirituais pelo Espírito. (…)
Respostas a dúvidas espirituais são dadas às pessoas que não endurecem seu coração; que perguntam com fé, crendo que receberão; e que guardam diligentemente os mandamentos. Mesmo quando seguimos esse padrão, não controlamos o tempo de conseguir respostas. Às vezes, nossas respostas vêm rapidamente e às vezes precisamos colocar as perguntas na prateleira durante algum tempo e confiar em nossa fé que se desenvolveu das respostas que realmente conhecemos” (“Um Padrão para Aprender as Coisas Espirituais”, Transmissão via satélite dos Seminários e Institutos de Religião, 7 de agosto de 2012, si.LDS.org).
O Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:
“Os métodos de aquisição de conhecimento sagrado determinados pelo Senhor diferem muito dos usados por aqueles que adquirem conhecimento exclusivamente pelo estudo. Uma técnica frequente usada pelos eruditos, por exemplo, é o debate ou discussão, na qual há divergência e discordância, um método no qual tenho bastante experiência pessoal. Mas o Senhor instruiu-nos nas escrituras antigas e modernas que não devemos contender sobre os pontos de Sua doutrina (ver 3 Néfi 11:28–30; D&C 10:63). (…) As verdades e o testemunho do evangelho são recebidos do Espírito Santo por meio do estudo pessoal reverente e da serena reflexão” (“Vozes Alternativas”,A Liahona, julho de 1989, pp. 31–32).