João Batista pregou “o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados” (Marcos 1:4). Depois que João batizou Jesus, o Salvador começou a pregar o evangelho e realizar milagres pelo poder e pela autoridade divinos. Ele expulsou espíritos imundos e curou um leproso. Sua fama se espalhou por toda a Galileia.
Alguns dias antes da aula, pergunte a dois alunos se eles poderiam compartilhar brevemente seu testemunho sobre Jesus Cristo com a classe. Após o devocional, peça aos dois alunos que prestem testemunho do Salvador. Depois, pergunte à classe:
Qual é a importância de ouvir o testemunho de várias pessoas, em vez de apenas uma?
Por que vocês acham que pode ser mais proveitoso estudar o testemunho de Marcos depois de terem estudado o testemunho de Mateus?
Peça aos alunos que leiam rapidamente Marcos 1:1–4, 9–11 em silêncio, e identifiquem com qual acontecimento Marcos começa seu relato sobre a vida do Salvador.
Com qual acontecimento Marcos começa seu relato?
Explique-lhes que o relato de Marcos sobre a vida do Salvador é diferente do de Mateus. Ele começa de repente e tem um ritmo muito rápido, ressaltando a divindade do Salvador, concentrando-se em Suas obras e em Seus milagres. Provavelmente Marcos escreveu esse relato com base no que aprendeu com o Apóstolo Pedro.
Faça um resumo de Marcos 1:12–20, explicando-lhes que após Jesus jejuar por 40 dias, Ele foi tentado pelo diabo. Ele também pregou o arrependimento na Galileia e chamou os discípulos para segui-Lo. (Observação: Esses relatos foram ensinados mais profundamente nas lições de Mateus 4.)
Escreva as palavras Território Inimigo no quadro e pergunte aos alunos quais perigos um soldado que está no território inimigo pode enfrentar.
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente Boyd K. Packer, do Quórum dos Doze Apóstolos:
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Presidente Boyd K. Packer
“Vocês, jovens, estão sendo criados em território inimigo.
Sabemos pelas escrituras que houve uma guerra no céu e que Lúcifer se rebelou e, com seus seguidores, ‘ele foi lançado na terra’ (Apocalipse 12:9). Ele está determinado a atrapalhar o plano do Pai Celestial e procura controlar a mente e as ações de todos” (“Conselho para os Jovens”, A Liahona, novembro de 2011, p. 16).
De que maneiras a nossa vida na Terra é como estar em território inimigo?
Peça aos alunos que levantem sua mão se já se sentiram oprimidos por causa das influências malignas e das tentações que os cercam. Enquanto os alunos estudam Marcos 1:21–39, peça-lhes que identifiquem uma verdade que os ajudará quando enfrentarem as influências malignas e tentações.
Peça a um aluno que leia Marcos 1:21–22 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Jesus fez em Cafarnaum e como os judeus reagiram.
Por que os judeus ficaram maravilhados com os ensinamentos do Salvador?
O que vocês acham que significava Jesus ensinar “como tendo autoridade”? (Marcos 1:22.)
Explique-lhes que os escribas eram considerados especialistas da lei de Moisés. Quando eles pregavam, frequentemente citavam autoridades anteriores na lei (ver Novo Testamento–Manual do Aluno, Sistema Educacional da Igreja, 2014,
). Em contraste a isso, Jesus falou com o poder e a autoridade de Seu Pai e como o grande Jeová que deu a lei de Moisés (ver Tradução de Joseph Smith, Mateus 7:37 [em Mateus 7:29, nota de rodapé a na Bíblia SUD em inglês]).
Peça aos alunos que leiam Marcos 1:23–26 em silêncio, ou apresente à classe o vídeo “Jesus Cura um Homem Endemoniado” (1:48), de Vídeos da Bíblia — A Vida de Jesus Cristo, disponível no site LDS.org. Peça à classe que identifique o que aconteceu enquanto Jesus ensinava na sinagoga. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem. Explique-lhes que um “espírito imundo” se refere a um espírito mau.
O que o espírito imundo sabia sobre Jesus?
Como o espírito imundo sabia quem era Jesus? (Os espíritos maus que buscam possuir corpos físicos são seguidores de Lúcifer. Eles habitavam na presença do Pai Celestial e de Jesus Cristo antes de serem expulsos do céu.)
Se você estivesse na sinagoga naquele momento, o que teria pensado de Jesus?
Peça a um aluno que leia Marcos 1:27–28 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como as pessoas reagiram depois que viram Jesus expulsar o espírito imundo do homem.
Como as pessoas reagiram?
O que isso nos ensina a respeito do poder do Senhor? (Os alunos devem identificar uma verdade semelhante à seguinte: O Salvador tem poder sobre o diabo e seus seguidores.)
De que maneira saber essa verdade nos ajuda quando nos sentimos oprimidos por causa das influências malignas e das tentações que nos cercam?
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente James E. Faust, da Primeira Presidência:
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Presidente James E. Faust
“[Joseph Smith] declarou: ‘Os espíritos iníquos têm seus limites, termos e leis pelos quais são governados’ (History of the Church, vol. IV, p. 576). Então, Satanás e seus anjos não são todo-poderosos. (…)
Todos que se achegam a Cristo pela obediência aos convênios e ordenanças do evangelho podem frustrar os esforços de Satanás” (As forças que nos salvarão, janeiro de 2007, pp. 6,7).
De acordo com o Presidente Faust, o que podemos fazer para receber mais forças para resistir ao diabo?
De acordo com o versículo 28, o que aconteceu depois que o Salvador expulsou o espírito mau?
Faça um resumo de Marcos 1:29–39, explicando-lhes que o Salvador curou a sogra de Simão Pedro de uma febre, curou muitas outras pessoas que estavam doentes e expulsou muitos demônios. Jesus continuou a pregar na Galileia.
Peça aos alunos que leiam rapidamente Marcos 1:40 em silêncio, e identifiquem quem veio até o Salvador enquanto Ele pregava na Galileia. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem. Peça a um aluno que se dirija até à frente da classe. Peça aos alunos que imaginem que o aluno na frente da classe tem lepra.
Explique-lhes que a lepra é uma doença crônica que ataca a pele, os nervos, olhos, ossos e membros. Sem tratamento, ela leva a uma morte dolorosa. Em tempos antigos, acreditava-se que qualquer pessoa que entrasse em contato com a lepra contrairia a doença. Mostre o aluno na frente da sala e pergunte:
Se (nome do aluno) fosse um leproso que vivesse em tempos antigos, como ele poderia ser tratado?
Explique aos alunos que para proteger a saúde e o bem-estar da comunidade, os leprosos eram forçados a deixar a cidade. A lei exigia que eles gritassem “Imundo!” para avisar qualquer pessoa que se aproximasse deles (ver Guia para Estudo das Escrituras, “Lepra”; Levítico 13:44–46). Peça a alguns alunos que representem essa cena, andando em direção ao aluno que representa o leproso. À medida que eles se aproximam, peça ao aluno no papel de leproso que grite: “Imundo! Imundo!” Pergunte aos alunos que passam por ele como reagiriam a essa situação. Em seguida, peça aos alunos que voltem aos seus lugares.
Qual impacto a lepra teria em sua vida?
Peça aos alunos que imaginem que são leprosos na época de Jesus Cristo. Pergunte-lhes o que eles fariam se vissem o Salvador se aproximando.
De acordo com Marcos 1:40, o que o leproso fez quando viu o Salvador? (Explique-lhes que a palavra rogando significa implorando ou suplicando.)
De que maneira o leproso demonstrou sua fé em Jesus Cristo? De que maneira a frase ”Se queres” demonstra a fé do leproso?
Peça aos alunos que leiam Marcos 1:41–42 em silêncio e identifiquem como o Salvador respondeu à súplica do homem.
O que o impressiona sobre como o Salvador respondeu à súplica do homem?
Se você fosse o leproso, o que significaria para você ser tocado pelo Salvador? Por quê?
De que maneira sua vida mudaria se Jesus tivesse curado sua lepra?
Escreva a seguinte declaração no quadro: A lepra pode ser comparada ao pecado.
Para ajudar os alunos a entender como a lepra pode ser comparada ao pecado (ver Levítico 14), peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos:
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Élder Bruce R. McConkie
“Na época da Bíblia, a lepra, além dos desoladores efeitos físicos, era vista como um símbolo de impureza, significando que essa terrível doença corroía e destruía o corpo físico, assim como o pecado corrói e destrói o lado espiritual do homem” (The Mortal Messiah [O Messias Mortal], 4 vols., 1979–1981, vol. II, p. 45).
De que maneiras a lepra pode ser comparada ao pecado? (Ao comparar a lepra ao pecado, certifique-se de que os alunos entendam que as doenças não são necessariamente causadas pelo pecado.)
Peça a um aluno que releia Marcos 1:40–42 em voz alta, desta vez substituindo pecador por leproso e pecado por lepra. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como podemos relacionar a cura desse leproso a ser limpo do pecado.
Ao ler os versículos dessa maneira, quais palavras sugerem a ideia de ser perdoado?
Como podemos comparar o que o leproso fez para ser limpo da lepra com o que precisamos fazer para sermos limpos do pecado?
Qual princípio podemos aprender ao comparar a cura do leproso com ser limpo do pecado? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que identifiquem o seguinte princípio: Ao exercermos fé e nos achegarmos ao Salvador, Ele terá compaixão de nós e nos limpará do pecado. Usando as palavras dos alunos, escreva esse princípio no quadro.)
De que maneiras podemos exercer fé e nos achegarmos ao Salvador para que Ele nos perdoe de nossos pecados?
Peça aos alunos que considerem novamente como era a vida do leproso antes e como ficou depois de ser curado.
De que maneira vir a Jesus Cristo para ser limpo do pecado pode mudar a vida de uma pessoa?
Em que ocasião você viu a vida de alguém mudar depois de ser limpo do pecado por meio da Expiação de Cristo? (Peça aos alunos que não mencionem o nome das pessoas nem identifiquem os pecados passados delas.)
Peça aos alunos que ponderem de quais pecados eles precisam ser limpos. Incentive os alunos a aproximarem-se do Salvador exercendo fé Nele por meio da oração, do arrependimento e da obediência, para que Ele os torne limpos. Considere a possibilidade de prestar testemunho do poder purificador da Expiação do Salvador.
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Marcos 1:43–45. Peça à classe que identifique as instruções dadas pelo Senhor ao leproso curado. Peça aos alunos que relatem o que encontraram.
Explique-lhes que a lei de Moisés exigia que aqueles que fossem curados da lepra se mostrassem a um sacerdote do templo e oferecesse um sacrifício.
O que o homem fez depois que o Salvador o advertiu quanto a não contar para outras pessoas?
O que aconteceu por causa da história ter sido espalhada pelo homem?
Encerre a lição perguntando aos alunos o que mais os impressionou sobre as ações de Jesus Cristo registradas em Marcos 1.
Comentários e Informações Históricas
Marcos 1:24–25. Por que o Salvador ordenou ao espírito mau que “[se] cala[sse]”?
O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos ensinou que Jesus “recusava-se constantemente a permitir [que os demônios] prestassem testemunho de sua divindade. O testemunho de conversão vem de Deus, não de Lúcifer. Se Jesus tivesse permitido que o espírito impuro não fosse repreendido, ou tivesse concordado com seu testemunho (embora fosse verdade, de fato), os judeus teriam reivindicado uma maior justificativa para sua falsa acusação contra ele: ‘Tem demônio, e está fora de si; por que o ouvis?’” (João 10:20.) (Doctrinal New Testament Commentary, 3 vols., 1965–1973, vol. I, p. 168.)
Um comentarista da Bíblia descreveu o efeito devastador da lepra da seguinte maneira:
“Os sintomas e os efeitos dessa doença são muito repugnantes. Começa com um inchaço ou uma crosta branca, com uma mudança da cor do pelo (…) de sua cor natural para amarelo; em seguida, o aparecimento de uma mancha mais profunda do que a pele, ou uma carne viva aparecendo no inchaço. (…) As unhas soltam-se e caem, as gengivas são absorvidas, e os dentes amolecem e caem; a respiração tem um mau cheiro, o nariz se deteriora; os dedos, as mãos, os pés, podem ser perdidos, ou os olhos corroídos. A beleza humana se corrompe” (Charles F. Deems, The Light of the Nations [A Luz das Nações], 1884, p. 185).
Marcos 1:40–42. Por meio da Expiação do Salvador, podemos ser limpos do pecado
O Élder Shayne M. Bowen, dos Setenta, ensinou:
“A Expiação de Jesus Cristo está ao alcance de cada um de nós. Sua Expiação é infinita. Ela se aplica a todos, inclusive a você. Ela pode purificar, recuperar e santificar a todos, inclusive a você. É isso que significa infinita: total, completa, integral, para sempre. O Presidente Boyd K. Packer ensinou: ‘Não há hábito, dependência, rebelião, transgressão, apostasia ou crime que esteja isento da promessa de perdão completo. Essa é a promessa da Expiação de Cristo’ (“A Radiante Manhã do Perdão”, A Liahona, janeiro de 1996, p. 21)” (“A Expiação Pode Purificar, Recuperar e Santificar Nossa Vida ”, A Liahona, novembro de 2006, p. 34).