João viu o Cordeiro de Deus abrir os primeiros seis selos do livro. No sexto selo, João viu os servos de Deus que “lavaram as suas vestes (…) no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14).
João viu o Cordeiro de Deus abrir os primeiros seis selos do livro
Peça aos alunos que compartilhem possíveis preocupações que tenham a respeito de se viver nos últimos dias. Escreva as respostas no quadro.
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Profeta Joseph Smith. Peça à classe que preste atenção em como os profetas antigos se sentiam a respeito de nossos dias:
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Profeta Joseph Smith
“[Os] profetas, sacerdotes e reis (…) aguardaram com grande e alegre expectativa o dia em que vivemos; e inflamados com esse alegre anseio celeste, cantaram, escreveram e profetizaram a respeito de nossos dias” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 194).
Como os profetas antigos se sentiam a respeito de nossos dias?
Explique que João, o revelador, era um dos profetas que conheciam os acontecimentos dos últimos dias e que profetizaram sobre nossa época com alegre expectativa.
Ao estudarem Apocalipse 6–7, peça aos alunos que identifiquem os motivos pelos quais os profetas aguardavam nossos dias com alegria.
Relembre-os que, conforme registrado em Apocalipse 5:1–5, João viu um livro com sete selos, e apenas o Cordeiro era digno de abri-lo. Explique que, em sua visão, João viu representações figurativas de alguns dos maiores acontecimentos relativos a cada um dos períodos de mil anos simbolizados pelos sete selos.
Escreva a seguinte lista no quadro (você pode fazer isso antes da aula):
Dê a cada aluno uma folha de papel. Designe a cada aluno um selo (você pode designar o mesmo selo a mais de um aluno). Peça aos alunos que leiam as referências correspondentes ao selo que lhes foi designado e que desenhem alguns dos acontecimentos que João viu relativos àquele período.
Após dar tempo suficiente, peça aos alunos que mostrem seus desenhos à classe, seguindo a ordem dos selos. Peça a um aluno de cada grupo que use seu desenho para explicar o que João viu quando aquele selo foi aberto. À medida que os alunos explicarem, complemente com as seguintes interpretações sugeridas pelo Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos. Você pode sugerir aos alunos que escrevam essas informações nas escrituras, no caderno ou no diário de estudo das escrituras.
Primeiro selo
(Aproximadamente 4000 a 3000 a.C.)
Cavalo branco = Vitória
Arco = Guerra
Coroa = Conquistador
O Élder McConkie sugere que os versículos 1–2 descrevem a época de Enoque e que o cavaleiro seria o próprio Enoque (ver Doctrinal New Testament Commentary [Comentário Doutrinário do Novo Testamento], 3 vols., 1966–1973, vol. III, p. 476).
Segundo selo
(Aproximadamente 3000 a 2000 a.C.)
Cavalo vermelho = Derramamento de sangue
Espada = Guerra e destruição
O Élder McConkie sugere que os versículos 3–4 descrevem a época de Noé, quando a iniquidade cobriu a Terra. O cavaleiro sobre o cavalo vermelho poderia ser o próprio diabo ou talvez “uma pessoa representando vários guerreiros homicidas” (Doctrinal New Testament Commentary [Comentário Doutrinário do Novo Testamento], vol. III, p. 478).
Terceiro selo
(Aproximadamente 2000 a 1000 a.C.)
Cavalo preto = Fome
Balanças = Alto preço dos alimentos
O Élder McConkie sugere que os versículos 5–6 descrevem a época de Abraão, quando muitos morreram pela fome (ver Doctrinal New Testament Commentary [Comentário Doutrinário do Novo Testamento], vol. III, p. 479). As pessoas precisavam gastar todo o seu salário para comprar alimento apenas o suficiente, o que indica os altos preços durante a fome.
Quarto selo
(Aproximadamente 1000 a.C. até o nascimento de Cristo)
Cavalo amarelo = Morte
Morte e inferno = Destruição dos iníquos e sua chegada na prisão espiritual (ver Isaías 5:14)
O Élder McConkie disse que os versículos 7–8 referem-se aos “mil anos em que grandes reinos e nações atormentaram [Israel] com guerras e ameaças, sobrepujando-a vez após outra” (Doctrinal New Testament Commentary [Comentário Doutrinário do Novo Testamento], vol. III, p. 481). Essas nações incluíam a Babilônia, a Pérsia, o Egito, a Grécia e Roma.
Quinto selo
(Aproximadamente desde o nascimento de Cristo até 1000 d.C. )
Altar = Sacrifício
Almas = Mártires, cristãos mortos por suas crenças
O Élder McConkie sugeriu que os versículos 9–11 referem-se aos vários primeiros cristãos, incluindo a maioria dos apóstolos originais, que morreram como mártires (ver Doctrinal New Testament Commentary [Comentário Doutrinário do Novo Testamento], vol. III, p. 482). Por terem dado sua vida “por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram” (Apocalipse 6:9), aqueles santos receberam “vestes brancas” que simbolizam a pureza (ver Apocalipse 7:13–14; 3 Néfi 27:19).
Após as apresentações dos grupos, explique que o sexto selo representa nossa época e os acontecimentos que levarão ao Milênio, quando Jesus Cristo reinará pessoalmente na Terra (ver Doctrinal New Testament Commentary [Comentário Doutrinário do Novo Testamento], vol. III, p. 485).
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Apocalipse 6:12–17, inclusive a Tradução de Joseph Smith no versículo 14, nota de rodapé a. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique os acontecimentos que João previu.
Que acontecimentos João viu com a abertura do sexto selo? (Explique que tais catástrofes são sinais dos últimos dias.)
De acordo com o versículo 16, o que desejarão aqueles que ansiarem escapar da “ira” de Deus?
João viu os servos de Deus que haviam lavado suas vestes no sangue do Cordeiro
Peça a um aluno que leia Apocalipse 7:1 em voz alta e a outro que leia Doutrina e Convênios 77:8. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que mais João viu no sexto selo.
O que os quatro anjos estavam fazendo? (Explique que os ventos retidos pelos anjos têm o poder de destruir a vida na Terra. Ver também D&C 86:5–7.)
Peça a um aluno que leia Apocalipse 7:2–3 em voz alta e a outro que leia Doutrina e Convênios 77:9 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o outro anjo disse aos quatro anjos.
Explique que a palavra Elias, nesse contexto, é um “título dado àqueles cuja missão [é] conceder chaves e poderes aos homens na última dispensação” (Doctrinal New Testament Commentary [Comentário Doutrinário do Novo Testamento], vol. III, p. 491; ver também Guia para Estudo das Escrituras, “Elias”).
O que o outro anjo disse aos quatro anjos?
Explique que “selar, ou marcar ‘na testa os servos do nosso Deus’ é uma metáfora para o fato de que eles se devotam, servem e pertencem a Deus (Apocalipse 7:3; ver também Apocalipse 9:4; 14:1). (…)
O Profeta Joseph Smith ensinou que o selamento na testa dos fiéis ‘quer dizer o selamento da bênção sobre sua cabeça, ou seja, o convênio eterno, pelo qual seu chamado e eleição é assegurado’ (em History of the Church, vol. V, p. 530)” (New Testament Student Manual [Novo Testamento — Manual do Aluno], Sistema Educacional da Igreja, 2014, p. 544).
Explique que, conforme registrado em Apocalipse 9, João viu o que acontecerá com aqueles que não tiverem esse selo. Peça a um aluno que leia Apocalipse 9:3–4 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique as condições daqueles que não tiverem esse selo. Peça aos alunos que relatem o que encontraram.
Peça-lhes que leiam Apocalipse 7:4 em silêncio e identifiquem quantas pessoas foram seladas na testa pelo anjo. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.
Explique que o Senhor disse ao Profeta Joseph Smith que “o número 144 mil mencionado em Apocalipse 7:4–8 é o número de sumos sacerdotes das 12 tribos de Israel que ajudarão outras pessoas na busca pela exaltação (ver D&C 77:11). Diferente da crença de alguns, esse número não corresponde ao número total de pessoas que serão exaltadas” (New Testament Student Manual [Novo Testamento — Manual do Aluno], Sistema Educacional da Igreja, 2014, p. 544).
Peça a um aluno que leia Apocalipse 7:9–10 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique quem mais João viu.
Quem João viu?
O que a multidão estava vestindo, e o que seguravam nas mãos? (Você pode explicar que as palmas podem simbolizar vitória e alegria.)
Peça a um aluno que leia Apocalipse 7:13–17 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que foi ensinado a João.
O que aquelas pessoas haviam suportado?
De que maneira suas vestes foram branqueadas? (Pelo “sangue do Cordeiro” — o que simboliza a Expiação de Jesus Cristo.)
De acordo com os versículos 15–17, que bênçãos essas pessoas receberam por terem sido purificadas por meio da Expiação de Jesus Cristo? (Você pode explicar que esses versículos descrevem a alegria, a paz e a devoção daqueles que herdam a glória celestial.)
Que princípio podemos identificar com esses versículos a respeito de como podemos herdar a glória celestial? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas devem identificar um princípio semelhante a este: Se suportarmos fielmente as tribulações e nos tornarmos puros por meio da Expiação de Jesus Cristo, desfrutaremos a glória celestial com Deus. Escreva esse princípio no quadro.)
Peça aos alunos que reflitam sobre como seria (e como se sentiriam) ao se apresentarem puros na presença de Deus.
De que maneira esses sentimentos se comparam com os sentimentos das pessoas descritas em Apocalipse 6:16?
O que precisamos fazer para que o Salvador possa nos purificar por meio de Sua Expiação?
De que maneira o ato de lembrar-se das bênçãos da glória celestial o ajudou a se esforçar e a perseverar nas tribulações para tornar-se puro?
Remeta os alunos à lista de preocupações escrita no quadro no início da aula. Peça-lhes que reflitam sobre como o princípio escrito no quadro pode ajudá-los nos momentos em que se sentirem preocupados com a vida nos últimos dias. Convide alguns alunos para compartilhar suas reflexões com a classe.
Peça aos alunos que ponderem por alguns minutos sobre como podem colocar em prática o princípio que aprenderam hoje. Incentive-os a anotar as inspirações que receberem.
O Presidente Boyd K. Packer, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou o seguinte a respeito de se viver nos últimos dias:
“Os adolescentes às vezes pensam: ‘De que adianta tudo isso? Logo o mundo vai se explodir e tudo vai acabar’. Esse é um sentimento que vem pelo medo, não pela fé. Ninguém sabe a hora ou o dia (ver D&C 49:7), mas o fim não virá até que todos os propósitos do Senhor sejam cumpridos. Tudo o que tenho aprendido com as revelações e com a vida me convence de que há tempo, e de sobra, para que vocês se preparem cuidadosamente para uma vida longa” (“Às Moças e aos Rapazes”, A Liahona, julho de 1989, p. 64).
“O Apóstolo João viu que certas calamidades predecessoras da Segunda Vinda não afetariam toda a Terra e seus habitantes, mas ‘somente aos homens que não têm na sua testa o selo de Deus’ (Apocalipse 9:4). Isso está de acordo com outras promessas escriturísticas de que, nos últimos dias, aqueles que forem fiéis serão protegidos (ver 1 Néfi 22:17–19; D&C 115:5–6). (…)
Ainda que o Senhor prometa proteção aos justos nos últimos dias, o Profeta Joseph Smith esclareceu que talvez alguns justos percam sua vida nas tribulações e calamidades dos últimos dias: ‘[Expliquei] a respeito da vinda do Filho do Homem; expliquei também que é uma falsa ideia a de que os santos escaparão de todos os julgamentos, ao passo que os iníquos sofrerão; porque toda carne está sujeita a sofrimentos, e os justos ‘mal escaparão’ (ver D&C 63:34); ainda assim muitos santos escaparão, porque o justo viverá pela fé (ver Habacuque 2:4); mas muitos justos serão vítimas de doenças, pestes, etc., por causa da fraqueza da carne, mas ainda assim serão salvos no reino de Deus’ (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 264)” (New Testament Student Manual [Novo Testamento — Manual do Aluno], Sistema Educacional da Igreja, 2014, p. 547).
O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou o título de Elias:
“Muitos ministradores angélicos foram enviados das cortes celestiais a fim de conferir chaves e poderes, e transferir suas dispensações e glórias novamente aos homens na Terra. Pelo menos os seguintes mensageiros apareceram: Morôni, João Batista, Pedro, Tiago, e João, Moisés, Elias, o profeta, Elias, Gabriel, Rafael e Miguel (D&C 13; 110; 128:19–21). Considerando ser evidente que nenhum mensageiro carregou sozinho todo o fardo da Restauração, mas que cada um deles trouxe uma investidura específica dos céus, torna-se claro que Elias é um personagem composto. Essa expressão deve ser compreendida como o nome e o título dados àqueles cuja missão era conferir chaves e poderes aos homens nesta dispensação final (ver Joseph Fielding Smith, Doutrinas de Salvação, vol. I, p. 186)” (Mormon Doctrine [Doutrina Mórmon], 2ª ed., 1966, p. 221). Ver também Guia para Estudo das Escrituras, “Elias”.