Enquanto os filhos de Israel estavam acampados no Monte Sinai, Deus lhes deu os Dez Mandamentos. Esta lição abrange os últimos cinco desses mandamentos. Depois de ver as manifestações da presença de Deus no Monte Sinai, os israelitas ficaram com medo. Por intermédio de Moisés, O Senhor deu-lhes mais instruções sobre como eles deveriam adorá-Lo.
Deus dá aos israelitas mandamentos pertinentes ao relacionamento com outras pessoas
Antes da aula, escreva no quadro a lista dos Dez Mandamentos.
Comece a aula perguntando:
Se alguém lhes perguntasse qual mandamento é o mais importante, o que vocês diriam? Por quê?
Explique-lhes que uma pergunta semelhante a essa foi feita ao Salvador, durante Seu ministério mortal. Peça a um aluno que leia Mateus 22:36–40 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor respondeu. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.
Escreva Amar a Deus e Amar ao Próximo no quadro. Explique aos alunos que o Salvador resumiu todos os mandamentos de Deus nesses dois mandamentos. Peça aos alunos que categorizem cada um dos Dez Mandamentos sob um desses títulos. Escreva o número do mandamento sob o título que os alunos selecionarem. (Por exemplo, eles podem dizer que os mandamentos de 1 a 4 referem-se a amar a Deus, e os mandamentos de 5 a 10 referem-se a amar o próximo.)
Escreva o seguinte princípio no quadro: Ao viver os Dez Mandamentos, demonstramos nosso amor a Deus e ao nosso próximo. Convide os alunos a ponderar sobre como esse princípio se aplica a eles, à medida que continuam estudando os Dez Mandamentos.
Na próxima atividade, os alunos estudarão e depois ensinarão uns aos outros um ou dois dos Dez Mandamentos. Separe os alunos em quatro grupos. Entregue a cada grupo a cópia de um dos quatro materiais a seguir. Explique-lhes que os grupos terão cinco minutos para aprender um pouco mais sobre os Dez Mandamentos e se preparar para ensiná-los à classe usando o material recebido. Os professores alunos de cada grupo terão cinco minutos para ensinar à classe os mandamentos que estudaram. (Essa atividade foi escrita para quatro grupos de quatro alunos por grupo. Você pode precisar adaptar a atividade à quantidade de alunos de sua classe. Por exemplo, você pode criar menos grupos e ensinar, você mesmo, um ou mais mandamentos.)
Se algum grupo terminar a preparação antes do tempo estipulado, peça-lhes que encontrem uma referência de escritura que ilustre a importância de guardar os mandamentos que receberam para estudar. Eles podem usar essa referência na hora de ensinar sua parte à classe.
Ler em voz alta Êxodo 20:13 e os dois parágrafos abaixo:
Em Êxodo 20:13, o verbo matar foi traduzido da palavra hebraica que significa assassinato. Matar significa pôr fim à vida de outra pessoa de maneira intencional e ilegal. Nestes últimos dias, o Senhor expandiu nosso entendimento sobre esse mandamento, dizendo: “Não (…) matarás nem farás coisa alguma semelhante” (D&C 59:6). Embora os profetas dos últimos dias não tenham declarado que o aborto seja morte por assassinato, eles ensinaram que o aborto por conveniência pessoal ou social enquadra-se na descrição escriturística de “alguma coisa semelhante”. A definição de assassinato não inclui a ação de um policial ou militar no cumprimento de seu dever.
Os profetas afirmaram que a vida humana é sagrada e deve ser respeitada. O entretenimento e a mídia que glorificam ou apresentam como aceitável o assassinato e outras formas de violência devem ser evitados. Esse tipo de entretenimento e mídia influencia nossas atitudes ou pensamentos e ofendem o Espírito. (Ver Para o Vigor da Juventude, livreto, 2011, pp. 11–13, 22–23.)
Debata as seguintes perguntas:
De que maneira o Plano de Salvação nos ajuda a entender por que o assassinato e a violência são errados?
De que maneira a mídia ou vários tipos de entretenimento promovem a violência ou o desrespeito pela vida humana? O que podemos fazer para evitar esse tipo de mídia ou entretenimento?
Escolha um ou mais alunos de seu grupo para fazer o seguinte diante da classe: (1) Resumir o que vocês aprenderam sobre o mandamento de não matar. (2) Conduzir um rápido debate usando uma ou duas das perguntas acima. (3) Prestar testemunho da importância do respeito à vida humana.
Ler em voz alta Êxodo 20:14 e os dois parágrafos abaixo:
“A intimidade física entre marido e mulher é bela e sagrada. Ela é ordenada por Deus para a criação de filhos e para a expressão do amor entre marido e mulher. Deus ordenou-nos que a intimidade sexual seja reservada para o casamento” (Para o Vigor da Juventude, livreto, 2011, p. 35). Adultério significa relações sexuais entre uma pessoa casada e outra que não seja seu cônjuge. Qualquer relacionamento sexual fora dos laços do casamento entre homem e mulher, inclusive comportamento homossexual, é uma violação da lei do Senhor quanto à castidade.
Para guardarmos a lei da castidade antes e durante o casamento, os profetas também nos ensinaram que não devemos compartilhar, ver, ler ou ouvir nada que retrate ou descreva o corpo físico ou qualquer conduta sexual de maneira imoral ou pornográfica. Devemos manter puros nossos pensamentos, desejos, palavras e ações.
Debata as seguintes perguntas:
Que bênçãos recebemos por sermos puros sexualmente? Que consequências negativas podem resultar de não sermos sexualmente puros?
Que precauções os rapazes e as moças podem tomar para se manterem sexualmente puros? De que maneira essas precauções vão ajudá-los a se preparar para cumprir seus futuros convênios matrimoniais?
E se alguém cair em transgressão sexual? Visto que o pecado sexual é muito grave, há um meio de voltar ao caminho do evangelho? (As pessoas que tiverem cometido um pecado sexual devem falar com seu bispo ou presidente de ramo para que ele os ajudem a passar pelo processo de arrependimento.)
Escolha um ou mais alunos de seu grupo para fazer o seguinte diante da classe: (1) Resumir o que vocês aprenderam sobre o mandamento de não adulterar. (2) Conduzir um rápido debate usando uma ou duas das perguntas acima. (3) Prestar testemunho sobre a importância de cumprir a lei da castidade.
Ler em voz alta Êxodo 20:15–16 e os dois parágrafos abaixo:
Roubar significa tirar de alguém alguma coisa que por direito pertence a essa pessoa. Dizer falso testemunho contra o próximo significa fazer ou apoiar uma declaração falsa sobre outra pessoa.
“Seja honesto(a) com você, com os outros e com Deus, o tempo todo. Ser honesto(a) significa decidir não mentir, roubar, enganar ou trapacear de modo algum. (…)
A desonestidade prejudica você e as outras pessoas também. Se mentir, roubar, furtar ou trapacear, estará prejudicando seu espírito e seu relacionamento com as pessoas. Ser honesto(a) aumentará suas oportunidades futuras e sua capacidade de ser guiado(a) pelo Espírito Santo” (Para o Vigor da Juventude, livreto, 2011, p. 19).
Debatam as seguintes perguntas:
Quais são algumas situações comuns em que as pessoas preferem ser desonestas? Por que vocês acham que elas preferem ser desonestas nessas situações?
De que maneira o ato de trapacear é uma forma de roubo?
Quais bênçãos vocês receberam como resultado de decidir ser honestos?
Escolha um ou mais alunos de seu grupo para fazer o seguinte diante da classe: (1) Resumir o que vocês aprenderam sobre o mandamento de não roubar e não dizer falso testemunho. (2) Conduzir um rápido debate usando uma ou duas das perguntas acima. (3) Prestar testemunho da importância de sermos honestos.
Ler em voz alta Êxodo 20:17 e os dois parágrafos abaixo:
Cobiçar, nesse contexto, significa ter um desejo egoísta e excessivo de possuir algo que pertence a outra pessoa. O ato de cobiçar pode gerar sentimentos de ciúme, inveja, orgulho e ganância. Cobiçar pode levar-nos a ser ingratos e a nunca nos sentir satisfeitos com as coisas que já temos. Podemos admirar o que as outras pessoas têm e procurar melhorar nossa vida e nossas circunstâncias; mas devemos fazer isso com desejos modestos e humildes, com esforços honestos e apropriados.
Quais são alguns exemplos específicos de como o mandamento de não cobiçar é violado atualmente?
De que maneira a obediência ao mandamento de não cobiçar ajuda-nos a ser felizes?
O que podemos fazer para não cobiçar as posses dos outros?
Escolha um ou mais alunos de seu grupo para fazer o seguinte diante da classe: (1) Resumir o que vocês aprenderam sobre o mandamento de não cobiçar. (2) Conduzir um rápido debate usando uma ou duas das perguntas acima. (3) Prestar testemunho da importância de não cobiçar.
Depois que os alunos tiverem discutido os mandamentos que lhes foram atribuídos nos pequenos grupos, convide-os a alistar os números de 1 a 4 em seu caderno ou diário de estudo das escrituras. Peça-lhes que escrevam algo que aprenderam em cada pequeno grupo.
Convide os alunos do grupo 1 para virem à frente e ensinar a classe segundo as instruções, sem ultrapassar os cinco minutos previstos. Repita para cada um dos pequenos grupos. Agradeça aos alunos pela participação.
Convide alguns alunos para compartilhar o que escreveram sobre o que aprenderam com a apresentação de seus colegas. Depois, pergunte à classe:
De que maneira o fato de viver os mandamentos que discutimos ajuda-nos a demonstrar nosso amor ao próximo?
De que maneira o fato de viver esses mandamentos nos possibilita demonstrar nosso amor a Deus?
O Senhor dá mais instruções quanto à maneira de adorá-Lo
Faça um resumo de Êxodo 20:18–26, explicando-lhes que, quando os israelitas viram os trovões e relâmpagos sobre o Monte Sinai e ouviram a voz do Senhor declarar os Dez Mandamentos, eles ficaram com medo. Moisés, então, disse-lhes: “Não temais” (versículo 20). As palavras de Moisés visavam inspirá-los a ter reverência e admiração por Deus e motivá-los a resistir ao pecado. Aprendemos, com a resposta de Moisés, que a reverência a Deus ajuda-nos a resistir ao pecado. O Senhor, então, deu-lhe instruções sobre a maneira como os israelitas deveriam adorá-Lo.
Encerre prestando testemunho dos princípios ensinados na lição de hoje. Peça aos alunos que escrevam em seu caderno ou diário de estudo das escrituras algo diferente que farão como resultado do que aprenderam.
Para ajudar os alunos a memorizar Êxodo 20:3–17, separe-os em grupos de dois ou quatro e convide-os para criar um meio de se lembrarem dos Dez Mandamentos na ordem alistada nos versículos. Por exemplo, os alunos podem desenvolver recursos de memorização usando rimas, imagens, gestos com as mãos ou histórias. Depois de um tempo suficiente, convide cada grupo para demonstrar à classe o que inventou. Depois de todos os grupos se apresentarem, convide a classe para repetir os Dez Mandamentos usando o método que o grupo criou.
Existem situações em que uma pessoa tem de matar outra por motivos diferentes daqueles associados ao assassinato. Tais circunstâncias podem incluir defesa própria ou guerra (embora possa haver, nas guerras, pessoas com intenções assassinas). Matar, nessas situações, não configura assassinato. Quanto ao ato de matar como parte de uma guerra, o Presidente Harold B. Lee explicou: “Existe (…) uma enorme diferença entre destruir a vida agindo sob os ditames de uma nação soberana a que temos o dever de obedecer, e a vontade única e exclusiva de matar por nossa própria responsabilidade” (“The Sixth Commandment—Part Two,” The Ten Commandments Today: A Discussion of the Decalog, 1955, p. 94; ver também Alma 43:45–47).
O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:
“[Por que] Alma (…) advertiu seu filho Coriânton dizendo-lhe que a transgressão sexual é ‘uma abominação à vista do Senhor? Sim, mais [abominável] que todos os pecados, salvo derramar sangue inocente ou negar o Espírito Santo?’ [Alma 39:5].
Classificando com tal gravidade um apetite físico dado a todas as pessoas universalmente, o que Deus está tentando nos dizer sobre o lugar que esse apetite físico ocupa em Seu plano para todos os homens e mulheres? Digo a vocês que Ele está fazendo exatamente isto: falando sobre o próprio plano da vida. Sem dúvida, uma de Suas maiores preocupações em relação à mortalidade é a de como uma pessoa vem a este mundo e como ela sai dele. O Senhor estabeleceu limites muito rígidos nesses assuntos” (“Pureza Pessoal”, A Liahona, janeiro de 1999, p. 89).
Êxodo 20:16. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”
O Presidente Howard W. Hunter alertou-nos contra algumas situações em que estamos sujeitos a violar o mandamento de não dizer falso testemunho:
“Em primeiro lugar, esse mandamento refere-se ao falso testemunho nos procedimentos jurídicos, mas ele se estende para abranger todas as declarações falsas de fato. Qualquer inverdade que tenda a injuriar outra pessoa quanto a seus bens, sua pessoa ou seu caráter é contrária ao espírito e à letra dessa lei. A supressão da verdade que resulte na mesma injúria é também uma violação desse mandamento” (Conference Report, abril de 1965, p. 57).