Chapter 13: Ezra Taft Benson: Décimo Terceiro Presidente da Igreja

Presidentes da Igreja Manual do Aluno, (2004), 212–31


Ezra Taft Benson

Ezra Taft Benson

EVENTOS MARCANTES DA VIDA DE EZRA TAFT BENSON

Idade

Acontecimentos

 

Nasce em 4 de agosto de 1899 em Whitney, Condado de Franklin, Idaho, filho de George T. e Sarah Dunkley Benson.

12

Seu pai parte para servir na Missão dos Estados do Norte (8 de abril de 1912).

15

Começa a freqüentar a Academia da Estaca Oneida, em Preston, Idaho (1914).

19

Freqüenta a Faculdade Estadual de Agronomia de Utah (segundo semestre de 1918).

21–23

Serve na Missão Britânica (14 de julho de 1921–1923).

26

Forma-se em Agronomia na Universidade Brigham Young, com ênfase tanto na agri- cultura quanto na pecuária (primeiro semestre de 1926).

27

Casa-se com Flora Smith Amussen (10 de setembro de 1926); termina na Faculdade Estadual de Iowa o mestrado em Economia Agrária (13 de junho de 1927).

29

Torna-se agente dos serviços de extensão da Universidade de Idaho (4 de março de 1929).

36

Recebe uma bolsa de pesquisa e muda-se para Berkeley, Califórnia, onde inicia um programa de pós-graduação (1o de agosto de 1936).

39

É designado pelo Élder Melvin J. Ballard como presidente da Estaca Boise (27 de novembro de 1938); começa a servir como secretário executivo do Conselho Nacional de Cooperativas Agrícolas em Washington, D.C. (15 de abril de 1939).

40

É designado presidente da Estaca Washington D.C. (30 de junho de 1940).

44

É ordenado apóstolo pelo Presidente Heber J. Grant (7 de outubro de 1943).

46–47

Reabre a obra missionária e supervisiona a distribuição de artigos de primeira necessidade na Europa destruída pela guerra; serve como presidente da Missão Européia (22 de dezembro de 1945 – 22 de dezembro de 1946).

49

É eleito membro da Junta Executiva Nacional dos Escoteiros da América, sucedendo o Presidente George Albert Smith (23 de maio de 1949).

53

Assume o cargo de Ministro da Agricultura dos Estados Unidos (20 de janeiro de 1953).

64

É chamado pelo Presidente David O. McKay para servir como presidente da Missão Européia (18 de outubro de 1963).

74

Torna-se o presidente do Quórum dos Doze Apóstolos (30 de dezembro de 1973).

78

Recebe a Medalha George Washington da Fundação Freedoms em Valley Forge, Pensilvânia (2 de maio de 1978)

86

Torna-se o Presidente da Igreja (10 de novembro de 1985).

87

São dissolvidos os quóruns de setentas das estacas (4 de outubro de 1986).

88

Dedica o Templo de Frankfurt Alemanha (28 de agosto de 1987).

89

É organizado o Segundo Quórum dos Setenta (1o de abril de 1989); recebe o Lobo de Bronze, a mais elevada condecoração do escotismo mundial (1o de abril de 1989).

90

Recebe a Medalha de Cidadão Presidencial do presidente norte-americano George H. W. Bush, que se referiu a ele como “um dos americanos de maior destaque de sua época” (agosto de 1989); participa da dedicação do Templo de Portland Oregon (19 de agosto de 1989).

91

São criadas 29 missões (1990).

93

Falece sua amada esposa Flora (14 de agosto de 1992).

94

Morre em Salt Lake City, Utah (30 de maio de 1994).

“No meio da década de 1950, um rapaz que trabalhava em Washington, D.C., travou conhecimento com Ezra Taft Benson, na época Ministro da Agricultura. Depois de observar o ministro desempenhar seu cargo tão pesado e por vezes polêmico e procurar manter a dignidade e postura de apóstolo, esse homem perguntou ao Élder Benson como conseguia conciliar tudo. O Élder Benson respondeu algo do tipo: ‘Trabalho com o maior afinco possível e faço tudo a meu alcance. E procuro guardar os mandamentos. Então, deixo o Senhor compensar a diferença.’ Nessas poucas palavras se encerra o segredo da vida e sucesso do Presidente Benson” (Sheri L. Dew, Ezra Taft Benson: A Biography [1987], vii–viii).

SEU BISAVÔ ERA UM APÓSTOLO

Greatgrandfather Ezra T. Benson

Ezra T. Benson (1811–1869), bisabuelo de Ezra Taft Benson

Ezra Taft Benson recebeu o mesmo nome que seu bisavô, a quem Brigham Young chamara como apóstolo durante o êxodo para o Vale do Lago Salgado. Ele foi o primeiro apóstolo a ser chamado após a morte do Profeta Joseph Smith. Foi durante a jornada que Ezra T. foi chamado para o Quórum dos Doze. (...) O Presidente Young orientou Ezra, em parte: ‘Se aceitares esse ofício, quero que vás imediatamente a Council Bluffs, a fim de te preparares para a viagem rumo às Montanhas Rochosas.’ Ezra Benson, aos 35 anos de idade, foi ordenado apóstolo em 16 de julho de 1846 pelo Presidente Young e foi-lhe prometido que teria a ‘força de Sansão’. Quase um ano depois, ele estava na primeira companhia de pioneiros que entrou no Vale do Lago Salgado em 24 de julho de 1847. Ele discursou na primeira reunião sacramental realizada lá e depois voltou à trilha para avisar às demais companhias em deslocamento que havia sido encontrado um local para fixarem residência.

Nos anos que se seguiram, Ezra serviu em várias missões, incluindo na Europa e no Havaí, viajou para dentro e fora de Salt Lake City e desempenhou um papel primordial para colonizar a Grande Bacia, principal- mente Tooele, Utah, onde trabalhou com madeira, e depois no vale Cache” (Dew, Ezra Taft Benson, pp. 6–7).

NASCE UM PROFETA

Ezra Taft Benson a los tres meses de edad

Ezra Taft Benson a los tres meses de edad

“Em 19 de outubro de 1898, Sarah [Sophia Dunkley] e George [Taft Benson Jr.] casaram-se no Templo de Logan. A pequena casa que eles haviam construído e mobiliado sozinhos [a dois quilômetros e meio a nordeste de Whitney, Idaho] estava pronta para ser ocupada. Embora não fosse sofisticada, adequava-se bem para um jovem casal apaixonado. (...)

George teve sucesso ao trabalhar na lavoura e viver segundo a lei da colheita — só se colhe o que se planta. (...) Era um homem de caráter irrepreensível e que sentia que ninguém lhe devia o sustento. Sua ambição era ajudar os filhos a ajudarem a si mesmos. Sua esposa tinha qualidades semelhantes, principalmente no tocante à criação dos filhos.

Quando Sarah soube que eles seriam abençoados com seu primeiro filho, ela e George ficaram eufóricos. Oraram e planejaram juntos sobre sua família e aguardaram com ansiedade a chegada do bebê.

Em 4 de agosto de 1899, quando Sarah começou o trabalho de parto, George deu-lhe uma bênção. O Dr. Allen Cutler ocupou-se dela no quarto da casa deles na fazenda, com a presença de ambas as avós, Louisa Benson e Margaret Dunkley. O parto foi longo. Quando o bebê, um grande menino, nasceu, o médico não con- seguiu fazê-lo respirar e colocou-o na cama em seguida, dizendo: ‘Não há esperança para o bebê, mas creio que podemos salvar a mãe.’ Enquanto o Dr. Cutler cuidava freneticamente de Sarah, as avós correram para a cozinha, orando em silêncio em seus esforços. Chegaram em poucos minutos com duas panelas de água: uma fria e a outra quente. De modo alternado, mergulhavam o bebê primeiro na água fria e depois na quente, até que finalmente ouviram um grito. O menino de 5 quilos e 300 gramas estava vivo! Posteriormente, ambas as avós testificaram que o Senhor poupara a criança. George e Sarah deram-lhe o nome de Ezra Taft Benson.

“Desde quando aprendeu a andar, ‘T’, como o pequeno Ezra era chamado carinhosamente, era a sombra de seu pai — andando a cavalo, trabalhando nos campos, preparando os cavalos e carruagens para as reuniões, jogando bola e nadando no riacho. Ele tinha plena consciência de seu legado, na condição de bisneto mais velho de Ezra T. Benson, mas também porque idolatrava seu pai e, quando menino, sentia uma segurança incomum e tinha um profundo orgulho de quem era. Anos depois, após a morte de George Benson, seu filho mais velho ouviu um dos poucos não-mórmons de Whitney dizer: ‘Hoje enterramos a maior influência positiva no vale Cache.’ Sem dúvidas, George Benson foi uma influência de valor na vida de seu filho mais velho” (Dew, Ezra Taft Benson, pp. 12–14).

ELE FOI CRIADO POR UMA FAMÍLIA MARAVILHOSA

Sarah Benson and her children

Sarah Benson con los hijos, alrededor del tiempo en que su esposo fue llamado a una misión, 1912. Ezra Taft Benson tiene 14 años de edad y es el más alto de todos ellos.

O lar dos Benson tinha uma atmosfera cálida e agradável. Os filhos sentiam que sua família era ideal, e os pais adoravam-se. A fazenda era um lugar de trabalho árduo e toda a família dividia as tarefas. Cultivar batatas, cuidar do gado, reformar a casa, consertar as máquinas e plantar beterrabas eram algumas das atividades que preenchiam seus dias.

As crianças aprendiam a trabalhar muito novas. Ezra Taft Benson “tinha apenas quatro anos de idade quando conduziu uma parelha de cavalos pela primeira vez, mas ao crescer na fazenda, suas responsabilidades tocaram cada fase da vida agrícola. Ele aprendeu o significado do trabalho e adorava-o. Como evidência de sua industriosidade, quando tinha apenas 16 anos de idade, desbastou meio hectare de uma plantação de beterrabas num único dia. Recebeu 12 dólares pelo trabalho.

Mesmo com sua vida atarefada na fazenda e na escola, ele sempre encontrava tempo para envolver-se em esportes — seus prediletos eram o basquetebol e o beisebol. Quando menino, jogava basquetebol com o Presidente Harold B. Lee, que também foi criado em Idaho. Eram amigos de infância.

Ele freqüentou a Academia da Estaca Oneida em Preston, Idaho, e viajava de casa para a escola a cavalo ou carruagem quando o clima estava quente; e, de trenó, no inverno” (Mark E. Petersen, “Ezra Taft Benson: ‘O Hábito da Integridade’”, A Liahona, julho de 1975, p. 8).

“George Benson era um homem alegre por natu- reza. Logo depois de acordar, exclamava: ‘Deixem entrar a luz do sol. Abram as janelas, escancarem a porta, deixem entrar a luz do sol.’ Se fazia calor, ele abria a porta da frente e então chamava os filhos — ‘Ezra, Joe, Margaret! Está na hora de trabalhar’ — e sacudia o fogão com vigor. O quarto dos meninos ficava direta- mente no andar de cima, e esse era o sinal para levantarem-se. (...)

Na maioria dos sábados, eles só trabalhavam a metade do dia. Por volta das 13 h, encerravam o trabalho e a família reunia-se para as mais diferentes atividades, de corridas a pé ou a cavalo a jogos de beisebol e pequenos rodeios, onde os meninos tentavam montar em bezerros. Nadar, fazer caminhadas e participar de piqueniques eram algumas de suas atividades preferidas. Dizia-se que Sarah preparava a melhor cesta de piquenique do vale. A família Benson teve o primeiro fonógrafo da região, e os meninos tinham uma quadra de basquetebol com tabelas em ambas as extremidades e uma superfície de terra batida que George aplainou até ficar lisa e sólida. A fazenda dos Benson era um local de reunião para os jovens” (Dew, Ezra Taft Benson, pp. 21–22).

SEU PAI FOI CHAMADO PARA SERVIR NUMA MISSÃO

George T. Benson and his seven sons

George T. Benson (el de la derecha) con sus siete hijos varones. Ezra está al lado de su padre.

“Ao passar a infância nesse ambiente — que ele depois chamou de ‘ideal’ — Ezra Taft Benson aprendeu a fazer sacrifícios para ceifar uma colheita espiritual. Ele tinha apenas 12 anos quando seu pai, George Benson, foi chamado para servir numa missão de 18 meses no centro-oeste dos Estados Unidos. Quando ele partiu para o campo missionário, seu lar tinha sete filhos, com o oitavo a caminho. E Ezra, na condição de primogênito, teve de assumir boa parte da responsabilidade pela fazenda. Uma das lembranças mais nítidas que o Presidente Benson tinha da ausência do pai era quando sua mãe reunia a família em torno da mesa da cozinha para ouvi-la ler as cartas semanais do marido. ‘Nosso lar imbuiu-se de um espírito da obra missionária que nunca se dissipou’, relembrou o Presidente Benson. Todos os onze filhos da família Benson serviram como missionários” (“President Ezra Taft Benson: A Sure Voice of Faith”, Ensign, julho de 1994, p. 10).

ELE APRENDEU MUITO COM SUAS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS ESCOLARES

Ezra Taft Benson freqüentou a Academia da Estaca Oneida em Preston, Idaho. Era uma escola mantida pela Igreja em que as atividades diárias se iniciavam com um devocional e orações matutinas. Foi lá que ele conheceu Harold B. Lee, que estava um ano à frente dele na escola. Tornaram-se bons amigos e ambos cantaram no primeiro coral da escola. Os interesses de Ezra estavam voltados principalmente para a agricultura e a formação profissionalizante. Ele acreditava que um homem devia ser capaz de fazer qualquer conserto.

Ele contou a seguinte experiência que teve na escola secundária:

“O trajeto para ir à escola e voltar para casa era de cinco quilômetros e eu fazia-o a cavalo. Quando as con- dições climáticas eram ruins, às vezes era difícil chegar à aula pontualmente às 8h. Como outros meninos, muitas vezes eu deixava de ir à escola para ajudar na fazenda, principalmente no outono, até o fim da colheita, e na primavera, na época do plantio.

Além de meu pai, o outro homem que deixou a impressão mais duradoura foi um tio, Serge B. Benson. Deu-me aulas em três disciplinas diferentes. Mas acima de tudo, deu-me lições de coragem moral, física e intelectual que tentei aplicar em minha vida posteriormente. Ele reforçou a ênfase de meus pais na honestidade e na defesa da verdade a qualquer preço.

E às vezes o preço era elevado.

Certo dia, no meio de uma importante prova na escola secundária, a ponta de meu lápis quebrou-se. Naquela época, usávamos canivetes para apontar os lápis. Eu esquecera o meu e virei-me para pedir emprestado o do meu colega ao lado. O professor viu isso e me acusou de desonestidade. Quando tentei explicar-me, ele repreendeu-me e acusou-me de mentiroso; pior, proibiu-me de jogar na equipe de basquetebol na grande partida que se realizaria em breve.

Percebi que, quanto mais eu protestava, mais zangado ele ficava. Contudo, repetidas vezes, contei-lhe com teimosia o que acontecera. Mesmo quando o treinador intercedeu por mim, o professor recusou-se a ceder. A desonra era quase maior do que eu podia suportar. Então, poucos minutos antes da partida, ele mudou de idéia, e recebi permissão para jogar. Mas não houve alegria. Perdemos o jogo; e embora isso tenha sido doloroso, a maior dor foi sem dúvida ter sido chamado de trapaceiro e mentiroso.

Ao fazer um retrospecto, sei que essa lição foi enviada por Deus. O caráter é moldado em testes difíceis como esse.

Meus pais acreditaram em mim; foram compreensivos e incentivaram-me. Com o apoio deles, as lições de coragem do tio Serge e a consciência tranqüila, comecei a perceber que quando estamos em paz com o Criador, ainda que não consigamos ignorar totalmente as críticas, podemos ao menos seguir avante.

E aprendi outra coisa: a importância de evitar até mesmo a aparência do mal. Embora eu fosse inocente, as circunstâncias levaram-me a aparentar culpa. Como isso poderia acontecer em muitas situações da vida, tomei a resolução de manter, tanto quanto possível, até mesmo a aparência de meus atos acima de qualquer suspeita. E percebi também que, se injustiças tinham acontecido comigo, poderiam sobrevir a outras pessoas, e eu não deveria julgar seus atos com base sim- plesmente nas aparências” (Cross Fire: The Eight Years with Eisenhower [1962], p. 17).

ELE GOSTAVA DE JOGAR BASQUETEBOL

Ezra Taft Benson gostava muito de esporte, principalmente o basquetebol. Seu pai adorava esse jogo e apoiava os filhos sempre que competiam. George Benson incentivou todos os seus sete filhos homens a jogarem basquetebol. Desafiou no jornal Franklin County Citizen qualquer família a enfrentar a nossa no basquetebol. Ezra achou que foi uma sorte o fato de ninguém ter aceitado o desafio (ver Dew, Ezra Taft Benson, p. 38).

O ESCOTISMO TORNOU-SE UMA PAIXÃO QUE DUROU TODA A VIDA

Ezra Taft Benson was a life-long scouter

Ezra Taft Benson dedicó gran parte de su vida al escultismo. Aquí está el presidente Benson en una convención nacional de los Scouts en Moraine Park, Pensilvania, 1977.

Ezra Taft Benson apoiou o escotismo ao longo de toda a sua vida. Recebeu as três maiores distinções do escotismo nacional: o Castor de Prata, o Antílope de Prata e o Búfalo de Prata. Ganhou também o prêmio internacional do escotismo, o Lobo de Bronze.

Ezra tinha o desejo de ser um ‘líder de meninos’ e, em 1918, teve sua primeira oportunidade formal quando o Bispo Benson chamou seu neto, Ezra, como assistente do líder da tropa de escoteiros da ala, que contava com vinte e quatro escoteiros ativos e travessos. (Algum tempo depois, ele tornou-se líder de tropa.) Ezra dedicou-se a essa designação como um veterano. Naquela época, a Associação de Melhoramentos Mútuos dos Rapazes e Moças promovia corais para os rapazes e o líder dos escoteiros tinha a responsabilidade de ensaiar com eles. Os corais cantavam não só por prazer e diversão, mas participavam também de competições. Depois de semanas de prática e incentivo da parte de Ezra, seu coral ganhou o primeiro lugar no concurso da Estaca Franklin, o que os qualificou para competir no Tabernáculo de Logan contra seis outros grupos finalistas. Foi um grande acontecimento para os meninos, que, em alguns casos, nunca tinham viajado para tão longe de casa.

Para motivar a tropa, Ezra prometeu aos meninos — ‘num momento de ansiedade ou fraqueza’, ele não sabia bem qual — que, se eles vencessem a competição, regional, ele os levaria para fazer um passeio de 57 quilômetros pelas montanhas até o lago Bear.

Na noite da competição, os coros fizeram um sorteio para determinar a ordem de apresentação. O coral de Whitney tirou o último lugar, o que prolongou sua ansiedade. Quando finalmente foram anunciados, os 24 rapazes marcharam pelo corredor até o palco enquanto o pianista tocava a canção patriótica ‘Stars and Stripes Forever’. Ezra colocou-se entre dois bancos para reger. ‘Eles cantaram como eu nunca os ouvira cantar e claro que eu não contaria a história se não tivéssemos conquistado o primeiro lugar em Logan’, contou ele.

Promessa é dívida, e os escoteiros mal tinham sido aclamados vencedores quando se reuniram em volta de seu líder para lembrá-lo do passeio. Dias depois, numa reunião de planejamento, um escoteiro de 12 anos sugeriu com empolgação: ‘Sr. líder, eu gostaria de propor uma votação. Deveríamos todos raspar a cabeça para não precisarmos preocupar-nos com pentes e escovas durante a viagem.’ Os escoteiros mais velhos não deram sinais de entusiasmo (achavam que esse corte de cabelo afastaria as moças), mas a medida foi aprovada pela maioria — mas não sem que antes um dos escoteiros mais velhos dissesse: ‘E os líderes da tropa?’ Foi a vez de Ezra de contorcer-se.

No sábado seguinte, Ezra sentou-se na cadeira do barbeiro, sob o olhar de 24 escoteiros. Quando estava prestes a terminar de cortar o cabelo de Ezra, o barbeiro disse: ‘Se você me deixar raspar sua cabeça, corto de graça o cabelo do restante dos meninos’. Dois dias depois, 24 escoteiros e um líder de tropa careca, com seus assistentes carecas, partiram para o lago Bear. A viagem de dez dias foi ‘gloriosa apesar de tudo’. Eles pescaram, fizeram caminhadas e nadaram, e reinou sempre um espírito de camaradagem. ‘Uma das alegrias de trabalhar com os rapazes é que as recompensas são imediatas’, explicou Ezra depois. ‘Podemos observar os resultados de nossa liderança diariamente. (...) Essa satisfação não pode ser comprada por preço algum; precisa ser ganha’ [ver Ezra Taft Benson, “Scouting Builds Men”, New Era, fevereiro de 1975, pp. 14–18]” (Dew, Ezra Taft Benson, pp. 42–44).

ELE FOI CHAMADO PARA SERVIR COMO MISSIONÁRIO NA INGLATERRA

Ezra Taft Benson: a missionary

Misionero en las Islas Británicas, 1921–1923

No início da década de 1850, quando muitos dos santos estavam mudando-se para a Bacia do Grande Lago Salgado, os missionários na GrãBretanha estavam tendo grande sucesso. Naquela época, o número de membros da Igreja no Reino Unido era o dobro do existente nos Estados Unidos. Muitos dos conversos britânicos acabaram imigrando para a América e fixando residência no Oeste. Contudo, no início dos anos 1900, opositores da Igreja tinham criado um ambiente hostil que tornava difícil o trabalho missionário na Grã-Bretanha. Filmes e publicações da época mostravam os mórmons como pessoas enganadoras e imorais.

Em 1921, Ezra Taft Benson foi chamado para servir como missionário na Inglaterra. Em 1922, o Élder David O. McKay, na época membro do Quórum dos Doze Apóstolos, foi chamado como o presidente da missão local e viu que a Inglaterra estava cheia das piores calú- nias contra a Igreja. Foi nessa atmosfera que serviu o Élder Benson.

“Uma série de frases curtas em seu diário dá mostras das dificuldades [enfrentadas pelo Élder Benson]: ‘Insultado por uma jovem de 18 anos (...) ao fazer contatos entre os ricos — foi uma boa experiência, apesar da amargura deles’; ‘temos detetives em nosso encalço no momento’; ‘dois ministros estão vigiando- nos ao batermos em portas. Ah! Chuva e neve’. Em algumas casas de pessoas abastadas, eram as emprega- das que costumavam abrir a porta, e algumas acusavam depois os missionários de tentar seduzi-las. Certa noite, foi realizada uma palestra antimórmon, ‘Nos Bastidores do Mormonismo’, enquanto os santos estavam fazendo uma reunião da Mutual para os jovens. ‘A cidade estava em alvoroço por causa dos mórmons. Uma vasta assembléia votou para expulsar-nos do município, escreveu Ezra em 30 de março de 1922. Ele redigiu uma réplica para o jornal Cumberland News a fim de denunciar as mentiras publicadas sobre o mormonismo.

Apesar da rejeição das pessoas, Ezra não perdia o senso de humor (‘Ao bater em portas, fui expulso apenas duas vezes’) e a perspectiva (‘Ao andarmos pela rua, as crianças gritam: “Mórmons!” Mas graças ao Senhor que sou mesmo’). Entretanto, as condições continuaram a piorar a ponto de os missionários precisarem até pedir proteção policial. Em abril de 1922, ao tentar alugar um salão para uma reunião, Ezra lamentou: ‘Procuramos um local em vão, sem sucesso algum. O mundo parece hostil à obra do Senhor.’

A despeito da oposição, algumas coisas positivas resultaram das atitudes dos inimigos da Igreja. O jornal Millennial Star, ao fazer referência a uma reunião realizada em Grimsby, Inglaterra, em 31 de março de 1922, observou: ‘A opinião unânime era que as conseqüências positivas eram maiores do que as negativas. Todas as reuniões da Igreja contam com mais pessoas do que em todos os anos anteriores e estamos conquistando muitos novos amigos’“ (Dew, Ezra Taft Benson, p. 58).

ELE CASOU-SE COM FLORA AMUSSEN, SUA COMPANHEIRA POR TODA A VIDA

Flora Amussen Benson

Flora Amussen Benson

Ezra Taft Benson casou-se com Flora Smith Amussen em 10 de setembro de 1926 no Templo de Salt Lake. Ela era filha de um pioneiro que imigrara da Dinamarca. Ele era joalheiro e relojoeiro. Alguns dos amigos de Ezra achavam que ele não tinha a menor chance de namorá-la. Ele contou que “estava passando um fim de semana com amigos em Logan, Utah, quando viu sua futura noiva pela primeira vez. ‘Estávamos perto de uma leiteria quando uma jovem muito atraente passou em seu carro a caminho do estabelecimento para comprar leite’, escreveu ele depois. ‘Quando os rapazes acenaram para ela, ela também acenou. Perguntei: “Quem é aquela jovem?” Eles responderam: “É a Flora Amussen.” Eu disse a eles: “Sabem, acabo de ter a impressão de que vou casar-me com ela.”’

Seus amigos riram e replicaram: ‘Ela é sofisticada demais para um rapaz da roça’. O jovem Ezra disse simplesmente: ‘Isso torna tudo ainda mais interessante.’

Depois de um ‘período maravilhoso de namoro’, ele foi chamado para servir como missionário na GrãBretanha. Flora formara-se na Academia Brigham Young (que oferecia um currículo de ensino secundário de 1909 até fechar em 1926) e logo freqüentaria a Faculdade Estadual de Agronomia de Utah (atualmente, a Universidade Estadual de Utah).

‘Quando voltei, retomamos o namoro’, relatou o Presidente Benson. ‘Então, para minha grande surpresa, a Flora recebeu o chamado missionário para as Ilhas Havaianas. Fiquei muito satisfeito ao vê-la ter essa chance de servir. Ela viu nisso a oportunidade de eu formar-me na faculdade.’

O Irmão Benson formou-se na Universidade Brigham Young em 1926, o mesmo ano em que a Irmã Benson terminou sua missão. Eles casaram-se quando ela voltou, e o casal mudou-se para Ames, Iowa, onde o Presidente Benson recebera uma bolsa de estudos de 70 dólares por mês para estudar agronomia na Faculdade Estadual do Iowa (atualmente, Universidade Estadual do Iowa).

Depois de terminar a pós-graduação e receber o título de mestre em 1929, o Irmão Benson mudou-se com Flora para uma fazenda de 33 hectares perto de Whitney, Idaho. O Irmão Benson tornou-se consultor agrícola municipal, economista de serviços de extensão e especialista de marketing para a Universidade de Idaho” (“President and Sister Benson Celebrate 60th Wedding Anniversary”, Ensign, novembro de 1986, p. 99).

ELE QUERIA AJUDAR OS AGRICULTORES

“Ezra Taft [Benson] voltou para Whitney [Idaho] com um título de mestre e o forte desejo de ajudar outros agricultores a aperfeiçoar sua atividade. Ele auxiliou tanto, de fato, que seus vizinhos nomearam-no agente de extensão agrícola do município.

Nos quinze anos seguintes, seu trabalho na agricultura e na Igreja aumentou em magnitude e influência. Aos 31 anos de idade, foi para Boise, onde trabalhou como economista agrário e especialista de marketing para a Universidade de Idaho e fundou um conselho de cooperativas agríco- las. Em Boise, serviu também como superintendente da AMM da estaca, conselheiro na presidência da estaca e presidente de estaca. Aos 39 anos, foi-lhe proposto um emprego em Washington, D.C., como secretário executivo de uma organização nacional que representava mais de dois milhões de fazendeiros e 4.600 cooperativas agrícolas. Ele só aceitou esse posto depois de garantirem-lhe que não teria de fazer lobby em coquetéis ou nenhum tipo de concessão em seus valores e padrões. Aos 40 anos, estava servindo como presidente de estaca pela segunda vez — dessa vez, na recém-formada Estaca de Washington, D.C” (“President Ezra Taft Benson”, Ensign, julho de 1994, pp. 12–13).

Quando ele trabalhou como economista agrário e especialista de marketing para a Universidade de Idaho, “observou situações que não faziam sentido — fazendeiros que cultivavam grãos, mas economizavam muito para comprar cereais industrializados e caros para os filhos; que compravam as frutas que a família consumia em vez de plantá-las nas partes inutilizadas de suas terras; que deixavam equipamentos caros ao ar livre para enferrujar no inverno. Ele chorou com homens cujas propriedades pertenciam à família havia décadas e que não conheciam nenhuma atividade além da agricultura, mas que não tinham mais meios financeiros para permanecer no ramo.

Depois de fazer um primeiro tour pelo estado, Ezra adquiriu ainda mais gratidão pelo conselho do Profeta Joseph Smith que preconiza que se deve ensinar aos homens princípios corretos e depois permitir que governem a si mesmos. ‘Eu tinha uma filosofia firme’, disse Ezra. ‘Não podemos ajudar as pessoas permanentemente fazendo por elas o que podem e devem fazer por si mesmas. Precisei ajudálas a andar com as próprias pernas’” (Dew, Ezra Taft Benson, p. 107).

ELE FOI CHAMADO AO APOSTOLADO

Elders Spencer W. Kimball and Ezra Taft Benson

En octubre de 1943, se sostuvo a los élderes Spencer W. Kimball y Ezra Taft Benson a formar parte del Quórum de los Doce.

“Em 26 de julho de 1943, a verdadeira vocação de Ezra Taft Benson de servir no reino tornouse uma atividade em tempo integral quando o Presidente Heber J. Grant o chamou para ser o mais novo membro do Quórum dos Doze. Ele foi designado em 7 de outubro do mesmo ano, no mesmo dia que o Élder Spencer W. Kimball, a quem ele viria a suceder como presidente [da Igreja]” (“President Ezra Taft Benson”, Ensign, julho de 1994, p. 14).

No dia 26 de julho, Ezra recebeu um telefonema chamando-o para reunir-se com o Presidente Grant “em sua casa de veraneio num cânion próximo. (...)

A fisionomia de Ezra refletiu o grande choque decorrente da notícia. Ele ficou totalmente desnorteado, pois não pressentira aquele chamado. Posteriormente, escreveu sobre seus sentimentos: ‘A notícia parecia-me inacreditável, desestabilizante. (...) Por vários minutos, [eu] só conseguia repetir: “Mas Presidente Grant, não pode ser!” Devo ter dito essa frase inúmeras vezes antes de conseguir pôr os pensamentos em ordem o suficiente para dar-me conta do ocorrido. (...) Ele segurou minha mão por bastante tempo, enquanto ambos chorávamos. (...) Ficamos juntos por mais de uma hora e, durante a maior parte desse tempo, ficamos de mãos dadas, calorosamente. [Embora ele estivesse] debilitado fisicamente, sua mente estava lúcida e alerta e fiquei profundamente impressionado com seu espírito doce, bondoso e humilde enquanto ele parecia perscrutar minha alma.

Sentia-me tão fraco e indigno que as palavras de consolo e confiança que ele me dirigiu em seguida foram particularmente bem-vindas. Entre outras coisas, ele disse: “O Senhor tem uma maneira de magnificar os homens que são chamados para uma posição de liderança.” Quando em minha fraqueza consegui dizer que amava a Igreja, ele respondeu: “Sabemos disso, e o Senhor quer homens que dão tudo por Sua obra.”

Ele falou das deliberações de uma reunião especial da Primeira Presidência e dos Doze duas semanas antes e que as discussões relativas a mim tinham sido entusiasticamente unânimes. (...) Estou confiante de que é somente [por meio] das ricas bênçãos do Todo- Poderoso que isso pode realizar-se.’

O Presidente Grant pediu a Ezra que assistisse à conferência geral de outubro, quando seria apoiado e ordenado. Disse-lhe também que seu avô e outros progenitores fiéis estavam regozijando-se com esse chamado de um descendente ao apostolado.” (Dew, Ezra Taft Benson, pp. 174–175).

ELE SAIU EM MISSÃO PARA AJUDAR OS SANTOS DA EUROPA QUE ESTAVAM SOFRENDO

Elder Benson and Max Zimmer

El élder Benson y Max Zimmer en los depósitos de la Cruz Roja Internacional en Ginebra, Suiza, inspeccionando los víveres y demás artículos enviados por la Iglesia a los santos de Europa, 1946.

“Em dezembro de 1945, o Élder Benson recebeu a designação de presidir a Missão Européia depois da II Guerra Mundial. Sua tarefa específica era reabrir missões em toda a Europa e dis- tribuir alimentos, roupas e cobertores para os santos em dificuldades.

Numa missão de amor que durou quase 11 meses, o Élder Benson viajou mais de 95 mil quilômetros pela Alemanha, Polônia, Tchecoslováquia e Escandinávia — muitas vezes numa temperatura congelante em trens e aviões sem aquecimento. Com o otimismo que lhe era peculiar, ele organizou um grupo musical com seus companheiros de viagem, que chamou de ‘K-Ration Quartet’, a fim de passar melhor, com o auxílio da música, as horas entediantes e desconfortáveis de deslocamento.

Em inúmeras ocasiões, quando parecia impossível receber permissão para entrar em países arrasados pela guerra para distribuir alimentos e outros artigos de primeira necessidade, o Élder Benson invocava o Senhor, para que abrisse o caminho. Uma após outra, as barreiras caíram, e milhares de toneladas de suprimentos de bem-estar da Igreja foram enviadas aos santos da Europa. Durante essa missão, o Élder Benson também dedicou a Finlândia para a pregação do evangelho.

Em escolas e capelas bombardeadas, o Élder Benson reuniu-se com santos que tinham perdido a casa, a família e a saúde — tudo exceto sua devoção ao evangelho. As cenas de fome e destruição nunca se apagaram da memória do Presidente Benson, tampouco o rosto e a fé de seus amados irmãos europeus , acerca dos quais ele continuou a falar com freqüência ao longo de sua vida. Dezoito meses mais tarde, o Élder Benson presidiu novamente as missões européias, dessa vez com sede em Frankfurt, Alemanha. Ele sempre se alegrava de modo especial ao ver estacas, missões e templos serem estabelecidos na Europa” (“President Ezra Taft Benson”, Ensign, julho de 1994, p. 14).

Em agosto de 1946, “o Élder Benson tomou conhecimento de que o Élder Alma Sonne, assistente dos Doze, fora chamado para sucedê-lo na Europa. A notícia era inesperada. Ele planejara ficar na Europa por mais seis meses e achava que ainda havia muito trabalho a fazer. Contudo, alegrou-se ao poder ir para casa. Num momento raro de reflexão, ele admitiu que os meses anteriores tinham sido ‘um pouco difíceis e penosos, mas o Senhor [o] sustivera de modo extraordinário’.

Ezra Taft Benson in Poland

El élder Benson con un grupo de miembros en Polonia, 1946.

Contudo, como a notícia da mudança viera de maneira tão repentina, o Élder Benson ficou a perguntar-se se desempenhara suas atividades de modo aceitável. Então, uma experiência incomum acalmou seus temores e ele registrou-a em seu diário: ‘Ontem à noite, num sonho, tive o privilégio de passar o que me pareceu uma hora com o Presidente George Albert Smith em Salt Lake. Foi uma experiência impressionante e que trouxe grande satisfação a minha alma. Conversamos intimamente sobre a obra grandiosa na qual estávamos envolvidos e sobre minha família dedicada. Senti o calor de seu abraço enquanto ambos derramávamos lágrimas de gratidão pelas ricas bênçãos do Senhor. (...) Nos últimos dias, tenho-me perguntado se meu trabalho na Europa foi aceitável diante da Primeira [Presidência] e das demais autoridades gerais em Utah e principalmente perante meu Pai Celestial. Essa doce experiência contribuiu para tranqüilizar totalmente meu espírito, e sou profundamente grato por isso.’

Pouco depois, o Élder Harold B. Lee escreveu para Ezra: ‘As autoridades gerais são unânimes ao considerar que você realizou uma missão gloriosa e um trabalho que não poderia ter sido feito por alguém de menos coragem, habilidade (...) e fé inabalável no poder do Senhor para vencer os obstáculos’” (Dew, Ezra Taft Benson, p. 224).

ELE FOI O MINISTRO DA AGRICULTURA DOS ESTADOS UNIDOS

Ezra Taft Benson: U.S. Secretary of Agriculture

El élder Ezra Taft Benson en su juramento al cargo como Secretario de Agricultura de los Estados Unidos por el Presidente de la Suprema Corte, Fred M. Vinson, en presencia del presidente Dwight D. Eisenhower, enero de 1953.

“Em 1952, o Élder Benson ficou espantado ao receber um telefonema com a notícia de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Dwight D. Eisenhower, um homem que ele não conhecia pessoalmente, desejava falar com ele com vistas a nomeá-lo Ministro da Agricultura dos Estados Unidos. Líderes do setor agrícola tinham recomendado Ezra Taft Benson como o melhor homem para esse cargo. Com a bênção do Presidente David O. McKay e a garantia do Presidente Eisenhower de que ele nunca precisaria endossar uma norma com que não concordasse, o Élder Benson tornou-se o Ministro Benson. A família Benson voltou para Washington, D.C., e lá residiu durante os oito anos da administração de Eisenhower” (“President Ezra Taft Benson”, Ensign, julho de 1994, pp. 14–15).

Os anos em que ele desempenhou um cargo político (1953–1961) foram marcados por desafios. “Logo no início, o Élder Benson pediu uma bênção à Primeira Presidência. Com o auxílio de J. Reuben Clark, o Presidente McKay pronunciou palavras de consolo e conselho sobre a cabeça do apóstolo: ‘Você terá uma responsabilidade ainda maior do que a de seus colegas de gabinete, pois (...) é um apóstolo do Senhor Jesus Cristo. Você tem direito a inspiração do alto e se viver, pensar e orar como deve, contará com essa orientação divina que os outros não possuem. Assim, abençoamo-lo, caro Irmão Ezra, para que quando os homens com quem você deliberar forem confrontados com o certo e o errado, você consiga enxergar nitidamente o que é correto e, por sabê-lo, você tenha coragem para defender o que é certo e justo. (...) Selamos sobre você as bênçãos de um (...) discernimento sólido e uma visão nítida, a fim de ver de longe as necessidades deste país; visão também para reconhecer os inimigos que pretendem destruir as liberdades individuais garantidas pela Constituição (...) e para que seja destemido ao condenar essas influências subversivas e forte ao defender os direitos e privilégios da Constituição’” (Dew, Ezra Taft Benson, pp. 258–259).

Durante o período em que serviu como Ministro da Agricultura, o Élder Benson lidou com muitos grupos hostis que, depois de ouvirem-no, se convenceram de que ele era um homem honesto. Vários de seus críticos vieram a tornar-se seus defensores. Muitas vezes, ele convenceu esses mesmos grupos de que os pontos de vista dele eram os melhores e que todos se beneficiariam se o apoiassem. O Presidente Eisenhower reconheceu que boa parte da popularidade de sua administração, principalmente no Sul do país, se devia ao Ministro da Agricultura, Ezra Taft Benson.

“Para alguém que se opunha a um governo grande, Ezra estava à frente de um departamento enorme. O Ministério da Agricultura abrigava um décimo de seus 78.000 servidores no edifício principal da Administração e o Prédio Sul em Washington, D.C., com quase 5.000 salas e 13 quilômetros de corredores. O restante dos funcionários estava espalhado por dez localidades diferentes dos Estados Unidos e 50 países. Seu orçamento de 1953, de 2,1 bilhões de dólares, era, quase como a do Ministério da Fazenda, maior do que o de qualquer ministério civil. Ele e sua equipe supervisionavam as necessidades alimentares de 160 milhões de americanos” (Dew, Ezra Taft Benson, p. 260).

“Nesse período, havia grande controvérsia sobre a forma de estabilizar a demanda e a procura numa economia agrícola cheia de incertezas, e o rosto de Ezra Taft Benson apareceu na capa de várias revistas nacionais quando ele estava lidando com o problema. Ele falava de modo direto, sem se preocupar com o grau de popularidade de suas opiniões. Ao dirigir-se a agricultores e políticos, ele tinha a coragem de sugerir que as soluções para os problemas econômicos e políticos se baseavam em princípios espirituais e morais, sem os quais nenhuma nação poderia ter prosperidade ou paz. Em Washington, o Élder Benson incentivou a prática de iniciar as reuniões de gabinete com uma oração, e os Benson apresentaram um programa de noite familiar aos Eisenhower” (Ensign, julho de 1994, p. 15).

Como Ministro da Agricultura dos Estados Unidos, Ezra Taft Benson passou oito anos no que chamou de ‘fogo cruzado’ da política nacional. (...) Ele foi um dos únicos ministros que serviu em ambos os mandatos do Presidente Dwight D. Eisenhower. (...)

Ao aceitar esse cargo, ele viu-se num posição dificílima — defendendo políticas e programas agrícolas impopulares, mas que depois se provaram eficazes.

“Em Cross Fire (“Fogo Cruzado”), um livro que escreveu sobre seus anos no ministério, ele declarou: ‘Na política, (...) é preciso aprender a lidar com as críticas.’

Seus críticos eram tão mordazes que outro ministro observou certa vez: ‘Todas as noites quando vou dormir, agradeço a Deus por não ser o Ministro da Agricultura.’

Embora a opinião pública se voltasse contra ele com freqüência, com o tempo ele se mostrou um ministro sensato e competente e um dos mais populares da história.

O Ministro Benson declarou: ‘O teste supremo de qualquer política governamental, agrícola ou não, deve ser: “Como ela afetará o caráter, moral e bem-estar de nosso povo?”’

Ele permaneceu firme em suas crenças e garantiu os votos dos fazendeiros em 1956 e novamente em 1960. Com o passar dos anos, muitos de seus críticos se torna- ram defensores” (Gerry Avant, “8 Years in ‘Cross Fire’ of U.S. Politics”, Church News, 4 de junho de 1994, p. 17).

“No decorrer dos anos no ministério, o Élder Benson manteve a calma diante de críticas tão duras que espantavam até mesmo algumas pessoas que discorda- vam de suas políticas. Uma placa em sua escrivaninha que dizia: ‘Ó Deus, concede-nos homens com aspirações mais elevadas do que uma urna eleitoral’ era um dos motivos de sua serenidade. Ezra Taft Benson fazia simplesmente o que ele julgava ser o melhor, não o que fosse mais conveniente do ponto de vista político. Posteriormente, ele relatou o outro motivo: ‘Oro — oramos em família — para afastar todo espírito de ódio e amargura’ (em Conference Report, abril de 1961, p. 112)” (Ensign, julho de 1994, p. 15).

A FAMÍLIA BENSON ERA MUITO UNIDA

Ezra Taft Benson's Family

La familia Benson con el presidente Eisenhower en el centro.

“A família do Presidente Benson — com seus saraus musicais, noites familiares e orações uns pelos outros — era sempre seu refúgio e esteio. A imprensa de Washington ficava admirada quando o Élder e a Irmã Benson recusavam sem hesitar convites para even- tos sociais quando havia o concerto de um filho ou uma atividade para pais e filhos” (Ensign, julho de 1994, p. 15).

“Quando ele foi convidado a um jantar importante por um alto funcionário do governo, [Ezra Taft] Benson respondeu: ‘Sinto muito, mas tenho um compromisso com minha filha Bonnie.’

O compromisso era uma festa para pais e filhas e uma gincana na Igreja Mórmon. Depois de um jantar em que cada jovem servia seu pai, todos participavam da gincana. A primeira equipe formada por pai e filha que voltasse com o ‘tesouro’ estipulado ganhava o prê- mio da noite.

Os residentes da área em volta da capela ficaram um tanto surpresos naquela noite ao atenderem à porta e verem o Ministro da Agricultura, com seus ombros largos, acompanhado de sua filha de 14 anos e pedindo coisas como um palito de dentes verde, um cadarço velho, um calendário de 1952 e a edição do último mês de setembro de uma revista de atualidades. Contudo, a equipe Benson foi tão ágil que ganhou o primeiro prêmio: um baú cheio de ‘dólares’ (de chocolate). ‘Ele ficava mais feliz com esse tipo de coisa’, afirmou um membro da Igreja amigo da família, ‘do que com um convite para a Casa Branca’. Essas atividades familiares simples proporcionavam a ele uma forma de relaxar que seria difícil de encontrar em eventos governamentais” (Roul Tunley, “Everybody Picks on Benson”, American Magazine, junho de 1954, p. 108).

“ORE PELO MEU PAI”

“Num dia de abril há 21 anos, descobri uma das fontes de força das autoridades gerais.

Eu estava sentada com os seis filhos do Élder Ezra Taft Benson, uma dos quais era minha colega de quarto. Meu interesse aumentou quando o Presidente McKay se levantou e anunciou o orador seguinte. Fiquei observando respeitosamente o Élder Benson, que eu ainda não conhecia pessoalmente, dirigir-se ao microfone. Ele era alto, com mais 1m80 . Ele tinha um doutorado, era internacionalmente reconhecido como Ministro da Agricultura dos Estados Unidos e uma testemunha especial do Senhor, um homem que parecia sereno e seguro de si, alguém que discursava perante audiências no mundo inteiro. Repentinamente, uma mão tocou meu braço. Uma menina apoiou-se em mim e sussurrou com urgência: ‘Ore pelo meu pai.’

Um pouco espantada, pensei: ‘Esse recado está correndo ao longo de toda a fileira e parece que esperam que eu o passe adiante. Devo dizer: “Ore pelo Élder Benson”? Ou: “Faça uma oração pelo seu pai”?’ Sentindo a urgência, inclinei-me e repeti simplesmente o que me fora dito: ‘Ore pelo meu pai.’

Vi o cochicho continuar seu trajeto até chegar à fileira onde estava sentada a Irmã Benson, que já inclinara a cabeça. (...)

Com o passar dos anos, as conferências gerais sucederam-se e, a cada vez que o Presidente Benson se levantava para discursar, eu pensava: ‘Os filhos dele, espalhados pelo continente, estão unidos em oração pelo pai neste momento.’

Hoje creio que a breve mensagem sussurrada ao longo daquelas fileiras há cerca de 21 anos é a mensagem mais importante que uma família pode transmitir. Que poder e fé extraordinários um homem pode receber para enfrentar os desafios diários de sua vida se em algum lugar do mundo seus filhos estiverem sussurrando: ‘Ore pelo meu pai’” (Elaine S. McKay, “Ore por Papai ”, A Liahona, novembro de 1988, pp. 23–24).

ELE ENSINOU SOBRE A IMPORTÂNCIA DO LAR

Em 30 de dezembro de 1973, aos 74 anos de idade, o Élder Ezra Taft Benson foi designado presidente do Quórum dos Doze Apóstolos. “Ele servira como apóstolo durante 30 anos e, no momento em que o colega que se sentara a seu lado ao longo de todo aquele período foi ordenado profeta, Ezra apoiou-o completamente. (...)

ELE TORNOU-SE O PRESIDENTE DOS DOZE

Quanto a sua própria nova responsabilidade, que veio de modo tão inesperado, ele fez a seguinte confidência em seu diário: ‘Fico assoberbado ao pensar que (...) fui chamado para servir como presidente dos Doze. De todo o coração, buscarei a inspiração do céu e as bênçãos de nosso Pai Celestial. Sei que a obra é verdadeira. Sei que Deus vive e que esta Igreja leva o nome de Jesus Cristo. Com o auxílio Dele e de meu Pai Celestial, tenho certeza de que meus humildes esforços serão coroados de êxito.’ (...)

Em abril de 1974, o Presidente Kimball deu a conhecer sua visão da expansão do programa missioná- rio num discurso antológico para os Representantes Regionais [ver Spencer W. Kimball, “Ide por Todo o Mundo”, A Liahona, novembro de 1974, pp. 3–5]. O Élder William Grant Bangerter, do Primeiro Quórum dos Setenta, observou que o Presidente Kimball mal começara a falar quando ‘a congregação pareceu adquirir repentinamente uma consciência renovada. Ficamos em estado de alerta para uma presença espiritual impressionante e percebemos que estávamos ouvindo algo incomum. (...) Era como se, espiritualmente falando, nosso cabelo começasse a ficar de pé.’ Quando o Presidente Kimball acabou o discurso, o Presidente Benson declarou com a voz embargada pela emoção: ‘Presidente Kimball, ao longo de todos os anos em que se realizaram essas reuniões, nunca ouvimos um discurso como esse que você acabou de proferir. Verdadeiramente há um profeta em Israel’. Naquela noite, Ezra escreveu em seu diário: ‘Oro para que o Irmão Kimball viva muitos e muitos anos. O Senhor está magnificando-o. O manto do presidente agora repousa sobre ele. Ele (...) será uma grande bênção para a Igreja inteira’” (Dew, Ezra Taft Benson, pp. 426, 431).

A ESPIRITUALIDADE É A CHAVE PARA MANTER VIVA A LIBERDADE

O Presidente Ezra Taft Benson era um defensor ferrenho da liberdade. Em certa ocasião, escreveu: “O que podemos fazer para manter acesa a chama da liberdade? Guardar os mandamentos de Deus. Andar circunspectamente perante Ele. Pagar nosso dízimo e ofertas de jejum. Freqüentar o templo. Permanecer moralmente puros. Participar das eleições locais, pois o Senhor disse: ‘Deve-se, portanto, procurar diligentemente homens honestos e homens prudentes; e homens bons e homens prudentes devereis apoiar’ (D&C 98:10). Devemos ser honestos em todos os nossos negócios. Realizar a noite familiar fielmente. Orar — orar ao Deus do céu para que intervenha para preservar nossas liberdades preciosas, para que Seu evangelho chegue a toda nação e povo. Sim, nas palavras do próprio Senhor: ‘Permanecei em lugares santos e não sejais movidos até que venha o Dia do Senhor.’ Esses ‘lugares santos’ são nossos templos, estaca, ala e lar” (This Nation Shall Endure [1977], pp. 9–10).

ELE TORNOU-SE O PRESIDENTE DA IGREJA

The First Presidency

La Primera Presidencia: Ezra Taft Benson, Gordon B. Hinckley y Thomas S. Monson.

Em 10 de novembro de 1985, quase 12 anos depois de tornar-se presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, o Presidente Ezra Taft Benson foi ordenado e designado Presidente da Igreja. Não foi um dia que ele previra. Ele e a Irmã Benson tinham orado para que a vida do Presidente Kimball fosse prolongada. Contudo, ele disse:

“Agora que o Senhor falou, daremos o melhor de nós, sob sua direção e orientação, para levar avante Sua obra na Terra. (...)

Algumas pessoas vêm perguntando, como seria de esperar, sobre os rumos que a Igreja tomará no futuro. Permitam-me adiantar que o Senhor, por meio do Presidente Kimball, deu grande ênfase à missão tríplice da Igreja: pregar o evangelho, aperfeiçoar os santos e redimir os mortos. Vamos empenhar-nos ao máximo para levar esta missão adiante” (citado em Don L. Searle, “President Ezra Taft Benson Ordained Thirteenth President of the Church”, Ensign, dezembro de 1985, p. 5).

“[O Presidente Benson] tinha 86 anos quando recebeu o manto de profeta, mas foi vivificado e fortalecido a olhos vistos pelo chamado. Ele viajou muito por toda a Igreja, dedicando templos e discursando para os santos. (...)

Durante sua presidência, o Presidente Benson testemunhou outra notável série de acontecimentos que envolviam os princípios da liberdade que ele defendera de modo tão direto ao longo de toda a vida. Miraculosamente, a Cortina de Ferro na Europa Oriental começou a ruir para a bênção do povo que ele aprendera a amar depois da II Guerra Mundial. Em 1985, foi dedicado o Templo de Freiberg, localizado na República Democrática Alemã — fato que por si só constituiu um milagre. Contudo, sem a obra missionária naquele país, o crescimento da Igreja era limitado. Então, em 1988, o governo comunista da República Democrática Alemã concedeu permissão para que missionários servissem lá e também para que seus jovens cidadãos partissem em missão no exterior.

Em 1990, grandes mudanças políticas estavam acontecendo no mundo. As barreiras entre o Ocidente e o Oriente começaram a cair, à medida que os povos da Europa Oriental e outras nações abraçaram entusiasticamente os princípios da democracia e da religião” (Ensign, julho de 1994, pp. 16, 18–19).

O PRESIDENTE BENSON AMAVA O LIVRO DE MÓRMON

Ezra Taft Benson with the Book of Mormon

Toda la vida fue devoto del Libro de Mormón.

O Presidente Howard W. Hunter, na época membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse:

“O Presidente Benson falava com amor e freqüência da obra missionária, dos templos e das responsabilidades do sacerdócio. Falava de nosso legado pioneiro, dos perigos do orgulho e dos dons do Espírito Santo. Contudo, acima de tudo, falava de seu amado Livro de Mórmon.

Será que alguma geração, incluindo as que ainda virão, fará um retrospecto da administração do Presidente Ezra Taft Benson sem pensar de imediato em seu amor pelo Livro de Mórmon? Talvez nenhum presidente da Igreja desde o Profeta Joseph Smith tenha feito mais do que ele para ensinar as verdades do Livro de Mórmon, para incentivar todos os membros da Igreja a estudarem-no diariamente e para ‘inundar a Terra’ ao distribuí-lo.

Logo no início de seu ministério como profeta, vidente e revelador, o Presidente Benson disse de modo inequívoco: ‘O Livro de Mórmon deve voltar a ocupar um lugar de destaque na mente e coração de nosso povo. Devemos honrá-lo ao lê-lo, estudá-lo, aplicar seus preceitos em nossa vida e transformar nossa existência de modo a sermos verdadeiros seguidores de Cristo’” (“A Strong and Mighty Man”, Ensign, julho de 1994, p. 42).

O LIVRO DE MÓRMON CONDUZ OS HOMENS A CRISTO

O Presidente Ezra Taft Benson, na época presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou como o Livro de Mórmon conduz as pessoas a Cristo:

“O Livro de Mórmon leva os homens a Cristo de duas formas principais. Primeiro, ele fala com clareza de Cristo e Seu evangelho. Testifica de Sua divindade e da necessidade de um Redentor e de confiarmos Nele. Presta testemunho da Queda e da Expiação e dos primeiros princípios do evangelho, incluindo a necessidade de termos um coração quebrantado e um espírito contrito e renascermos espiritualmente. Proclama que devemos perseverar até o fim em retidão e levar a vida moral de um santo.

Em segundo lugar, o Livro de Mórmon expõe os inimigos de Cristo. Confunde as doutrinas falsas e põe fim às contendas (ver 2 Néfi 3:12). Fortalece os humildes seguidores de Cristo contra os desígnios, estratégias e doutrinas do diabo em nossos dias. O tipo de apóstatas do Livro de Mórmon é semelhante ao que vemos hoje. Deus, em Sua presciência infinita, moldou o Livro de Mórmon de modo a ajudar-nos a enxergar o erro e saber como combater os falsos conceitos educativos, políticos, religiosos e filosóficos de nossa época” (Conference Report, abril de 1975, pp. 94–95; ou A Liahona, agosto de 1975, p. 31).

ELE DEU UMA BÊNÇÃO DE MAIOR DISCERNIMENTO E COMPREENSÃO

No encerramento da conferência geral de abril de 1986, o Presidente Ezra Taft Benson deixou uma bên- ção profética:

“Em nossos dias, o Senhor revelou a necessidade de voltarmos a realçar o Livro de Mórmon, a fim de tirarmos a Igreja e todos os filhos de Sião da condenação — o flagelo e o juízo (ver D&C 84:54–58). Essa mensagem deve ser levada aos membros da Igreja em todo o mundo. (...)

Agora, com a autoridade do santo sacerdócio investida em mim, invoco minha bênção sobre os santos dos últimos dias e sobre as pessoas de bem em todas as partes.

Abençôo-os com maior discernimento para julgarem entre Cristo e o anticristo. Abençôo-os com maior poder para fazerem o bem e resistirem ao mal. Abençôoos com maior compreensão do Livro de Mórmon. Prometo-lhes que, a partir de agora, se sorverem suas páginas e seguirem seus preceitos, Deus derramará sobre cada filho de Sião e a Igreja uma bênção até agora desconhecida — e suplicaremos ao Senhor que comece a retirar a condenação — o flagelo e juízo. Disso presto solene testemunho” (em Conference Report, abril de 1986, p. 100; ou A Liahona, julho de 1986, p. 80).

“TENHO A VISÃO DA TERRA SENDO INUNDADA COM O LIVRO DE MÓRMON”

O Presidente Ezra Taft Benson disse aos membros da Igreja:

“O Livro de Mórmon é o instrumento criado por Deus para ‘[varrer] a Terra, como um dilúvio, a fim de reunir [Seus] eleitos’ (Moisés 7:62). Esse volume sagrado de escrituras precisa ocupar um lugar central em nossa pregação, ensino e trabalho missionário. (...)

Está na hora de inundarmos a Terra com o Livro de Mórmon pelos muitos motivos apresentados pelo Senhor. Nesta época de meios de comunicação eletrônicos e distribuição em massa de obras escritas, Deus cobrará de nós se não espalharmos o Livro de Mórmon de modo monumental.

Temos o Livro de Mórmon, os membros da Igreja, os missionários e os demais recursos, e o mundo tem a necessidade de tudo isso.

A hora é agora! (...)

Tenho a visão de lares advertidos, salas de aula vivificadas e púlpitos acesos pela chama do espírito das mensagens do Livro de Mórmon.

Tenho a visão de mestres familiares e professoras visitantes, autoridades de ala, ramo, estaca e missão aconselhando nosso povo com o livro mais correto da Terra: o Livro de Mórmon.

Tenho a visão de artistas transpondo para o cinema, o teatro, a literatura, a música e a pintura grandes temas e personagens do Livro de Mórmon.

Tenho a visão de milhares de missionários chegando ao campo missionário com milhares de passagens memorizadas do Livro de Mórmon a fim de atenderem às necessidades de um mundo espiritualmente faminto.

Tenho a visão de toda a Igreja aproximando-se mais de Deus ao seguir os preceitos do Livro de Mórmon.

De fato, tenho a visão da Terra sendo inundada com o Livro de Mórmon.

Amados irmãos, estou entrando em meu nonagésimo ano de vida. Estou envelhecendo e perdendo o vigor físico. (...)

Não sei bem por que Deus preservou minha vida até esta idade, mas disto sei: No momento presente, Ele revelou-me a necessidade absoluta de levarmos o Livro de Mórmon avante de modo maravilhoso. Precisamos ajudar nessa obra e bênção que Ele confiou a toda a Igreja, sim, a todos os filhos de Sião.

Moisés nunca entrou na terra prometida. Joseph Smith nunca viu Sião redimida. Alguns de nós talvez não vivam o bastante para ver o dia em que o Livro de Mórmon inundará a Terra e em que o Senhor retirará Sua condenação (ver D&C 84:54—58). Contudo, se for da vontade de Deus, pretendo passar o restante de meus dias nesse trabalho glorioso” (Conference Report, outubro de 1988, pp. 3–5; ou A Liahona, janeiro de 1989, pp. 3–5).

ELE ACONSELHOU OS JOVENS A SEREM PUROS

O Presidente Ezra Taft Benson deu os seguintes conselhos sobre a castidade aos jovens:

“Reconheço que a maioria das pessoas cai em pecado sexual na tentativa de satisfazer de modo inadequado a necessidades humanas básicas. Todos temos a necessidade de sentir-nos amados e valorizados. Todos buscamos ter alegria e felicidade em nossa vida. Por saber disso, Satanás costuma atrair as pessoas para condutas imorais ao apelar para suas necessidades fundamentais. Ele promete prazer, felicidade e satisfação.

Mas trata-se, obviamente, de uma ilusão. (...)

Não sejam enganados pelas mentiras de Satanás. Não existe felicidade duradoura na imoralidade. Não há felicidade no desrespeito à lei da castidade. Só o contrário é verdadeiro. Pode haver prazer momentâneo. Por algum tempo, pode parecer que tudo é maravilhoso. Contudo, rapidamente o relacionamento se desgasta. Entram a culpa e a vergonha. Temos medo de que nossos pecados sejam descobertos. Somos obrigados a evadir-nos, esconder-nos, mentir e enga- nar. O amor começa a morrer. A amargura, o ciúme, a raiva e até mesmo o ódio começam a crescer. Todas essas coisas são as conseqüências naturais do pecado e da transgressão.

Por outro lado, quando obedecemos à lei da castidade e mantemo-nos moralmente puros, desfrutamos as bênçãos de um amor maior e paz, maior confiança e respeito por nosso cônjuge, um compromisso mais profundo um para com o outro e, portanto, um senso intenso e significativo de alegria e felicidade” (“The Law of Chastity”, Brigham Young University 1987–1988 Devotional and Fireside Speeches [1988], pp. 50–51).

ELE ACONSELHOU OS HOMENS ADULTOS SOLTEIROS A BUSCAREM A META DO CASAMENTO CELESTIAL

Depois de aconselhar os homens adultos solteiros jovens da Igreja a examinarem suas prioridades, o Presidente Ezra Taft Benson disse:

“Permitam-me agora tecer alguns comentários sobre uma oportunidade e responsabilidade eternas, (...) algo da maior importância para vocês. Refiro-me ao casamento celestial. (...)

(...) Desejamos que saibam que a posição da Igreja no tocante ao casamento celestial nunca mudou. É um mandamento de Deus. A declaração do Senhor em Gênesis ainda é verdadeira: ‘E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só’ (Gênesis 2:18).

Para alcançar a plenitude da glória e exaltação no reino celestial, é preciso realizar essa ordenança sumamente sagrada.

Sem o casamento, os propósitos do Senhor seriam frustrados. Espíritos escolhidos seriam impedidos de ter uma experiência mortal. E, em geral, adiar indevidamente o casamento significa também limitar sua posteridade. E tempo virá, irmãos, em que sentirão e reconhecerão essa perda.

Posso garantir-lhes que a maior responsabilidade e as maiores alegrias da vida estão centradas na família, no casamento honrado e na criação de uma posteri- dade justa. E quanto mais envelhecerem, menor será a probabilidade de casarem-se, e então poderão perder por completo essas bênçãos eternas. (...)

Percebo que alguns dos irmãos têm temores genuínos no tocante às grandes responsabilidades que assumirão ao se casarem. Estão preocupados em poderem sustentar uma esposa e família e atenderem a suas necessidades nesta conjuntura econômica incerta. Esse receio precisa ser substituído pela fé.

Asseguro-lhes, irmãos, que se forem industriosos, pagarem o dízimo e ofertas fielmente e guardarem os mandamentos de modo consciencioso, o Senhor os sustentará. Sim, será preciso fazer sacrifícios, mas vocês crescerão com eles e serão homens melhores por terem-nos vencido.

Empenhem-se ao máximo nos estudos e em sua profissão. Depositem sua confiança no Senhor, tenham fé e tudo terminará bem. O Senhor nunca dá um mandamento sem preparar um meio para que se cumpra (ver 1 Néfi 3:7).

Da mesma forma, não se deixem levar pelo materialismo, uma das verdadeiras pragas de nossa geração — isto é, adquirir bens, viver num ritmo desenfreado e dedicar-se ao sucesso da carreira, deixando de lado o casamento.

O casamento honrado é mais importante do que as riquezas, a posição e o status. Como marido e mulher, vocês podem alcançar juntos as metas de sua vida. Ao sacrificarem-se um pelo outro e pelos filhos, o Senhor os abençoará, e seu compromisso para com o Senhor e seu serviço no reino Dele aumentarão.

Contudo, irmãos, não esperem a perfeição ao escolherem a esposa. Não fiquem obcecados por detalhes a ponto de negligenciarem as qualidades mais importantes como o testemunho forte, a observância dos princípios do evangelho, o amor ao lar, o desejo de ser mãe em Sião e o apoio ao marido em suas responsabilidades do sacerdócio.

É claro que vocês precisam sentir-se atraídos por ela, mas não devem sair com uma jovem após a outra pelo simples prazer de namorar, sem buscar a confirmação do Senhor para sua escolha da companheira eterna.

E uma das formas de avaliar se vocês estão com a pessoa certa é perguntar: na presença dela, vocês têm os pensamentos mais nobres, aspiram aos atos mais elevados, desejam ser uma pessoa melhor?” (Conference Report, abril de 1988, pp. 58–59; ou A Liahona, julho de 1988, pp. 53—54.)

ELE ACONSELHOU AS IRMÃS ADULTAS SOLTEIRAS A CONSERVAREM A META DO CASAMENTO CELESTIAL

Depois de expressar seu amor e gratidão às irmãs adultas solteiras da Igreja, o Presidente Ezra Taft Benson disse:

“Eu gostaria de externar a esperança que todos temos por vocês, que é algo real — a espe- rança de vê-las exaltadas no grau mais elevado de glória no reino celestial e vê-las assumir o novo e eterno convênio do casamento.

Caras irmãs, nunca percam de vista essa meta sagrada. Em espírito de oração, preparem-se para isso e vivam de modo a alcançarem esse objetivo. Casem-se à maneira do Senhor. O casamento no templo é uma ordenança do evangelho para a exaltação. Nosso Pai Celestial deseja que cada uma de Suas filhas receba essa bênção eterna.

Portanto, não ponham sua felicidade em perigo ao se envolverem com alguém que não possa levá-las dignamente ao templo. Decidam agora que esse é o lugar onde se casarão. Deixar para tomar essa decisão depois do início de um relacionamento romântico é correr um risco de magnitude tal que por ora não podem conceber totalmente.

E lembrem-se de que vocês não devem rebaixar seus padrões para conseguir um namorado. Mantenhamse atraentes, conservem padrões elevados, cultivem o amor-próprio. Não participem de contatos íntimos que venham a trazer sofrimento e dor. Coloquem-se em situações em que terão a oportunidade de conhecer homens dignos e participem de atividades construtivas.

Mas também não esperem a perfeição ao escolhe- rem o cônjuge. Não se preocupem tanto com a aparência física e a conta bancária dele a ponto de ignorar suas qualidades mais importantes. É claro que vocês devem sentir-se atraídas por ele e que ele deve ser capaz de sustentá-las financeiramente. Contudo, ele tem um testemunho forte? Vive os princípios do evangelho e magnifica seu sacerdócio? É ativo em sua ala e estaca? Ama o lar e a família e será um marido fiel e bom pai? Essas são as qualidades que realmente importam.

Peço também às irmãs solteiras que tenham cui- dado para não se tornarem tão independentes e autosuficientes a ponto de decidirem que o casamento não vale a pena e que estão muito bem sozinhas. Algumas de nossas irmãs comentam que só pretendem pensar em casamento depois de terminarem os estudos e iniciarem uma carreira. Isso não é certo. Com certeza, desejamos que nossas irmãs solteiras alcancem todo o seu potencial individual, adquiram instrução e tenham sucesso em seu trabalho atual. Vocês têm muitas contribuições a fazer à sociedade, à comunidade e às pessoas a sua volta. No entanto, oramos sinceramente para que nossas irmãs solteiras tenham o desejo de casar-se honrosamente no templo com um homem digno e de criar uma família em retidão, ainda que isso signifique sacrificar títulos acadêmicos e a carreira profissional. Nossas prioridades estão no lugar certo quando percebemos que não há chamado maior do que o de esposa e mãe honrada.

Reconheço também que nem todas as mulheres da Igreja terão a oportunidade de casar-se e ser mães na mortalidade. Contudo, se as irmãs que estiverem nessa situação forem dignas e perseverarem fielmente, podem estar certas de que receberão todas as bênçãos de um Pai Celestial bondoso e amoroso — e repito: todas as bênçãos.

Garanto-lhes que, caso vocês precisem esperar a próxima vida para serem abençoadas com um companheiro digno, Deus certamente as recompensará. O tempo é contado somente pelos homens. Deus tem uma perspectiva eterna” (“Às Irmãs Adultas Solteiras da Igreja”, A Liahona, janeiro de 1989, p. 103).

ELE ACONSELHOU OS HOMENS EM SEU CHAMADO ETERNO DE PAIS

O Presidente Ezra Taft Benson disse:

“O chamado de pai é eterno, não há desobrigação. Os chamados na Igreja, por mais importantes que sejam, por sua própria natureza são de duração limitada, e as pessoas são desobrigadas algum tempo depois, como é de se esperar. Contudo, o chamado de pai é eterno e sua importância transcende o tempo. É um chamado tanto para o tempo como para a eternidade. (...)

Qual (...) é a responsabilidade específica do pai entre as paredes sagradas do lar? Permitam-me citar duas responsabilidades básicas de todo pai em Israel.

Em primeiro lugar, vocês têm a responsabilidade sagrada de atender às necessidades materiais da família. (...)

Em segundo lugar, têm a responsabilidade sagrada de dirigir a família espiritualmente. (...)

A mãe desempenha um papel fundamental como o coração do lar, mas isso em nada diminui o papel igualmente importante que o pai deve ter, como cabeça da família, para criar, treinar e amar os filhos.

Como o patriarca do lar, o pai tem a séria responsabilidade de assumir a liderança ao interagir com os filhos. Vocês precisam criar um lar em que o Espírito do Senhor possa habitar. Sua função é dar direção a toda a vida familiar” (Conference Report, outubro de 1987, 59–62; ou A Liahona, janeiro de 198, pp. 46,51–52).

O Presidente Benson disse depois:

“No passado, (...) conhecíamos bem nosso Pai Celestial. (...)

Agora estamos aqui neste mundo. Recebemos um véu na mente. Estamos mostrando a Deus e a nós mesmos o que somos capazes de fazer. Nada nos surpreenderá tanto ao passarmos para o outro lado do véu do que perceber como já conhecemos bem nosso Pai e como Seu rosto nos parecerá familiar” (“Jesus Cristo Dádivas e Expectativas”, A Liahona, dezembro de 1987, p. 3).

ELE ACONSELHOU AS MÃES SOBRE A NOBREZA DE SEU TRABALHO

Em um serão para os pais, o Presidente Ezra Taft Benson falou do papel importante da mãe:

“Não existe palavra mais sagrada nos escritos seculares ou sagrados do que mãe. Não há trabalho mais nobre do que o realizado por uma mãe bondosa e temente a Deus. (...)

Na família eterna, Deus estipulou que o pai deve- ria presidir o lar. O pai deve prover o sustento, amar, ensinar e dirigir.

Contudo, o papel da mãe também foi instituído por Deus. A mãe concebe, dá à luz, cuida, ama e treina. É isso o que decla- ram as revelações. (...)

Queridas mães, conhecendo seu papel divino de conceber e criar filhos e levá-los de volta a Deus, como conseguirão fazer isso à maneira do Senhor? Digo ‘à maneira do Senhor’ porque ela difere da maneira do mundo.

O Senhor definiu claramente o papel da mãe e do pai no sustento e criação de uma posteridade justa. No princípio, Adão — e não Eva — foi instruído a ganhar o pão com o suor de seu rosto. Ao contrário do que se pensa comumente, o chamado da mãe é no lar, não no mercado de trabalho.

(...) Em Doutrina e Convênios, lemos: ‘As mulheres têm o direito de receber dos maridos o seu sustento, até que lhes sejam tirados’ (D&C 83:2). Esse é o direito divino da esposa e mãe. Ela cuida dos filhos em casa e os cria. O marido ganha o sustento para a família, o que torna tudo isso possível. Com base nesse direito de exigir do marido o sustento financeiro, a Igreja sempre aconselhou a mãe a ficar no lar em tempo integral para cuidar dos filhos.

Percebemos também que algumas de nossas irmãs são viúvas ou divorciadas e se encontram em circunstâncias incomuns em que, por necessidade, são obrigadas a trabalhar fora de casa por algum tempo. Mas esses casos são a exceção, não a regra” (To the Mothers in Zion [panfleto, 1987], pp. 1–3, 5–6).

ELE ADVERTIU OS SANTOS SOBRE O ORGULHO

O Presidente Ezra Taft Benson instou os membros da Igreja a vencerem o orgulho com um coração quebrantado e um espírito contrito:

“A maioria de nós pensa no orgulho como egocentrismo, presunção, jactância, arrogância ou soberba. Todos esses elementos fazem parte do pecado do orgulho, mas ainda falta citar o coração, o âmago do problema.

A característica principal do orgulho é a inimizade — inimizade para com Deus e nossos semelhantes. Inimizade significa ‘ódio, hostilidade, oposição’. É o poder que Satanás deseja que reine sobre nós..

O orgulho é de natureza essencialmente competitiva. Opomos nossa vontade à de Deus. Quando voltamos nosso orgulho contra Deus, fazemo-lo no espírito de ‘que seja feita minha vontade, não a Tua’. Como disse Paulo, eles ‘buscam o que é seu, e não o que é de Jesus Cristo’ (Filipenses 2:21).

Ao fazermos nossa vontade competir com a de Deus, não dominamos nossos desejos, apetites e paixões (ver Alma 38:12; 3 Néfi 12:30).

Os orgulhosos não podem aceitar que a autoridade de Deus dirija sua vida (ver Helamã 12:6). Contrapõem sua percepção da verdade ao grande conhecimento de Deus, sua capacidade ao poder de Deus, suas realizações às grandiosas obras Dele. (...)

O orgulho é um pecado que pode ser visto prontamente nos outros, mas raras vezes o admitimos em nós mesmos. A maioria de nós considera o orgulho como um pecado das pessoas de posição elevada, como os ricos e instruídos que menosprezam o restante de nós (ver 2 Néfi 9:42). Contudo, há um mal ainda mais comum em nosso meio: trata-se do orgulho dos que estão numa posição inferior. Isso se manifesta de várias formas, como no hábito de procurar falhas nas pessoas, na maledicência, na calúnia, nas reclamações incessantes, na tendência de viver além de seus meios, na inveja, na cobiça, no fato de não externar gratidão nem fazer elogios que poderiam edificar alguém e na predisposição para o rancor e o ciúme. (...)

O orgulho afeta todos nós em momentos diferentes e em graus variados. Agora vocês podem entender por que o edifício no sonho de Leí que representa o orgulho do mundo era grande e espaçoso e havia uma multidão que entrava nele (ver 1 Néfi 8:26, 33; 11:35–36).

O orgulho é o pecado universal, o grande vício. Sim, o orgulho é o pecado universal, o grande vício.

O antídoto para o orgulho é a humildade, a mansidão, a submissão (ver Alma 7:23). É o coração quebrantado e o espírito contrito (ver 3 Néfi 9:20; 12:19; D&C 20:37; 59:8; Salmos 34:18; Isaías 57:15; 66:2). (...)

Deus deseja um povo humilde. Ou escolhemos ser humildes ou seremos compelidos a tornar-nos humildes. Alma disse: ‘Benditos são os que se humilham sem serem compelidos a ser humildes’ (Alma 32:16).

Optemos por ser humildes. (...)

O orgulho é a grande pedra de tropeço de Sião. Repito: O orgulho é a grande pedra de tropeço de Sião.

Precisamos purificar o vaso interior sobrepu- jando o orgulho (ver Alma 6:2–4; Mateus 23:25–26)” (Conference Report, abril de 1989, pp. 3–7; ver A Liahona, julho de 1989, pp. 3–6).

CREMOS EM CRISTO

No decorrer de seu ministério, o Presidente Ezra Taft Benson prestou forte testemunho de Jesus Cristo e de Seu poder para transformar a vida dos homens:

“Às vezes algumas pessoas perguntam: ‘Os mórmons são cristãos?’ Nós declaramos a divindade de Jesus Cristo. Consideramo-Lo a única fonte de nossa salvação. Esforçamo-nos para seguir Seus ensinamentos e ansiamos pelo dia em que Ele voltará à Terra para reinar e governar como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Usando as palavras de um profeta do Livro de Mórmon, dizemos aos homens hoje: ‘Nenhum outro nome se dará, nenhum outro caminho ou meio pelo qual a salvação seja concedida aos filhos dos homens, a não ser em nome e pelo nome de Cristo, o Senhor Onipotente’ (Mosias 3:17)” (The Teachings of Ezra Taft Benson [1988], p. 10).

“O Senhor trabalha de dentro para fora. O mundo trabalha de fora para dentro. O mundo tenta tirar as pessoas das favelas. Cristo tira a favela de dentro das pessoas, e então elas mesmas saem da favela. O mundo procura moldar os homens transformando seu ambiente. Cristo modifica os homens, que em seguida mudam o ambiente. O mundo busca moldar o comportamento humano, mas Cristo pode transformar a natureza humana” (Conference Report, outubro de 1985, 5; ver A Liahona, janeiro de 1986, pp. 4–5).

“Os homens e mulheres que puserem sua vida nas mãos de Deus descobrirão que Ele pode fazer com ela muito mais do que eles mesmos. Ele aprofundará suas alegrias, aumentará sua visão, vivificará sua mente, fortalecerá seus músculos, elevará seu espírito, multiplicará suas bênçãos, expandirá suas oportunidades, consolará sua alma, trará amigos e concederá paz. Todo aquele que perder sua vida no serviço de Deus encontrará a vida eterna (ver Mateus 10:39)” (Teachings of Ezra Taft Benson, p. 361).

ELE RECEBEU UMA CONDECORAÇÃO PRESIDENCIAL

“A Medalha Americana de Cidadão Presidencial foi conferida no dia 30 de agosto [de 1989] ao Presidente Ezra Taft Benson em reconhecimento por uma vida inteira ‘de serviço dedicado ao país, comunidade, igreja e família’.

Brent Scowcroft, assistente do Presidente George Bush para assuntos de segurança nacional e ex-residente de Utah, conferiu a medalha em nome do Presidente Bush, que se desculpou por não poder estar presente.

Ezra Taft Benson with George Bush

El Presidente de los Estados Unidos, George H. W. Bush, con el presidente Ezra Taft Benson y el presidente Gordon B. Hinckley.

A Casa Branca anunciou a condecoração em julho. Foi a primeira feita no mandato do Presidente Bush.

‘O Presidente Bush está prestando-lhe tributo como um dos americanos de maior destaque de nossa época’, disse Scowcroft ao líder da Igreja, então com 90 anos de idade e que fora o Ministro da Agricultura de 1953 a 1960.

‘Esta medalha é incomum’, disse ele. ‘Foi estabelecida em 1969 por decreto presidencial com o propósito de dar reconhecimento a cidadãos dos Estados Unidos que tenham realizado atos exemplares de serviço a seu país ou concidadãos.

O Presidente Bush sente que sua longa e ilustre vida de serviço a seu país, concidadãos e, de fato, a toda a humanidade, é única e representa bem os valores que esta medalha foi concebida para aclamar’, Scowcroft disse ao Presidente Benson.

O Presidente Benson respondeu: ‘Não sou mere- cedor desta honra.’ Scowcroft replicou: ‘Sim, certamente é. Não há a menor dúvida.’

O texto que acompanhava a medalha dizia:

‘O Presidente dos Estados Unidos da América con- cede esta Medalha de Cidadão Presidencial a Ezra Taft Benson. Uma vida de serviço dedicado ao país, comunidade, igreja e família torna Ezra Taft Benson um dos americanos de maior destaque de sua época. Como consultor dos Presidentes Roosevelt e Eisenhower para a agricultura, líder de sua Igreja e amigo dos Escoteiros da América durante 60 anos, ele trabalhou infatigavelmente. Sua devoção à família e seu compromisso para com os princípios da liberdade são um exemplo para todos os americanos’” (“Prophet Receives U.S. Presidential Medal”, Church News, 2 de setembro de 1989, p. 4).

O FALECIMENTO DE UM PROFETA

O Presidente Ezra Taft Benson morreu de insuficiência cardíaca em 30 de maio de 1994, uma segunda-feira, aos 94 anos de idade. Ele servira como autoridade geral por mais de 50 anos. No decorrer de sua vida, ele servira fielmente ao Senhor, à Igreja, a sua família e a seu país. Em homenagem a sua vida de serviço, o Presidente Benson recebeu 14 títulos honorários de faculdades e universidades americanas.

Ele manifestara o desejo de ser enterrado em Whitney, Idaho, a pequena comunidade rural onde nascera, perto de sua amada esposa, Flora, que morrera em agosto de 1992. O casamento durara 66 anos.