Chapter 9: David O. McKay: Nono Presidente da Igreja

Presidentes da Igreja Manual do Aluno, (2004), 144–60


David O. McKay

EVENTOS MARCANTES DA VIDA DE DAVID O. MCKAY

Idade

Acontecimentos

 

Nasce em 8 de setembro de 1873 em Huntsville, Condado de Weber, Utah, filho de David e Jennette Eveline Evans McKay.

3

Morre o Presidente Brigham Young.(29 de agosto de 1877).

23

É o presidente e o primeiro da turma no ano de sua formatura na Universidade de Utah (Junho de 1897).

23–25

Serve como missionário na Escócia (1897–1899).

27

Casa-se com Emma Ray Riggs (2 de janeiro de 1901).

32

É ordenado apóstolo pelo Presidente Joseph F. Smith (9 de abril de 1906).

44

Publica seu primeiro livro, Ancient Apostles (Apóstolos da Antigüidade. (1917).

45

Torna-se superintendente geral da Escola Dominical (1918–1934).

46–48

Serve como comissário de educação da Igreja (1919–1921).

47

Tem uma visão de uma cidade celestial durante um tour mundial (10 de maio de 1921).

49–51

Serve como presidente da Missão Européia (1922–1924).

61

Serve como conselheiro do Presidente Heber J. Grant (6 de outubro de 1934; posteriormente, serve como conselheiro do Presidente George Albert Smith; 21 de maio de 1945).

77

É apoiado como Presidente da Igreja (9 de abril de 1951).

78

Visita nove países europeus (1952).

82

Dedica o Templo de Berna Suíça (11 de setembro de 1955) e o Templo de Los Angeles Califórnia (11 de março de 1956).

84

Dedica o Templo de Hamilton Nova Zelândia e a Escola da Igreja da Nova Zelândia (20 de abril de 1958); dedica o Templo de Londres Inglaterra (7 de setembro de 1958).

85

Dedica a Faculdade da Igreja do Havaí (dezembro de 1958); profere sua famosa frase “Todo membro é um missionário” (abril de 1959).

88

Anuncia que os membros do Primeiro Conselho dos Setenta seriam ordenados sumos sacerdotes; começa a correlação na Igreja (1961).

90

Introduz o programa de mestres familiares (janeiro de 1964).

91

Dedica o Templo de Oakland Califórnia (17 de novembro de 1964).

94

Chama os primeiros representantes regionais do Quórum dos Doze Apóstolos (1967).

96

Morre em Salt Lake City, Utah (18 de janeiro de 1970)

Quando David Oman McKay nasceu, em 8 de setembro de 1873, Brigham Young era o presidente da Igreja. Ele aprendeu a virtude do trabalho árduo com seu pai, que era fazendeiro. A fé no evangelho foi instilada em seu coração por meio dos preceitos, exemplo e perseverança que presenciou em sua família.

O clã McKay (ou MacKay) originou-se nas terras altas do norte da Escócia. Havia em sua linhagem nobreza de caráter. Os avós e pais de David demonstraram, ao converterem-se à Igreja, uma lealdade inabalável ao evangelho.

AINDA JOVEM, ELE RECEBEU IMPORTANTES RESPONSABILIDADES

“Quando [David O. McKay] tinha oito anos de idade, seu pai recebeu o chamado para o campo missionário. Não foi uma decisão fácil aceitar tal chamado e passar dois ou três anos longe de casa. Outro bebê estava a caminho, e a família tinha iniciado planos para aumentar a casa e adquirir novos móveis. A administração da fazenda era uma responsabilidade grande demais para sua esposa. Então, ao mostrar-lhe a carta com o chamado missionário, David disse: ‘É claro que não posso ir.’ Jennette leu a carta, olhou para o marido e disse com determinação: ‘É claro que você deve aceitar; não precisa preocupar-se comigo. David O. e eu cuidaremos muito bem de tudo!’ (...)

Young David O. McKay

David O. McKay com cerca de cinco anos de idade

(...) Na ausência de seu pai, o menino David rapidamente canalizou suas energias para as tarefas domésticas e o trabalho na fazenda. Assim, as circunstâncias ajudaram a produzir uma maturidade muito além de sua idade cronológica” (Llewelyn R. McKay, Home Memories of President David O. McKay [1956], pp. 5–6).

Pouco antes de seu aniversário de quatorze anos, ele recebeu a bênção patriarcal. Nela, foi-lhe dito: “Estás em tua juventude e precisas de instrução, portanto digo-te que deves aprender com teus pais o caminho da vida e da salvação, a fim de te preparares ainda na mocidade para uma posição de responsabilidade, pois os olhos do Senhor estão sobre ti. (...) Ele tem um trabalho para realizares no qual conhecerás boa parte do mundo, ajudarás na coligação da Israel dispersa e servirás no ministério. Teu chamado será sentar-se em conselho com teus irmãos e presidir teu povo e exortar os santos à fidelidade” (Citado por Jeanette McKay Morrell, Highlights in the Life of President David O. McKay [1966], p. 26).

ELE APRENDEU SOBRE A REVELAÇÃO QUANDO JOVEM

O Presidente David O. McKay relatou a seguinte história de sua infância:

“Desde a infância tive muita facilidade para acreditar na realidade das visões do Profeta Joseph Smith. O que vou contar-lhes poderá até parecer-lhes simplório, mas é algo de grande valor para mim.

Quando eu era pequeno e morava na casa onde fui criado, tinha medo do escuro. Isso se devia a um pesadelo que eu tivera em que dois índios invadiam nosso quintal. No sonho, corri para casa em busca de proteção, e um deles lançou uma flecha em minhas costas. Não era real, mas era como se de fato eu tivesse sentido o ferimento, e fiquei muito amedrontado, pois eles entraram (...) e ameaçaram e assustaram minha mãe.

Nunca venci esse medo. Além disso, havia os temores de minha mãe, pois quando meu pai estava longe cuidando dos rebanhos ou servindo numa missão, ela nunca ia dormir sem antes olhar debaixo da cama. Assim, arrombadores e assaltantes que poderiam invadir a casa e tentar aproveitar-se de minha mãe e das crianças pequenas eram uma ameaça real para mim.

De qualquer forma, eu sentia muito medo. Certa noite, não consegui dormir e achei ouvir vozes pela casa. (...) Fiquei terrivelmente perturbado e decidi orar como meus pais me haviam ensinado.

Eu achava que só poderia orar levantando-me da cama e ajoelhando-me, e foi um teste terrível. Por fim, forcei-me a sair da cama e a ajoelhar-me e orei a Deus para que protegesse minha mãe e o restante da família. E uma voz, tão clara quanto a minha para vocês hoje, sussurrou-me: ‘Não tenha medo. Nada lhe fará mal.’ Não vou dizer-lhes de onde ela veio e do que se tratava. Podem tirar suas próprias conclusões. Para mim, foi uma resposta direta e tive a certeza de que nunca seria perturbado na cama à noite.

Digo que foi fácil para mim compreender a realidade das visões do Profeta Joseph e acreditar nelas. Foime fácil na juventude aceitar sua visão, a visita de Deus, o Pai, e de Seu Filho, Jesus Cristo, ao menino que orara. Eu não duvidava em absoluto. É claro que era real. Não me era difícil acreditar que Morôni visitara Joseph em seu quarto. Seres celestes eram reais para mim desde a infância e, com o passar dos anos, essas impressões foram fortalecidas pela razão e pela inspiração de Deus diretamente a minha alma” (Conference Report, outubro de 1951, pp. 182–183).

Em outra ocasião, ele disse:

“Com o passar dos anos, sinto-me cada vez mais grato por meus pais, pela maneira como viveram o evangelho naquela velha casa interiorana. (...) Tanto meu pai como minha mãe seguiam fielmente o evangelho.

(...) Meu testemunho da existência de Deus teve sua gênese no lar de minha infância, e foi por meio dos ensinamentos e exemplo de meus pais que recebi já naquela época o conhecimento da realidade do mundo espiritual; testifico de sua veracidade. (...)

É (...) fácil para mim entender que uma pessoa pode viver de modo a receber impressões e mensagens diretas por meio do Espírito Santo. O véu é tênue entre os portadores do sacerdócio e aqueles que estão do outro lado do véu. Esse meu testemunho começou (...) no lar de minha juventude devido ao exemplo de um pai que honrava o sacerdócio e sua esposa que o apoiava e vivia em sintonia com ele no lar” (Conference Report, outubro de 1960, pp. 85–86).

ELE SERVIU NUMA MISSÃO PARA O SENHOR

David O. McKay

David O. McKay recebeu seu chamado missionário para a Escócia e foi designado em 1o de agosto de 1897.

Ao completar vinte e um anos, David O. McKay ingressou na Universidade de Utah, onde participou de debates, tocou piano num grupo musical, jogou na equipe de futebol americano e conheceu Emma Ray Riggs, com quem veio a casar-se. Formou-se em 1897 como presidente e primeiro da turma e recebeu uma proposta para ensinar. Recebeu também um chamado missionário.

O chamado do Senhor para servir como missionário pode ter vindo num momento inoportuno, mas ele deixou tudo que lhe era caro e foi para a Escócia, terra de seus antepassados. Sua capacidade inata de liderança foi reconhecida e ele foi chamado para servir como presidente de distrito.

“CUMPRE BEM O TEU DEVER”

Ao servir em Stirling, Escócia, David O. McKay teve uma experiência que exerceu enorme impacto no restante de sua vida. Ele e seu companheiro haviam chegado à cidade algumas semanas antes, mas não estavam tendo muito sucesso. Passaram parte de um dia andando em volta do Castelo de Stirling e o Élder McKay estava sentindo saudades de casa. Tempos depois, escreveu:

“Quando voltamos à cidade, vi um prédio não acabado a vários metros da calçada. Acima da porta principal havia um arco de pedra, algo pouco comum numa residência. E da calçada vi algo ainda mais incomum: havia uma inscrição esculpida no arco.

David O. McKay

A inscrição que se tornou o lema da vida de David O. McKay. A pedra original encontra-se agora no Museu de História e Arte da Igreja, Salt Lake City, Utah.

Comentei com meu companheiro: ‘Isso é inusitado! Vou ver o que diz a inscrição.’ Ao chegar perto o bastante para ler, essa mensagem chegou a mim, não apenas na pedra, mas como se viesse Daquele em cuja obra eu estava envolvido: ‘A Despeito do que Venhas a Ser, Cumpre Bem o Teu Dever.’

Virei-me e voltei, meditativo. Quando cheguei junto a meu companheiro, repeti a mensagem para ele.

Era uma mensagem para mim naquela manhã, para que eu cumprisse bem meu dever como missionário de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. É simplesmente outra maneira de dizer: (...) ‘Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.’ (Mateus 7:21)“ (Cherished Experiences from the Writings of David O. McKay, comp. Clare Middlemiss [1955], pp. 174–175). Ele tomou a resolução de cumprir bem seu dever de missionário dedicado.

Em 1955, revisitou o mesmo local como presidente da Igreja e contou a história aos presentes. Posteriormente, a pedra foi comprada pela Igreja e hoje se encontra na seção de David O. McKay do Museu de História e Arte da Igreja, perto da Praça do Templo, em Salt Lake City.

SUA CAPACIDADE DE LIDERANÇA FOI RECONHECIDA

Numa reunião realizada em 29 de maio de 1899 e presidida por James L. McMurrin, da presidência da Missão Européia, o Élder David O. McKay e os outros missionários testemunharam um forte derramamento do Espírito. Nessa ocasião, o Presidente McMurrin fez profecias sobre vários élderes e disse ao jovem Élder McKay: “Saiba, irmão David, que Satanás deseja cirandá-lo como trigo, mas Deus está velando por você, e caso se mantenha firme na fé, um dia se assentará nos conselhos presidentes da Igreja” (Citado em Morrell, Highlights in the Life, pp. 37—38).

ELE ACHOU UMA COMPANHEIRA ETERNA

Ao voltar para casa de sua missão na Escócia em agosto de 1899, David O. McKay começou a ensinar na Academia da Estaca Weber. Em 2 de janeiro de 1901, casou-se com Emma Ray no Templo de Salt Lake. Foi uma união que serviria de exemplo para a Igreja inteira e que durou mais de sessenta e nove anos. Seu amor e preocupação mútuos eram visíveis para os membros da Igreja. Os McKay tiveram sete filhos.

Antes do casamento, David mandou muitas cartas a Emma Ray. A carta a seguir, datada de 18 de dezembro de 1900, é um exemplo. Ele escreveu:

“Minha Querida,

Feliz e fiel sempre hei de ser,

Quando, querida, me casar com você.

Essas palavras não me saem da mente desde que as ouvi no início do dia. É bem verdade que não passam da rima de uma canção de amor simples, mas traduzem os sentimentos de meu coração esta noite; por isso, têm um significado mais profundo do que jamais imaginou o autor. Se já sou fiel a você antes do casamento, será muito mais fácil depois. (…)

Parece que já faz uma semana que não a vejo e cerca de dois dias que estive na escola pela última vez. Se essa sensação continuar, precisarei esperar oito semanas para vê-la de novo! Cada dia é uma semana quando estou longe de você; em sua presença, cada dia é apenas uma hora! O que além do Amor pode fazer o tempo parecer tão lento na primeira situação e tão veloz na segunda?

Sim, é o amor, o verdadeiro amor. E sinto-me grato por saber o que é o puro amor e que a pessoa que amo é a jovem mais fiel e doce do mundo.

Querida, este amor traz-lhe algum conforto? Se for o caso, tente corresponder a ele e proporcione a felicidade perfeita a seu Dade amoroso” (citado por David Lawrence McKay, My Father, David O. McKay [1989], p. 8).

ELE FOI CHAMADO COMO APÓSTOLO

David O. McKay

Apóstolo aos trinta e três anos de idade, abril de 1906

Em 1906, enquanto David O. McKay servia na superintendência da Escola Dominical da Estaca Weber, o Presidente Joseph F. Smith chamou-o para servir como membro do Quórum dos Doze Apóstolos. David estava com trinta e dois anos de idade. Seu ministério no Quórum dos Doze duraria mais de meio século. Imediatamente, seu talento de educador foi aproveitado. Ele serviu como conselheiro na presidência geral da Escola Dominical e tornou-se o comissário de educação da Igreja em 1919. Para ele, o ensino era a mais nobre das atividades.

Em seu primeiro discurso como apóstolo, o Élder David O. McKay ensinou: “O homem que conhece seu dever e deixa de cumpri-lo não é fiel a si mesmo, a seus irmãos e não está vivendo de acordo com a luz concedida por Deus e pela consciência. Essa é a nossa posição e a responsabilidade de todos nós. Quando minha consciência me diz que devo tomar determinada direção, não serei fiel a mim mesmo se não obedecer. Ó! Sei que temos fraquezas e que somos tentados por influências externas, mas precisamos andar no caminho estreito e apertado no cumprimento de todas as nossas obrigações. E prestem atenção ao seguinte: sempre que temos a oportunidade de seguir a verdade que está dentro de nós e falhamos, sempre que deixamos de realizar uma boa obra, enfraquecemo-nos e tornamos mais difícil expressar esse pensamento ou realizar esse ato no futuro. Sempre que realizamos uma boa ação e sempre que externamos um sentimento nobre, torna-se mais fácil fazê-lo de novo no futuro” (Conference Report, outubro de 1906, p. 113).

ELE SOFREU UM GRAVE ACIDENTE

Em 1916, o Élder David O. McKay sofreu um grave acidente automobilístico. Seu rosto foi tão atingido que muitos acharam que ele ficaria desfigurado para o resto da vida. O Presidente Heber J. Grant, na época presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, abençoou-o para que fosse completamente curado, e ele o foi.

ELE FEZ UM TOUR MUNDIAL DURANTE 1920–1921

Em dezembro de 1920, o Élder David O. McKay iniciou um tour mundial sem precedentes. Antes de partir com Hugh J. Cannon, editor da revista The Improvement Era, recebeu uma bênção significativa. “Os Presidentes Heber J. Grant, Anthon H. Lund e Charles W. Penrose, bem como vários dos apóstolos, impuseram as mãos sobre a cabeça do Presidente McKay e o abençoaram e o designaram ‘um missionário que viajaria mundo afora’ e prometeram-lhe que seria ‘avisado de perigos visíveis e invisíveis e receberia sabedoria e inspiração de Deus a fim de evitar todas as ciladas e armadilhas que viessem a surgir em seu caminho’. Disseram-lhe ainda que ‘partisse em paz, com prazer e felicidade e que voltasse em segurança para seus entes queridos e para o corpo principal da Igreja’. Ele sentiu o cuidado protetor do Pai Celestial ao longo de todo o seu ministério” (Clare Middlemiss, comp., em McKay, Cherished Experiences, p. 37).

David O. McKay

Em seu tour mundial com Hugh J. Cannon

O Élder McKay visitou o Oriente e, com autoridade apostólica, dedicou a China para a pregação do evangelho. Enquanto estava nas ilhas do Pacífico, os santos taitianos conseguirem compreendê-lo na língua local. Ao ser avisado de um perigo no Havaí, retirou-se de uma plataforma na qual estava de pé e que pouco depois caiu. Durante sua estada na antiga Terra Santa de Israel, profetizou que embora a terra se cobrisse de sangue, os judeus haveriam de ser coligados. Esse tour deu ao jovem apóstolo uma visão mundial, e a universalidade da mensagem do evangelho tornou-se ainda mais evidente

ELE TEVE UM SONHO INSPIRADO

Durante seu périplo pelo mundo, o Élder David O. McKay teve um sonho maravilhoso. Ele escreveu:

“Adormeci e contemplei em visão algo infinitamente sublime. Ao longe, divisei uma bela cidade branca. Embora ela estivesse distante, eu conseguia ver árvores com frutas convidativas, arbustos com folhas de cores magníficas e flores que desabrochavam por todas as partes. No alto, o céu límpido parecia refletir essas belas tonalidades e matizes. Então, vi um grande grupo de pessoas que se aproximava da cidade. Cada uma delas vestia uma túnica alva esvoaçante e um ornato branco nos cabelos. Subitamente, minha atenção voltou-se para o líder deles, embora eu conseguisse enxergá-Lo apenas de perfil, com uma visão limitada de Seus traços e do contorno de Seu corpo. Reconheci-O naquele instante como meu Salvador! A cor e a luminosidade de Seu semblante eram gloriosos de contemplar! Ele transmitia uma paz que me parecia sublime. Era algo divino!

A cidade, pelo que deduzi, era Dele. Era a Cidade Eterna, e as pessoas que O seguiam iriam habitar lá em paz e felicidade eternas.

Mas quem eram eles?

Como se o Salvador lesse meus pensamentos, respondeu apontando para um semicírculo que em seguida apareceu acima de mim e no qual estava escrito em letras douradas:

“‘’Estes São os Que Venceram o Mundo e que Verdadeiramente Nasceram de Novo!’

Quando acordei, o dia estava nascendo” (Cherished Experiences, p. 102).

ELE TEVE EXPERIÊNCIAS COM O DOM DA INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS

Ao regressar do tour mundial, o Presidente David O. McKay contou a seguinte experiência que teve com um dom do Espírito durante suas viagens:

“Um dos eventos mais importantes em meu périplo mundial pelas missões da Igreja foi o dom da interpretação da língua inglesa para os santos da Nova Zelândia, numa sessão da conferência realizada no dia 23 de abril de 1921 no Ramo Puke Tapu, Distrito Waikato, Huntly, Nova Zelândia.

A reunião acontecia numa grande tenda. Centenas de homens e mulheres sinceros de coração se congregaram ansiosos para ver e ouvir um apóstolo da Igreja, o primeiro a visitar o país.

Quando olhei a enorme congregação e vi a grande expectativa que enchia o coração de todos os presentes, percebi o quanto eu decepcionaria os desejos ardentes de sua alma e ansiei sinceramente pelo dom das línguas, a fim de poder dirigir-me a eles em seu idioma materno.

Até aquele momento, eu não refletira muito sobre o dom das línguas, mas naquela ocasião, desejei com todas as forças ser digno desse poder divino.

Em outras missões, eu discursara usando intérpretes, mas por mais capacitados que sejam eles, eu sentiame tolhido e inibido ao apresentar minha mensagem.

Então, ao deparar-me com uma congregação que se reunira com expectativas incomuns, dei-me conta como nunca antes da enorme responsabilidade de meu ofício. Do mais profundo de minha alma, orei suplicando auxílio divino.

Quando me levantei para proferir meu discurso, avisei ao irmão Stuart Meha, nosso intérprete, que eu iria falar sem que ele traduzisse frase por frase. Então, dirigi-me à congregação:

‘Ó, eu quisera ter o poder de falar-lhes em seu próprio idioma, a fim de transmitir-lhes o que me vai no coração; mas como não tenho esse dom, oro e peço que também orem para receberem o dom da interpretação, do discernimento, a fim de compreenderem pelo menos o espírito do que eu disser. E em seguida, quando o irmão Meha traduzir, vocês ouvirão as palavras e as idéias.’

Meu discurso durou quarenta minutos, e nunca dirigi a palavra a uma congregação mais atenta e respeitosa. Meus ouvintes conseguiram compreender-me perfeitamente — tive a confirmação ao ver lágrimas em seus olhos. Pelo menos alguns deles, talvez a maioria, que não compreendiam o inglês, receberam o dom da interpretação” (Cherished Experiences, pp. 73–74).

ELE FOI CHAMADO PARA A PRIMEIRA PRESIDÊNCIA

O Presidente Heber J. Grant chamou o Élder David O. McKay para ser conselheiro na Primeira Presidência em 1934. O Presidente McKay serviu posteriormente também como conselheiro do Presidente George Albert Smith.

ELE TORNOU-SE O PRESIDENTE DA IGREJA

David O. McKay

David O. McKay

O Presidente McKay foi apoiado como o nono presidente da Igreja durante a conferência geral em 9 de abril de 1951. Nesse dia, ele disse:

“Hoje faz apenas uma semana que percebi que esta responsabilidade de liderança recairia sobre meus ombros. (...)

Ao dar-me conta disso, posso dizer-lhes que fiquei profundamente emocionado e ainda estou hoje. Mas oro para, mesmo de modo inadequado, conseguir contar-lhes como esta responsabilidade me parece importante.

O Senhor declarou que os três sumos sacerdotes presidentes escolhidos pelo grupo, designados e ordenados a esse ofício da presidência, devem ser ‘apoiados pela confiança, fé e orações da igreja’ [D&C 107:22]. Ninguém pode presidir esta Igreja sem primeiro estar em sintonia com o cabeça da Igreja, nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Ele é nosso Líder. Esta é Sua Igreja. Sem Sua orientação divina e inspiração constante, não podemos ter êxito. Com Sua direção e inspiração, não podemos falhar.

Além do auxílio do Senhor, outra fonte de força provém da confiança, fé, orações e o apoio da Igreja como um todo.

Prometo-lhes que me empenharei ao máximo para viver de modo a merecer a companhia do Espírito Santo e oro aqui em sua presença para que eu e meus conselheiros de fato sejamos ‘participantes do Espírito divino’” (Conference Report, abril de 1951, p. 157).

Pouco depois de ser chamado como profeta, iniciou uma visita às missões do mundo inteiro. Viajou mais de um milhão de quilômetros, percorrendo a Terra como um Paulo moderno. A obra missionária acelerou-se, pois todo membro foi incentivado a ser um missionário. Milhares de capelas foram construídas durante sua presidência. Como ele foi o Presidente da Igreja durante dezenove anos, a maioria dos membros da Igreja não conhecera nenhum outro profeta além de David O. McKay.

O Presidente McKay sabia que o Senhor desejava o crescimento espiritual dos santos. Ele sempre citava a necessidade de desenvolvermos nossa natureza divina. Ensinava também com freqüência sobre a família e o lar. Deixou marcada de modo indelével na mente dos santos a frase: “Nenhum sucesso na vida compensa o fracasso no lar.” (citando James Edward McCulloch, em Conference Report, abril de 1935, p. 116). Ele sempre proclamava que, quase tão importante quanto a própria vida é o dom do arbítrio e que a constituição dos Estados Unidos deve ser defendida.

ELE RECEBEU UM TRIBUTO DE ANIVERSÁRIO

No aniversário de setenta e oito anos do Presidente David O. McKay, seu primeiro natalício como Presidente da Igreja, seus companheiros do Quórum dos Doze Apóstolos, com quem ele servira durante quarenta e cinco anos, enviaram-lhe uma carta expressando seus melhores votos. Nela, diziam:

“No decorrer de sua vida marcada por acontecimentos de vulto, você tem sido uma inspiração para os jovens e velhos da Igreja. Sua carreira humilde, porém brilhante, na obra do Senhor é o cumprimento literal do mandamento deixado pelo Salvador no sermão da montanha que inspirou o poeta a escrever:

Que tua luz brilhe forte no além,
Sê uma estrela no céu de alguém.

Sua grande devoção à verdade tem inspirado fé e confiança no coração de todos os que o seguem. Sua ternura e solidariedade em momentos de provação ajudam a alegrar os desalentados. Sua coragem para levar avante a obra apesar dos empecilhos é uma mão amiga para aqueles que sem isso não perseverariam até o fim.

Neste seu natalício, renovamos-lhe nosso amor e devoção, nossa disposição de seguir sua liderança inspirada e externamos nossa gratidão pelo privilégio de servir ao Senhor em sua companhia.” (Citado por McKay, Home Memories, p. 251).

ELE VIU TEMPLOS NO MUNDO INTEIRO

David O. McKay

O Templo de Berna Suíça foi o primeiro da Europa. Foi dedicado pelo Presidente McKay em 11 de setembro de 1955.

Mais templos foram construídos durante a administração do Presidente David O. McKay do que em qualquer presidência anterior. Contudo, o número de templos edificados talvez não seja tão significativo quanto sua localização: templos começaram a ser erguidos no mundo inteiro.

Llewelyn R. McKay, um dos filhos do Presidente McKay, registrou o seguinte acontecimento transcorrido quando seu pai era presidente da Missão Européia na década de 1920: “Meu pai teve a visão de um templo erigido para os membros europeus da Igreja. Lembro-me de perguntar a ele se os missionários deveriam continuar a incentivar os membros a imigrarem para Sião. ‘Não’, respondeu ele, ‘é importante que os ramos se fortaleçam, e os membros devem permanecer e trabalhar para isso. Um dia construiremos templos ao alcance de todos, a fim de realizarmos as ordenanças desejáveis do templo sem tirarmos as famílias de sua terra natal’” (Home Memories, p. 33).

Em outra ocasião, o Presidente McKay relatou sua visão de como deve ser construído um templo. “O primeiro templo da Europa, o Templo da Suíça, representava o comprometimento do Presidente McKay para com o bem-estar espiritual dos santos numa igreja em expansão. (...)

Além do mais, é evidente que o Presidente McKay enxergara o templo em visão, com suas linhas simples e despojadas semelhantes às do primeiro templo, em Kirtland. Ele descreveu-o com tanta nitidez a Edward O. Anderson, arquiteto da Igreja, que ele foi capaz de reproduzilo com exatidão. Contudo, durante a elaboração do projeto, o desenho original foi modificado até que o Presidente McKay, ao ver os esboços, observou: ‘Irmão Anderson, este não é o templo que eu e você vimos juntos’. Nem é preciso dizer que os desenhos finais correspondiam à descrição original do Presidente McKay” (“The Swiss Temple”, Ensign, junho de 1978, p. 80).

A PREGAÇÃO DO EVANGELHO É UM TRABALHO MUNDIAL

A seguinte declaração do Presidente David O. McKay ilustra seu compromisso para com a pregação da mensagem do evangelho no mundo inteiro:

“Com vocês, proclamo: ‘Não nos envergonhamos do evangelho de Cristo.’ Como membros da Igreja de Cristo, temos a responsabilidade de pregar este evangelho a todo o mundo, pois fazemos parte de uma organização mundial. Este evangelho não está confinado a Utah, a Idaho, ao Wyoming, à Califórnia, aos Estados Unidos ou à Europa, mas é o poder de Deus para a salvação de todos os que crerem. E vocês e eu partilhamos a responsabilidade de declará-lo ao mundo inteiro” (Stepping Stones to an Abundant Life, comp. Llewelyn R. McKay [1971], pp. 120–121).

“A missão de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias pode ser desdobrada em dois grandes aspectos: (1) a proclamação ao mundo da restauração do evangelho de Jesus Cristo — declarar à humanidade inteira que Deus o Pai e Seu Filho Jesus Cristo apareceram nesta dispensação ao Profeta Joseph Smith; (2) o outro grande propósito da Igreja é usar a verdade para construir uma ordem social melhor, ou seja, tornar nossa religião eficaz na vida de cada pessoa e melhorar as condições de nossa sociedade” (Man May Know for Himself: Teachings of President David O. McKay, comp. Clare Middlemiss [1967], p. 162).

OS SANTOS DEVEM SER PIONEIROS NO MUNDO MODERNO

O Presidente David O. McKay, na época conselheiro na Primeira Presidência, presidiu a comissão do Centenário de Utah em 1947. Nada mais adequado do que oferecer a ele um papelchave nas homenagens aos pioneiros do passado; sua própria vida estava ligada aos primórdios de Utah. Certa vez, ele disse: “A melhor maneira de honrar os pioneiros é imitar e praticar em nossa vida os ideais e virtudes que fortaleceram e impulsionaram a vida deles. Esses princípios eternos que eles promoveram e defenderam, mesmo nas condições mais adversas, aplicam-se hoje tanto quanto no passado, quando exaltados por nossos primeiros líderes” (Conference Report, abril de 1947, p. 118).

ELE ERA RESPEITADO NO MUNDO INTEIRO

Em suas viagens pelo mundo, a influência do Presidente David O. McKay fazia-se sentir em muitos lugares longe da sede da Igreja. Um secretário de Estado norte-americano chamou-o de melhor embaixador de boa vontade dos Estados Unidos. Ele era honrado por monarcas, visitado por presidentes e foi condecorado por diferentes nações.

O Presidente McKay era reconhecido como profeta mesmo por não-membros da Igreja. Muitos o chamavam de “Profeta Mórmon” e em “dezembro de 1968, o nome do Presidente McKay figurou entre os cinco líderes religiosos mais citados numa sondagem de opinião divulgada pelo Instituto de Opinião Pública Dr. George Gallup (Joseph Fielding Smith, Essentials in Church History, 23a ed. [1969], p. 556). Seja numa recepção oferecida pela Rainha Elizabeth II da Inglaterra seja em companhia de pessoas simples do povo, o Presidente McKay destacava-se física e espiritualmente.

Arch L. Madsen, que presidiu a empresa Bonneville International, contou a seguinte experiência:

“Lembro-me de estar em Nova York quando o Presidente McKay voltou da Europa e passou por lá. A agência United Press tinha feito preparativos para tirar fotografias dele, mas o fotógrafo escalado não pôde ir. Assim, sem escolha, enviaram o fotógrafo das reportagens policiais — um homem acostumado com o trabalho mais difícil de Nova York. Ele foi ao aeroporto, ficou lá por duas horas e depois voltou da câmara escura com uma enorme pilha de fotografias. Ele deveria ter tirado apenas duas. Seu chefe repreendeu-o imediatamente: ‘Qual é o motivo de todo esse desperdício de tempo e material fotográfico?’

O fotógrafo respondeu sem vacilar que pagaria com prazer o material extra utilizado e que não se incomodaria se aquele tempo fosse descontado de seu salário. Era óbvio que era um assunto sensível para ele. Várias horas depois, o vice-presidente chamou-o a sua sala para saber o que acontecera. O fotógrafo policial respondeu: ‘Quando eu era pequeno, minha mãe lia muito para mim o Velho Testamento, e durante toda a minha vida me perguntei como seria um profeta de Deus. Bem, hoje descobri’” (citado em “Memories of a Prophet”, Improvement Era, fevereiro de 1970, p. 72).

ELE FEZ AVANÇAR A CORRELAÇÃO DO SACERDÓCIO

A correlação básica do sacerdócio da Igreja sempre foi uma preocupação importante dos profetas de Deus. Em 1908, o Élder David O. McKay, na época membro do Quórum dos Doze Apóstolos, foi chamado pelo Presidente Joseph F. Smith para servir num comitê de correlação. Tempos depois, como presidente da Igreja, apoiou e expandiu o papel da correlação. Em outubro de 1961, o Élder Harold B. Lee, na época membro do Quórum dos Doze Apóstolos, falou da necessidade da correlação na Igreja e explicou o plano do Presidente McKay para um conselho de coordenação geral da Igreja. Em seu discurso, ele disse:

“Ao longo dos anos, tomamos consciência da necessidade constante de reexaminarmos os programas, atividades e cursos de estudo recomendados a fim de nos certificarmos de que os conceitos originais relativos a cada organização fossem seguidos, que cada programa em sua área funcionasse a contento e sem interferir no campo de atuação dos demais e que as duplicações e superposições fossem reduzidas ao mínimo. (...)

Essa iniciativa já ocupava antes a mente do Presidente McKay e, agora, como Presidente da Igreja, ele orienta-nos a seguir avante, para consolidarmos os esforços a fim de sermos mais eficazes e tornarmos mais produtivo o trabalho do sacerdócio, das auxiliares e das outras unidades. Assim, conservaremos nosso tempo, energia e esforço para o propósito principal para o qual foi organizada a Igreja” (Conference Report, setembro – outubro de 1961, pp. 78, 81).

Durante a administração do Presidente McKay, o programa de correlação fez avanços significativos. O Presidente Joseph Fielding Smith escreveu posteriormente:

“No início dos anos 1960, iniciou-se um vasto programa de correlação na Igreja sob a direção do Presidente McKay para ajudar os portadores do sacerdócio a cumprirem melhor suas obrigações e responsabilidades. Quatro comitês operacionais foram formados para incluir os programas de ensino familiar, obra missionária, história da família e bem-estar. Líderes dignos do sacerdócio foram chamados para desempenhar posições nesses importantes comitês gerais e auxiliar na preparação de materiais e diretrizes para os líderes das estacas e alas. Com o programa de correlação do sacerdócio, os quóruns e grupos receberam responsabilidades de liderança específicas. Os sumos sacerdotes receberam a designação da obra genealógica; os setentas, do programa missionário; os élderes, do bem-estar; e todos os quóruns, do programa de ensino familiar. O antigo programa de ensino da ala foi expandido e transformado no novo programa de ensino familiar, e os homens designados como mestres familiares receberam maiores responsabilidades como conselheiros espirituais para um grupo de famílias.

Como parte do projeto de correlação, foi introduzido também um programa organizado de noites familiares. Foi publicado um manual especial de lições para as famílias da Igreja e foram fornecidas diretrizes sobre como ensinar com êxito na noite familiar. Os cursos ministrados em todas as auxiliares foram correlacionados a fim de haver um programa unificado de aprendizado do evangelho em todas as organizações de ensino da Igreja.

O trabalho de correlação do sacerdócio e a ênfase renovada na noite familiar e no programa de mestres familiares deram um novo impulso ao crescimento espiritual na Igreja e marcaram uma era significativa no tocante ao fortalecimento do lar e ao auxílio aos pais e mães para que assumam seu lugar de direito como líderes espirituais dos filhos” (Essentials in Church History, 26a ed., p. 543).

ELE DEIXOU O EXEMPLO EM SEU LAR

O Presidente David O. McKay falava com autoridade sobre o casamento, a família e o papel nobre das mulheres. Seu próprio casamento durou sessenta e nove anos e era visto como modelo na Igreja. O testemunho de seu filho Robert R. McKay mostra como o chamado profético tinha mesmo que recair sobre um homem da estirpe de seu pai:

“Na condição de meu pai, ele tem meu amor e devoção, e esses também são os sentimentos de meus irmãos. Na condição de Presidente da Igreja e de profeta de nosso Pai Celestial, ele tem minha obediência como portador do sacerdócio e meu voto de apoio.

Posso dizer isso como testemunho pessoal, pois em todos os meus anos de contato íntimo com ele no lar, na fazenda, nos negócios, na Igreja, nunca o vi fazer ou dizer nada, nem mesmo ao treinar um cavalo obstinado, que viesse a lançar dúvidas em minha mente sobre o fato de que ele um dia viria a tornar-se o representante e profeta de nosso Pai Celestial, como realmente aconteceu. Deixo-lhes meu testemunho pessoal” (Conference Report, abril de 1967, p. 84).

O LAR DESEMPENHA UM PAPEL PRIMORDIAL NO EVANGELHO

David O. McKay

Em casa com a família

O Presidente David O. McKay ensinava com freqüência sobre a importância de uma família forte no plano do evangelho:

“Um de nossos bens mais preciosos é a família. As relações familiares devem ter precedência sobre todos os demais vínculos sociais e, em nossa existência mortal, são mais valiosas do que todos eles. São elas que levam o coração a pulsar pela primeira vez e fazem jorrar as profundas fontes do amor que ele encerra. O lar é a principal escola das virtudes humanas. Suas responsabilidades, alegrias, tristezas, sorrisos, lágrimas, esperanças e preocupações constituem os principais interesses da vida humana. (...)

[Citando James Edward McCulloch:] Quando um homem põe os negócios ou o prazer acima do lar, inicia nesse momento um processo de degradação da alma. Quando o clube social se torna mais atraente para um homem do que o lar, está na hora de ele confessar com vergonha que não está à altura da suprema oportunidade de sua vida e que fracassou no teste final da verdadeira masculinidade. Nenhum outro sucesso compensa o fracasso no lar. A mais humilde choupana onde reina o amor e há uma família unida tem maior valor para Deus e o futuro da humanidade do que quaisquer outras riquezas. Num lar assim, Deus pode operar milagres e de fato o faz.

O coração puro num lar puro resulta numa maravilhosa proximidade com o céu. [Fim de citação.]

À luz das escrituras, tanto antigas quanto modernas, temos motivos para concluir que o ideal de Cristo para o casamento é o lar unido” (Conference Report, abril de 1964, p. 5).

ELE CITOU DEZ CONDIÇÕES QUE CONTRIBUEM PARA UM LAR FELIZ

O Presidente McKay deu os seguintes conselhos para um lar feliz:

  1. 1.

    “Tenham sempre em mente que começamos a lançar as bases de um lar feliz na vida pré-marital. Durante o namoro, aprendam a ser fiéis e leais ao futuro cônjuge. Mantenham-se limpos e puros. Valorizem os ideais sublimes da castidade e pureza. Não se deixem enganar.

  2. 2.

    “Além da atração física, escolham seu cônjuge com discernimento e inspiração. O intelecto e as boas maneiras são de vital importância na família humana.

  3. 3.

    “Dêem ao casamento a importância que ele merece. O matrimônio foi ordenado por Deus. É um convênio que não deve ser assumido com leviandade nem dissolvido diante da primeira dificuldade que surgir

  4. 4.

    “Recordem que o propósito mais nobre do casamento é a procriação. O lar é o ambiente ideal para o desenvolvimento das crianças. A felicidade no lar aumenta com a chegada dos filhos.

  5. 5.

    “Façam reinar no lar o espírito de reverência. Mantenham sua casa de tal forma que, se o Salvador surgisse repentinamente, vocês estivessem em condições de convidá-Lo para entrar sem constrangimentos. Orem no lar.

  6. 6.

    “Marido e mulher, não elevem o tom de voz um com o outro.

  7. 7.

    “Aprendam o valor do autodomínio. Nunca lamentamos a palavra não dita. A falta de autocontrole é a maior fonte de infelicidade no lar. Os pais devem ensinar aos filhos autodomínio e respeito a si próprios e aos outros.

  8. 8.

    “Estreitem os laços familiares por meio do convívio. A proximidade e o companheirismo nutrem o amor. Façam tudo a seu alcance para fortalecer o amor por toda a eternidade.

  9. 9.

    “Ponham ao alcance das crianças literatura e música de qualidade.

  10. 10.

    “Por preceito e exemplo, incentivem a participação nas atividades da Igreja. Isso é fundamental para desenvolver um verdadeiro caráter. A atividade na Igreja deve ser guiada e não imposta pelos pais” (citado por McKay, Home Memories, p. 213).

OS SANTOS DEVEM FORTALECER AS ESTACAS DE SIÃO NO LOCAL EM QUE VIVEM

Em maio de 1952, o Presidente David O. McKay iniciou um tour de dois meses pela Europa. “A uma congregação intrigada com a visita, o Presidente McKay disse que o principal objetivo de sua viagem era estudar a possibilidade de construir capelas em toda a Europa, a fim de incentivar os membros da Igreja a ficarem em seu próprio país em vez de emigrar para os Estados Unidos” (Morrell, Highlights in the Life, p. 121). Durante essa viagem, ele escolheu terrenos para templos na Inglaterra e na Suíça, os primeiros na Europa.

ELE ADORAVA OS CLÁSSICOS DA LITERATURA

O Presidente David O. McKay recebera instrução formal e adorava os grandes escritores de língua inglesa. Ao ensinar o evangelho, citava com freqüência Shakespeare, Carlisle ou Robert Burns. Seu talento como professor era inquestionável e suas mensagens atingiam não só a Igreja, mas boa parte do mundo.

ELE TINHA O DOM DA CURA

Numa carta de 1954 para o Élder Mark E. Petersen, que na época era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, um homem relatou uma experiência sagrada que uma amiga tivera com o Presidente David O. McKay num dos templos. Ele escreveu:

“Minha esposa é conselheira na presidência da Sociedade de Socorro de nossa ala, e a irmã Nina Penrod é a outra conselheira. Quando o Presidente McKay apertou a mão da irmã Penrod, ela perguntou-lhe se se lembrava da mãe dela, a irmã Graham do vale de Ogden. Ele respondeu: ‘Claro que sim’, e usou as duas mãos para cumprimentá-la. No momento do aperto de mãos, vi o rosto da irmã Penrod ruborizar-se. Ela contou que se sentiu humilde e arrebatada, principalmente porque quando as duas mãos do Presidente McKay tocaram sua mão direita, ela sentiu um choque e achou que talvez as pessoas a sua volta também tivessem ouvido o som que acompanhou o choque, que lhe pareceu altíssimo. Ela disse ter sentido uma grande fraqueza. Foi algo inusitado, pois o Presidente McKay apertou a mão direita dela com a mão esquerda, quando cumprimentava a todos com a mão direita. A irmã Penrod disse que se sentiu profundamente honrada e regozijou-se com algo maravilhoso que lhe aconteceu: foi curada de suas dores de artrite. (...)

Quando o Presidente McKay foi embora, conforme me relataram, a irmã Penrod tentou sair com os outros, mas precisou de ajuda, pois estava debilitada demais para andar sozinha. Eles foram devagar e, ao descerem as escadas, ela irrompeu em pranto. Conduziram-na a uma cama numa sala onde, depois de pouco tempo, ela recobrou as forças. Ela levantouse, voltou as costas para as pessoas que a acompanhavam, estendeu os dois braços, dobrou-os e levou-os aos ombros. Em seguida, disse: ‘Há anos que eu não conseguia fazer isso’” (citado por McKay, Cherished Experiences, pp. 156—157).

ELE ABRIU OS OLHOS DE UM CEGO

O irmão Melvin T. Mickelson contou como recobrou a visão depois de receber uma bênção do Presidente David O. McKay. O irmão Mickelson contraíra uma séria infecção ocular e perdera a visão de um olho e a maior parte da visão do outro. O estado de seus olhos continuou a piorar até que um médico lhe disse que o olho direito teria de ser removido. O irmão Mickelson explicou:

“Quase duas horas depois de sairmos do consultório, o Presidente McKay bateu a nossa porta e disse que ouvira falar de minha enfermidade e perguntou se eu gostaria de receber uma bênção. Ninguém poderia negar a paz que ele trazia. Quando me abençoou, minhas dores diminuíram e por fim se foram por completo. Quando o Presidente McKay saiu do recinto, as palavras de fé proferidas por minha esposa foram: ‘Tudo vai ficar bem.’ (...)

Na manhã seguinte, voltei ao consultório. Depois de examinar meus olhos, o médico disse: ‘Aconteceu algum milagre. Não será preciso remover o olho. Você vai recuperar de quinze a vinte por cento da visão.’ No dia seguinte, ele disse-me que eu recobraria setenta e cinco por cento da visão e, no terceiro dia, talvez toda a visão. (...)

Dois ou três anos depois, um oftalmologista consultou- me e comentou: ‘Você tem muitos tecidos cicatriciais nos olhos, mas nunca vi visão mais perfeita’” (citado em McKay, Cherished Experiences, pp. 163—164).

ELE TINHA O DOM DO DISCERNIMENTO

O Bispo Robert L. Simpson, na época conselheiro no Bispado Presidente, falou do primeiro contato que teve com o Presidente McKay em 1958, na dedicação do Templo de Hamilton Nova Zelândia:

“Eu estava andando por um corredor do templo quando um amigo me interrompeu e me convidou para entrar numa sala. Levei um susto ao ver que as únicas pessoas no recinto eram o Presidente e a Irmã McKay. Meu amigo disse: ‘Presidente McKay, este é um de nossos ex-missionários da Nova Zelândia, o irmão Simpson.’ O Presidente McKay estendeu a mão direita com firmeza, colocou a mão esquerda em meu ombro, fitou-me nos olhos e, mais do que isso, pareceu ver minha alma e coração. Alguns segundos depois, deu-me um aperto de mão amistoso, uma sacudidela no ombro e disse: ‘Irmão Simpson, muito prazer em conhecê-lo.’ Ele enfatizou o fato de verdadeiramente conhecer-me. Nos dias e semanas que se seguiram, a lembrança desse momento não me saía da mente. Cerca de três meses depois, quando eu estava em meu escritório em Los Angeles, o telefone tocou e ouvi do outro lado da linha: ‘Aqui quem fala é David O. McKay.’ Ele disse que, com base em nossa entrevista, sentira-se inspirado a chamarme para voltar com minha família à Nova Zelândia para presidir o povo que eu tanto amava” (Improvement Era, fevereiro de 1970, p. 72).

O PODER DE DEUS ESTAVA COM ELE

Em certa ocasião, no Pacífico Sul, ao se despedir de um grupo de santos, deixou-lhes uma bênção e algo extraordinário aconteceu. Como relatou um homem: “Alguns que olharam para o alto por alguns instantes enquanto os lábios do Élder McKay proferiam palavras inspiradas testificam que um brilho repousou sobre ele, como um feixe de luz resplandecente. Garantem que, no momento em que se produziu essa maravilhosa manifestação e bênção, a separação entre o céu e a Terra era muito tênue. A alma de cada ouvinte vibrou com a convicção da verdade” (Citado por McKay, Cherished Experiences, p. 67).

Num tributo a seu marido, a Irmã McKay disse sobre ele:

“O Presidente é abençoado com presciência. Em várias ocasiões, ele dizia-me de manhã que algo aconteceria durante o dia e, invariavelmente, a impressão tornava-se realidade. Esse dom foi um guia de grande utilidade para ele ao longo da vida” (citado por McKay, Home Memories, p. 270).

TODAS AS PESSOAS EXERCEM INFLUÊNCIA

O Presidente David O. McKay ensinou sobre a importância de levarmos uma vida pautada pelos princípios cristãos:

“Um caráter justo é fruto de esforços contínuos e pensamentos corretos; decorre de uma longa intimidade com pensamentos divinos. A pessoa que mais se achega ao Espírito de Cristo é a que põe Deus no centro de sua mente. E quem diz em seu coração: ‘Não se faça a minha vontade, mas a tua’ aproxima-se mais do ideal deixado por Cristo” (Conference Report, outubro de 1953, p. 10).

Todas as pessoas que vivem neste mundo exercem uma influência, seja para o bem seja para o mal. Não se trata apenas do que dizem ou apenas do que fazem, e sim do que são. Cada pessoa irradia o que é. Todos os demais recebem essa influência. O Salvador tinha consciência disso. Sempre que Ele estava na presença de uma pessoa, sentia essa radiação — fosse a samaritana com sua vida passada, fosse a mulher prestes a ser apedrejada e os homens que a acusavam, fosse o estadista Nicodemos, fosse um dos leprosos. Ele enxergava a luz que as pessoas emitiam. E, até certo grau, vocês e eu também temos essa capacidade. É o que somos e irradiamos que afeta as pessoas a nossa volta” (Conference Report, abril de 1963, p. 129).

ELE ENSINOU SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA ESPIRITUALIDADE

O Presidente David O. McKay ensinou o seguinte sobre o desenvolvimento da espiritualidade:

“A espiritualidade é a maior vitória da alma, ‘o lado divino do homem, o dom supremo e mais elevado que o torna rei de todas as coisas criadas’. É a consciência do triunfo sobre nós mesmos e da comunhão com o Infinito. A espiritualidade impele-nos a adquirir cada vez mais força, a sentir o desenvolvimento de nossas faculdades e a sintonia da alma com Deus e o Infinito; isso é espiritualidade. É isso que nos proporciona o que há de melhor na vida.

A espiritualidade manifesta-se melhor nos atos, não nos sonhos. ‘Devaneios arrebatadores, arroubos de enlevo celeste e anseios para ver o invisível não são tão marcantes quanto o simples fato de cumprir nosso dever.’

Todos os impulsos nobres; todas as expressões altruístas de amor; todos os sofrimentos destemidos pelo bem; todas as renúncias pessoais em nome de algo maior; toda a lealdade a um ideal; toda a devoção abnegada a um princípio; todos os atos úteis à humanidade; todos os gestos de autodomínio; toda a coragem elevada da alma, triunfante diante das convenções ou das regras e que resulta de ser, fazer e viver o bem como fim em si mesmo — nisso consiste a espiritualidade.

Esse sentimento que nos induz a uma vida mais elevada é universal. A busca e o desenvolvimento de paz e liberdade espirituais dizem respeito a todos.

Perdemos a alma a menos que desenvolvamos nela a espiritualidade. Sugiro os passos a seguir para o desenvolvimento da espiritualidade:

“1. Cabe ao homem controlar a natureza, e não se deixar escravizar por ela. O autodomíno e o controle das circunstâncias externas são fundamentais.

“2. A espiritualidade e uma vida abundante dependem de reconhecermos a Deidade e A honrarmos.

“3. Deve haver a consciência de que Deus delegou ao homem a autoridade para agir em Seu nome.

“4. É preciso reconhecer que Deus é o Pai de todos os homens e valoriza cada alma.

“5. A vida é uma missão e toda pessoa tem o dever de tornar o mundo um lugar melhor por ter passado por ele” (True to the Faith: From the Sermons and Discourses of David O. McKay, comp. Llewelyn R. McKay [1966], pp. 244–245).

ELE ENSINOU SOBRE AS PEDRAS FUNDAMENTAIS DE SIÃO

O Presidente David O. McKay ensinou:

“A Sião que construímos será moldada pelos ideais de seus habitantes. Para mudarmos os homens e o mundo, precisamos transformar sua maneira de pensar, pois as crenças de um homem correspondem ao que ele verdadeiramente pensa; o que ele pensa é o que vive. Os homens nunca vão além de seus ideais; muitas vezes ficam aquém, mas jamais os ultrapassam. (...)

(...) O Senhor designa Sião como ‘o puro de coração’ (D&C 97:21); e somente quando formos assim é que Sião ‘(...) florescerá e a glória do Senhor estará sobre ela’ (D&C 64:41).

É no coração dos homens que se lançarão os alicerces de Sião; grandes terrenos, minas, florestas, fábricas, belos prédios e instalações modernas são apenas meios e acessórios para a edificação da alma humana e a garantia da felicidade.

Assim, ao delinearmos hoje os planos para Sião, escolhemos o que poderíamos chamar de ‘quatro pedras fundamentais dos habitantes de Sião’.

Primeiro: A firme crença e a aceitação da verdade de que este universo é governado com inteligência e sabedoria e, como afirmou Platão, ‘não foi deixado à mercê de um acaso irracional e aleatório’.

A segunda pedra fundamental é que o propósito supremo do grandioso plano de Deus é o aperfeiçoamento de Seus filhos.

Ele deseja que os homens e mulheres se tornem semelhantes a Ele.

A terceira pedra fundamental é perceber que o fator-chave para o progresso do homem é a liberdade: o livre arbítrio. O homem pode escolher o bem maior ou o bem menor e ficar aquém do que pretendia inicialmente.

A quarta pedra fundamental é o senso de responsabilidade para com as outras pessoas e a sociedade” (Gospel Ideals, p. 335).

ELE TINHA FÉ NA JUVENTUDE DE SIÃO

O Presidente David O. McKay regozijava-se com a fidelidade da juventude da Igreja. Na conferência geral de abril de 1961, disse:

“Se me perguntassem hoje de manhã: ‘Em que área a Igreja avançou mais no último ano?’ Eu não responderia: ‘No campo financeiro.’ (...)

Tampouco diria: ‘No número crescente de casas de adoração.’ (...)

(...) Nem responderia: ‘No aumento do número de membros’. (...)

Eu responderia que o progresso mais encorajador da Igreja no último ano é o aumento do número de jovens em atividade na Igreja. (...)

Que os céus os guiem, meus jovens, onde quer que estejam. Contanto que se mantenham puros e imaculados e permaneçam perto de seu Pai celestial com sinceridade e em espírito de oração, o Espírito os conduzirá, os magnificará em sua juventude e os transformará numa força para o bem na Terra. Seu Pai Celestial está sempre pronto a ajudá-los em momentos de necessidade e a dar-lhes consolo e vigor caso se aproximem Dele em pureza, simplicidade e fé” (Conference Report, abril de 1961, pp. 5, 8).

O PRESIDENTE JOSEPH FIELDING SMITH PRESTOU HOMENAGEM A ELE

Nos últimos anos de sua vida, embora com limitações físicas devido a um estado de saúde delicado, o Presidente David O. McKay continuou a crescer espiritualmente. Sempre falava do gosto pela vida. Depois da morte do Presidente McKay em 18 de janeiro de 1970, o Presidente Joseph Fielding Smith disse:

“Honro e reverencio o nome e a memória do Presidente David O. McKay.

Durante 60 anos, sentei-me a seu lado nos conselhos presidentes da Igreja. Assim, conheci-o intimamente. Amei-o como homem e honrei-o como profeta.

Ele era um verdadeiro servo do Senhor: alguém que vivia em retidão perante seu Criador; alguém que amava seus semelhantes; alguém que amava a vida e regozijavase no privilégio do serviço que realizava; alguém que trabalhava com os olhos fitos na glória de Deus.

Ele exemplificou perfeitamente o padrão do Velho Testamento: ‘(...) o que é que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com teu Deus?’ (Miquéias 6:8)

Conforme afirmou o editorial do jornal Deseret News: ‘Se um homem da história moderna deixou este mundo melhor por ter vivido nele esse homem foi David Oman McKay.

Em todos os locais por onde passou, inspirou esperança e coragem. Em todos os lugares em que se ouviu sua voz, houve maior bondade entre os homens, maior tolerância, maior amor. Em todas as partes em’ que se sentiu sua influência, o homem e Deus se aproximaram em propósito e ação.’

O Presidente McKay foi chamado ao santo apostolado em abril de 1906 por meu pai, o Presidente Joseph F. Smith, que agiu sob a inspiração do Espírito, e tornou- se um dos maiores e mais inspirados líderes desta dispensação. (...)

Sentirei muito sua falta. Ainda me custa acreditar que ele nos deixou. Mas sabemos que ele se foi para um reencontro jubiloso com seu pai e sua mãe e que agora está reiniciando seu trabalho no paraíso de Deus ao retomar contato com seus bons amigos que o precederam do outro lado do véu. (...)

Em minha opinião, duas frases do profeta Leí exemplificam a vida do Presidente McKay. Ele era como um grande rio, ‘continuamente correndo para a fonte de toda a retidão’ e como um imenso vale, ‘firme, constante e imutável em guardar os mandamentos do Senhor!’ (1 Néfi 2:9–10)

Agradeço a Deus pela vida e o ministério desse grande homem. Ele era uma alma com uma missão especial, um espírito nobre que veio ao mundo para presidir em Israel. Ele desempenhou bem seu trabalho e voltou puro e perfeito para esferas de luz e um reencontro feliz com entes queridos. Se jamais houve um homem merecedor da seguinte bênção das escrituras, foi o Presidente McKay:

‘Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo’ (Mateus 25:34), pois fizestes todas as coisas confiadas a vosso cuidado” (“One Who Loved His Fellowmen”, Improvement Era, fevereiro de 1970, pp. 87–88).