A Parábola dos Talentos

Primária 7: O Novo Testamento, 1998


Propósito

Ajudar as crianças a terem o desejo de utilizarem os talentos que têm em benefício dos outros e de si mesmas.

Preparação

  1. 1.

    Em espírito de oração, estude Mateus 25:14–30 e Doutrina e Convênios 60:2–3, 82:3. Depois, estude a lição e decida como deseja ensinar a história das escrituras às crianças. (Ver “Preparação das Aulas”, p. vi, e “Ensinar Usando as Escrituras”, p. vii.)

  2. 2.

    Escolha as perguntas do debate e as atividades complementares que envolvam as crianças e melhor as ajudem a alcançar o propósito da aula.

  3. 3.

    Material necessário:

    1. a.

      Uma Bíblia ou um Novo Testamento para cada criança.

    2. b.

      Papeizinhos, cada um com o nome de um talento escrito, por exemplo: “Você tem talento para ser um bom violinista”, “Você tem talento para fazer amigos”, “Você tem talento para ser um bom orador”, “Você tem talento para ser um bom jogador de futebol”, “Você tem talento para ser um pacificador”, “Você tem talento para ser um bom líder”, “Você tem talento para ser um bom missionário”, “Você tem talento para fazer os outros ficarem contentes”, etc. Antes que as crianças entrem na sala, dobre os papéis e cole-os pela sala com fita adesiva para que elas os encontrem. Não identifique a que criança cada talento pertence.

Sugestões para o Desenvolvimento da Lição

Convide uma criança para fazer a primeira oração.

Atividade Motivadora

Diga às crianças que há mensagens especiais escondidas pela sala. Peça a uma criança que encontre uma mensagem e a leia em voz alta. Depois peça a ela que diga o que poderia fazer para desenvolver esse talento. Dê uma vez a cada criança. Incentive o restante da turma a pensar em meios de cultivarem cada talento. Diga que nesta lição aprenderão a respeito da importância de desenvolvermos nossos talentos.

História das Escrituras

Recapitule a definição de parábola da lição 25. Ensine a parábola dos talentos, que está em Mateus 25:14–30, para as crianças. (Para sugestões de como ensinar as histórias das escrituras, ver “Ensinar Usando as Escrituras”, p. vii.) Nessa parábola, os talentos são dinheiro. Para nós, os talentos são as habilidades que podemos desenvolver para abençoar e ajudar outras pessoas.

Debate

Ao preparar a aula, estude as seguintes perguntas e referências de escritura. Utilize as perguntas que mais ajudem as crianças a entender as escrituras e aplicar os princípios em sua vida. Ler as passagens de escritura indicadas durante a aula ajudará as crianças a passarem a compreender as escrituras.

• Por que o senhor deu quantidades diferentes de talentos para cada servo? (Mateus 25:15) Como os seus talentos diferem dos talentos de seus amigos? Dos talentos de seus familiares? Por que o Pai Celestial concede dons diferentes a cada um de nós? (D&C 46:12) Como podemos demonstrar gratidão ao Pai a cada um dos talentos que Ele nos deu? (D&C 46:11)

• O que o servo que recebeu cinco talentos e o que recebeu dois fizeram com o dinheiro? (Mateus 25:16–17) Como vocês acham que eles conseguiram dobrar o dinheiro que tinham? Como o trabalho árduo pode ser uma bênção para nós?

• O que o servo que recebeu um talento fez com o dinheiro? (Mateus 25:18) Em sua opinião, por que ele fez isso? (Mateus 25:24–25) Em sua opinião, por que algumas pessoas não desenvolvem os talentos que têm? O que acontece aos talentos de uma pessoa que não os usa para nada?

• Quando o senhor voltou e pediu aos servos que lhe prestassem contas, o que disse ao servo que recebera cinco talentos? (Mateus 25:21) O que disse ao servo que recebera dois talentos? (Mateus 25:23) De que forma empenhar-se muito em desenvolver os talentos nos abençoa? Que bênçãos vocês já receberam graças ao talento ou habilidade de outra pessoa?

• Por que o senhor deu a mesma recompensa ao servo que ganhara cinco talentos e ao que ganhara dois? (Mateus 25:21, 23)

• O que o senhor disse ao servo que recebera um talento? (Mateus 25:26–27) Por que o senhor ficou zangado com esse servo? Que castigo ele recebeu por esconder o talento? (Mateus 25:28, 30) Por que o modo como utilizamos nossas habilidades e talentos é mais importante que a quantidade de talentos que temos e que talentos são eles?

• Em sua opinião, por que o senhor deu o talento do mau servo ao servo que tinha dez talentos? Isso foi justo? Por que? Diga que quanto mais utilizamos nossos talentos, mais talentos desenvolvemos. Se não fizermos nada com nossos talentos, iremos perdê-los. (Ver Mateus 25:29; D&C 60:2–3) Ajude as crianças a compreenderem que as pessoas que parecem ter menos talentos receberão todas as bênçãos se utilizarem os talentos que têm ao máximo.

• O que vocês acham que Jesus estava tentando nos ensinar contando a parábola dos talentos? Ajude as crianças a compreenderem que o Senhor nos deu talentos, habilidades e oportunidades (como, por exemplo, a de pertencer a Sua Igreja). Ele espera que façamos uso de todas essas coisas para tornar nossa vida melhor e servir aos outros. Espera, também, que demonstremos gratidão desenvolvendo nossos talentos.

• O que mais o Senhor espera de nós devido ao fato de sermos membros de Sua Igreja? (D&C 82:3)

• Como as pessoas partilham os talentos que têm na Igreja? Como aceitar responsabilidades e designações na Igreja nos ajuda a aumentar nossos talentos? (Ver a atividade complementar 5.)

• Quando e a quem prestaremos contas do que fizemos com os dons e talentos que recebemos? O que vocês querem poder dizer quando prestarem contas? O que vocês sentiriam se o Senhor lhes dissesse: “Bem está, servo bom e fiel”? (Mateus 25:21)

Atividades Complementares

Você pode usar uma ou mais das atividades abaixo, em qualquer momento da aula, ou como recapitulação, resumo ou desafio.

  1. 1.

    Peça às crianças que citem o maior número possível de talentos. Relacione os talentos no quadro conforme forem citados. Incentive as crianças a incluírem traços de caráter, tais como ser bom ouvinte, amar os outros, ser alegre, etc.

  2. 2.

    Dê a cada criança um papel e um lápis e peça que faça uma lista dos próprios talentos. Diga-lhes para não deixarem que ninguém na sala veja a lista. Depois peça que cada aluno diga um talento de cada um dos outros alunos. Sugira que, à medida que os talentos de cada criança forem mencionados, elas acrescentem à própria lista os talentos que as outras crianças citarem e que ainda não estejam em sua relação. Depois faça as seguintes perguntas:

    • Se os outros alunos mencionarem algo a seu respeito que ainda não esteja em sua lista, o que vocês podem fazer para desenvolver o talento citado?

    • Se os outros alunos não mencionarem um talento que você escreveu, o que você pode fazer para o desenvolver?

    Desafie todas as crianças a escolherem um de seus talentos e decidir como desenvolvê-lo mais ou como utilizá-lo durante a semana.

  3. 3.

    Conte esta história sobre o Presidente Heber J. Grant:

    “Quando entrei para um clube de beisebol, os meninos de minha idade ou um pouco mais velhos do que eu jogavam no primeiro time [no melhor grupo de jogadores]; os mais novos do que eu jogavam no segundo, os que eram ainda menores jogavam no terceiro e eu jogava com eles. Um dos motivos era que eu não conseguia jogar a bola de uma base para a outra. Outro motivo era que eu não tinha força física para correr nem rebater bem. Quando eu pegava uma bola, geralmente os meninos gritavam: ‘Manda para cá, medroso!’

    Eram tantas as piadas que meus jovens companheiros faziam de mim, que eu fiz a promessa solene de que jogaria beisebol no primeiro time e venceria o campeonato do Território de Utah.

    (…) Economizei um dólar e investi-o em uma bola de beisebol. Passava horas e horas jogando a bola no celeiro do Bispo Edwin D. Woolley (…) Quase sempre o meu braço doía tanto que eu mal conseguia dormir à noite, mas continuei praticando e finalmente consegui entrar para o segundo time do clube. Logo a seguir, entrei para um clube melhor e acabei jogando no time que venceu o campeonato de território.” [Gospel Standards (Padrões do Evangelho), pp. 342–343.]

  4. 4.

    A frase a seguir era um dos ditados prediletos do Presidente Heber J. Grant:

    “As coisas que persistimos em fazer tornam-se mais fáceis para nós. Não que a natureza da coisa em si mude, mas nossa capacidade de fazê-la aumenta.” (Gospel Standards, p. 355)

  5. 5.

    Peça às crianças que pensem em algumas das responsabilidades que as pessoas recebem na Igreja. Distribua papeizinhos e lápis entre as crianças e peça-lhes que escrevam uma responsabilidade ou designação. (As crianças podem escrever mais de uma responsabilidade, uma em cada papel.) Peçalhes que coloquem os papéis em uma caixa ou vasilha. Depois, peça-lhes que cada uma tire um papel da caixa e diga que talentos poderia desenvolver cumprindo a designação ou responsabilidade. No quadro, faça uma lista dos talentos mencionados para ver quantos talentos diferentes as crianças conseguem identificar.

  6. 6.

    Cante ou leia “Viver para Servir”. (Cante Comigo, G–19; ou no final deste manual.)

Conclusão

Testemunho

Preste testemunho da alegria que vem de utilizarem-se os talentos que Deus nos deu para nos beneficiar e aos outros. Fale às crianças do quanto você deseja ter a alegria de voltar ao Pai Celestial como alguém que fez bom uso dos talentos que tem.

Designação de Leitura Sugerida

Sugira às crianças que estudem, em casa, Mateus 25:14–30 para recapitularem a lição.

Convide uma criança para fazer a última oração.

Observação: Para uma das atividades complementares da lição 27, é preciso pedir a um membro da presidência da Sociedade de Socorro ou do bispado que vá a sua sala de aula e fale para as crianças a respeito de como a Sociedade de Socorro presta serviço de solidariedade. Caso deseje utilizar essa atividade, convide uma dessas pessoas de antemão e explique-lhe sobre o que deseja que ela fale.