Ensinamentos dos Presidentes
Capítulo 10: Fortalecer a Parceria Eterna do Casamento


Capítulo 10

Fortalecer a Parceria Eterna do Casamento

“Os sentimentos mais doces da vida, os impulsos mais generosos e satisfatórios do coração humano são expressos em um casamento que permanece puro e sem mácula acima da maldade do mundo.”

Da Vida de Gordon B. Hinckley

Certa noite serena, quando o Presidente e a irmã Hinckley estavam sentados juntos, ela disse a ele: “Você sempre me deu asas para voar, e eu o amo por isso”.1 Ao comentar essa manifestação de sua esposa, o Presidente Hinckley disse: “Procuro reconhecer a individualidade de minha esposa, sua personalidade, seus desejos, sua formação e seus anseios. Deixá-la alçar voo. Sim, deixo-a alçar voo! Deixo-a desenvolver seus talentos. Deixo-a fazer as coisas a seu próprio modo. Basta sair do caminho e maravilhar-me com o que ela é capaz”.2 Da mesma forma, a irmã Hinckley deu todo o apoio a seu marido, como pai, nos seus interesses pessoais e em seu extenso serviço na Igreja.

Na maior parte dos seus anos de crescimento, Gordon B. Hinckley e Marjorie Pay viveram na mesma ala e, por muitos anos, moraram na mesma rua, em frente um do outro. “A primeira vez que a vi foi na Primária”, recordou-se o Presidente Hinckley. “Ela estava fazendo um discurso. Não sei o que me aconteceu, mas nunca esqueci disso. Depois ela cresceu e se tornou uma linda moça e eu tive o bom senso de me casar com ela.”3

Tiveram o seu primeiro encontro — um baile da Igreja — quando ele tinha 19 anos e ela 18 anos. “Esse rapaz vai ser alguma coisa”, disse mais tarde Marjorie à sua mãe.4 Seu relacionamento continuou a crescer durante o tempo em que Gordon frequentou a Universidade de Utah. Em 1933, um ano depois de sua formatura, foi chamado para servir missão na Inglaterra. Quando retornou em 1935, eles retomaram o namoro e, em 1937, se casaram no Templo de Salt Lake City. Relembrando o início de seu casamento, a irmã Hinckley declarou:

“O dinheiro era escasso, mas estávamos cheios de esperança e otimismo. Aqueles dias tiveram suas dificuldades, mas eles estavam plenamente determinados e com um grande desejo de estabelecer um lar feliz. Amávamos um ao outro, não havia dúvidas sobre isso. Mas também tivemos de nos acostumar um ao outro. Acho que em todos os casais um tem de se acostumar ao outro.

Logo percebi que seria melhor nos empenharmos mais em acostumar-nos um ao outro do que viver tentando modificar o outro — o que eu descobri ser impossível. (…) É preciso haver breves trocas de ideias e uma enorme flexibilidade para que o lar se torne feliz”.5

O Presidente Hinckley foi chamado como Autoridade Geral em 1958 e, durante os primeiros anos de seu serviço, a irmã Hinckley normalmente ficava em casa, tomando conta dos cinco filhos, enquanto ele viajava nas designações da Igreja. Quando seus filhos cresceram, a família Hinckley frequentemente viajava juntos — e era algo que eles adoravam. Em abril de 1977, seu aniversário de 40 anos de casados ocorreu quando eles estavam em uma jornada longa para se reunir com os santos na Austrália. Naquele dia, o Presidente Hinckley escreveu em seu diário:

“Estamos hoje em Perth, na Austrália, nossa própria presença sendo uma representação do que os anos nos concederam. Passamos o dia nos reunindo com os missionários da Missão Austrália Perth. Foi um dia maravilhoso, no qual foram ouvidos testemunhos e instrução. Os missionários presentearam Marjorie com um arranjo de flores, coisa que eu não tinha tido tempo de providenciar por mim mesmo.

Poderíamos escrever um livro a respeito dos 40 anos passados. (…) Tivemos nossas dificuldades e nossos desafios. Mas, em geral, a vida tem sido boa. Fomos maravilhosamente abençoados. Nessa idade, as pessoas começam a sentir o significado da eternidade e o valor do companheirismo eterno. Se estivéssemos ontem em casa, talvez teríamos tido um jantar em família. Mas, na situação em que estamos, longe de casa a serviço do Senhor, esta é uma experiência encantadora”.6

Vinte e dois anos depois, quando já servia como Presidente da Igreja, o Presidente Hinckley escreveu uma carta à irmã Hinckley, expressando seus sentimentos após mais de 60 anos de casados. “Que companheira preciosa você tem sido”, disse ele. “Agora envelhecemos juntos e esta tem sido uma experiência muito agradável. (…) Em algum dia futuro, quando a morte gentilmente levar um de nós dois, haverá lágrimas, sim, mas também haverá a certeza serena de que nos encontraremos outra vez e seremos companheiros eternos.”7

No início de 2004, o casal Hinckley estava voltando para casa da dedicação do Templo de Acra Gana quando a irmã Hinckley teve um colapso devido ao cansaço. Ela nunca conseguiu recuperar suas forças e faleceu em 6 de abril de 2004. Seis meses depois, na Conferência Geral de outubro, o Presidente Hinckley disse:

“Ao segurar-lhe a mão e ver a vida mortal escorregar por entre seus dedos, confesso que fui tomado pela emoção. Antes de nos casarmos, ela havia sido a garota dos meus sonhos. (…) Ela foi minha companheira por mais de dois terços de século, éramos iguais perante o Senhor, na realidade ela era superior a mim. E agora, em minha velhice, ela tornou-se novamente a garota dos meus sonhos”.8

Em seu sofrimento, o Presidente Hinckley foi confortado pelo conhecimento de que ele e Marjorie haviam sido selados para a eternidade. Ele disse: “É absolutamente devastador perder uma companheira tão amada, com a qual caminhamos juntos por tanto tempo, pela luz e pelas sombras. Surge uma solidão imensa, que aumenta em intensidade. Ela abala dolorosamente a própria alma. Mas, na quietude da noite, um sussurro silencioso pode ser ouvido, ao dizer: ‘Tudo bem. Tudo bem’. E essa voz externa e singular traz paz, convicção e confiança inabalável de que a morte não é o fim, que a vida segue em frente, com trabalho a ser feito e vitórias a serem conquistadas. Essa voz suave, por vezes não captada por ouvidos mortais, traz a certeza de que, tão certo como houve a separação, haverá um reencontro festivo”.9

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O Presidente e a irmã Hinckley

O Presidente e a irmã Hinckley desfrutaram de um casamento feliz e amoroso e foram fortalecidos com a “certeza serena do reencontro e do companheirismo eterno”.

Ensinamentos de Gordon B. Hinckley

1

O Pai Celestial criou o casamento desde o princípio.

O casamento é algo maravilhoso sob o plano de nosso Pai Eterno, um plano concedido em Sua divina sabedoria para a felicidade e segurança de Seus filhos e a continuidade da raça.

Ele é nosso Criador e planejou o casamento desde o princípio. Quando Eva foi criada, “disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; (…) Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gênesis 2:23–24).

Paulo escreveu aos santos de Corinto, dizendo: “Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher, sem o homem, no Senhor” (1 Coríntios 11:11).

Em uma revelação moderna, o Senhor disse: “E também, em verdade vos digo que aquele que proíbe o casamento não é aprovado por Deus, porque o casamento foi instituído por Deus para o homem” (D&C 49:15). (…)

Certamente ninguém há que, lendo as escrituras, tanto as antigas quanto as modernas, duvide do conceito divino do casamento. Os sentimentos mais doces da vida, os impulsos mais generosos e satisfatórios do coração humano são expressos em um casamento que permanece puro e sem mácula acima da maldade do mundo.

Creio que esse seja o casamento desejado, esperado e almejado, a resposta às orações de homens e mulheres em todo lugar.10

2

No templo, o marido e a mulher podem ser selados para toda a eternidade.

Os templos (…) oferecem bênçãos que não se encontram em nenhum outro lugar. Tudo o que ocorre nessas casas sagradas tem a ver com a natureza eterna do homem. Nelas o marido, a esposa e os filhos são selados como família para toda a eternidade. O casamento não é “até que a morte os separe”. Ele é eterno se as partes viverem dignamente para merecer a bênção.11

Terá porventura existido um homem que verdadeiramente amasse uma mulher — ou uma mulher que verdadeiramente amasse um homem — sem jamais ter orado para que seu relacionamento continuasse depois desta vida? Acaso existem pais que sepultaram um filho sem ansiarem pela garantia de que aquele ente querido voltaria a pertencer-lhes em um mundo vindouro? Será que alguém que crê na vida eterna seria capaz de acreditar que o Deus dos céus negaria a Seus filhos o atributo mais precioso da vida, o amor, cuja expressão mais significativa encontra-se nos relacionamentos familiares? Não, a razão exige que os relacionamentos familiares continuem após a morte. O coração humano anseia por isso, e o Deus dos céus revelou uma maneira de garantir que isso aconteça. As ordenanças sagradas da casa do Senhor provêm o meio para tal.12

Quão doce é a certeza, quão confortante é a paz que vem do conhecimento de que, se nos casarmos do modo correto e vivermos do modo correto, nosso relacionamento se perpetuará não obstante a infalibilidade da morte e a passagem do tempo. O homem pode compor e cantar canções de amor. Pode almejar, sonhar e esperar. Mas tudo isso será apenas um anseio romântico se não houver o selo da autoridade que transcende os poderes do tempo e da morte.13

3

Maridos e esposas caminham lado a lado em uma jornada eterna.

Em Seu grande propósito, ao criar o homem em primeiro lugar, Deus também criou uma dualidade de sexos. A manifestação enobrecedora dessa dualidade é encontrada no casamento. Uma pessoa completa a outra.14

No relacionamento conjugal, não há inferioridade nem superioridade. A mulher não anda à frente do marido nem o marido, à frente da mulher. Eles caminham lado a lado como filho e filha de Deus em uma jornada eterna.15

O casamento, em seu sentido mais verdadeiro, é um relacionamento de parceiros iguais, sendo que nenhum exerce domínio sobre outro, mas os dois se incentivam e auxiliam mutuamente em todas as responsabilidades e aspirações que venham a ter.16

Esposas, considerem seu marido como seu companheiro precioso e sejam dignas de tal associação. Maridos, vejam em sua esposa o seu bem mais precioso nesta vida e na eternidade, uma filha de Deus, companheira com quem caminhar de mãos dadas, na alegria ou na tristeza, nos perigos ou nos triunfos da vida.17

Lembro-me de dois amigos de meu tempo de colégio e universidade. Ele era um rapaz do interior, de presença modesta, sem dinheiro e aparentemente nada promissor. Fora criado em uma fazenda e, se tinha uma qualidade cativante, era a sua capacidade de trabalhar. (…) Mas, com toda essa sua aparência rural, tinha um sorriso e uma personalidade que transpiravam bondade. Ela era uma moça da cidade que vinha de um lar confortável. (…)

Algo de maravilhoso aconteceu entre eles. Apaixonaram-se. O casal (…) passou os anos de escola rindo, dançando e estudando juntos. Casaram-se enquanto as pessoas se perguntavam como conseguiriam ganhar dinheiro suficiente para sobreviver. Ele empenhou-se nos estudos profissionalizantes e saiu-se bem. Ela economizava dinheiro, trabalhava e orava. Ela o incentivava, apoiava e, quando as coisas estavam realmente difíceis, dizia calmamente: “Conseguiremos resolver isto de alguma forma”. Ele venceu esses anos difíceis, incentivado pela fé que ela depositava nele. Vieram os filhos e, juntos, eles os amaram, sustentaram e deram-lhes a segurança nascida do amor e da lealdade mútua. Mais de 45 anos se passaram. Os filhos estão crescidos e são motivo constante de honra para eles, para a Igreja e para a comunidade em que moram.

Recentemente, enquanto embarcava em um avião em Nova York, eu seguia pelo corredor na penumbra da cabine, quando vi uma mulher de cabelos grisalhos, cochilando com a cabeça descansando sobre o ombro do marido. A mão dele segurava carinhosamente a dela. Ele estava acordado e reconheceu-me. Ela acordou e conversamos. Também estavam voltando de Nova York, onde ele fizera uma apresentação diante de uma das grandes sociedades eruditas do país. Ele pouco comentou a respeito, mas ela falava orgulhosamente das honras que ele recebera. (…)

Pensei nisso enquanto voltava para meu lugar no avião. E disse a mim mesmo, seus amigos daquele tempo viam apenas um rapaz do campo e uma garota sorridente com sardas no nariz. Entretanto, aqueles dois viram um no outro amor, lealdade, paz, fé e o futuro. Chamem isso de química se desejarem; talvez fosse um pouco disso, mas havia muito mais. Alguma coisa divina florescera neles, plantada ali pelo Pai Celestial. Durante o tempo de colégio, viveram dignos daquele florescimento de amor. Viveram com virtude e fé, apreciação e respeito para consigo mesmos e mutuamente. Nos anos de difíceis problemas profissionais e econômicos, encontraram sua maior força terrena no mútuo companheirismo. Agora, na idade madura, estavam encontrando juntos paz e sereno contentamento. Além de tudo isso, estavam seguros de uma união feliz para a eternidade, por meio dos convênios do sacerdócio celebrados e das promessas recebidas na casa do Senhor.18

4

Deus não negará nenhuma bênção a pessoas dignas que não sejam casadas.

De alguma forma, criamos um rótulo para um grupo muito importante da Igreja. São os chamados: “Solteiros”. Seria melhor se não os chamássemos assim. Vocês são indivíduos, homens e mulheres, filhos e filhas de Deus, não um grupo do tipo “são todos parecidos” ou da turma que “faz tudo parecido”. O fato de vocês não estarem casados não os torna fundamentalmente diferentes dos outros. Todos nós somos muito semelhantes na aparência e nas reações emocionais, em nossa capacidade de pensar, raciocinar, sentir tristeza, ser felizes, amar e ser amados.

Vocês são tão importantes quanto qualquer outra pessoa no plano de nosso Pai Celestial e, por Sua misericórdia, nenhuma bênção a que vocês teriam direito lhes será negada para sempre.19

Gostaria de dizer algo para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de se casar. Quero assegurar a vocês que estamos sensibilizados pela solidão que muitos de vocês sentem. A solidão é algo penoso e difícil. Penso que todos nós já a sentiram em algum momento da vida. Nosso coração está com vocês, com solidariedade e amor. (…)

Essa época de sua vida pode ser maravilhosa. Vocês têm maturidade. Vocês têm o arbítrio. A maioria de vocês tem formação e experiência. Vocês têm a força física, mental e espiritual para se erguer, ajudar e encorajar.

Existem muitos lá fora que precisam de vocês. (…) Mantenham suas baterias espirituais plenamente carregadas e acendam as lâmpadas de outros.20

A vocês, que não se casaram, (…) Deus lhes deu talentos de diversos tipos. Deu a vocês a capacidade de servir e preencher necessidades alheias, abençoando a vida do próximo com sua bondade e seu interesse. Estendam as mãos para alguém que esteja necessitado. (…)

Acrescentem conhecimento ao conhecimento. Aprimorem seu intelecto e suas aptidões em algum campo de atividade. Inúmeras são as oportunidades à sua espera se estiverem [preparados] para aproveitá-las. (…) Não pensem que por serem solteiros Deus os abandonou. O mundo precisa de vocês. A Igreja precisa de vocês. Tanta gente e tantas causas necessitam do seu vigor, de sua sabedoria e de seus talentos.

Orem sempre e não percam a esperança. Levem a melhor vida que forem capazes e o Senhor em sua grande sabedoria e no devido tempo dará uma resposta às suas orações.21

A vocês que se divorciaram, por favor, saibam que não os encaramos como fracassados porque um casamento fracassou. (…) A nossa obrigação não é condenar, mas perdoar e esquecer, apoiar e ajudar. Em suas horas de desolação, voltem-se para o Senhor, que diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. (…) Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28, 30).

O Senhor não vai condená-los ou deixá-los. As respostas às suas orações podem não ser significativas; talvez não sejam prontamente entendidas ou mesmo reconhecidas. Mas tempo virá quando vocês saberão que foram abençoados.22

5

A felicidade no casamento surge quando se demonstra uma preocupação cheia de amor sobre o bem-estar do seu companheiro.

Nutram e cultivem seu casamento. Protejam-no e esforcem-se para mantê-lo sólido e belo. (…) O casamento é um contrato, um pacto, uma união entre o homem e a mulher no plano do Todo-Poderoso. Ele pode ser frágil. Precisa de cuidado e muito esforço.23

Depois de tratar de centenas de casos de divórcio por tantos anos, estou convencido de que a aplicação de um único princípio faria mais do que todo o resto para resolver esse problema atroz.

Se todo marido e toda esposa fizessem, constantemente, o que fosse possível para garantir o conforto e a felicidade do companheiro ou da companheira, haveria bem poucos divórcios, se é que haveria algum. Nunca haveria discussão. Nunca fariam acusações um contra o outro. Nunca ocorreriam acessos de ira. Ao contrário, o amor e a consideração substituiriam a violência e a maldade. (…)

A cura para a maior parte dos problemas conjugais não está no divórcio. Está no arrependimento e no perdão, em demonstrações de bondade e consideração. Ela é encontrada na aplicação da Regra de Ouro.

É uma cena de grande beleza quando o rapaz e a moça se dão as mãos por sobre o altar, em convênio perante Deus de que honrarão e amarão um ao outro. Ao mesmo tempo é muito desoladora a cena quando, alguns meses ou alguns anos mais tarde, ouve-se deles críticas ofensivas, palavras vis e mordazes, vozes irritadas e acusações amargas.

Não precisa ser assim, meus queridos irmãos e irmãs. Podemos nos elevar acima dos “rudimentos fracos e pobres” de nossa vida (ver Gálatas 4:9). Podemos buscar e reconhecer a natureza divina que existe dentro de nós por sermos filhos de nosso Pai Celestial. Podemos viver juntos seguindo o modelo de casamento dado por Deus para que realizemos aquilo que somos capazes se exercitarmos a autodisciplina e nos abstivermos de tentar corrigir nosso companheiro ou companheira.24

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homem e mulher

“Nutram e cultivem seu casamento. Protejam-no e esforcem-se para mantê-lo sólido e belo.”

Todo casamento está sujeito a problemas ocasionais. Eles podem, porém, ser superados com paciência, respeito mútuo e tolerância. Quando erros são cometidos, podemos pedir desculpas, arrepender-nos e pedir perdão. Mas é necessário que haja o desejo de seguir esses passos, por parte do marido e da mulher. (…)

Aprendi que a essência real da felicidade no casamento está (…) no cuidado e na preocupação pelo conforto e bem-estar do cônjuge. Pensar somente em si mesmo e na gratificação dos desejos pessoais não edificará nem a confiança, nem o amor, nem a felicidade. Somente quando há altruísmo é que o amor e suas características florescem e dão frutos.25

Muitos de nós precisamos parar de procurar falhas e começar a procurar virtudes. (…) Infelizmente, algumas esposas desejam refazer seu marido segundo seu próprio modelo. Alguns maridos consideram sua prerrogativa compelir a esposa a se ajustar aos padrões daquilo que consideram ser o ideal. Isso nunca funciona. Só leva a brigas, desentendimentos e tristezas.

É preciso que haja respeito pelos interesses um do outro. É necessário haver oportunidades e encorajamento para que o talento individual possa ser desenvolvido e manifestado.26

Sejam absolutamente fiéis e verdadeiros ao cônjuge que escolheram. Em termos de tempo e eternidade, ele ou ela serão o maior tesouro que jamais tiveram. Ele ou ela serão merecedores do melhor que existir dentro de você.27

Sugestões para Estudo e Ensino

Perguntas

  • O Presidente Hinckley ensinou que o Pai Celestial planejou o casamento entre homem e mulher “para a felicidade e segurança de Seus filhos” (seção 1). De que maneira esse conhecimento pode influenciar o relacionamento entre um homem e uma mulher? Como marido e mulher mantêm o casamento “puro e sem mácula acima da maldade do mundo”?

  • Quais são as bênçãos do casamento eterno nesta vida e na eternidade? (Ver seção 2.) Quais experiências deram a você um apreço maior pelos relacionamentos eternos? Como podemos ensinar os filhos sobre a importância do casamento eterno?

  • Por que o casamento precisa ser um “relacionamento de parceiros iguais”? (Ver seção 3.) O que você aprendeu com a história da seção 3? De que forma marido e mulher cultivam esse tipo de fortalecimento em seu casamento?

  • De que maneira as promessas e o conselho do Presidente Hinckley na seção 4 ajudam as pessoas que não são casadas? Como os ensinamentos dessa seção se aplicam a todas as pessoas? Por que é importante usarmos nossos talentos e nossas habilidades para servir aos outros?

  • Quais são algumas maneiras pelas quais marido e mulher podem “nutrir e cultivar” seu casamento? (Ver seção 5.) O que você aprendeu sobre como marido e mulher podem sobrepujar os desafios e encontrar maior felicidade juntos? Quais exemplos vocês encontraram?

Escrituras Relacionadas

1 Coríntios 11:11; Mateus 19:3–6; D&C 42:22; 132:18–19; Moisés 2:27–28; 3:18, 21–24

Auxílio de Estudo

“Se vocês dedicarem tempo a cada dia, pessoalmente e com sua família, para estudar a palavra de Deus, a paz prevalecerá em sua vida. Essa paz não virá do mundo exterior. Ela virá de dentro de sua casa, de dentro de sua família e de dentro de seu próprio coração” (Richard G. Scott, “Fazer do Exercício da Fé Sua Prioridade”, A Liahona, novembro de 2014, p. 93).

Notas

  1. “As Mulheres de Nossa Vida”, A Liahona, novembro de 2004, p. 85.

  2. “Uma Visita ao Lar dos Hinckley”, A Liahona, outubro de 2003, p. 32.

  3. Em Jeffrey R. Holland, “Presidente Gordon B. Hinckley: Mostrando Real Valor”, A Liahona, Edição Especial, junho de 1995, p. 17.

  4. Glimpses into the Life and Heart of Marjorie Pay Hinckley [Vislumbres na Vida e no Coração de Marjorie Pay Hinckley], ed. Virginia H. Pearce, 1999, p. x.

  5. Glimpses, p. 184.

  6. Diário de Gordon B. Hinckley, 29 de abril de 1977.

  7. Gerry Avant, “A Tender Farewell to an Elect Lady” [Um Adeus Carinhoso para uma Dama Eleita], Church News, 17 de abril de 2004, p. 4.

  8. “As Mulheres de Nossa Vida”, p. 82.

  9. Marjorie Pay Hinckley, Letters [Cartas], 2004, p. 264; ver também R. Scott Lloyd, “Apostle’s Work Continues beyond Veil” [O Trabalho do Apóstolo Prossegue Além do Véu], Church News, 31 de julho de 2004, p. 3.

  10. “O Que Deus Ajuntou”, A Liahona, julho de 1991, p. 80.

  11. “Das Coisas Que Sei”, A Liahona, maio de 2007, p. 85.

  12. “Why These Temples?” [Por Que Há Templos?], Ensign, outubro de 2010, p. 24; ver também Ensign, agosto de 1974, pp. 39–40.

  13. “O Casamento Que Perdura”, A Liahona, julho de 2003, p. 2.

  14. “As Mulheres de Nossa Vida”, p. 82.

  15. “Dignidade Pessoal para Exercer o Sacerdócio”, A Liahona, julho de 2002, p. 58.

  16. “Eu Creio”, A Liahona, março de 1993, p. 2.

  17. “O Que Deus Ajuntou”, p. 80.

  18. “E a Maior Destas É a Caridade”, A Liahona, agosto de 1984, p. 2.

  19. “To Single Adults” [Para os Adultos Solteiros], Ensign, junho de 1989, p. 72.

  20. “To Single Adults”, pp. 72–73.

  21. “Vivei à Altura de Vossa Herança”, A Liahona, janeiro de 1984, p. 129.

  22. “To Single Adults”, 74.

  23. “Andar na Luz do Senhor”, A Liahona, janeiro de 1999, p. 115.

  24. “As Mulheres de Nossa Vida”, p. 82.

  25. “Eu Creio”, p. 7.

  26. Cornerstones of a Happy Home [Pedra Angular de um Lar Feliz], folheto, 1984, pp. 5–6.

  27. “Não Cobiçarás”, A Liahona, fevereiro de 1991, p. 2.