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Nossa Responsabilidade Para Com o Templo e a História da Família


Lição 20

Nossa Responsabilidade Para Com o Templo e a História da Família

O propósito desta lição é ajudar-nos a compreender nossas responsabilidades para com o templo e a história da família.

As Ordenanças São Necessárias para a Salvação

Para voltarmos à presença do Pai Celestial, cada um de nós deve receber as ordenanças necessárias para a salvação. O Élder Boyd K. Packer disse:

“As ordenanças e os convênios são nossas credenciais para a admissão em Sua presença. Ser dignos de recebê-los é a busca de toda uma vida; mantê-los daí em diante é o desafio da mortalidade.

Uma vez que nós e nossa família as tenhamos recebido, temos o dever de realizar tais ordenanças vicariamente por nossos mortos, na verdade, por toda a família humana.” (A Liahona, julho de 1987, p. 23)

Devemos Receber as Ordenanças do Templo e Ajudar os Membros de Nossa Família a Fazer o Mesmo

O batismo e a confirmação, as primeiras ordenanças do evangelho, são o portão pelo qual entramos no caminho estreito e apertado que conduz à vida eterna. (Ver 2 Néfi 31:17–18.) Para continuar nesse caminho após o batismo, devemos receber também as ordenanças sagradas do templo—a investidura e as ordenanças de selamento. Devemos permanecer fiéis aos convênios que fazemos. Essas ordenanças são essenciais para nossa salvação.

O Presidente Howard W. Hunter explicou a importância das ordenanças do templo: “Todo o nosso empenho em proclamar o evangelho, aperfeiçoar os santos e redimir os mortos levam ao templo santo, e isto porque suas ordenanças são categoricamente decisivas. Não podemos voltar à presença de Deus sem elas. Incentivo todos a freqüentar o templo dignamente ou trabalhar para que chegue o dia de entrar nessa casa santa, a fim de receber suas ordenanças e fazer seus convênios”. (A Liahona, janeiro de 1995, p. 97)

Os membros adultos que ainda não foram ao templo devem conversar com seu bispo ou presidente de ramo para saber como devem preparar-se para receber as bênçãos do templo. Devemos também procurar despertar em nossos filhos e outros membros da família o desejo de se prepararem para o batismo e para as ordenanças do templo.

• Como podemos ensinar nossos filhos e outros membros da família a importância do templo? (Escreva as respostas no quadro-negro.)

Devemos Estar Sempre com Nossa Recomendação em Dia e Ir Regularmente ao Templo

• Mostre o auxílio visual 20-a, “O Templo de Salt Lake”.

A respeito de templos, o Presidente Gordon B. Hinckley disse:

“Esses maravilhosos e singulares edifícios e as ordenanças neles realizadas representam o ponto máximo de nossa adoração. Essas ordenanças são as mais profundas expressões de nossa teologia. Exorto nosso povo em todos os lugares, com toda a persuasão de que sou capaz, a viverem de maneira suficientemente digna para possuírem uma recomendação do templo; a obterem uma recomendação e considerarem-na como algo valioso; e a fazerem um esforço maior para ir à casa do Senhor e participar do espírito e das bênçãos lá encontradas. Tenho certeza de que cada homem ou mulher que vai ao templo com sinceridade de coração e fé, sai da casa do Senhor uma pessoa melhor. Todos precisamos melhorar nossa vida constantemente. Ocasionalmente, precisamos deixar o barulho e o tumulto do mundo e atravessar as portas da sagrada casa do Senhor para sentirmos Seu espírito num ambiente de santidade e paz.” (A Liahona, janeiro de 1996, pp. 57–58)

Mesmo que as circunstâncias não nos permitam freqüentar regularmente o templo, devemos ter uma recomendação. O Presidente Howard W. Hunter disse: “Agradaria ao Senhor que todo membro adulto fosse digno de ter uma recomendação para o templo, que a carregasse consigo e a mantivesse atualizada. As coisas que devemos e não devemos fazer para ser dignos de uma recomendação são exatamente as mesmas coisas que garantem nossa felicidade como indivíduos e famílias”. (A Liahona, janeiro de 1995, p. 8)

• Que bênçãos nos foram prometidas se tivermos uma recomendação atualizada para entrar no templo e o freqüentarmos regularmente?

Como Obter uma Recomendação para o Templo

Para obter uma recomendação para o templo, devemos ter uma entrevista particular com nossos líderes do sacerdócio. O Presidente Boyd K. Packer descreveu essa entrevista da seguinte forma: “Para conceder a recomendação do templo o bispo [ou o presidente do ramo] entrevista o membro da Igreja em particular. São feitas perguntas minuciosas ao entrevistado, a respeito de sua conduta e dignidade pessoal, sobre sua lealdade à Igreja e seus oficiais. A pessoa precisa declarar que é moralmente limpa, guarda a Palavra de Sabedoria, paga o dízimo completo, vive em harmonia com os ensinamentos da Igreja, e não é filiado ou tem simpatia por grupos apóstatas. O bispo [ou o presidente do ramo] recebe instruções para que tudo que for tratado nessa entrevista seja considerado absolutamente confidencial”. (“O Templo Sagrado”, A Liahona, junho de 1992, p. 17) Após sermos entrevistados pelo bispo ou presidente do ramo, deveremos ter também uma entrevista com o presidente da estaca ou com o presidente da missão, se morarmos fora dos limites de uma estaca.

Quando estivermos nos preparando para receber nossas próprias ordenanças do templo, seremos convidados por nossos líderes locais a assistir aulas que nos darão orientação sobre esse assunto. A recomendação para o templo é válida por um ano. Expirado esse tempo, é necessário que passemos por outra entrevista para renovar a recomendação para mais um ano.

Como Providenciar as Ordenanças para Nossos Antepassados

O Senhor deseja que todos os que já viveram sobre a Terra por mais de oito anos tenham o privilégio de receber o batismo, a investidura e as ordenanças seladoras. Ele preparou um meio de fazer com que os vivos realizem essas ordenanças em favor daqueles que já faleceram. Como membros da Igreja, temos a responsabilidade de providenciar as ordenanças do evangelho para a salvação de nossos antepassados que morreram sem conhecê-las.

• Ler Doutrina e Convênios 128:15. Por que é importante que façamos as ordenanças por nossos antepassados?

Ao realizarmos as ordenanças de salvação para nossos antepassados, sentimos a mesma alegria deles por receberem a oportunidade de conseguir a vida eterna na presença de Deus, o Pai, e Jesus Cristo. Além disso, ao servirmos nossos irmãos e irmãs, passamos a compreender e apreciar melhor o significado da Expiação de Cristo em nossa vida.

• Que bênçãos podemos receber por participar das ordenanças em favor de nossos antepassados?

Lembremo-nos de Nossos Antepassados

Para começar a cumprir nossas responsabilidades para com a história da nossa família, podemos fazer uma lista de todos os parentes falecidos de que conseguimos lembrar. Para isso, não há necessidade de nenhum auxílio ou recurso especial. Essa lista pode ajudar-nos a identificar os parentes que morreram sem receber as ordenanças do templo para a salvação. Mesmo que nossos parentes falecidos sejam membros da Igreja ou que outros em nossa família tenham trabalhado na história da família, é possível identificar facilmente se um parente falecido recebeu ou não as ordenanças do templo.

• Distribua lápis e papel para a classe. Peça às irmãs que façam uma lista de todos os parentes falecidos de que se lembram e, se possível, que identifiquem quais entre eles morreram sem receber as ordenanças do templo.Depois de identificar os parentes que ainda não receberam as ordenanças do templo, devemos tomar as providências para que isso seja feito. O Presidente Gordon B. Hinckley salientou a importância do templo no trabalho de história da família: “Todo o nosso imenso trabalho de história da família está voltado para o trabalho do templo. Não existe outro objetivo. As ordenanças do templo são as mais altas bênçãos que a Igreja tem para oferecer”. (A Liahona, julho de 1998, p. 98)

• Mostre o auxílio visual 20-b, “O especialista em história da família pode ajudar-nos em nosso trabalho”.

Os especialistas em história da família em nossa ala, ramo ou estaca podem ajudar-nos a preparar as informações que o templo precisará para que sejam realizadas as ordenanças. Essas instruções também podem ser conseguidas nos templos, por intermédio das publicações da Igreja sobre a história da família e por meio dos líderes do sacerdócio.

• Discuta com a classe o processo e os requisitos para preparar os nomes para enviar ao templo. Se possível, apresente o especialista em história da família e permita que ele conduza o debate.

Além de realizarmos as ordenanças do templo para os antepassados de quem lembramos, devemos pensar em nossos outros parentes falecidos. Podemos falar com nossos pais, avós, tios, tias, primos e outros membros da família. Eles talvez se lembrem de pessoas que não conhecemos. Em seguida, devemos providenciar para que sejam feitas as ordenanças por esses antepassados.

O Registro das Informações

• Mostre o auxílio visual 20-c, “Gráfico de Linhagem”.

Ao descobrirmos quem são nossos antepassados, provavelmente precisaremos registrar essas informações. Os formulários de história da família fornecidos pela Igreja como o Gráfico de Linhagem, que dá uma visão geral das relações familiares, bem como programas de computador podem ajudar-nos nesse trabalho. Entretanto, outros métodos de sua preferência podem ser usados para ajudá-la a não esquecer as informações que conseguiu. É útil também registrar as datas em que foram realizadas as ordenanças para que você saiba quais ainda precisam ser feitas.

Algumas Diretrizes

Ao enviarmos nomes ao templo, devemos lembrar-nos das seguintes diretrizes:

  1. Nossa maior obrigação é para com os nossos próprios antepassados. Não devemos enviar nomes que não estão relacionados a nós, e isso inclui os nomes que podemos conseguir por meio de projetos de extração de nomes.

  2. A pessoa cujo nome está sendo mandado ao templo deve ter falecido há pelo menos um ano.

  3. Se a pessoa nasceu nos últimos 95 anos, é necessário obter a permissão de um parente vivo próximo, antes de enviar o nome ao templo.

  4. Não é necessário realizar qualquer ordenança para crianças nascidas mortas. Contudo, se houver possibilidade de a criança ter vivido após o nascimento, ele ou ela deve ser selado aos pais, a não ser que tenha nascido dentro do convênio, ou seja, que os pais tenham sido selados antes de a criança nascer.

  5. As crianças que morreram antes de oito anos de idade e não nasceram dentro do convênio precisam apenas ser seladas aos pais. Elas não necessitam de nenhuma outra ordenança.

Outras Formas de Contribuir para a História da Família

• Mostre auxílio visual 20-d: “Podemos contribuir para a história da família, compartilhando histórias sobre a nossa vida e a de nossos antepassados”.

As sugestões a seguir mostram outras formas importantes de contribuir para a história da família:

  • Escrever nossa história pessoal e familiar.

  • Escrever um diário.

  • Participar dos programas da Igreja de história da família, como a extração de registros familiares.

  • Compilar informações sobre antepassados que viveram antes daqueles de quem nós e nossa família nos lembramos e providenciar as ordenanças por eles.

  • Ensinar os filhos a respeito de nossos antepassados e incentivá-los a cumprir suas próprias responsabilidades para com a história da família.

Conclusão

Precisamos receber as ordenanças do evangelho para sermos capazes de voltar a viver na presença do Pai Celestial. Para recebermos todas as bênçãos relacionadas a essas ordenanças, devemos fazer o seguinte:

  1. Receber nossas próprias ordenanças e ajudar os membros de nossa família a fazer o mesmo.

  2. Ter uma recomendação atualizada para o templo e freqüentá-lo o mais regularmente possível. Mesmo que não moremos próximo a um templo, devemos ter uma recomendação.

  3. Identificar nossos antepassados que morreram sem receber as ordenanças e providenciar para que as mesmas sejam realizadas em favor deles.

Desafio

Se você ainda não recebeu suas ordenanças, peça uma entrevista com seu bispo ou presidente de ramo para verificar o que precisa fazer para se preparar.

Ensine sua família a respeito da importância do batismo e das ordenanças do templo.

Se você não possui uma recomendação, prepare-se para receber uma.

Identifique pelo menos um antepassado que morreu sem receber todas as ordenanças do evangelho para a salvação dele e providencie para que elas sejam realizadas.

Escrituras Adicionais

  • Malaquias 4:5–6 (a obra de Elias)

  • I Coríntios 15:29 (batismo pelos mortos)

  • I Pedro 3:18–19; 4:6 (Cristo pregou aos mortos)

  • Morôni 8:5–23 (batismo para crianças não é necessário)

  • Doutrina e Convênios 124:26–40 (uma casa deveria ser construída ao Senhor, onde a obra vicária seria realizada)

  • Doutrina e Convênios 128 (instruções sobre uma compilação acurada dos registros e sobre o batismo pelos mortos)

  • Joseph Smith—História 1:38–39 (missão de Elias)

Preparação da Professora

Antes de apresentar esta lição:

  1. Estude a lição 40, “O Trabalho do Templo e da História da Família”, em Princípios do Evangelho.

  2. Providencie lápis e papel para cada irmã.

  3. Providencie para cada irmã formulários atualizados de história da família para registrar dados sobre os familiares e as informações que deverão ser enviadas ao templo.

  4. Se a sua ala, ramo, estaca ou missão tiver um especialista em história da família, pergunte-lhe a respeito dos procedimentos usados na submissão de nomes para o trabalho no templo. Se possível, peça ao especialista que ensine um pouco as irmãs a respeito do assunto. Se não houver um especialista que possa comparecer à classe, descubra quais são os procedimentos usados, entrando em contato com o templo ou o Centro de História da Família mais próximo, ou por intermédio dos líderes do sacerdócio local.

  5. Se desejar, designe às irmãs a apresentação de histórias, escrituras ou citações da lição.