2018
Presidente Thomas S. Monson: Profeta e amigo
Em memória: Presidente Thomas S. Monson


Em memória

Presidente Thomas S. Monson: Profeta e amigo

“Não temam. Tenham bom ânimo. O futuro é tão brilhante quanto sua fé.”1

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President Monson smiling

FOTOGRAFIA DA CAPA: SCOTT G. WINTERTON, Deseret News

O paciente do pronto-socorro parecia estar apto para ser liberado, mas um médico de Salt Lake City e sua equipe estavam hesitantes. Embora o tratamento e a recuperação daquele homem estivessem aparentemente concluídos, sua aparência descuidada e suas condições de vida instáveis suscitavam preocupação. “Você tem algum familiar ou algum amigo que possa ajudá-lo a seguir o tratamento?”, perguntou o médico. “Acho que não”, respondeu o paciente até se lembrar de algo: “Na verdade, tenho um amigo que cuida de mim às vezes. Seu nome é Tom Monson”.2

O presidente Thomas Spencer Monson era “um amigo especial dos desvalidos” e dos “menos afortunados” conforme descreveu um amigo de longa data.3 Por toda a vida, inclusive nas mais de três décadas de intensas responsabilidades como membro da Primeira Presidência, ele deu enorme prioridade a visitar os idosos, tanto amigos como desconhecidos; e, quando movido pelo Espírito, saía de reuniões importantes para dar bênçãos do sacerdócio a crianças enfermas. Quando assistia a eventos esportivos profissionais, em vez de convidar colegas preeminentes ou líderes governamentais para que o acompanhassem, levava consigo os amigos que fez na juventude, quando morava em um bairro pobre. Participou de todas as reuniões de ex-alunos da escola de Ensino Médio West High usando a plaqueta que identificava seu nome: “Tom Monson”. Esse mesmo Thomas Monson, segundo um de seus filhos, “era completamente isento de discriminação em relação a condições sociais, personalidade ou outras realizações de destaque: um humilde amigo que ele tinha havia 50 anos seria recebido com a mesma atenção que seria dedicada a um governador, senador ou empresário famoso, ou até alguém mais proeminente”.4

Milhões de amigos e admiradores de todas as classes sociais, tanto da Igreja quanto de fora dela, perderam um amigo leal com o falecimento do 16º presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ao afirmar: “Sempre precisei da ajuda do Senhor e sempre roguei por ela”,5 o presidente Monson deixou como legado uma administração marcada pelo empenho em prestar ajuda ao mundo, em geral por meio de auxílio humanitário, de sites que contribuíram para mais transparência e ajudaram os membros a entender temas complexos, de campanhas de relações públicas com o intuito de ajudar o mundo a compreender a Igreja e de muitas inovações que visaram a ampliar o trabalho de salvação. Entre elas, estavam a redução da idade em que os rapazes e as moças podem servir missão de tempo integral, a expansão das maneiras pelas quais os missionários podem fazer contato com as pessoas (inclusive pelo uso da tecnologia) e fóruns online que possibilitaram interações virtuais cara a cara entre líderes e membros ao redor do mundo. Durante o tempo em que serviu, um novo manual da Igreja foi produzido, enfatizando o discipulado cristão. O trabalho de história da família foi simplificado, facilitando a pesquisa e o envio de nomes ao templo para batismos vicários e outras ordenanças de salvação.

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Thomas S. Monson and Thelma Fetzer

O presidente Monson cumprimenta sua amiga, Thelma Fetzer, na comemoração do aniversário dela de 100 anos em 2010. Muitas vezes, o presidente Monson visitava amigos e desconhecidos idosos.

Apesar de suas muitas realizações significativas, poucos contestariam o fato de que o mais importante legado do presidente Monson foi seu vigoroso exemplo pessoal. Uma de suas escrituras favoritas, que se encontra em Atos 10:38, descreve Jesus de Nazaré como alguém que “andou fazendo o bem”. O presidente Monson era sempre visto fazendo o bem da maneira que o Salvador nos exortou: dando alimento aos famintos, acolhendo o estranho, vestindo o nu, visitando os enfermos e entrando nas prisões de solidão e desespero que com frequência encarceram os desolados (ver Mateus 25:34–40). Seu humanitarismo, sua ênfase nas pessoas mais do que nos programas e sua dedicação em seguir o Espírito levou um repórter que fez a cobertura jornalística do presidente Monson por décadas a escrever: “Conheci poucas pessoas que se esforçam tanto para elevar, consolar e alegrar os outros”.6 Uma vida inteira de dedicação à família e também repleta de dificuldades, oportunidades e, evidentemente, serviço ajudou a criar o legado cristão exemplar que foi o ministério pessoal de Thomas S. Monson.

Um lar generoso

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Thomas S. Monson as a child on a tricyle; portrait of family

Na esquina da rua 500 South com a 200 West, perto da estrada de ferro que passa por Salt Lake City, George Spencer e Gladys Condie Monson criaram uma família durante a Grande Depressão, cercados pelos parentes de Gladys, que eram descendentes de pioneiros da Escócia. Os avós de George haviam se filiado à Igreja na Suécia e na Inglaterra antes de emigrarem para a América e se estabelecerem em Salt Lake City. Em 21 de agosto de 1927, nasceu o primeiro filho homem, o segundo dos filhos de George e Gladys, Thomas Spencer Monson, que recebeu o nome de seu avô materno, Thomas Sharp Condie, e o de seu pai.

Rodeada pelos familiares, a família Monson estendeu seu amor a muitos outros também. Não era incomum no bairro receber visitas de pessoas famintas que passavam pela cidade, e Gladys Monson as recebia e alimentava “como se cada uma delas fosse um hóspede convidado”, relembrou mais tarde o presidente Monson.7 Ela também enviava semanalmente o jantar de domingo para o “velho Bob”, que morava no fim da rua e sempre oferecia uma moeda a Tom pela entrega. “Não posso aceitar o dinheiro”, replicava Tom atenciosamente. “Minha mãe me daria uma surra.”8 Todos os domingos, o pai de Tom carregava o tio Elias, seu irmão que ficara inválido devido à artrite, até seu Oldsmobile modelo 1928 e o levava para um passeio de carro pela cidade, e Tom ia também.

“Durante aquele período da minha vida, fiquei muito impressionado com as ações da minha mãe e do meu pai”, comentou o presidente Monson. “Não me dei conta de que eles raramente iam à Igreja.”9 Ele também relembrou o ambiente de tolerância e boa vontade em que vivia: “Nunca ouvi meu pai dizer uma palavra negativa de outra pessoa. De fato, ele sequer ficava na sala se alguém falasse de modo desrespeitoso ou negativo com outra pessoa”.10

Não é de surpreender que essas atitudes e ações começassem a influenciar a vida de Tom. Em um Natal, radiante por ter ganhado um trenzinho elétrico, ainda implorou que a mãe lhe desse — e ela lhe deu — um vagão adicional de outro trenzinho não tão bonito que havia sido comprado para ser dado de presente ao filho de uma viúva que morava na rua. Depois, quando ele e a mãe entregaram o presente, Tom viu o quanto o menino ficou exultante com aquele trenzinho barato e começou a se sentir culpado. Voltou correndo para casa para buscar não só o vagão que fora tirado do trenzinho, como também um dos vagões de seu próprio brinquedo.11 Mais tarde, Tom ofereceu seus dois coelhos de estimação para serem usados no jantar de Natal da família de um amigo que nunca tivera a oportunidade de comer peru nem frango.12 E quando uma senhora implicou com Tom e seus amigos por eles deixarem a bola de beisebol cair no quintal dela enquanto eles jogavam (ela com frequência confiscava as bolas deles), Tom decidiu atenuar a situação. Sem trocarem sequer uma palavra, ele passou a regularmente molhar o quintal dela no verão e tirar as folhas mortas de seu gramado no outono. Então, certo dia ela o convidou para entrar e lhe ofereceu leite e biscoitos, entregando a ele uma caixa cheia de bolas de beisebol.13

Mesmo assim, o presidente Monson frequentemente reconhecia que as boas ações de sua infância coexistiam com uma natureza travessa que às vezes acarretava repreensão. Ele e um primo, certa vez, pegaram os cachorros de rua da vizinhança e os prenderam em um depósito no quintal onde guardavam carvão, e seis deles derrubaram o pai de Tom quando ele abriu a porta.14 Certa tarde, a presidente da Primária chamou Tom de lado e disse que estava triste com o comportamento desordeiro de muitos dos meninos na abertura da Primária. Tom se ofereceu para ajudar. “Os problemas disciplinares da Primária”, relembrou ele, “cessaram naquele momento”.15 Ainda assim, as tentações persistiram. Certa tarde, ele convenceu um amigo a cabular uma aula da Primária com ele. Eles fugiriam logo depois que Tom tirasse uma moeda de um centavo do bolso e a colocasse na caixa de doações para o Hospital Infantil da Primária. Então ele e seus amigos usariam a moeda de dez centavos que ele tinha no bolso para comprar sorvete. O plano foi por água abaixo, porém, quando os meninos descobriram que Tom havia doado sem querer a moeda de dez centavos em vez da moeda de um centavo. Por isso, os dois voltaram e acabaram doando a moeda de um centavo também, desconsolados. “Por muito tempo”, disse ele mais tarde, “achei que eu devia ser a pessoa que tinha feito a doação mais valiosa de todas para o Hospital Infantil da Primária”.16

As frequentes visitas à cabana da família no desfiladeiro Provo o ensinaram a gostar imensamente de caçar patos, acampar, pescar e nadar no rio. Em uma ocasião, Tom até salvou uma menina que havia sido apanhada por um redemoinho perigoso.17 Ele contou que, certa vez, ele e um amigo insensatamente puseram fogo no mato, próximo à cabana da família. Como sempre, ele usou a história como base para ensinar um importante princípio do evangelho.18

As visitas que fazia várias vezes por semana, indo de sua casa em Salt Lake City até a Biblioteca Pública Chapman, ensinaram-no a amar os livros e os escritores, permitindo que mais tarde fizesse longas citações de seus poetas preferidos, como Wordsworth, Longfellow, Bryant, Tennyson e Shakespeare.19

Um interesse em especial, a criação de pombos, desenvolvido na juventude e continuado na vida adulta, ensinou ao jovem Tom uma lição sobre mordomia, quando um consultor do quórum do Sacerdócio Aarônico lhe deu um pombo que sempre voltava para a casa do consultor, criando uma oportunidade semanal para que ele realizasse uma entrevista do sacerdócio com o jovem.20 Contudo, foi a uma querida professora da Escola Dominical, Lucy Gertsch, que Tom deu o crédito de lhe proporcionar o alicerce de seu testemunho de Jesus Cristo. O amor que Lucy tinha por uma classe de garotos bagunceiros transformou a conduta indisciplinada deles ao ouvirem as lições cheias do Espírito que a irmã Gertsch ministrava sobre a Bíblia.21

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Thomas S. Monson as a boy with Sunday School class

Rumo à maturidade

As dificuldades econômicas causadas pela Grande Depressão forçaram Tom, aos 12 anos de idade, a começar a trabalhar para seu pai, que gerenciava uma gráfica.22 A sombra da Segunda Guerra Mundial, porém, pairava como uma ameaça ainda maior que a Depressão quando Tom cursava o Ensino Médio. “Todo rapaz sabia que, se [a guerra] continuasse, teria que se alistar nas forças armadas”, disse o presidente Monson ao falar de sua adolescência.23 Tom adorava história e era um excelente aluno. Entrou para a Universidade de Utah com 17 anos de idade.24 Pensou seriamente em se tornar professor de história, mas, em vez disso, na faculdade, cursou administração de empresas e ao mesmo tempo fez os cursos do instituto ministrados pelo Dr. Lowell Bennion e pelo Dr. T. Edgar Lyon, dos quais gostou muito.25

Enquanto estava na universidade, conheceu o amor de sua vida. Pouco depois de ser apresentado a Frances Johnson em um baile de calouros, Tom foi visitá-la. Mais tarde, ele refletiu: “Eu não estava preparado para a dignidade e a serenidade que imperavam [na casa dela]”, em comparação com sua casa que era bem mais barulhenta do que a da família Johnson.26 O pai de Frances notou o nome Monson e, com lágrimas nos olhos, abraçou Tom depois que os dois se deram conta de que o tio-avô de Tom, Elias, havia apresentado o evangelho à família Johnson na Suécia.27 Tanto Tom quanto Frances adoravam as grandes orquestras de jazz e frequentavam bailes de orquestras lideradas por músicos como Tommy Dorsey e Glenn Miller.28

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Thomas S. Monson in navy uniform

Em 1945, Tom se alistou na Reserva Naval dos Estados Unidos. Nas primeiras três semanas que passou na base de treinamento, disse ele mais tarde, de modo bem-humorado: “Fiquei convencido de que minha vida estava em perigo. A Marinha não estava tentando me treinar — estava tentando me matar”. Porém, experiências espirituais acompanharam os momentos árduos. Depois que o suboficial chefe alinhou todos em posição de sentido, certo domingo, e direcionou os católicos, judeus e protestantes para seus locais de reunião, ele se aproximou de Tom e perguntou: “E o que vocês, rapazes, se consideram?”

“Até aquele momento”, relembrou o presidente Monson mais tarde, “eu não tinha me dado conta de que houvesse alguém de pé ao meu lado ou atrás de mim no campo de treinamento. Quase em uníssono, cada um de nós respondeu: ‘Mórmons!’”29

Em uma noite, pouco antes do Natal, o amigo SUD de Tom, Leland Merrill, que ocupava o beliche ao lado dele no alojamento, começou a gemer de dor. Em desespero, ele sussurrou: “Monson, Monson, você é um élder, não é?” e pediu uma bênção do sacerdócio — que Tom nunca tinha dado antes. Orando em silêncio pedindo ajuda, Tom recebeu uma resposta: “Olhe no fundo da sua sacola de marinheiro”. Eram 2 horas da madrugada quando ele encontrou um manual missionário, que continha instruções sobre como abençoar os enfermos. “Sob o olhar curioso de cerca de 60 marinheiros, dei a bênção”, disse ele depois. “Antes que eu terminasse de guardar minhas coisas, Leland Merrill dormia como um bebê.”30 Tom também aprendeu com outras pessoas durante o serviço militar, ficando admirado com um rapaz católico que se ajoelhava para orar todas as noites, ao passo que “nós, os rapazes mórmons, orávamos deitados em nossos beliches”.31

Tom serviu por um ano e voltou para casa para se formar com honra na Universidade de Utah, indo trabalhar como publicitário no jornal Deseret News, de propriedade da Igreja. Vários meses após se formar, casou-se com Frances Johnson no Templo de Salt Lake, em 7 de outubro de 1948. “Aprendi bem cedo a me virar sozinha”, disse a irmã Monson a respeito dos primeiros anos de casamento.32 Quase imediatamente, o Senhor pediu ao jovem casal Monson que começasse sua incansável participação na edificação do reino de Deus.

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Thomas and Frances Monson with their children

Depois do serviço militar (à esquerda), Thomas conheceu Frances Johnson e eles se casaram. Eles tiveram três filhos: Thomas Lee, Clark Spencer e Ann Frances.

Um ministério pessoal

Em maio de 1950, o bispo de Tom e Frances, John R. Burt, foi chamado para a presidência da estaca. Quando lhe perguntaram quem deveria substituí-lo no cargo de bispo, o bispo Burt respondeu: “Tentei encontrar um meio de explicar ao [presidente da estaca] por que eu achava que um rapaz de 22 anos deveria me substituir como bispo”.33 Assim começou o ministério do jovem Thomas S. Monson na Ala Temple View VI–VII, com suas 85 viúvas e a maior demanda de serviços de bem-estar da Igreja na época. O serviço que prestou como bispo naquela ala específica reforçou e intensificou a natureza já altamente caridosa de Tom. Ele visitava cada uma das viúvas na época do Natal e lhes levava de presente doces, livros ou um frango pronto para ser assado.34 Esteve sempre tão presente na vida de “suas viúvas” que as visitava anualmente, mesmo depois de ter sido desobrigado como bispo a ponto de até discursar em todos os 85 velórios durante o período em que foi autoridade geral.35 “Minhas imperfeições me tornaram mais humilde”, comentou ele ao lembrar dos cinco anos em que serviu como bispo, mas se sentiu grato por isso: “Desenvolvi bem cedo na vida um espírito de compaixão pelas pessoas necessitadas de qualquer idade, qualquer que fosse a situação”.36 Ele ministrava a todos os que residiam dentro dos limites de sua ala, inclusive aos de outras religiões, e procurava os membros menos ativos, chegando a, em certa ocasião, ir até um posto de gasolina em um domingo de manhã para incentivar um rapaz que, no momento, trabalhava em um fosso de troca de óleo a voltar a participar das reuniões de seu quórum.37

Esse chamado em especial também lhe ensinou uma difícil lição. Enquanto participava de uma reunião de liderança da estaca, o bispo Monson sentiu fortemente que deveria sair dali imediatamente para visitar um membro idoso da ala que estava sendo tratado no hospital de veteranos. Infelizmente, o presidente da estaca estava discursando, portanto o jovem bispo esperou impacientemente até que ele terminasse antes de correr até o hospital. Ao entrar correndo no quarto do irmão enfermo, a enfermeira o parou. Ela perguntou: “Você é o bispo Monson?”, e prosseguiu dizendo: “O paciente estava chamando por você pouco antes de falecer”.38 O bispo Monson voltou de carro para casa fazendo a promessa de que jamais deixaria de atender a um sussurro do Espírito Santo, um compromisso que repercutiu muitas e muitas vezes no restante de seu serviço na Igreja.

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Thomas S. Monson as counselor in stake presidency

Posteriormente, aos 27 anos, foi chamado para ser conselheiro na presidência da estaca e, em 1959, aos 31 anos de idade, foi chamado para presidir uma missão no Canadá. Os missionários sob sua direção se lembram de um líder que tinha tamanha sintonia com o Espírito a ponto de frequentemente seguir a inspiração de visitar o apartamento de um missionário pouco antes de aquele missionário fazer algo de errado.39 Ele se concentrava nos missionários, aprendendo o nome de todos eles, dando-lhes conselhos quanto a seus problemas e suas preocupações e essencialmente fazendo tudo o que podia para que não fossem necessárias partidas antecipadas e conselhos disciplinares. Nessa época, a família Monson tinha crescido, com dois filhos pequenos, Thomas Lee e Ann Frances. Um terceiro filho, Clark Spencer, nasceu no Canadá. Os membros da família desfrutavam mais tempo juntos naquela designação de missão do que estavam acostumados, e Tom desenvolveu uma lealdade ao Canadá que ainda era evidente em 2010 quando, como presidente da Igreja, dedicou o Templo de Canadá Vancouver com uma bandeira canadense na lapela e mudou o hino de abertura para o hino nacional do Canadá.40

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Thomas S. Monson standing near printing press

Ao voltar para sua casa em Salt Lake City, Tom se tornou gerente geral da Deseret Press, e Frances ficou bem atarefada criando os filhos, servindo em chamados da ala e apoiando o marido enquanto ele servia em diversos comitês gerais do sacerdócio da Igreja.

O extenso envolvimento de Tom nos comitês da Igreja, como o de Correlação de Adultos, Missionário ou de Genealogia, na verdade, levaram-no a crer que um convite para que fosse ao escritório do presidente David O. McKay tivesse algo a ver com a designação que tinha na época. Não tinha. O presidente McKay lhe fez o chamado para servir como membro do Quórum dos Doze Apóstolos, substituindo o élder N. Eldon Tanner, que havia sido chamado como conselheiro na Primeira Presidência. Tom se sentiu tão impressionado e surpreso que não conseguiu falar. Por fim, ele assegurou ao presidente McKay que “qualquer talento com que possa ter sido abençoado seria utilizado a serviço do Mestre mesmo colocando em risco a própria vida se necessário”.41

O presidente Monson concordou em manter sigilo sobre o sagrado chamado, com exceção de sua esposa, e não dormiu a noite inteira antes da Conferência Geral de 4 de Outubro de 1963. Ao chegar à conferência, sentou-se entre os membros do Comitê de Ensino Familiar do Sacerdócio, no qual servia. Um amigo a seu lado, Hugh Smith, contou-lhe uma estranha coincidência: nas duas últimas vezes em que uma autoridade geral tinha sido chamada, aquele homem estivera sentado ao lado de Hugh.42 Depois que o nome de Thomas Monson foi chamado, “Hugh Smith olhou para mim e disse simplesmente: ‘O raio caiu no mesmo lugar pela terceira vez’. Creio que aquela caminhada entre a congregação e o púlpito foi a mais longa que fiz na vida”.43

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Thomas S. Monson awaiting announcement of call as an Apostle

Serviço prestado como membro do Quórum dos Doze Apóstolos

Thomas S. Monson, aos 36 anos de idade, tornou-se o homem mais jovem chamado para o Quórum dos Doze Apóstolos desde 1910, quando Joseph Fielding Smith entrou para o Quórum, aos 33 anos de idade. Seu serviço no Quórum dos Doze se estendeu por 22 anos, de 1963 até ser chamado para a Primeira Presidência, como conselheiro do presidente Ezra Taft Benson, em 1985; e, nesse período, trabalhou em todos os mais importantes comitês da Igreja, frequentemente como presidente.44 Durante esse tempo, o número de membros da Igreja progrediu de um grupo homogêneo centralizado no oeste dos Estados Unidos para uma comunidade mundial, grandemente diversificada.45 Ele foi chamado ao apostolado pelo presidente David O. McKay, mas posteriormente foi chamado para ser o segundo conselheiro do presidente Joseph Fielding Smith de 1970 a 1972 e, depois, do presidente Harold B. Lee de 1972 a 1973. Foi durante o tempo de serviço do presidente Spencer W. Kimball, de 1973 a 1985, que o presidente Monson liderou o comitê de publicação das escrituras que, em 1979, produziu uma edição de 2.400 páginas da versão do rei Jaime da Bíblia, que incluía um Guia de Tópicos, um Dicionário Bíblico e um sistema pioneiro de notas de rodapé. O presidente Monson também participou com o presidente Kimball da histórica revelação de que todos os membros dignos do sexo masculino receberiam o sacerdócio.46

Mas, para os membros confinados atrás da Cortina de Ferro durante todos os anos após a Segunda Guerra Mundial, a maior realização do presidente Monson, como membro do Quórum dos Doze Apóstolos, foi sua supervisão dos santos do leste europeu. “As verdadeiras bênçãos que ele proporcionou a nosso país e à Europa”, comentou o membro de origem alemã da Primeira Presidência, Dieter F. Uchtdorf, “são tão reais, significativas e singulares em seu valor que realmente creio que o Senhor o preparou para ser um instrumento na mudança da história da Alemanha”.47 O governo comunista da República Democrática Alemã reprimia severamente a prática religiosa, mas os membros da Igreja continuaram fiéis a despeito da discriminação, da perda de emprego e de oportunidades educacionais, e da frequente vigilância quando se reuniam. O presidente Monson os visitava com frequência e, certa vez, chegou a estudar o manual da Igreja inteiro com a intenção de datilografar todo o seu conteúdo após entrar na Alemanha Oriental, porque não era permitido levar materiais da Igreja para o país. Ele foi ao escritório de um ramo e começou sua tarefa e, após concluir várias páginas, olhou em volta e descobriu que havia um exemplar do manual em uma estante atrás dele.48 Ele trabalhou incansavelmente com as autoridades da Alemanha Oriental para que permitissem ao menos que alguns santos assistissem à conferência geral e visitassem o templo fora do país, mas os santos da Alemanha Oriental ainda ansiavam por ter oportunidades semelhantes às de outros membros do mundo inteiro.

Então, em 1978, o presidente Kimball prometeu ao presidente Monson que “o Senhor não negará as bênçãos do templo aos membros [da Alemanha Oriental] que forem dignos”, acrescentando com um sorriso: “Você vai encontrar um meio”.49 O presidente Monson e o alemão Henry Brukhardt, que era líder da Igreja na Alemanha Oriental, continuamente pediam ao governo que concedesse permissão para que seis casais por vez fossem ao Templo da Suíça, quando receberam uma sugestão surpreendente dos líderes governamentais: “Por que vocês não constroem um templo aqui?” Em outubro de 1982, a Primeira Presidência anunciou que um templo seria construído em Freiberg, na República Democrática Alemã, o primeiro templo a ser construído em um país comunista. Esse anúncio foi quase tão inconcebível quanto o milagroso acordo que o presidente Monson, o élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, e os líderes da Igreja da Alemanha Oriental fizeram posteriormente com as autoridades governamentais e com o Chefe de Estado Erich Honecker, permitindo que missionários entrassem no país e saíssem dele antes da queda do Muro de Berlim.50 “Sou testemunha viva”, escreveu o presidente Monson, “de como a mão do Senhor se manifestou, zelando pelos membros da Igreja no que antes eram países de governo comunista”.51

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Thomas S. Monson with priesthood leaders in Germany

Líderes se reúnem para uma foto com o élder Monson após uma reunião do sacerdócio na recém-criada Missão Dresden, na Alemanha Oriental.

Ainda assim, em meio a acontecimentos que mudaram o mundo e deveres administrativos trabalhosos, o ministério do presidente Monson continuou a se concentrar nos sussurros do Espírito Santo e em ajudar as pessoas individualmente. Depois de dar uma bênção a um amigo no hospital de veteranos de guerra, o presidente Monson sentiu que havia “realizado bem mais naquela visita do que em uma semana de reuniões na sede da Igreja”.52 Há muitas histórias sobre ocasiões em que o presidente Monson adiou seus deveres de autoridade geral para ir a quartos de hospital, asilos para idosos e leitos de pessoas solitárias para visitar os enfermos e os solitários que esperavam por ele. Mesmo quando a agenda das reuniões da estaca, em Shreveport, Louisiana, não permitia que o presidente Monson visitasse uma menina doente em estágio terminal que lhe pedira uma bênção, ele estava preparado quando, na sessão de liderança da tarde de sábado, ele disse: “Ouvi uma voz falar a meu espírito. A mensagem foi breve, mas as palavras eram familiares: ‘Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus’ (Marcos 10:14)’”.53 Ele percorreu o trajeto de quase 130 quilômetros até a casa de Christal Methvin, na manhã seguinte, abençoando-a em uma reunião de família cheia do Espírito, antes que ela viesse a falecer quatro dias depois.

Ao se reunir com os empobrecidos membros da Alemanha Oriental, o presidente Monson doou seus ternos, os sapatos, a calculadora e até um conjunto de escrituras marcadas.54 E ele nunca se esqueceu de seus membros da Ala VI–VII, cuidando dos idosos e dos amigos de baixa renda, como Ed Erickson, a quem o presidente Monson convidava para reuniões de família e preparava comemorações de aniversários. Em um discurso de 2009, ele ensinou: “Tenham a coragem de não julgar ou criticar as pessoas a seu redor, bem como a coragem de assegurar que todas se sintam incluídas, amadas e valorizadas”.55

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Thomas S. Monson with children in Haiti and visiting Tongan Mission

A honestidade e a cordialidade do presidente Monson criou pontes de amizade e boa vontade para a Igreja em meio a várias religiões, organizações cívicas e líderes comunitários. Ele foi criado em um bairro diversificado, sentia-se próximo de parentes que eram de várias religiões e professava genuinamente: “Creio que há pessoas boas em toda parte”.56 Ele prontamente se misturava com as pessoas, “muitas das quais não são necessariamente membros da Igreja”, observou ele, “mas pessoas com espírito comunitário e consciência cívica”.57 Vários líderes comunitários, como um antigo editor do jornal Salt Lake Tribune, que é católico, expressaram seu apreço: “Assim que Tom Monson conhece alguém, torna-se amigo dele. (…) A Igreja proporcionou a esta comunidade uma união especial por meio da amizade quando elevou Tom Monson à Primeira Presidência”.58 Um líder comunitário de Salt Lake comentou certa vez: “Não sei o quanto as pessoas sabem até que ponto a Igreja SUD se envolve com as organizações sem fins lucrativos. O presidente Monson está bem ciente de quais são as necessidades”.59 Outro líder religioso escreveu ao presidente Monson: “Você sempre abre o coração para atender às necessidades e aos pedidos do Exército da Salvação. Sem dúvida, você e seus colegas nos encheram com seu calor humano e seu espírito bondoso”.60 Ele esteve presente e falou em atividades relacionadas à cerimônia de dedicação da Catedral de Santa Madalena, em Salt Lake City, após sua restauração, e também falou em funerais católicos de amigos chegados.61

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Thomas S. Monson with pigeons

Alguns passatempos, como a criação de pombos, proporcionavam alívio das pressões dos deveres que o presidente Monson enfrentava e inspiraram seus netos a chamá-lo de “vovô passarinho”. Sua paixão pela criação de pombos se refletiu na medalha de mérito de criação de pombos que lhe foi oferecida pelos Escoteiros da América em certa ocasião. Seu serviço na Junta Executiva Nacional dos Escoteiros começou em 1969 e continuou ao longo dos anos ao receber o prêmio Castor de Prata, o prêmio Búfalo de Prata e o maior prêmio internacional do escotismo, o Lobo de Bronze, em 1993. Contudo, um antigo chefe escoteiro executivo, Roy Williams, brincou que o presidente Monson não conseguiu se conformar com a decisão dos escoteiros de deixar de utilizar a medalha de mérito de criação de pombos.62

Os interesses do presidente Monson eram muito variados. Enquanto era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, ele fez mestrado em administração de empresas e, ao longo de suas viagens, ele gostava de visitar cemitérios militares — locais sagrados que evocavam, segundo ele, pensamentos de “sonhos desfeitos, esperanças frustradas, corações cheios de dor e vidas encurtadas pela afiada foice da guerra”.63 Ele adorava estudar a respeito da Segunda Guerra Mundial e, nos momentos de descontração, gostava de ver as reprises da série Perry Mason, à noite na televisão embora às vezes caísse no sono e perdesse o final.64 Também gostava muito de musicais. “Eu sou o que minha mulher Frances chama de ‘maníaco por espetáculos’”, disse ele certa vez para a congregação de uma conferência geral.65 Também gostava de assistir aos jogos de futebol americano da temporada de Ano Novo, sobre os quais dizia: “Posso começar neutro ao assistir a uma partida entre dois times, mas em poucos minutos escolho aquele que acho que deve vencer”.66 Ele era capaz de conversar com a pessoa ao lado a respeito de criação de frangos durante toda uma viagem de avião e, certa vez, em um banquete comemorativo dos Escoteiros da América, na Casa Branca, em 1989, descobriu que ele e o presidente dos Estados Unidos, George Bush, compartilhavam o amor por cães da raça springer spaniel inglês.67

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Thomas S. Monson on fishing trip with son Clark

Seu mais profundo interesse, é claro, era sua família, que cresceu e atualmente inclui oito netos e doze bisnetos. Embora o tempo que passasse em casa fosse limitado, seus filhos se lembram de jogar jogos, pescar, caçar patos, arrancar ervas daninhas do jardim e da horta, ir ao cinema, nadar e andar de trenó com o pai.68 Duas lembranças em especial se destacam para o filho Tom: jogar damas quando menino com o pai e o fato de ele ter viajado de avião até Louisville, Kentucky, para lhe dar uma bênção porque havia contraído pneumonia durante o treinamento básico militar.69 A filha Ann gostava dos relatos que o pai fazia para a família nas noites de domingo, depois de voltar de designações da Igreja. E Clark se lembra particularmente com carinho do dia em que seu pai fez um desvio de mais de 60 quilômetros do seu caminho para ir com ele examinar um ninho de falcão perto de Randolph, Utah.70 O presidente Monson adorava cortar a grama e participar dos torneios de pingue-pongue da família no subsolo de sua casa.71

Membro da Primeira Presidência

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Thomas S. Monson with Presidents Ezra Taft Benson and Gordon B. Hinckley

O presidente Monson serviu como conselheiro de três presidentes da Igreja, inclusive do presidente Gordon B. Hinckley e Ezra Taft Benson. Aos 10 anos de idade, fez seu primeiro discurso neste púlpito (à direita, acima). Desde 2008, seus conselheiros na Primeira Presidência foram o presidente Henry B. Eyring e o presidente Dieter F. Uchtdorf.

Thomas S. Monson serviu por 22 anos na Primeira Presidência, começando em 1985 quando foi chamado para ser o segundo conselheiro do presidente Ezra Taft Benson, cargo em que continuou quando o presidente Howard W. Hunter assumiu a presidência da Igreja, em 1994. Treze desses anos, de 1995 a 2008, foram ao lado do presidente Gordon B. Hinckley, que chamou o presidente Monson para ser seu primeiro conselheiro.72 Durante o tempo de serviço na Primeira Presidência, o presidente Monson fez uso de sua diversificada experiência em administração da Igreja, o que o deixou com um pesado fardo de trabalho que fazia com que lhe fosse difícil deixar o escritório. O presidente Hinckley, na história da Igreja, tornou-se o presidente que mais viajou, e essa atribuição o manteve muito ocupado. Os templos menores permitiram que a velocidade de construção de templos aumentasse rapidamente; um enorme e novo Centro de Conferências da Igreja foi construído para permitir que milhares de membros assistissem à conferência geral e outras atividades; as reuniões mundiais de treinamento de liderança transmitidas via satélite tiveram início; e um “Dia de comemoração” no Estádio Rice-Eccles, na Universidade de Utah, celebrou o aniversário de 200 anos do profeta Joseph Smith, com 42 mil jovens do Vale do Lago Salgado e de Wyoming participando da apresentação.73

Como sempre, porém, nas palavras do élder Ronald A. Rasband, da presidência dos setenta, o presidente Monson “nunca estava ocupado demais para as pessoas”;74 e, no inverno de 2000, uma pessoa a quem dedicou muito de seu tempo foi sua esposa. Depois de sofrer uma grave queda, ele passou várias semanas levando seu trabalho para o quarto de hospital, até que finalmente Frances ficou suficientemente consciente para proferir suas primeiras palavras: “Esqueci de enviar pelo correio o pagamento do imposto trimestral”.75 Outra beneficiária de sua bondade foi a repórter do Church News Gerry Avant, que frequentemente fazia a cobertura jornalística das viagens do presidente Monson e que foi certa vez convidada para uma viagem de turismo com a família Monson porque, como lhe disse o presidente Monson: “Você tem trabalhado muito”.76

Presidente da Igreja

O presidente Gordon B. Hinckley faleceu no dia 27 de janeiro de 2008. A Primeira Presidência foi dissolvida e o presidente Monson voltou a seu cargo de presidente do Quórum dos Doze Apóstolos. O homem que passou a infância próximo das ferrovias, fez travessuras de infância na Primária e compartilhou de boa vontade seus pertences mesmo durante a Grande Depressão em breve se tornaria líder de milhões de santos dos últimos dias no mundo inteiro. “Nunca especulei sobre o que poderia estar em meu caminho em relação a coisa alguma em minha vida”, disse ele em uma entrevista, pouco depois de ser apoiado presidente da Igreja em uma assembleia solene, na Conferência Geral de Abril de 2008. “Era bem possível que o presidente Hinckley vivesse mais do que eu.” Ele disse: “Sempre segui a filosofia: ‘Sirva onde for chamado, não onde foi ou onde poderia ter sido chamado. Sirva onde for chamado’”.77

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Thomas S. Monson and counselors during press conference

Thomas S. Monson foi designado e ordenado 16º presidente da Igreja em 3 de fevereiro de 2008, escolhendo o presidente Henry B. Eyring como seu primeiro conselheiro. Para seu segundo conselheiro, ele escolheu o presidente Dieter F. Uchtdorf, um converso alemão poliglota que era membro do Quórum dos Doze Apóstolos desde 2004. A nova Primeira Presidência simbolizava a natureza global da Igreja em expansão.78 Em uma coletiva de imprensa, em 4 de fevereiro de 2008, o presidente Monson disse aos repórteres: “Como Igreja, auxiliamos não apenas nosso próprio povo, mas também as pessoas de boa vontade do mundo inteiro no espírito de fraternidade que provém do Senhor Jesus Cristo”.79

Esse espírito de fraternidade e de serviço ao próximo se tornou a característica marcante da administração do presidente Monson. Os líderes da Igreja começaram a trabalhar regularmente com católicos, cristãos evangélicos e outros grupos religiosos e comunitários em apoio a causas morais. Também convidaram líderes de outras religiões para falar nos campi universitários SUD e apoiaram a liberdade religiosa por meio de recursos online.80 Além disso, o presidente Monson e os membros do Quórum dos Doze Apóstolos começaram a incentivar os membros da Igreja a ajudar outras religiões por meio de prestação de serviço e promoção do espírito comunitário e do fortalecimento dos relacionamentos já estabelecidos com outras instituições a fim de aliviar as prementes necessidades de pessoas afetadas tanto por desastres naturais como pelos causados pelo homem no mundo inteiro. Nos primeiros sete anos do tempo de serviço do presidente Monson, a Igreja contribuiu com auxílio humanitário enviado após o terremoto do Haiti e do Nepal, o tsunami do Japão e as enchentes da Tailândia. Também ofereceu auxílio na vacinação de pessoas em países subdesenvolvidos, fornecendo água potável a vilas remotas, aliviando as crises de alimentos no mundo inteiro e oferecendo ajuda após catástrofes nos Estados Unidos. Esse auxílio humanitário mundial e essa influência foi notada pelo site Slate.com, que em 2009 classificou o presidente Monson em primeiro lugar na lista dos 80 octogenários mais poderosos da América, “a única pessoa da lista”, de acordo com o artigo, “a governar milhões de pessoas como profeta de Deus”.81

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Thomas S. Monson waving during parade and speaking in the Cathedral of the Madeleine

Também sob a liderança do presidente Monson, as relações públicas da Igreja deram início a um projeto para ajudar as pessoas a compreender melhor a diversidade dos santos dos últimos dias. A campanha “Sou Mórmon” apresentava santos dos últimos dias que tinham bandas de rock ou trabalhavam para organizações distintas como a Harley Davidson e a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. A sede da Igreja também lançou sites da Internet voltados para todos os públicos, e o BYUtv, um canal e site também de propriedade da Igreja, começou a produzir programas elogiados pela crítica e que alcançaram grande visibilidade. No site da Igreja, foi disponibilizada uma série de vídeos de alta qualidade que representam episódios do Novo Testamento, os quais podem ser apreciados por pessoas de qualquer religião. Outros recursos online incluem a publicação de diversos artigos claros e de teor acadêmico a respeito de Tópicos do evangelho, voltados para a discussão de assuntos complexos, assim como o lançamento do site Mormon and Gay, que traz ensinamentos da Igreja sobre o assunto e apresenta relatos pessoais de gays santos dos últimos dias e de sua família.

Talvez as mudanças mais substanciais que ocorreram durante o tempo de serviço do presidente Monson, porém, foram nos desenvolvimentos administrativos históricos. Mudanças significativas influenciaram o modo como a Igreja lidera, funciona, ensina e faz proselitismo. Em 2009, a Igreja distribuiu um DVD e um folheto sobre princípios de bem-estar e em 2010 lançou um novo manual de instruções para os líderes da Igreja, acompanhado de duas transmissões de treinamento mundial. O novo manual salientava o trabalho em conselhos por meio de debates abertos e sinceros, aliviando o fardo do bispo por meio da delegação de tarefas e, mais importante, ajudando os membros da Igreja a se tornarem verdadeiros discípulos de Jesus Cristo. Também em 2010, o treinamento mundial ministrado por membros do Quórum dos Doze Apóstolos começou a implementar conferências de liderança do sacerdócio e revisões de área que incluíam uma visão abrangente do serviço humanitário, das necessidades de bem-estar, do trabalho missionário e do trabalho do templo.

Uma das mudanças mais marcantes ocorridas sob a administração do presidente Monson foi anunciada na Conferência Geral de Outubro de 2012 quando ele declarou que os homens poderiam começar a servir missão de tempo integral aos 18 anos de idade e as mulheres, aos 19 anos. Essa mudança sem precedentes das normas da Igreja, que reduziu a idade mínima para missão gerou uma grande avidez pelo trabalho missionário e resultou em um aumento histórico do número de homens, e especialmente de mulheres, servindo missão de tempo integral. A criação de novos centros de treinamento missionário e novas missões acompanhou o crescente número de missionários, que chegou a um total de 85 mil no final de 2014. Os membros também se tornaram parte do “aceleramento da obra”, preparando melhor, dentro do lar, seus filhos e suas filhas para a missão e participando mais plenamente dos programas missionários locais. A tecnologia e o proselitismo online, bem como a criação de “sísteres líderes treinadoras” — um cargo de liderança para as missionárias — também aumentaram o senso de progresso e inovação criado pelo anúncio da mudança da idade para a missão.

A redução da idade em que as moças podem servir missão se enquadrou perfeitamente no esforço contínuo empreendido durante a administração do presidente Monson para aumentar o envolvimento das mulheres nos cargos de liderança e na tomada de decisões, bem como sua participação nos conselhos de ala e estaca. Para ajudar mais as mulheres e os homens da Igreja a valorizar o papel essencial das irmãs no evangelho em todas as dispensações — especialmente durante o ministério do Salvador e durante o período da Restauração desde 1830 até o presente —, a Igreja publicou Filhas em Meu Reino e incentivou seu uso no lar, na Sociedade de Socorro, nas Moças e nos quóruns. Em 2014, a sessão geral das mulheres da conferência geral substituiu as reuniões gerais da Sociedade de Socorro e das Moças, com todos os membros do sexo feminino a partir de 8 anos de idade sendo convidadas a participar dessa reunião realizada duas vezes por ano.

Métodos didáticos melhores e mais interativos, especialmente para ajudar os jovens a se tornarem participantes plenos do evangelho, também se tornaram uma prioridade das inovações administrativas do presidente Monson. A implementação em 2013 do Vem, e Segue-Me, um currículo para jovens que visa a “abençoar os jovens em seu empenho de se tornarem plenamente convertidos ao evangelho de Jesus Cristo”,82 ofereceu tanto aos professores quanto aos jovens melhores maneiras de ensinar como Jesus Cristo ensinava. Ele utiliza recursos online, a participação dos jovens e debates inspirados pelo Espírito na edificação da fé e compreensão do evangelho. Como parte de um trabalho semelhante ao realizado com o currículo dos jovens, foram lançados o novo recurso Ensinar à Maneira do Salvador e as reuniões mensais de conselho de professores, que visam à melhoria da qualidade do ensino em todas as organizações da Igreja.

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Thomas S. Monson at temple cornerstone ceremonies

O presidente Monson e uma menina, prontos para colocar argamassa na pedra angular de um templo.

Membros filipinos veem o presidente Monson tocar piano na cerimônia de assentamento da pedra angular do Templo da Cidade de Cebu Filipinas.

Também durante a administração do presidente Monson, continuaram a ser feitos anúncios de novos templos a serem construídos no mundo inteiro. As dedicações e rededicações de templos fizeram com que o presidente Monson viajasse a vários locais do mundo inteiro, incluindo Cebu City, Filipinas; Curitiba, Brasil; Kiev, Ucrânia; Cidade do Panamá, Panamá; e Kansas City, Missouri. Em 2013, o lançamento de recursos online para ajudar os membros a encontrar seus antepassados resultou em um aumento de 11 por cento no número de nomes de familiares enviados pelos membros para a realização de ordenanças do templo, no que foi chamado de “um ano marcante para a história da família”.83

Apesar da pesada carga de trabalho, o presidente Monson continuou sendo Thomas Monson, o líder da Igreja que, nas palavras do élder Jeffrey R. Holland, “aparece provavelmente sem ser anunciado no funeral de um funcionário comum. Não posso imaginar nada que exemplifique mais o ministério do presidente Monson do que esse tipo de atenção individualizada”.84

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Thomas S. Monson with his wife and daughter

O presidente e a irmã Monson com a filha, saindo de uma sessão da conferência geral.

Em 23 de maio de 2013, ele presidiu o funeral de sua amada esposa Frances, que faleceu em 17 de maio em um hospital de Salt Lake. “Ela me deu todo o apoio desde o dia em que nos casamos”, disse o presidente Monson no funeral, chamando-a de “a esposa e mãe ideal”.85 Ele permaneceu viúvo, continuou a desempenhar as responsabilidades relativas à presidência da Igreja e passou a frequentemente comparecer a eventos especiais acompanhado pela filha, Ann.

Durante a administração do presidente Monson, salientou-se a importância de sermos mais diligentes em santificar o Dia do Senhor como forma de aprofundar nossa fé no Pai Celestial e em Jesus Cristo. A partir de 2015, iniciou-se uma campanha contínua, abrangendo todos os níveis da Igreja e o lar, na qual os membros foram incentivados a transformar o Dia do Senhor em um dia deleitoso (ver Isaías 58:13). Para isso, os membros foram incentivados a se concentrar no Senhor e nos convênios feitos com Ele, o que lhes permitiria colher as bênçãos prometidas aos fiéis.

O presidente Monson também continuou a se manter ciente daqueles que se afastaram da Igreja, nunca os tratando como inaptos para o reino. Quando um homem idoso que não estivera envolvido com a Igreja por 20 anos procurou uma autoridade geral para pedir conselhos sobre como voltar, ele mostrou a carta que o havia motivado a retornar: “Você está distante há bastante tempo, e já é hora de voltar. Tom”.86 De acordo com o presidente Monson: “Sinto que há um pouco de santidade em todas as pessoas, e é isso que procuro”.87

Mesmo como presidente da Igreja, ele mantinha sua cordialidade com as pessoas, disse o élder L. Tom Perry, do Quórum dos Doze Apóstolos: “Ele conversa a respeito do jogo da BYU ou do time Utah Jazz, de basquete. Ele é um grande fã de esportes. E em seguida, ele começa a falar de trabalho”.88 E sempre mantém seu senso de humor. Em uma reunião realizada em 2009 com os membros do Coro do Tabernáculo Mórmon, ele se sentou ao gigantesco órgão e apresentou sua versão de “Parabéns a você”, para pianistas iniciantes.89 Em 2013, a Igreja comemorou seus “100 anos de escotismo” com um programa que também homenageou o apoio que o presidente Monson, durante toda a vida, ofereceu ao escotismo — apenas um entre muitos interesses que o mantinham conectado a seus semelhantes, a quem ele adorava consolar e tornar mais felizes, convidando todos os escoteiros, seja qual fosse a filiação religiosa, a participarem.

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Thomas S. Monson with Scouts and with Scout leader

“Sentir a inspiração do Senhor, os sussurros”, disse o presidente Monson em uma entrevista, em 1997, proporcionava a ele a maior alegria, especialmente em situações como quando ele foi visitar o pai no hospital e, ao sair apressado para se dirigir à sua próxima reunião, sentiu mesmo assim que deveria esperar ao lado do elevador. Uma família lhe pediu que desse uma bênção à mãe deles, que estava lutando entre a vida e a morte, e ele concordou. Mais tarde naquele dia, ele recebeu a notícia de que cada membro da família havia beijado a mãe e se despedido serenamente dela antes que ela viesse a falecer.90

“Ao longo de toda a minha vida, isso sempre me aconteceu, contanto que eu procure estar sempre de antena ligada”, observou o presidente Monson. Inúmeras pessoas — algumas cuja história foi contada e muitas mais que passaram por experiências semelhantes com Thomas Monson, mas cuja história permanece desconhecida — podem testificar que esse homem notável tem uma ligação especial com o divino. “Desenvolvemos gratidão por saber que o Pai Celestial sabe quem somos”, refletiu o presidente Monson. “Ele diz: ‘Faça isto para mim’. Sempre agradeço a Ele.”91

E seu testemunho para o mundo era inabalável. “De todo o coração e com todo o fervor de minha alma”, disse o presidente Monson, “ergo a voz em testemunho, como uma testemunha especial, e declaro que Deus, de fato, vive. Jesus é o Seu Filho, o Unigênito do Pai na carne. Ele é nosso Redentor, nosso Mediador junto ao Pai. Foi Ele que morreu na cruz para expiar nossos pecados. Tornou-Se as primícias da Ressurreição. Ele morreu para que todos possam viver de novo. ‘Clamemos, hoje, com fervor: ‘Eu sei que vive meu Senhor!’ (Hinos, nº 70.) Que o mundo inteiro saiba disso e paute sua vida por esse conhecimento”.92

Notas

  1. Thomas S. Monson, “Tende bom ânimo”, A Liahona, maio de 2009, p. 92.

  2. Correspondência por e-mail com Gregory Parkin, médico, 2 de setembro de 2008.

  3. Em “A Life Guided by Service” [Uma vida guiada pelo serviço], Deseret News, suplemento especial da conferência geral, 1º de abril de 2008, p. 4; ver também Jeffrey R. Holland, “Presidente Thomas S. Monson: Sempre ‘Empenhado no Serviço do Senhor’”, A Liahona, outubro/novembro de 1986, p. 15.

  4. Tom Monson, filho, e-mail para Joshua Perkey, Revistas da Igreja, 19 de fevereiro de 2008.

  5. Em Heidi S. Swinton, To the Rescue: The Biography of Thomas S. Monson [Ao resgate: A biografia de Thomas S. Monson], 2010, p. 518.

  6. Gerry Avant, “President’s Heartfelt Efforts Universal” [Esforços sinceros do presidente universal], Deseret News, 7 de fevereiro de 2008, M6.

  7. Em “A Life Guided by Service”, p. 4.

  8. Em “Speaking from Experience” [Falando por experiência própria], Deseret News, 7 de fevereiro de 2008, M4.

  9. Em Carrie A. Moore, “LDS Leader Has Fond Memories of Growing Up in the S.L. Area” [Líder SUD tem boas lembranças de sua infância na região de Salt Lake], Deseret News, 5 de fevereiro de 2008, M3.

  10. Em Gerry Avant, “On Lord’s Errand since His Boyhood” [A serviço do Senhor desde sua juventude], Church News, 9 de fevereiro de 2008, p. 5.

  11. Grande parte das informações biográficas deste artigo foi extraída de Swinton, To the Rescue.

  12. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 50–51.

  13. Ver Heidi S. Swinton, “Baseballs and Service” [Beisebol e serviço], Friend, setembro de 2012, p. 2.

  14. Ver Swinton, To the Rescue, p. 35.

  15. Em Jeffrey R. Holland, “President Thomas S. Monson: In the Footsteps of the Master” [Presidente Thomas S. Monson: Nos passos do Mestre], suplemento da Ensign, junho de 2008, p. 5.

  16. Em “In His Own Words” [Em suas próprias palavras], Deseret News, suplemento especial da conferência geral, 1º de abril de 2008, p. 7.

  17. Ver Swinton, To the Rescue, p. 58.

  18. Ver Thomas S. Monson, “A obediência traz bênçãos”, A Liahona, maio de 2013, pp. 89–90.

  19. Ver Moore, “LDS Leader Has Fond Memories”, M3; “A Life Guided by Service”, p. 5.

  20. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 74–75.

  21. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 63–65.

  22. Ver Swinton, To the Rescue, p. 78.

  23. Em Moore, “LDS Leader Has Fond Memories”, M3.

  24. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 79, 87.

  25. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 89, 288.

  26. Em Moore, “LDS Leader Has Fond Memories”, M3.

  27. Ver Swinton, To the Rescue, p. 90.

  28. Ver Swinton, To the Rescue, p. 92.

  29. Thomas S. Monson, “Ouse ficar sozinho”, A Liahona, novembro de 2011, p. 61.

  30. Em “Speaking from Experience”, M5.

  31. Em Swinton, To the Rescue, p. 99.

  32. Em Moore, “LDS Leader Has Fond Memories”, M3.

  33. Em “A Life Guided by Service”, p. 5.

  34. Ver Swinton, To the Rescue, p. 144.

  35. Ver Swinton, To the Rescue, p. 142.

  36. Em Swinton, To the Rescue, p. 132.

  37. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 158–159.

  38. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 135–136.

  39. Ver Gary Bell, em “Recollecting” [Recordando], em Deseret News, 5 de fevereiro de 2008, M3.

  40. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 175–176.

  41. Em Swinton, To the Rescue, p. 216.

  42. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 217–218.

  43. Em “In His Own Words”, p. 17.

  44. Ver Swinton, To the Rescue, p. 252.

  45. Ver Swinton, To the Rescue, p. 224.

  46. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 530–532.

  47. Em Swinton, To the Rescue, p. 279.

  48. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 293–294.

  49. Em Swinton, To the Rescue, p. 309.

  50. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 309, 313, 333–334.

  51. Em Swinton, To the Rescue, p. 340.

  52. Em Swinton, To the Rescue, p. 405.

  53. Em Jeffrey R. Holland, “In the Footsteps of the Master”, p. 11.

  54. Ver Swinton, To the Rescue, p. 316.

  55. Em Swinton, To the Rescue, p. 248.

  56. Em Swinton, To the Rescue, p. 464.

  57. Em Swinton, To the Rescue, p. 401.

  58. John W. Gallivan, em Jeffrey R. Holland, “Man of Action, Man of Faith”, p. 18.

  59. Pamela Atkinson, em “Recollecting”, M3.

  60. Em Swinton, To the Rescue, p. 440.

  61. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 402–403, 453.

  62. Ver Joseph F. Dougherty, “LDS Leader Also Lifelong Scouter” [Líder SUD e também escoteiro eterno], Deseret News, 7 de fevereiro de 2008, M6.

  63. Em “In His Own Words”, p. 20.

  64. Ann Dibb, e-mail para Joshua Perkey, Revistas da Igreja, 13 de fevereiro de 2008.

  65. Ver Thomas S. Monson, “Alegria na jornada”, A Liahona, novembro de 2008, p. 85.

  66. Em Swinton, To the Rescue, p. 452.

  67. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 463–464, 453.

  68. Ver Swinton, To the Rescue, p. 200.

  69. Ver Jeffrey R. Holland, “Man of Action, Man of Faith”, pp. 16–17.

  70. Ver Jeffrey R. Holland, “Man of Action, Man of Faith”, p. 17.

  71. Ver Swinton, To the Rescue, p. 265.

  72. Ver Swinton, To the Rescue, pp. 532–533.

  73. Em Swinton, To the Rescue, pp. 471, 472, 478, 484, 485.

  74. Em Swinton, To the Rescue, p. 485.

  75. Em Swinton, To the Rescue, p. 492.

  76. Em Swinton, To the Rescue, p. 487.

  77. Gerry Avant, “Church President to Be Sustained in Solemn Assembly” [Presidente da greja a ser apoiado em assembleia solene], Church News, 5 de abril de 2008, pp. 3–4; ver também LDS.org/church/news/oct-4-is-president-monsons-50-year-anniversary-as-apostle.

  78. Ver Swinton, To the Rescue, p. 496.

  79. Thomas S. Monson, “The Lord’s Work” [O trabalho do Senhor], Church News, 9 de fevereiro de 2008, p. 3.

  80. Ver “Church Launches New Resources on Freedom of Religion” [Igreja lança novos recursos sobre liberdade religiosa], mormonnewsroom.org/article/religious-freedom-resources.

  81. Em Swinton, To the Rescue, p. 515.

  82. Carta da Primeira Presidência, 12 de setembro de 2012.

  83. Paul G. Nauta, “2013 Was a Banner Year for Family History” [2013 foi um ano notável para a história da família], LDS.org/church/news/2013-was-a-banner-year-for-family-history.

  84. Em Swinton, To the Rescue, p. 502.

  85. Gerry Avant, “Sister Frances J. Monson Was ‘the Ideal Wife and Mother’” [A irmã Frances J. Monson era “a esposa e mãe ideal”], LDS.org/church/news/sister-frances-j-monson-was-the-ideal-wife-and-mother.

  86. Em Swinton, To the Rescue, p. 504.

  87. Em Swinton, To the Rescue, p. 504.

  88. Em Swinton, To the Rescue, p. 512.

  89. Ver Swinton, To the Rescue, p. 515.

  90. Gerry Avant, “Oct. 4 Is President Monson’s 50-Year Anniversary as Apostle” [4 de outubro é o aniversário de 50 anos do presidente Monson como um apóstolo], LDS.org/church/news/oct-4-is-president-monsons-50-year-anniversary-as-apostle.

  91. Gerry Avant, “Oct. 4 Is President Monson’s 50-Year Anniversary as Apostle”, LDS.org/church/news/oct-4-is-president-monsons-50-year-anniversary-as-apostle.

  92. Thomas S. Monson, “Eu sei que vive meu Senhor!”, A Liahona, maio de 2007, p. 25.