Ministrar com compaixão

Durante a Crucificação do Salvador, algumas pessoas que O amavam permaneceram ao pé da cruz. Entre elas estavam Sua mãe, Sua tia, Maria Madalena e João. Que situação difícil para aqueles que O amavam tanto! Embora não pudessem aliviar Seu sofrimento, eles deram seu tempo, seu amor e seu apoio ao Salvador mesmo que provavelmente isso tenha sido incômodo, inconveniente e até perigoso.

Algumas dessas mulheres permaneceram com Ele até o fim e continuaram a servi-Lo mesmo depois que Ele morreu, preparando Seu corpo para o sepultamento com ervas finas e linho (ver Mateus 27:55–56; Marcos 15:40–41, 47; Lucas 23:55–56; João 19:25–27).

Compaixão é estar ciente da “aflição de outras pessoas e ter o desejo de aliviá-la ou amenizá-la”.¹ Como seres mortais, teremos aflições. Certamente, aqueles a quem ministramos terão problemas, e alguns podem estar realmente sofrendo.

O élder Neal A. Maxwell (1926–2004), do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “Quando nós próprios não estivermos sendo estirados numa cruz pessoal, deveríamos estar aos pés da cruz de um semelhante, cheios de empatia, ministrando conforto espiritual”.²

A tarefa pode parecer assustadora, especialmente se aqueles a quem ministramos estão passando por uma provação difícil. Quando há uma maneira de aliviar o sofrimento, fazemos o melhor que podemos para ajudar. No entanto, às vezes, talvez não possamos fazer muita coisa. Ter que simplesmente olhar, como fez Maria, pode ser difícil. Mesmo assim, quando não podemos aliviar o sofrimento, podemos estar presentes, oferecendo nosso amor e apoio.

Embora muitas pessoas não gostem que outros sintam pena delas, a maioria aprecia a compreensão e o apoio compassivos em momentos difíceis.

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mão estendida a um homem com a cabeça baixa

Desenvolver compaixão

À medida que conhecermos o Salvador, entenderemos melhor como Ele estende a compaixão a todos os que se achegam a Ele. Como podemos desenvolver esse atributo cristão em nossa vida?

1. Estude relatos em que o Salvador demonstrou compaixão. Repetidas vezes, Ele demonstrou compaixão mesmo quando estava cansado ou ocupado. Reflita sobre como Ele Se sentiu em relação àqueles a quem ajudou.

2. Lembre-se de ocasiões em que outras pessoas consolaram você ou o apoiaram em suas provações. Isso pode ajudar a cultivar a compaixão e trazer à mente maneiras de podermos apoiar outras pessoas.

3. Jejue e ore pedindo mais compaixão e orientação sobre o que você pode fazer para demonstrar amor e atenção

4. Esforce-se para conhecer as pessoas e entender melhor suas situações. À medida que nossa compreensão e compaixão crescem, nossos relacionamentos também se desenvolvem, tornando-se amizades que serão significativas e duradouras.

5. Pratique perceber as circunstâncias de outras pessoas fazendo a si mesmo perguntas como: “Qual dificuldade esta pessoa pode estar enfrentando no momento?” “Como eu me sentiria se estivesse no lugar dessa pessoa?”

6. Pratique reconhecer quando você minimiza ou desconsidera o sofrimento de outra pessoa. Quando desconsideramos rapidamente o sofrimento de alguém, não damos tempo suficiente a nós mesmos para demonstrarmos compaixão.