Membros da Ala São Exemplos de Preparação Missionária

Christopher Law retornou recentemente da Missão Massachusetts Boston. “Nem consigo me lembrar de quando decidi ser missionário”, ele disse. “Eu sempre soube que seria. Ir para a missão fazia parte de nossas conversas familiares diárias.”

Famílias que ajudam seus filhos a almejar o serviço missionário desde a tenra idade edificam jovens entusiasmados e comprometidos.

O bispo William Whatcott, da Ala Voyager, disse: “Creio que a ênfase que os pais dão à importância de servir é crucial. Por isso, descobrimos que, na época em que nossos rapazes recebem o Sacerdócio Aarônico no ofício de diácono, a decisão de servir como missionários já havia sido tomada, e o desejo de permanecer fiéis e próximos ao evangelho durante a adolescência era maior.”

As famílias são insuperáveis para dar ao futuro missionário o que ele ou ela necessitará tanto espiritualmente como em termos práticos. Uma das ferramentas fundamentais de que a família dispõe para ajudar os filhos a preparar-se para servir é a noite familiar.

Frank Lang, conselheiro no quórum dos sacerdotes e pai de um missionário, encorajou os outros pais a fazerem a noite familiar, fossem eles membros novos ou antigos. “É nela que nossos filhos aprendem sobre o evangelho”, disse. Ela também oferece freqüentes oportunidades para enfatizar a importância da preparação missionária e do serviço propriamente dito.

O irmão Law salientou que a noite familiar era a ocasião em que sua família fazia o trabalho de membro missionário. “Fazer com que a obra missionária se torne parte da família ajuda a desenvolver o desejo de servir.”

Ainda que a família seja a chave para promover a preparação prática e espiritual, o incentivo e exemplo de bons líderes da Igreja podem fortalecer os ensinamentos dados no lar e fazer uma grande diferença na vida dos membros da família.

“Nós temos líderes maravilhosos que são grandes exemplos, mentores e professores”, disse o bispo Whatcott. “Desde a época em que esses jovens tornam-se diáconos até a hora em que saem para servir como missionários, seus líderes concentram-se em auxiliá-los a permanecer ativos e a manter o desejo de servir em uma missão.”

Uma vez por mês, os rapazes da Ala Voyager reúnem-se com ex-missionários de sua ala, inclusive aqueles que serviram muitos anos antes, para ouvi-los prestar testemunho de como as experiências da missão mudaram sua vida. O bispo Whatcott refere-se a esse encontro mensal como “inestimável”.

O irmão Lang concorda e acrescenta: “Os rapazes captam a visão do quanto uma missão é importante em sua vida — e que ela ainda afeta esses homens até hoje. Esses ex- missionários prestam um testemunho vigoroso da importância de servir em uma missão”.

Os líderes da Ala Voyager também sentiram que seria conveniente reunir os rapazes da ala na noite do domingo anterior à partida de um deles para o centro de treinamento missionário. Após um jantar simples, os rapazes falam sobre o quanto o élder que vai partir significa para eles. Ele, por sua vez, compartilha seu testemunho.

É mais provável que a preparação para a missão se torne uma prioridade na vida dos rapazes quando é uma prioridade na vida de seus pais e líderes.

Os líderes do sacerdócio esforçam-se para apoiar a família anos antes de o jovem chegar à idade de servir.

Nas aulas semanais de preparação missionária, os líderes do sacerdócio ensinam com o auxílio de ex-missionários que voltaram recentemente. O manual Pregar Meu Evangelho é usado nas aulas e nas palestras. Uma vez ao mês, os pais assistem à aula para atuarem como pesquisadores, de modo que os alunos possam praticar como ensinar o evangelho.

De acordo com o irmão Law, a freqüência ao seminário também é um fator primordial para preparar os rapazes para servir em uma missão. “Freqüentem o seminário”, diz ele. “Isso me ajudou muito. O domínio das escrituras é fundamental. Eu usei aquelas escrituras todos os dias de minha missão.”

No entanto, não importa o quanto seja prioridade para os pais e líderes, a escolha de servir e de preparar-se precisa partir do missionário.

“Ninguém pode convencê-lo a servir, se o Espírito não tocar seu coração”, diz o irmão Lang. “Cada um deles precisa ser ensinado e convertido pelo Espírito. Os líderes ou outros rapazes não podem fazer isso por ele.”

Vee Hiapo, mãe de dois ex- missionários, B. J. e Kiana, diz: “Nós precisamos ter fé em que nossos filhos tomarão as decisões certas, e permitir que eles usem seu arbítrio”.

E, por fim, se o rapaz ou a moça escolher servir, mesmo tendo desafios financeiros ou falta de apoio da família, encontrará um meio. “O Senhor proverá um meio para que eles sirvam, se eles O seguirem com fé”, diz Lothaire Bluth, presidente da Estaca Val Vista.