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CAPÍTULO TRINTA E SETE: PROGRESSO NO NOVO SÉCULO


CAPÍTULO TRINTA E SETE

PROGRESSO NO NOVO SÉCULO

UMA NOVA ERA1estava começando para a Igreja. Muitos dos desafios do século anterior tinham sido deixados para trás, e a Igreja podia voltar sua atenção para as oportunidades à frente. O Presidente Joseph F. Smith dirigiu a Igreja durante a maior parte das primeiras duas décadas do século XX. Sua administração levou a Igreja adiante, influenciando a vida de membros da Igreja no mundo inteiro.

PROGRESSO EM UMA ERA DE PROSPERIDADE

O Presidente Smith, da mesma forma que seu antecessor, continuou a dar ênfase ao dízimo, e a resposta dos santos permitiu que a Igreja pagasse todas as suas dívidas no final de 1906. Na conferência geral de abril de 1907, ele anunciou com gratidão: “Hoje a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não deve um dólar sequer que não possa ser imediatamente pago. Finalmente temos condições de pagar todas as dívidas assim que são assumidas. Não necessitamos mais de empréstimos e não precisaremos deles se os santos dos últimos dias continuarem a viver sua religião e a cumprir a lei do dízimo”.2A obediência à lei financeira permitiu que a Igreja comprasse locais históricos, estabelecesse centros de visitantes e promovesse atividades que não seriam possíveis sob o fardo da dívida.

O programa de construção da Igreja foi particularmente beneficiado nessa era de prosperidade. Entre os novos edifícios estavam muitas capelas locais, bem como várias estruturas importantes em Salt Lake City. Em 1905, foi inaugurado o Hospital dos Santos dos Últimos Dias, o primeiro de um sistema de hospitais dirigidos pela Igreja construídos durante o século XX.

Para ajudar a financiar seu programa religioso, a Igreja continuou a fazer investimentos bem escolhidos. Ela manteve ou comprou ações de empresas como a Deseret News, a Beneficial Live Insurance Company e a Zion’s Cooperative Mercantile Institution. Um dos maiores investimentos da Igreja foi no novo Hotel Utah, que se localizava a leste da Praça do Templo, tendo sido inaugurado em 1911. O Presidente Smith defendeu o interesse da Igreja nesse investimento citando Doutrina e Convênios 124:22–24, 60, salientando que o Hotel Utah preencheria uma função semelhante à especificada pelo Senhor para a Casa de Nauvoo. O hotel seria um lugar em que o “viajante cansado” pudesse encontrar descanso e “contemplar a glória de Sião”.3Em 1919, a livraria dirigida pela União Deseret de Escolas Dominicais e a dirigida pela Deseret News juntaram-se para formar a Deseret Book Company.

A Igreja necessitava muito de espaço adequado para seus escritórios. Por muitos anos o trabalho das Autoridades Gerais, auxiliares e outras organizações da Igreja havia sido realizado em escritórios espalhados pelo centro de Salt Lake City. O novo Edifício do Bispo, dedicado em 1910 e que se localizava atrás do Hotel Utah e diretamente em frente ao templo de Salt Lake, proveu escritórios para o Bispado Presidente e a maioria das organizações auxiliares. Sete anos depois, o Edifício Administrativo da Igreja foi inaugurado em 47 East South Temple Street. Esse prédio de granito de cinco andares era decorado com mármore e requintados trabalhos em madeira. Ele simbolizava a força e estabilidade da Igreja e oferecia acomodações dignas para as Autoridades Gerais. Ele também proporcionou o muito necessário espaço em seus três andares superiores para o escritório do historiador da Igreja e a Sociedade Genealógica.

EXPANSÃO DAS AUXILIARES E DO SACERDÓCIO

Nos primeiros anos do século XX, uma grande expansão e reforma ocorreu tanto no programa do sacerdócio quanto no das auxiliares. As organizações auxiliares da Igreja foram bastante influenciadas por esses melhoramentos. Embora as mudanças específicas fossem diferentes de uma organização para outra, geralmente envolviam um melhoramento no ensino específico para as faixas etárias e maior ênfase nas escrituras do que nos materiais de estudo secular.

Durante o século XIX, a Sociedade de Socorro patrocinou projetos de costura e outros diretamente relacionados com o auxílio aos necessitados. Em 1902, porém, a Sociedade de Socorro inaugurou as “Classes das Mães”, no mundo inteiro. A princípio, as Sociedades de Socorro locais proviam seus próprios materiais didáticos, mas em 1914 a junta geral publicou lições uniformes para essas classes semanais. Logo foi desenvolvido um padrão de estudos teológicos na primeira semana, seguidos de economia doméstica, literatura e ciências sociais, respectivamente nas demais semanas do mês.

David O. McKay, um jovem missionário que acabava de retornar do campo, universitário formado e educador profissional teve profunda influência no desenvolvimento da Escola Dominical durante a primeira parte do século XX. Ele foi chamado como membro da superintendência da Escola Dominical da Estaca Weber, em Ogden, sendo-lhe pedido que desse particular atenção ao ensino realizado. Depois de observar por algum tempo, ele introduziu alguns melhoramentos nos métodos didáticos utilizados, como definir o objetivo da lição, relacionar os materiais a serem utilizados, fazer uso de auxílios didáticos e procurar aplicar as lições na vida prática. Um curso específico para cada faixa etária foi desenvolvido para ser utilizado na estaca. Em 1906, David O. McKay foi chamado para o Quórum dos Doze Apóstolos e também como membro da superintendência geral da Escola Dominical. Nesse cargo, ele promoveu melhoramentos semelhantes em toda a Igreja. Antes de 1906, a Escola Dominical tinha sido uma organização essencialmente voltada para o ensino das crianças e jovens. Naquele ano, porém, foi inaugurada a primeira classe para adultos, a “classe dos pais”, em toda a Igreja.4

Durante o século XIX, as reuniões das Associações de Melhoramentos Mútuos das Moças e dos Rapazes reuniam tanto jovens quanto adultos. Juntos, eles ouviam palestras sobre teologia, ciência, história e literatura. Em 1903, porém, a prática de separar grupos juniores e sêniores foi implementada em toda a Igreja. Em 1911, a organização dos Rapazes adotou o programa de escotismo, que ressaltava as virtudes e habilidades físicas salutares. Em 1913, a Igreja afiliou-se oficialmente aos Escoteiros da América e antecipou a idade de entrada na AMM Rapazes para doze anos. A Igreja veio a tornar-se um dos maiores promotores do movimento escoteiro no mundo. Em 1915, as Moças deram início ao programa de Abelhinhas para a mesma faixa etária. Mais tarde, houve a formação de programas para outras faixas etárias, designados a melhor atender as necessidades dos jovens da Igreja.

À medida que um número maior de santos dos últimos dias se mudava para as cidades, os líderes da Igreja passaram a dar ênfase para valores tradicionais como o recato, a castidade e o casamento no templo. Em 1916, a Primeira Presidência organizou o Comitê de Assistência Social, que tinha o encargo de aconselhar os jovens a não se envolverem com danças impróprias, fumo e falta de recato no vestir. Os comitês de assistência social das alas promoviam diversas atividades recreativas salutares. A Associação de Melhoramentos Mútuos também expandiu seus programas recreativos e sociais. Os líderes da Igreja instaram as alas a trabalharem no sentido de prevenir problemas como a delinqüência juvenil e a imoralidade. Oficinas didáticas especiais de verão realizadas em 1920 na Universidade Brigham Young proporcionaram treinamento para os líderes das estacas no aperfeiçoamento didático, liderança social e recreativa, caridade e trabalho de assistência.5

A Associação Primária também ampliou seus programas de educação e atividades para as crianças. Foram introduzidos nomes e emblemas das classes para estimular o interesse: Os meninos passaram a chamar-se Bandeirantes e as meninas, Princesas do Lar. Como outras auxiliares, a Primária esforçou-se para oferecer maior assistência social e, em 1922, inaugurou seu próprio hospital infantil. Louie B. Felt, presidente da Primária, e May Anderson, uma de suas conselheiras, tinham visto crianças aleijadas e sentiram que sua organização deveria fazer alguma coisa por essas crianças. Estudaram os métodos mais modernos usados nos hospitais infantis do leste dos Estados Unidos antes de encabeçarem esse projeto. Disso resultou o Hospital Infantil da Primária, que ainda hoje oferece assitência às crianças.

Durante essa rápida expansão das auxiliares, o Presidente Joseph F. Smith esperava chegar o momento em que os quóruns do sacerdócio ocupariam uma posição de destaque na Igreja. Na conferência geral de abril de 1906, ele declarou: “Esperamos ver o dia (…) em que todo conselho do sacerdócio da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias compreenda seu dever, assuma suas próprias responsabilidades, magnifique seu chamado. (…) Quando esse dia chegar, não haverá tanta necessidade do trabalho que hoje é realizado pelas organizações auxiliares, porque ele será feito pelos quóruns regulares do sacerdócio. O Senhor assim designou e tinha essa intenção desde o início e deu condições para que todas as necessidades sejam atendidas satisfatoriamente por meio das organizações regulares do sacerdócio”.6

Próximo ao fim do século XIX, a maior parte dos quóruns do sacerdócio reunia-se apenas uma vez por mês, e nem todos os quóruns da ala se reuniam ao mesmo tempo. Reunindo-se poucas vezes e muitas vezes de modo irregular, a eficácia dos quóruns ficava prejudicada. A maior ênfase dada à atividade do sacerdócio, ou sua intensificação, teve início entre os setenta sob a direção do Primeiro Conselho dos Setenta. Em 1907, o Presidente Joseph F. Smith relembrou aos setenta a responsabilidade de estarem preparados para o serviço missionário. Eles foram instruídos a não dependerem das auxiliares ou das escolas da Igreja para obterem conhecimento do evangelho, mas fazerem dos quóruns dos setenta “escolas de aprendizado e ensino, onde possam qualificar-se para todo trabalho e dever que for exigido de suas mãos”.7O manual de lições que resultou desse empenho, intitulado “Curso de Teologia dos Setenta” e escrito pelo Élder B. H. Roberts, ajudou muito a acender a chama de entusiasmo pelo estudo do evangelho em toda a Igreja.

A Primeira Presidência designou um Comitê Geral do Sacerdócio, que logo viria a ser dirigido pelo Élder David O. McKay. Por recomendação desse comitê, foram iniciadas as reuniões semanais do sacerdócio em 1909. A princípio essas reuniões eram realizadas nas noites de segunda-feira, mas as manhãs de domingo passaram gradativamente a ser o horário preferido.

O Comitê Geral do Sacerdócio também sistematizou as idades para a ordenação aos ofícios do Sacerdócio Aarônico. Ele recomendou que os diáconos fossem ordenados aos doze anos, os mestres aos quinze, os sacerdotes aos dezoito e os élderes aos vinte e um. Isso permitiu que o comitê planejasse de modo mais eficaz um curso de estudo progressivo para cada quórum. O conceito de idades estabelecidas para a ordenação de rapazes dignos continua até hoje, embora algumas das idades de ordenação tenham sido alteradas.

Essas mudanças nas reuniões e programas da Igreja criaram a necessidade de instruções impressas e material didático. Em contraste com muitas das publicações do século XIX, que haviam sido patrocinadas por indivíduos ou grupos de pessoas particulares, os manuais lançados a partir do início do século XX foram publicados em sua maior parte pelas organizações auxiliares. Em 1897, a Associação de Melhoramentos Mútuos dos Rapazes lançou sua própria revista, a Improvement Era. Ao saber que não havia dinheiro para esse empreendimento, o Élder B. H. Roberts deu início a uma campanha de arrecadação de fundos. Ele foi o primeiro redator da revista, e o Élder Heber J. Grant do Conselho dos Doze tornou-se seu gerente administrativo. A revista veio a ser uma grande influência positiva entre os santos e proporcionou um meio de divulgação de obras de escritores e poetas da Igreja. Em 1929, essa revista foi unida à Young Woman’s Journal tornando-se a principal revista para os adultos da Igreja.

Em 1900, a Escola Dominical adquiriu a Juvenile Instructor da família de George Q. Cannon e transformou-a em sua publicação oficial. A Associação Primária lançou a Children’s Friend em 1902. A partir de 1910, a Utah Genealogical and Historical Magazine começou a publicar artigos úteis a respeito de pesquisa, árvores genealógicas e história local. Em 1914, a Sociedade de Socorro criou sua própria revista, chamada Relief Society Bulletin. Em 1915, o nome foi mudado para Relief Society Bulletin. In 1915 the name was changed to the Relief Society Magazine. Tendo Susa Young Gates, filha de Brigham Young, como redatora, a revista atendia às necessidades das mulheres SUD, publicando artigos sobre acontecimentos recentes, genealogia, ética no lar, jardinagem, literatura, arte e arquitetura.8

Durante o desenvolvimento desses programas e publicações, a Primeira Presidência também salientou o papel central da família nos ensinamentos do evangelho. Em 1903, o Presidente Smith enfatizou que os outros programas da Igreja deveriam ser “suplementos de nosso ensino e educação no lar. Nem uma criança em cem se perderá se o ambiente, o exemplo e a educação no lar estiverem em harmonia com o evangelho de Cristo”, prometeu ele.9

Em 1909, a estaca Granite de Salt Lake City inaugurou o programa semanal de noite familiar para as famílias, e o Presidente Joseph F. Smith declarou que a medida tomada pela presidência da estaca havia sido inspirada. Devido ao sucesso desse programa de estaca, a Primeira Presidência recomendou em 1915 que uma atividade semelhante fosse adotada mensalmente e utilizada em toda a Igreja:

“Aconselhamos e instamos o início da prática de uma ‘noite familiar’ em toda a Igreja, na qual o pai e a mãe reúnam os filhos e filhas a seu redor no lar e lhes ensinem a palavra do Senhor. Desse modo eles poderão conhecer de maneira mais completa as necessidades e exigências de sua família. (…)

Se os santos obedecerem a esse conselho, prometo que grandes bênçãos resultarão disso. O amor no lar e a obediência aos pais aumentarão. A fé será desenvolvida no coração da juventude de Israel, e eles obterão poder para combater a influência do mal e as tentações que lhes sobrevierem”.10

ESCLARECIMENTO DE DOUTRINAS DO EVANGELHO

O início do século XX foi um período de acirrados debates entre os fundamentalistas religiosos e os liberais ou modernistas. Muitos perguntavam qual era a posição dos mórmons nas várias controvérsias religiosas da época. Os santos dos últimos dias foram abençoados por serem liderados pelo Presidente Joseph F. Smith, um homem de capacidade extraordinária e inspirado conhecimento dos princípios do evangelho. O Presidente Smith e seus conselheiros na Primeira Presidência publicaram diversos tratados doutrinários esclarecendo a posição da Igreja nas questões da época.

Alguns santos dos últimos dias questionavam-se a respeito dos papéis relativos de Deus, o Pai, Jesus Cristo, o Espírito Santo e Miguel, ou Adão. Em 1916, a declaração da Primeira Presidência, intitulada O Pai e o Filho, explicou: “A expressão ‘Pai’, aplicada a Deus, é encontrada nas sagradas escrituras com significados claramente distintos”. Deus é o Pai, de modo literal, de nossos espíritos. Jesus Cristo é o Pai, ou Criador, desta Terra. O Salvador também é o Pai de todos aqueles que renascem espiritualmente por meio da aceitação do evangelho. Jesus pode ser chamado de Pai quando age como representante de Elohim aqui na Terra “em poder e autoridade”. Apesar disso, “Jesus Cristo não é o Pai dos espíritos que tomaram ou que ainda tomarão corpos nesta Terra, pois é um deles.”11

O Presidente Smith também respondeu a uma questão relacionada a essa, referente à Trindade. Apesar de os termos “Espírito Santo” e “Espírito do Senhor” serem freqüentemente usados de forma intercambiável, ele explicou que “o Espírito Santo é um personagem da Trindade”, enquanto que a luz de Cristo, ou o Espírito do Senhor, “é o Espírito de Deus que vem ao mundo por meio de Cristo, que ilumina todos os que aqui nascem e que luta com os filhos dos homens e que continuará lutando até trazê-los ao entendimento da verdade e à posse da grande luz e testemunho do Espírito Santo”.12Os membros da Igreja também podem consultar o livro de Joseph F. Smith, Doutrina do Evangelho, que é uma compilação de seus sermões e escritos, para outras definições e informações úteis a respeito de conceitos básicos do evangelho.

Durante esses anos, outra contribuição para o entendimento do evangelho foi feita por um grupo de grandes estudiosos santos dos últimos dias. Um deles foi James E. Talmage, que ensinou ciências na Academia Brigham Young e também foi presidente da Universidade de Utah.

Já em 1891, a Primeira Presidência discutiu a conveniência de publicar uma obra de teologia que pudesse ser usada nas escolas da Igreja bem como nos cursos de religião em geral. Os líderes da Igreja pediram ao Dr. Talmage que escrevesse esse livro. Antes de escrever a obra solicitada, o Élder Talmage preparou e apresentou uma série de palestras a respeito das Regras de Fé. Tantas pessoas compareceram à primeira reunião e tantos outros ficaram de fora, que as palestras tiveram que ser transferidas para o Assembly Hall na Praça do Templo. O número de presentes chegou a quase mil e trezentas pessoas. Essas palestras foram publicadas pela primeira vez em Juvenile Instructor. Um comitê de leitura, que incluía dois membros do Quórum dos Doze, além de Karl G. Maeser e outros, estudaram o manuscrito e sugeriram algumas modificações. Esse material foi publicado na forma de livro sob a direção da Primeira Presidência em 1889. O livro Regras de Fé de Talmage teve mais de cinqüenta edições em inglês e foi tranduzido para mais de uma dúzia de outras línguas. Esse livro, que ainda é usado hoje pelos membros da Igreja, representa o primeiro estudo sério de teologia da Restauração oficialmente aprovado.

Duas outras obras importantes foram escritas depois do chamado do Élder Talmage para o Quórum dos Doze em 1911: A Casa do Senhor, publicada em 1912, e Jesus, o Cristo, publicada em 1915. A primeira foi motivada por circunstâncias especiais. Um homem que não era mórmon usando de meios pouco éticos tirou fotografias do interior do templo de Salt Lake e tentou vendê-las para a Igreja por quarenta mil dólares. Caso a Igreja se recusasse a comprá-las, ameaçou vendê-las para as revistas do leste dos Estados Unidos, que teriam prazer em publicá-las para desacreditar a Igreja. Em vez de ceder a essa chantagem, o Presidente Joseph F. Smith aceitou a recomendação do Élder Talmage de que um livro fosse escrito abordando em termos gerais o que acontecia nos templos SUD. Ele seria ilustrado com fotografias do interior do Templo de Salt Lake. Esse livro, escrito pelo Élder Talmage, não apenas frustrou a tentativa de chantagem, mas também se tornou um valioso recurso para os santos dos últimos dias.

A Primeira Presidência pediu a James E. Talmage que compilasse uma série de palestras que havia feito uma década antes a respeito da vida do Salvador em outro livro que pudesse ser usado pelos membros da Igreja em geral. O Élder Talmage começou a trabalhar com grande dedicação no manuscrito, mas teve que se esforçar para encontrar tempo para escrever em meio a seus muitos afazeres. Ele foi dispensado de muitas de suas designações de assistir a conferências de estaca e escreveu a maior parte do livro dentro do Templo de Salt Lake. Ele raramente voltava para casa antes da meia-noite, e o maravilhoso livro Jesus, o Cristo foi concluído em apenas sete meses.

Em 19 de abril de 1915, o Élder Talmage escreveu em seu diário: “Concluí o manuscrito final do livro ‘Jesus, o Cristo’, a que devotei todos os momentos livres desde que comecei a escrevê-lo em 14 de setembro último [1914]. Se não fosse pelo privilégio que tive de trabalhar dentro do templo, ele ainda estaria longe de ser concluído. Senti-me inspirado pelo local e apreciei muito a privacidade e quietude que lá encontrei. Espero proceder ao trabalho de revisão sem demora”.13

Durante dezoito sessões em um período de dois meses, o Élder Talmage leu os capítulos para a Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos para sugestões e aprovação. Esse livro ainda é bastante lido e um monumento à erudição e inspiração do Élder Talmage.

RESPOSTA À ERA DA CIÊNCIA

Por várias décadas, o mundo havia testemunhado o crescente interesse pelas novas descobertas e teorias da ciência moderna. Com a chegada do século XX, o ritmo do desenvolvimento tecnológico foi apressado, e importantes invenções, como o automóvel movido a gasolina e o avião, tiveram enorme impacto na vida diária. Esses avanços também fizeram crescer o interesse pela ciência, que por sua vez levou mais pessoas a confiar no intelecto humano em vez da teologia para entender a natureza do universo e da sociedade.

Os estudiosos passaram a considerar a Bíblia de modo bastante crítico. Começaram a questionar o significado e mesmo a autenticidade das escrituras. A assim chamada “crítica superior” também voltou sua atenção para escrituras SUD. Em 1912, o reverendo F. S. Spalding, bispo da igreja episcopal de Utah, publicou um panfleto intitulado Joseph Smith Jr. como Tradutor. A publicação contrastava as interpretações de oito egiptólogos com as explicações de Joseph Smith referentes aos facsímiles do livro de Abraão na Pérola de Grande Valor. Embora a maior parte dos santos dos últimos dias aceitasse a veracidade das escrituras por uma questão de fé, a Igreja ainda assim reconheceu a necessidade de responder a essas críticas. De fevereiro a setembro de 1913 uma série de artigos foi publicada a quase todo mês na revista Improvement Era fornecendo possíveis respostas.

Talvez a mais prolongada e acirrada discussão ocorrida durante o final do século XIX e início do século XX tenha sido a respeito da criação da Terra e as teorias da evolução orgânica. Em meio a essas controvérsias, a Primeira Presidência pediu ao Élder Orson F. Whitney, do Quórum dos Doze Apóstolos, que esboçasse uma declaração que explicasse a posição oficial da Igreja em relação à origem do homem. A declaração do Élder Whitney foi subseqüentemente aprovada e assinada pela Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos, sendo publicada em 1909 como declaração oficial da Igreja. A declaração afirmava:

“Todos os homens e mulheres são à semelhança do Pai e da Mãe universais e são literalmente filhos e filhas da Deidade. (…)

O homem, como espírito, foi gerado e nasceu de pais celestiais, crescendo até a maturidade nas mansões eternas do Pai, antes de vir à Terra num corpo físico para enfrentar a experiência da mortalidade. (…)

Alguns acreditam firmemente que Adão não foi o primeiro homem sobre a Terra, e que o ser humano original foi um desenvolvimento de ordens inferiores da criação animal. Estas, entretanto, são teorias dos homens. A palavra do Senhor declara que Adão foi “o primeiro de todos os homens” (Moisés 1:34), e temos, portanto, o dever de considerá-lo o primeiro pai de nossa raça. (…) O homem começou a vida como um ser humano, à semelhança de nosso Pai Celestial”.14

O Presidente Joseph F. Smith manifestou a preocupação de que a discussão acerca da teoria da evolução deixaria os jovens da Igreja “confusos. Eles ainda não têm idade nem conhecimento suficientes para discernir ou colocar os devidos limites em uma teoria que acreditamos ser um tanto quanto falsa. (…) Ao chegarmos à conclusão de que seria melhor não incluir a discussão a respeito da evolução em nossas escolas da Igreja, tratase de uma questão de conveniência e não de que estejamos nos propondo a dizer até que ponto a teoria da evolução seja verdadeira ou falsa. A Igreja propriamente dita não possui uma filosofia a respeito do modus operandi utilizado pelo Senhor em Sua criação do mundo. (…) Deus revelou-nos um modo simples e efetivo de servirmos a Ele”.15

OS SANTOS DE OUTROS PAÍSES

A partir da década de 1890, os líderes da Igreja passaram a incentivar os santos a permanecer em seus países de origem e edificar a Igreja. Como resultado disso, as missões e ramos SUD expandiram-se no exterior. Esse crescimento resultou em Joseph F. Smith tornar-se o primeiro Presidente da Igreja a visitar a Europa. Durante aproximadamente dois meses, em 1906, ele visitou as missões dos Países Baixos, Alemanha, Suíça, França e Inglaterra. Sua visita ajudou muito a fortalecer a Igreja nesses países. Eventos inspiradores fortaleceram a fé possuída pelos santos. Em Rotterdam, Holanda, por intermédio do Presidente Joseph F. Smith, o Senhor restaurou a visão de um menino fiel de onze anos. O menino dissera a sua mãe: “O Profeta tem mais poder do que qualquer missionário na Terra. Se a senhora levar-me para a reunião e ele olhar em meus olhos, acredito que ficarei curado”.16

Durante sua visita à Europa, o Presidente fez uma importante declaração profética. Na conferência de 1906 em Berna, Suíça, ele abriu os braços e disse: “Tempo virá em que esta terra estará repleta de templos, aonde vocês poderão ir e redimir seus mortos”.17Ele também explicou que “Templos de Deus (…) serão construídos em vários países do mundo”.18O primeiro templo SUD da Europa foi dedicado quase meio século mais tarde, em um subúrbio da cidade em que o Presidente Smith fez essa profecia.

O Presidente Smith reconhecia a necessidade dos templos para abençoar os membros da Igreja que moravam fora de Utah: “Eles precisam dos mesmos privilégios que temos e desfrutamos, mas isso está fora de seu alcance. São pobres e não podem juntar dinheiro suficiente para virem até aqui a fim de receberem sua investidura e serem selados para o tempo e a eternidade, pelos vivos e mortos”.19O primeiro desses novos templos foi construído em Cardston, Alberta, Canadá. O Presidente Joseph F. Smith dedicou o terreno em 1913. Em 1915, ele dedicou o terreno para a construção de um templo em Laie, Havaí, onde ele havia servido como missionário muitos anos antes. Os dois templos foram dedicados depois de sua morte.

Nessa mesma época, alguns acontecimentos ocorridos no México tiveram grande impacto no futuro da Igreja naquele país e nas regiões vizinhas dos Estados Unidos. Em 1901, parecia haver condições ideais para a reabertura da missão do México. As colônias SUD de Chihuahua estavam prosperando; os jovens que lá moravam e que falavam espanhol fluentemente e conheciam bem a cultura mexicana estavam preparados para sair em missão de proselitismo. Durante os dez anos seguintes, o número de missionários aumentou para vinte, e homens e mulheres SUD locais foram chamados e treinados como líderes. Eles foram bastante fortalecidos por Rey L. Pratt, que se tornou presidente de missão em 1907 e presidiu por quase vinte e cinco anos. Muitos recém-conversos filiaram-se à Igreja, de modo que em 1911 o número de membros da missão passava de mil.

Apesar disso, nessa época o país foi varrido por revoluções e contra-revoluções, e o trabalho missionário tornou-se cada vez mais difícil. Essas condições foram complicadas pelo crescente sentimento nacionalista e anti- americano. Em agosto de 1913 foi novamente necessário retirar os missionários do país.

Os santos mexicanos, em grande parte, foram deixados sozinhos. Em San Marcos, a cerca de 80 quilômetros da Cidade do México, por exemplo, Rafael Monroy, um converso relativamente recente, recebeu a responsabilidade de servir como presidente de ramo. Em 1915, porém, apenas dois anos depois da saída dos missionários, a brutalidade da guerra revolucionária e o preconceito religioso resultaram na execução do Presidente Monroy e de seu primo Vincente Morales. Eles foram mortos sob a acusação de serem membros de um grupo revolucionário rival e por não negarem seu testemunho do evangelho.

Em 1912, essas mesmas forças que haviam impedido a continuação do trabalho missionário também causaram problemas no norte do México. Quando os rebeldes confiscaram algumas das armas pertencentes aos santos, os líderes mórmons reagiram ordenando a evacuação das colônias em 26 de julho. Mulheres e crianças, acompanhados de alguns homens, viajaram 290 quilômetros até El Paso num trem lotado. A maioria dos homens seguiu poucos dias depois em uma caravana de carroções e cavalos que se estendia por mais de um quilômetro e meio. No final do mês, mais de mil e trezentos santos refugiados estavam em El Paso. Muitos deles haviam deixado belas casas e fazendas e foram obrigados a morar em um galpão de madeira vazio, que consistia apenas de um telhado e toscas tábuas como chão. Outro grupo de refugiados abrigou-se no andar superior de um antigo prédio. Essa estrutura tinha um telhado de chapas de ferro e ficava sufocantemente quente sob os abrasadores raios do sol. Alguns observadores confessaram ter chorado ao testemunhar as condições em que viviam aquelas pessoas. Em fevereiro de 1913, alguns dos santos voltaram para o México, embora a revolução ainda viesse a estender-se por vários anos. Outros fixaram residência permanente nos Estados Unidos.

Os colonos mórmons, porém, testemunharam muitas vezes a proteção divina. O bispo Anson Call, da Colônia Dublan, foi levado de sua casa por rebeldes que falsamente o acusaram de passar informações que resultaram na morte de um de seus companheiros. Dois dias depois de sua prisão, o bispo Call postou-se diante de um esquadrão de fuzilamento com os rifles prontos para atirar. A execução foi suspensa no último momento em troca da promessa de pagamento de duzentos pesos. O bispo Call, acompanhado por seus captores, conseguiu levantar o dinheiro junto aos santos da Colônia Juárez. O incidente cumpriu uma promessa profética que lhe fora feita pelo Élder Anthony Ivins do Quórum dos Doze: “Eles podem roubar tudo o que você possui e fazê-lo passar por todo tipo de teste que o inimigo da retidão puder imaginar, mas não terão poder para tirar-lhe a vida”.20

Anos depois, as escolas superiores e métodos agrícolas avançados dos colonos atraíram favoravelmente a atenção das pessoas para a Igreja no México. Além disso, quando o governo mexicano começou a promulgar leis proibindo que ministros religiosos estrangeiros servissem no México, a maioria dos missionários santos dos últimos dias, quase todos os presidentes de missão e líderes do crescente sistema de escolas da Igreja foram chamados dentre esses colonos, que se tornaram cidadãos mexicanos. Dessa forma, as colônias mórmons proporcionaram a força que permitiu que a Igreja crescesse por todo o México e em outros lugares da América Latina.

Os problemas no México também ajudaram na expansão da Igreja no sudoeste dos Estados Unidos. Muitas famílias exiladas proporcionaram nova vitalidade e liderança para as congregações de santos dos últimos dias do Estado de Arizona, Novo México e Texas. Em 1915, a Primeira Presidência designou Rey L. Pratt a dirigir o proselitismo entre as pessoas de língua espanhola nos Estados Unidos. Mais tarde esse veio a tornar-se um importante campo missionário.

OS SANTOS E A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

A Primeira Guerra Mundial foi deflagrada na Europa em 1914. Os santos que moravam na Europa responderam patrioticamente ao chamado de seus próprios países. Na Inglaterra, um jornal local relatou que os santos do Ramo Pudsey marcaram um “recorde de patriotismo dificilmente superado, sendo que todos os homens em idade de servir se alistaram, com exceção dos que trabalham no governo ou na produção de munição. Diga-se o que for a respeito dos assim chamados ‘mórmons’, temos que admitir que certamente são ‘muito patrióticos em Pudsey’”.21Também na Alemanha, os santos dos últimos dias lutaram por sua terra natal. Cerca de setenta e cinco desses soldados perderam a vida durante o conflito.

Os Estados Unidos não entraram oficialmente na guerra até três anos mais tarde. Woodrow Wilson, presidente dos Estados Unidos, declarou que aquela era uma guerra com o objetivo de preservar a democracia, a liberdade e a paz. Como isso estava de acordo com os sentimentos expressados pela Igreja, os membros não se viram em conflito religioso por aceitarem prontamente ao chamado às armas.

Como Utah ainda era o local em que vivia a maioria dos santos dos últimos dias, a resposta desses cidadãos ilustrava a atitude dos santos em relação à guerra. Um total de 24.382 homens alistaram-se, excedendo em muito a quota do estado. A Cruz Vermelha solicitou um auxílio de 350 mil dólares ao Estado de Utah e recebeu 520 mil. Quando o governo começou a vender bônus de guerra, a população de Utah recebeu uma quota de 6.500.000 dólares; em vez disso, compraram 9.400.000 dólares em bônus. Além disso, as organizações auxiliares compraram bônus com seus próprios fundos num total de quase 600 mil dólares; e as mulheres da Sociedade de Socorro participaram ativamente das atividades da Cruz Vermelha.

Era costume na época que cada estaca formasse uma unidade de voluntários do exército. Utah forneceu homens para o 145º Regimento de Artilharia de Campo. A imensa maioria de seus aproximadamente mil e quinhentos oficiais e soldados eram membros da Igreja. O capelão da unidade era o Élder B. H. Roberts, do Primeiro Conselho dos Setenta. Seiscentos desses integrantes do moderno “Batalhão Mórmon” serviram no exterior.

A Igreja estava especialmente preparada para fornecer alimentos para os povos famintos da Europa devastada pela guerra. Durante anos, a Sociedade de Socorro havia estocado trigo em preparação para uma emergência como essa. Elas venderam mais de duzentas mil medidas para o governo dos Estados Unidos e colocaram os lucros em um fundo especial do trigo para futuros projetos de caridade. A imediata resposta da Igreja e de seus membros às emergências de guerra evidenciaram a lealdade e o patriotismo dos santos. A imprensa americana elogiou essas ações, diminuindo qualquer impressão negativa que restasse das cruzadas anti-mórmons promovidas pelas revistas em anos anteriores.

A conferência geral de abril estava em sessão quando os Estados Unidos entraram oficialmente na guerra, em 1917. A atitude da Igreja em relação à guerra foi bem expressa pelo Presidente Joseph F. Smith em seu discurso inicial. Ele lembrou os santos de que mesmo diante do conflito, o espírito do evangelho deve ser mantido. Declarou que mesmo em guerra, as pessoas devem manter “o espírito humanitário, de amor e pacificação”.Instruiu os futuros soldados a lembarem-se de que eram “ministros da vida e não da morte; e aonde quer que forem, devem seguir com o espírito de defender a liberdade da humanidade e não com o propósito de destruir o inimigo”.22

VISÃO DA REDENÇÃO DOS MORTOS

Em 23 de janeiro de 1918, Hyrum M. Smith, membro do Quórum dos Doze Apóstolos e filho mais velho do Presidente Joseph F. Smith, veio a falecer. Sua morte foi um grande choque para seu pai, que também estava com a saúde debilitada. “Em sua dor, ele exclamou: ‘Sinto minha alma dilacerada. Meu coração está partido e quase parou de bater! Oh, meu querido filho, minha alegria, minha esperança! (…) Ele era realmente um príncipe entre os homens. Nunca em sua vida deu-me motivo para desgosto ou razão para duvidar dele. Eu amava-o imensamente. Ele enchia minha alma de emoção com seu poder de oratória como ninguém jamais conseguiu. Talvez porque fosse meu filho e estivesse cheio do ardor do Espírito Santo. E agora, que posso fazer? Oh, que posso fazer? Minha alma está dilacerada, meu coração, partido. Oh, Deus, ajuda-me!’”23

Oito meses depois, uma gloriosa revelação foi dada ao Presidente Joseph F. Smith referente ao trabalho dos justos no mundo espiritual. Em 3 de outubro de 1918, enquanto o Presidente Smith meditava a respeito da Expiação de Jesus Cristo, ele abriu a Bíblia e leu I Pedro 3:18–20 e 4:6, que se referem à pregação do Salvador aos espíritos em prisão. Enquanto meditava sobre essas passagens, o Espírito do Senhor repousou sobre ele, e ele teve a visão das “hostes dos mortos” que estavam reunidos no mundo espiritual. Ele viu o Salvador aparecer entre eles e pregar-lhes o evangelho da retidão. Foi-lhe mostrado que o Senhor havia comissionado outros para darem continuidade a Seu trabalho de pregação, e que os élderes fiéis da atual dispensação também pregarão aos mortos depois de deixarem a mortalidade. Desse modo, todos os mortos poderão ser redimidos.

Essa “Visão da Redenção dos Mortos” foi apresentada pelo Presidente Smith à Primeira Presidência e aos Doze, que unanimente a aceitaram como revelação. Em 1976, essa revelação foi oficialmente acrescentada às obras padrão da Igreja e pouco tempo depois foi designada como a seção 138 de Doutrina e Convênios.

As décadas iniciais do século XX testemunharam o progresso da Igreja em muitos sentidos. Um período de prosperidade permitiu que a Igreja construísse capelas e templos de que os membros muito necessitavam e também que o profeta viajasse e abençoasse os santos em terras distantes. As classes do sacerdócio e auxiliares, as explicações doutrinárias da Primeira Presidência e a importante revelação dada ao Presidente Smith em 1918 ajudaram a aumentar o entendimento que os santos tinham de certos princípios do evangelho. Ao mesmo tempo, a Igreja enfrentou com característico vigor os desafios lançados pelas teorias científicas radicais, as revoluções no México e os horrores de uma guerra mundial.

NOTAS

  1. Este capítulo foi escrito para o Sistema Educacional da Igreja; também publicado em Richard O. Cowan, The Church in the Twentieth Century (Salt Lake City: Bookcraft, 1985), pp. 50–62, 70–79.

  2. Conference Report, abr. 1907, p. 7; pontuação corrigida.

  3. Conference Report, out. 1911, pp. 129–130.

  4. Ver James B. Allen e Glen M. Leonard, The Story of the Latter-day Saints (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1976), p. 461.

  5. Ver Thomas G. Alexander, “Between Revivalism and the Social Gospel: The Latter-day Saint Social Advisory Committee, 1916–1922” (Entre o Reavivamento e o Evangelho Social: O Comitê de Assistência Social SUD), Brigham Young University Studies, inverno 1983, pp. 24–37.

  6. Conference Report, abr. 1906, p. 3.

  7. Conference Report, abr. 1907, pp. 5–6.

  8. Ver Allen e Leonard, Story of the Latter-day Saints, pp. 461, 478–80.

  9. Joseph F. Smith, “Worship in the Home” (Adoração no Lar), Improvement Era, dez. 1903, p. 138.

  10. James R. Clark, comp., Messages of the First Presidency of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 6 vols. (Salt Lake City: Bookcraft, 1965–75), 4:338–39.

  11. Clark, Messages of the First Presidency, 5:26, 32, 34.

  12. Joseph F. Smith, Gospel Doctrine, 5th ed. (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1939), pp. 67–68.

  13. James E. Talmage Journals (Diários de James Talmage) (cópia datilografada), 19 abr. 1915, Brigham Young University Archives, Provo, p. 19; ortografia corrigida.

  14. “The Origin of Man” (A Origem do Homem), Improvement Era, nov. 1909, pp. 78, 80; Clark, Messages of the First Presidency, 4:203, 205.

  15. “Philosophy and the Church Schools” (A Filosofia e as Escolas da Igreja), Juvenile Instructor, abr. 1911, p. 209.

  16. Ver Joseph Fielding Smith, comp., Life of Joseph F. Smith, (A Vida de Joseph Smith), 2ª ed. (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1969), p. 397.

  17. Serge F. Ballif, Conference Report, out. 1920, p. 90.

  18. “Das Evangelium des Tuns” (Evangelho de Ação), Der Stern, 1º nov. 1906, p. 332; traduzido do alemão.

  19. Conference Report, out. 1915, p. 8.

  20. Thomas Cottam Romney, The Mormon Colonies in Mexico (As Colônias Mórmons do México) (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1938), p. 227.

  21. “Messages from the Missions” (Mensagens das Missões), Improvement Era, fev. 1916, p. 369.

  22. Conference Report, abr. 1917, p. 3.

  23. Smith, Life of Joseph F. Smith, p. 474.

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Church Administration Building

Church Administration Building, headquarters of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints since 1917

Courtesy of Utah State Historical Society

Cronologia

Data

 

Evento Significativo

1902

Primária publica o Children’s Friend

1902

Inaugurada a “Classe das Mães” da Sociedade de Socorro

1905

Inaugurado o Hospital SUD em Salt Lake City

1906

São organizadas classes para adultos na Escola Dominical

1906

Joseph F. Smith é o primeiro presidente da Igreja a visitar a Europa

1909

Início das reuniões semanais do sacerdócio nas alas

1909

A Primeira Presidência publica uma declaração a respeito da origem do homem

1911

Adotado o programa de escotismo

1914

Início da Primeira Guerra Mundial na Europa

1915

Início da publicação do Relief Society Magazine

1915

Publicação de Jesus, o Cristo

1915

A Primeira Presidência instrui os membros a realizarem reuniões de noite familiar no lar

1916

Explicação doutrinária a respeito do Pai e do Filho

1918

Visão da Redenção dos Mortos é revelada ao Presidente Joseph F. Smith

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Bishop’s Building

Indications of the growth, prosperity, and stability of the Church at the beginning of the twentieth century can be seen with the construction of the Bishop’s Building in 1910 (above) and the Hotel Utah in 1911 (below).

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Hotel Utah
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Louie B. Felt

Louie B. Felt (1850–1928) was the first general president of the Primary Association. She was sustained in 1880 and held the position for forty-seven years. She initiated the Children’s Friend magazine in January 1902, established a hospital fund in 1911, and oversaw the building of a hospital for children in 1922.

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old Primary Children’s Hospital

For thirty years the Primary Children’s Hospital was located on North Temple Street in downtown Salt Lake City in a home the Church had renovated.

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Susa Young Gates

Susa Young Gates (1856–1933), daughter of Brigham Young, was well educated. She attended her father’s private school, as well as the University of Deseret, Brigham Young University, and Harvard University.

She served on the general board of the YWMIA from 1899 to 1911 and the Relief Society from 1911 to 1922.

She was directed by Brigham Young to strengthen the youth through writing. She wrote extensively for local publications all of her life. She founded the Young Woman’s Journal and later edited the Relief Society Magazine from 1914 to 1922. Two years before her death she published The Life Story of Brigham Young.

Sister Gates was also a trustee of Brigham Young University for forty years and was actively involved in the local and national women’s movement. She was the mother of ten sons and three daughters.

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James E. Talmage

James E. Talmage (1862–1933) was born in England and immigrated to the United States with his family in May 1876. The family arrived in Salt Lake City on 14 June 1876. Brother Talmage completed a four-year course at Lehigh University in Bethlehem, Pennsylvania, in one year and went on to do advanced work at Johns Hopkins University in Baltimore, Maryland.

Upon his return to Utah, he taught chemistry and geology at Brigham Young Academy in Provo from 1884–88. Later he served as the president of the University of Utah from 1894–97.

In 1911, when Charles W. Penrose was called to be a counselor in the First Presidency, Brother Talmage was called to fill the resulting vacancy in the Quorum of the Twelve Apostles. He had an exceptional command of the English language and was a noted lecturer and author.

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Rafael Monroy

Rafael Monroy was branch president of the San Marcos branch. He was killed for refusing to deny the faith.

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Anson B. Owen Call

Anson B. Owen Call (1863–1958) was born in Bountiful, Utah. In 1890 he moved to Mexico. He served as the bishop of the Dublan Ward in the Juarez Stake for twenty-nine years.

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Rey L. Pratt

Rey L. Pratt (1878–1931) went to Mexico with his family in 1887. In 1906 he was called on a mission, and late in 1907 he became president of the Mexican Mission. He served in this capacity until 1931. In 1925 he was chosen to become a member of the First Council of the Seventy.