Recursos para a família
Oração Familiar, Estudo das Escrituras em Família e Noite Familiar


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Oração Familiar, Estudo das Escrituras em Família e Noite Familiar

Sugestões de Aplicação

Dependendo de suas próprias necessidades e de sua situação, utilize uma ou mais das seguintes sugestões.

  • Se a sua família faz oração familiar, noites familiares e estuda as escrituras em conjunto regularmente, pondere em espírito de oração o que você poderia fazer para melhorar uma ou mais dessas atividades. Caso sua família não faça essas coisas, pondere o que poderia fazer para ajudar a transformá-las em hábito em sua casa.

  • Em família, planejem uma atividade para realizar juntos. Considere a possibilidade de utilizar as idéias das páginas 264–339 de Noite Familiar: Livro de Recursos (31106 059).

  • Estude o material contido nas páginas 137–139 de Ensino, Não Há Maior Chamado (36123 059).

Designação de Leitura

Estude os seguintes artigos. Caso seja casado, leia e discuta os artigos com o seu cônjuge.

As Bênçãos da Oração Familiar

Presidente Gordon B. Hinckley
Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência

O Apóstolo Paulo declarou a Timóteo:

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.

Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos.

Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,

Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus.” (II Timóteo, 3:1–4)

Há necessidade, hoje, de darmos nova ênfase à honestidade, ao caráter e à integridade. Só quando começarmos novamente a incorporar à nossa vida as virtudes que são a essência da verdadeira civilização é que conseguiremos mudar a tendência atual. A questão com a qual nos defrontamos é: Por onde começar?

Estou convencido de que devemos começar reconhecendo o Deus como nosso Pai Eterno e nós como Seus filhos; comunicando-nos com Ele e reconhecendo a Sua posição suprema, suplicando diariamente orientação no que fizermos.

Sugiro que a volta ao velho costume da oração, a oração familiar, seja um dos remédios básicos para a doença terrível que está corroendo o caráter de nossa sociedade. Não devemos esperar um milagre imediato, mas, em uma geração, aconteceria um milagre.

Há uma ou duas gerações, a oração familiar era tão essencial nas atividades diárias dos lares cristãos de todo o mundo quanto alimentar-se. À medida que essa prática foi caindo em desuso, a decadência moral, mencionada pelo Apóstolo Paulo, foi aumentando.

Tenho certeza de que não existe um substituto adequado para o hábito de pai, mãe e filhos se ajoelharem para orar todas as manhãs e noites. É isso, mais do que grossos tapetes, mais do que lindas cortinas, mais do que uma perfeita combinação de cores, o que mais contribui para lares melhores e mais bonitos.

Ao ajoelharmo-nos, há algo na própria postura que contradiz as atitudes citadas por Paulo: “Traidores, (…) obstinados, orgulhosos”.

Há algo no costume de pais e filhos se ajoelharem, que elimina outras fraquezas descritas por Paulo: “Desobedientes a pais, (…) sem afeto natural”.

Há algo no ato de dirigirmo-nos à Divindade que contrabalança nossa tendência de blasfemar e tornarmo-nos “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”.

Vencemos a inclinação de sermos profanos e ingratos, mencionada por Paulo, quando, em família, agradecemos ao Senhor pela vida, paz e tudo o que possuímos. E, quando agradecemos uns pelos outros, os membros da família desenvolvem novo apreço, novo respeito e nova afeição mútua.

A escritura declara: “Agradecerás ao Senhor teu Deus em todas as coisas”. (D&C 59:7) E novamente: “E em nada ofende o homem a Deus ou contra ninguém está acesa sua ira, a não ser contra os que não confessam sua mão em todas as coisas”. (D&C 59:21)

Quando os membros da família se lembram juntos, diante do Senhor, dos pobres, necessitados e oprimidos, desenvolvem um amor e respeito ao próximo que os faz esquecer de si mesmos, bem como o desejo de ajudar e suprir as necessidades alheias, isso acontece de fato, ainda que inconscientemente. Ninguém pode pedir a Deus que ajude um vizinho em dificuldades, sem se sentir motivado a fazer algo para ajudar esse vizinho. Quão grandes seriam os milagres que aconteceriam na vida das pessoas se tão-somente deixassem de lado o egoísmo e esquecessem de si mesmas, servindo ao próximo. As súplicas diárias em família são o melhor ponto de partida e o melhor estímulo para que esses milagres aconteçam.

Não conheço melhor maneira de ensinar o amor à pátria do que os pais orarem, diante dos filhos, pela terra na qual vivem, invocando as bênçãos do Todo-Poderoso sobre ela, para que seja preservada em liberdade e em paz. Não conheço maneira melhor de edificar no coração dos filhos o respeito às autoridades (que é tão necessário) do que lembrar nas súplicas diárias, em família, os líderes de nosso país, que carregam o fardo de governar.

Lembro-me de ter visto, em um cartaz de rua, a declaração: “A nação que ora é uma nação que vive em paz”. Acredito nisso.

Não sei de nada melhor para acalmar as tensões familiares, despertar o respeito que leva à obediência aos pais, fazer vir à tona o espírito de arrependimento que, por sua vez, diminuirá muito o surto de lares desfeitos, do que a oração em conjunto, em que confessamos juntos nossas fraquezas ao Senhor e invocamos Suas bênçãos para nosso lar e os que nele habitam.

Uma declaração feita por James H. Moyle, falecido há bastante tempo, muito me impressionou. Ele escreveu a seus netos a respeito da oração familiar em seu próprio lar: “Nunca vamos para a cama sem antes nos ajoelharmos em oração para suplicar a orientação e aprovação divinas. Nas melhores famílias pode haver diferenças, mas elas serão dissipadas pelo (…) espírito de oração. (…) A oração, por natureza, tende a promover uma vida mais justa entre os homens. Tende a promover maior unidade, amor, perdão e serviço”.

Em 1872, o Coronel Thomas L. Kane, grande amigo de nosso povo nos dias de seus infortúnios, em Iowa, e por ocasião da chegada do exército dos Estados Unidos ao vale do Lago Salgado, voltou para o oeste com a mulher e os dois filhos. Eles viajaram para St. George com Brigham Young, parando de noite na casa dos membros da Igreja, que ficavam ao longo do caminho. A sra. Kane escreveu uma série de cartas a seu pai, que ficara na Filadélfia, Pensilvânia. Numa delas, dizia:

“Em cada uma das casas que ficamos nesta jornada, tivemos orações imediatamente após o jantar e novamente antes do desjejum. Ninguém era dispensado. (…) Os mórmons (…) se ajoelham todos ao mesmo tempo, enquanto o chefe da casa, ou o convidado especial ora em voz alta. (…) Despendem muito pouco tempo em louvores, mas pedem o que precisam e agradecem pelo que lhes foi dado. (…) Presumem que Deus nos conhece pelo nome e títulos, e pedem bênçãos [para um indivíduo em particular, mencionando-lhe o nome]. (…) Gostei disso, depois que me acostumei.”

Quisera que nós, como povo, adotássemos essa prática, tão importante para os nossos antepassados pioneiros. A oração familiar fazia parte de sua adoração, tanto quanto as reuniões realizadas no Tabernáculo. Com a fé adquirida por meio dessas invocações diárias, eles limparam a terra, irrigaram o solo ressequido, fizeram o deserto florescer, governaram a família com amor, viveram em paz uns com o outros e imortalizaram seu nome, esquecendo-se de si mesmos no serviço a Deus.

A família é a unidade básica da sociedade. A família que ora é a esperança de uma sociedade melhor. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar (…).” (Isaías 55:6)

Podemos tornar nossos lares mais belos? Sim dirigindo-nos com nossa família à fonte da verdadeira beleza. Será que podemos fortalecer a sociedade e transformá-la em um lugar melhor para viver? Sim, fortalecendo a virtude de nossa vida familiar, ao ajoelharmo-nos em conjunto e suplicarmos ao Todo-Poderoso, em nome de Seu Filho Amado.

Se esse costume, o retorno à adoração em família, se alastrasse por todo o país e toda a Terra, eliminaria, em uma geração, os sérios problemas que nos estão destruindo. Restauraria a integridade e o respeito mútuo, assim como o espírito de gratidão no coração das pessoas.

O Mestre declarou: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á”. (Mateus 7:7)

Presto-lhes testemunho de que, se aplicarem sinceramente o princípio da oração familiar, não ficarão sem recompensa. As mudanças podem não ser aparentes de imediato. Podem parecer extremamente sutis, mas serão reais, pois Deus “é galardoador dos que O buscam”. (Hebreus 11:6)

Que sejamos fiéis, dando o exemplo ao mundo no que diz respeito a esse costume, estimulando os outros a fazer o mesmo.

Adaptado de A Liahona, setembro de 1991, pp. 3–6.

“Recebi, portanto, (…) Instrução”

Élder L. Tom Perry
Do Quórum dos Doze Apóstolos

Bons Pais

O Livro de Mórmon começa com as seguintes palavras: “Eu, Néfi, tendo nascido de bons pais; recebi, portanto, alguma instrução em todo o conhecimento de meu pai (…)”. (1 Néfi 1:1) Que mundo diferente seria este em que vivemos se fosse possível que o diário de cada um dos filhos de nosso Pai Celestial começasse com uma expressão semelhante—ter bons pais e ser instruído por eles.

Vivemos uma época única na história do mundo, um momento em que o evangelho do Senhor foi restaurado em sua plenitude. Nossa força missionária cresce em quantidade e qualidade; desse modo, ensina-se o evangelho em mais línguas, a mais pessoas, em mais países do que jamais ocorreu anteriormente. Ao se estabelecerem alas e estacas por todo o mundo, houve mentes criativas que foram inspiradas a desenvolver instrumentos de comunicação que levam as instruções dos profetas aos ouvidos de um número muito maior de pessoas. As boas-novas do evangelho espalham-se agora mais rapidamente para levar a esperança da paz eterna ao coração da humanidade.

A Crise da Vida Familiar

Uma das mensagens grandiosas do evangelho é a doutrina da natureza eterna da unidade familiar. Declaramos ao mundo o valor e a importância da vida em família, mas muitos dos distúrbios e dificuldades encontrados no mundo atual se devem à deterioração dela. É cada vez mais raro que os filhos tenham a oportunidade de ser ensinados e treinados por pais amorosos, em casa.

A vida familiar na qual os filhos e os pais se relacionam por meio do estudo, divertimento e trabalho está sendo substituída por um jantar solitário e rápido aquecido no forno de microondas e uma noite diante da televisão. O Encontro da Associação Nacional de Condados [dos EUA], realizado em Salt Lake City em 1991, concluiu que a falta de influência doméstica chegara ao ponto de tornar-se uma crise em nosso país e reservou algum tempo nas sessões para debater as questões relativas ao assunto. Nesse encontro, identificaram-se cinco conceitos básicos que poderiam aumentar as oportunidades de êxito de todas as famílias.

Em primeiro lugar, o fortalecimento do relacionamento, por meio de atividades familiares; em segundo lugar, o estabelecimento de regras e metas razoáveis; em terceiro, o desenvolvimento da auto-estima; em quarto, o estabelecimento de objetivos realistas; em quinto, a avaliação periódica dos pontos positivos e necessidades da família.

Repentinamente, a voz insistente com que os profetas nos admoestam e avisam desde o início dos tempos torna-se de especial relevância. Como já fomos aconselhados e encorajados, devemos estar atentos a nossa própria família e acelerar o nosso trabalho missionário para levar a outros o conhecimento da verdade e da importância da unidade familiar.

Adão e Eva Aprendem os Deveres de Pais

No início, as instruções do Senhor a Adão e Eva deixaram claras as responsabilidades que eles tinham como pais. Seu papel ficou bem definido. Após terem recebido as instruções do Senhor, eles seguiram o Seu conselho e disseram:

“E naquele dia Adão bendisse a Deus e ficou pleno; e começou a profetizar concernente a todas as famílias da Terra, dizendo: Bendito seja o nome de Deus, pois, devido a minha transgressão, meus olhos estão abertos e nesta vida terei alegria; e novamente na carne verei a Deus.

E Eva, sua mulher, ouviu todas essas coisas e alegrou-se, dizendo: Se não fosse por nossa transgressão, jamais teríamos tido semente e jamais teríamos conhecido o bem e o mal e a alegria de nossa redenção e a vida eterna que Deus concede a todos os obedientes.

E Adão e Eva bendisseram o nome de Deus; e deram a conhecer todas as coisas a seus filhos e suas filhas.” (Moisés 5:10–12)

Ensinar e Treinar os Filhos

Sim, desde o princípio a responsabilidade dos pais, de ensinarem seus filhos, estava entre as instruções que o Senhor deu a nossos primeiros pais terrenos.

As revelações recebidas quando a Igreja foi restaurada em nossos dias, admoestam os pais a respeito da obrigação de treinar e ensinar os filhos. Na seção 93 de Doutrina e Convênios, o Senhor repreende alguns dos irmãos por não estarem prestando atenção a algumas de suas responsabilidades familiares. Diz a escritura:

“Eu, porém, ordenei que criásseis vossos filhos em luz e verdade. (…)

Não ensinaste luz e verdade a teus filhos, segundo os mandamentos; e aquele ser maligno ainda tem poder sobre ti, sendo essa a causa de tua aflição.

E agora te dou um mandamento: Se quiseres ser libertado, terás que pôr em ordem tua própria casa, porque há muitas coisas que não estão certas em tua casa.” (D&C 93:40, 42–43)

A Importância da Noite Familiar

Há anos, a Igreja admoestou todos os pais a realizarem a noite familiar semanalmente. Atualmente, a admoestação foi institucionalizada no lar dos membros da Igreja. A noite de segunda-feira foi reservada para a família estar junta. Nenhuma atividade da Igreja ou reunião social deve ser realizada nessa noite. Foram-nos prometidas grandes bênçãos se nossa família for fiel nesse ponto.

O Presidente Harold B. Lee nos aconselhou certa vez:

“Lembrem-se de que, quando a missão de Elias, o Profeta, for plenamente entendida, o coração dos filhos se voltará aos pais e o dos pais, aos filhos. Isso se aplica tanto aos que estão deste lado do véu, como aos que estão do outro lado. Se negligenciarmos nossa família aqui, no que se refere à noite familiar, e falharmos na responsabilidade que temos aqui, como parecerá o céu, se lá estiverem faltando aqueles que perdemos por nossa própria negligência? O céu não será céu, enquanto não tivermos feito tudo quanto pudermos para salvar aqueles que o Senhor enviou através de nossa linhagem.”

Continua ele:

“Assim, seu coração, pais e mães, deve estar voltado para seus filhos, agora, se já tiverem o genuíno espírito de Elias, o Profeta, e não acharem que ele se aplica somente àqueles que estão além do véu. É preciso que se preocupem com seus filhos e tratem de ensiná-los; mas é necessário que o façam enquanto são suficientemente pequenos para serem ensinados adequadamente. E se negligenciarem a realização da noite familiar, estarão negligenciando o início da missão de Elias, o Profeta, tão certamente quanto ao se descuidarem do trabalho de pesquisa genealógica.” (Ver Curso de Estudos da Sociedade de Socorro para 1978–1979, 1977, p. 2. Grifo do autor.)

Penso sempre nos momentos felizes que passamos quando nossos filhos eram mais novos e ainda moravam em casa conosco. Fiz uma avaliação mental desses dias e considerei algumas mudanças que faria em nossa organização e administração familiar, se tivéssemos a oportunidade de reviver esse período. Há duas áreas que eu melhoraria, se tivesse o privilégio de ter crianças em nosso lar novamente.

Primeiro, eu passaria mais tempo com minha mulher reunidos no comitê executivo familiar, aprendendo, comunicando-nos, planejando e organizando o necessário para desempenhar melhor nosso papel de pais.

O segundo desejo, caso pudesse voltar àqueles anos, seria passar mais tempo com a família. Isso inclui noites familiares mais significativas e consistentes.

Os Jovens Contribuem para o Sucesso

A responsabilidade total da preparação das noites familiares não deve ser deixada para os pais. As reuniões de mais êxito que já testemunhei foram aquelas em que os jovens da família participaram ativamente.

Apelo a vocês, excelentes diáconos, mestres, sacerdotes, Abelhinhas, Meninas-Moças e Lauréis, para que dêem uma contribuição significativa para o sucesso da noite familiar. Em muitos lares, vocês podem ser a consciência da família. Afinal de contas, quem mais se beneficia dessa experiência são vocês. Se querem viver num mundo em que haja paz, segurança e oportunidades, a família com a qual contribuem pode ajudar no bem-estar do mundo inteiro.

Lembro-me de que um exemplo disso foi algo que aconteceu na época do Natal em um ano em que fizemos um passeio com os netos. Para que ficássemos realmente próximos, conseguimos uma “van” para viajarmos todos juntos. Na “van” iam o avô, a avó, meu filho e seus três filhos mais velhos. A esposa de meu filho havia ficado em casa com os filhos menores. Era minha vez de dirigir e minha esposa estava sentada a meu lado, indicando o caminho. Do fundo da “van”, ouvi Audrey, a filha mais velha, consultar o pai dizendo: “Pai, uma de nossas metas para este ano era terminar o Livro de Mórmon em nosso estudo em família. Já estamos no último dia do ano. Por que não terminamos agora, ficando dentro do planejado?”

Que experiência maravilhosa foi escutar meu filho e meus três netos, um de cada vez, lendo os capítulos finais de Morôni em voz alta, cumprindo, assim, a meta de ler o Livro de Mórmon por inteiro. Lembrem-se, foi uma jovem quem deu a sugestão e não um dos pais.

Desafio aos Jovens

Vocês são a geração escolhida, reservada para esta época especial da história da humanidade, e têm muito a contribuir para o desenvolvimento da família a qual pertencem. Eu os desafio a tomar a iniciativa em sua família, com o entusiasmo especial da juventude, de fazer com que o evangelho seja realmente vivo em sua casa. Lembrem-se do conselho do Presidente Joseph F. Smith, que disse:

“Desejo que meus filhos, e todos os filhos de Sião, saibam que nada há neste mundo que seja de tanto valor para eles quanto o conhecimento do evangelho, conforme foi restaurado na Terra nestes últimos dias por intermédio do Profeta Joseph Smith. Nada existe que compense a perda dessas coisas. Nada existe na Terra que se compare à excelência do conhecimento de Jesus Cristo. Portanto, que todos os pais de Sião cuidem de seus filhos e ensinem a eles os princípios do evangelho, esforçando-se o máximo possível para cumprir seu dever, não de modo mecânico, simplesmente por ser nossa obrigação, mas procurar instilar no coração dos filhos o espírito da verdade e um amor duradouro pelo evangelho, para que não apenas cumpram seu dever porque é agradável aos pais, mas porque eles próprios sintam satisfação em fazê-lo”. (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph F. Smith, 1998, p. 350.

A Revitalização da Noite Familiar

A noite familiar é para qualquer pessoa, faça ela parte de um lar com ambos os pais, com um só deles, ou até de uma família de uma só pessoa. Mestres familiares, contamos com suas visitas regulares para incentivar e revitalizar a realização da noite familiar.

Nosso profeta atual, o Presidente Ezra Taft Benson, lembrou-nos mais uma vez da necessidade de realizarmos a noite familiar regularmente e dos elementos envolvidos em uma noite familiar de sucesso. Ele disse:

“Planejado para fortalecer e salvaguardar a família, o programa de noites familiares da Igreja determina uma noite a cada semana em que o pai e a mãe devem reunir os filhos e filhas à sua volta, em casa. Oferece-se uma oração, cantam-se hinos e outras músicas, lêem-se as escrituras, discutem-se assuntos de família, demonstram-se talentos, ensinam-se princípios do evangelho e, freqüentemente, fazem-se brincadeiras e servem-se guloseimas feitas em casa”. (Relatório da Conferência de Área das Filipinas, 1975, p. 10.)

Esperamos que vocês tomem nota das sugestões que o profeta nos dá a respeito do que a noite familiar deve conter.

Depois, ele continua: “Estas são as bênçãos prometidas por um profeta de Deus para quem realizar a noite familiar semanalmente: ‘Se os santos obedecerem a esse conselho, prometemos grandes bênçãos como resultado. O amor no lar e a obediência aos pais aumentarão. A fé se desenvolverá no coração da juventude de Israel, e eles adquirirão poder para combater as influências maléficas e tentações que enfrentarem’”. (Relatório da Conferência de Área das Filipinas, 1975, p. 10; ver também Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph F. Smith, 1998, p. 348.)

Incentivamos todos a seguirem os conselhos do profeta. Todas as unidades familiares da Igreja, avaliem novamente o seu progresso quanto à realização freqüente da noite familiar. A aplicação desse programa lhes servirá de escudo e proteção contra os males de nosso tempo e lhes dará maior alegria agora e na eternidade, tanto individual como coletivamente.

Que Deus nos abençoe para que revitalizemos e fortaleçamos esse programa de tremenda importância, à medida que nos reunirmos em família para nos aconselharmos.

Adaptado de um discurso do Élder Perry proferido na conferência geral da Igreja realizada em abril de 1994. (Ver A Liahona, julho de 1994, pp. 41–43.)