Jovens Pioneiros na Malásia

Em uma conferência de jovens no ano passado, ouviam-se muitos gritos de emoção, quando os jovens jogavam beisebol também pela primeira vez. Somente dois ou três dos jovens que participaram da conferência tinham jogado beisebol antes, por isso eles receberam a designação de explicar as regras aos outros.

“Foi uma experiência nova aprender a jogar beisebol, já que o futebol e o badminton são os esportes que praticamos aqui”, diz Malvinder.

Além do beisebol, a conferência de jovens foi repleta de outros jogos e atividades divertidas. Embora os jovens gostem das atividades, eles dizem que a coisa de que mais se lembrarão será a oportunidade de terem conhecido outras pessoas com crenças semelhantes e adquirido coragem por saberem que não estão sozinhos.

Ariana Dabier, uma Menina-Moça, diz: “Foi ótimo ver tantas jovens da Malásia que são exatamente como eu — enfrentando provações e tentações semelhantes — mas que permanecem firmes na sua fé. Sei agora que não importa aonde eu vá nesta Terra, o evangelho será o mesmo”.

Outro primeiro no evangelho que os jovens tiveram recentemente foi a oportunidade de assistir a primeira cerimônia de formatura do seminário do distrito. Três jovens da Malásia — Kelvin Anand Kumar, Aun Luck Tan Ernest e Hamish Steven Parsons — receberam o diploma do seminário.

Kelvin, que foi batizado em 1999, freqüentou o seminário durante os primeiros quatro anos em que foi membro da Igreja. Ele diz que o conhecimento que adquiriu ali aumentou seu testemunho. “Sinto-me feliz por ter-me formado no seminário”, diz ele. “O seminário ajudou-me a tomar decisões corretas e planejar meus estudos. Por causa das coisas que aprendi no seminário, sei que um dia me casarei no templo.”

Os jovens dizem que o exemplo de Kelvin e de outros formandos incentivam-nos a freqüentar o seminário fielmente. A freqüência ao seminário é difícil para os adolescentes da Malásia porque os estudos e as lições de casa ocupam a maior parte de seu tempo livre. Eles vão à escola seis dias por semana, e a maioria dos alunos também estuda com um professor particular depois do fim das aulas diárias.

Jaslinder Kaur, uma Menina-Moça do Ramo Ipoh II, diz que a maioria de suas amigas não entendeu sua decisão de freqüentar o seminário. “Quando eu disse à minha amiga que estava indo bem cedo para a Igreja a fim de aprender mais sobre o Pai Celestial e Seu Filho, ela me disse que eu era louca e que minhas notas iram cair”, diz ela. “Mas o seminário me ajuda a ir bem na escola porque sacrifiquei meu tempo para o nosso Pai Celestial. Quando vou para a escola, minha mente está totalmente desperta, e posso concentrar-me melhor nos estudos”.

Malvinder Singh também diz que freqüentar o seminário o ajudou a ter sucesso na escola. Os estudantes da Malásia precisam passar duas vezes por um teste rigoroso durante a carreira estudantil. Os resultados do teste determinam quais faculdades os alunos poderão freqüentar e que profissões poderão escolher. Embora este ano seja um ano importante de exame para Malvinder, ele ainda assim decidiu ir para o seminário. Ele diz que sabe que o Pai Celestial o abençoará por sua decisão, ajudando-o a ir bem nos testes. “A fé é a coisa mais importante que aprendi ao freqüentar o seminário”, diz ele.

Os missionários têm sido uma presença constante na região oeste da Malásia somente a partir de 1980, portanto ainda não há muitos membros ali. Na verdade, apenas uma em cada 12.015 pessoas na Malásia, ou seja, 0,01 por cento da população, pertence à Igreja. Tal como os antigos pioneiros, os rapazes e moças da Malásia sabem que muitos de seus colegas não tiveram a oportunidade de ouvir o evangelho. Esses jovens sabem que podem ajudar a Igreja a crescer se compartilharem seu testemunho com seus amigos.

Os jovens também sabem que antes de estarem preparados para compartilhar o evangelho com outros, eles precisam trabalhar arduamente para desenvolver seu próprio testemunho. Os pais de Aun Luck Tan Ernest ensinaram-lhe o evangelho quando ele era jovem, mas ele sempre soube que precisava descobrir por si mesmo que o evangelho era verdadeiro.

“Eu queria aprender mais a respeito de Jesus Cristo quando fui batizado”, diz Ernest, 17 anos. “Eu sabia que Ele era o Filho de Deus quando prestei pela primeira vez o meu testemunho na reunião sacramental. Foi o momento mais feliz da minha vida, e ainda estou procurando fazer o melhor que posso para fortalecer minha fé e fazer meu testemunho de Cristo crescer.”

Ernest e os outros jovens do distrito Ipoh sabem que seu testemunho crescerá se for compartilhado. Há aproximadamente dez rapazes e dez moças no ramo Ipoh II, e sempre que possível eles prestam seu testemunho na reunião de testemunhos. A presidente das Moças, Liew Siew Ling Chris, diz: “Ouvir o testemunho deles é a maior bênção que tenho”.

Os jovens da região oeste da Malásia foram abençoados com muitos primeiros no evangelho. Por meio de experiências como a conferência de jovens e o seminário, eles descobriram que não estão sozinhos em suas crenças. E agora estão decididos a desenvolver um testemunho próprio duradouro e ajudar a divulgar as boas novas do evangelho por toda a Malásia.

Henry e JeNeal Call são membros da Ala Spanish Hills, Estaca Las Vegas Nevada Lakes. Eles serviram na Missão Cingapura.

Um país do Sudeste Asiático, a Malásia está quase completamente coberta de florestas cerradas e verdejantes. O Distrito Ipoh Malásia fica na região oeste do país, localizado na ponta da península sul da Tailândia. A metade ocidental e oriental da Malásia estão separadas por mais de 650 quilômetros de mar. A Malásia escapou milagrosamente da ampla devastação causada pela tsunami de dezembro de 2004, porque o país foi protegido pela ilha de Sumatra.

A Malásia abriga mais de 60 nacionalidades. A maioria dos jovens fala pelo menos três idiomas, incluido o malaio, o chinês e o inglês. Alguns jovens chegam a falar quatro ou cinco idiomas.