Nem sempre precisamos esperar uma resposta

Voltando para a faculdade depois da minha missão, eu estava pensando com quem deveria dividir o alojamento. Meu pai sugeriu que eu procurasse uma ex-missionária que havia servido recentemente em nossa ala e que acabara de concluir sua missão. Explicou que Holly estava se transferindo para a minha escola e que não conhecia muitas pessoas lá.

Embora eu tivesse conhecido Holly um pouco, durante sua permanência em nossa ala, hesitei em convidá-la para morar comigo. Estava com medo que ela achasse esquisito, porque não nos conhecíamos bem — e também porque eu não sabia o que iria rolar.

Apesar de meus receios, senti que seguir a dica do meu pai seria uma boa coisa a fazer. Estava orando para fazer novos amigos quando comecei a estudar novamente, então senti que a mão do Pai Celestial poderia estar na sugestão do meu pai. Decidi ir em frente. Holly aceitou meu convite e, durante o ano em que moramos juntas, ela se tornou uma das minhas melhores amigas. Holly me deu conselhos e demonstrou seu amor durante momentos críticos da minha vida, e eu também pude estar ao lado dela.

Nossa vida está repleta de decisões. Elas podem variar em importância, mas às vezes as menores delas têm o maior impacto ao longo do caminho. Embora o Pai Celestial não nos revele inicialmente qual é a melhor escolha em todas as situações, Ele nos deu o arbítrio para agir de acordo com os princípios do evangelho e seguir em frente com fé. Não achava que escolher uma colega de faculdade iria trazer um impacto marcante na minha vida, mas foi o que aconteceu. Só depois de estender a mão para Holly foi que percebi que o Senhor permitiu que eu tomasse uma boa decisão, e fui abençoada por isso. Como mudei o caminho para a direção que achava certa, o Pai Celestial conseguiu colocar uma pessoa incrível em minha vida.

Eu me pergunto o que poderia ter acontecido se eu tivesse abordado outras pequenas decisões com uma atitude mais cristã — se tivesse colocado meu laptop de lado quando uma garota se sentasse ao meu lado para almoçar no campus ou se tivesse falado mais sobre minhas crenças quando uma amiga me disse que estava indecisa sobre religião. Poderia não ter sentido uma forte pressão espiritual naqueles instantes, mas sabia que eram coisas boas a fazer, e tenho a certeza de que Deus teria transformado isso em uma bênção para todos os envolvidos. Por eu escolher não fazer nada, nunca ficarei sabendo o que poderia ter acontecido.

Muitas vezes relutamos para tomar decisões, quando não recebemos uma resposta ou inspiração direta. Nesses momentos, em vez de esperar um sinal verde de Deus, podemos usar nosso dom do arbítrio para escolher fazer o bem por nós mesmos. Mórmon ensinou: “Portanto vos mostro o modo de julgar; pois tudo o que impele à prática do bem e persuade a crer em Cristo é enviado pelo poder e dom de Cristo; por conseguinte podeis saber, com um conhecimento perfeito, que é de Deus” (Morôni 7:16).

Então, da próxima vez que você se deparar com uma decisão, pense consigo mesmo: “Isso é bom?”, porque toda coisa boa vem de Deus. Assim como o Salvador nunca hesitou em fazer o bem, podemos confiar em nós mesmos para escolher fazer o bem todos os dias, nas coisas grandes e pequenas. E Deus transformará essas coisas boas em grandes realizações.