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Joseph Smith–MATEUS


JOSEPH SMITH—MATEUS

Sumário:

  • A destruição de Jerusalém

  • Perseguição e apostasia

  • A abominação da desolação

  • A Segunda Vinda de Jesus Cristo

  • A destruição dos iníquos

O Que É Joseph Smith—Mateus?

Joseph Smith—Mateus é a Tradução de Joseph Smith de Mateus 23:39–24:51.

“Em 1º de dezembro de 1831, Joseph Smith escreveu o seguinte em seu diário: ‘Terminei a tradução das Escrituras, e continuei a trabalhar nesse ramo de meu chamado, com o Élder Sidney Rigdon como meu escrevente’. [Ver History of the Church, 1:238, grifo do autor.] Esse é um comentário muito importante porque mostra como o próprio Profeta via seu trabalho de tradução da Bíblia: era parte de seu chamado divino como profeta de Deus. (…) Em dezembro de 1831, o Profeta tinha traduzido por volta de dezoito meses e continuou trabalhando nisso por mais dezoito meses. Depois disso, ele passou os onze anos restantes de sua vida refinando e preparando o trabalho para ser publicado. Embora não tenha vivido para publicar a obra completa, foi a tradução mais incomum da Bíblia que já foi feita, sendo um testemunho ao mundo da missão de Joseph Smith como profeta de Deus nos últimos dias.” (Robert J. Matthews, “A Plainer Translation”: Joseph Smith’s Translation of the Bible, a History and Commentary, 1975, pp. 3–4.)

Quando o Profeta Joseph Smith Traduziu Essa Parte da Bíblia?

“A data exata em que o Profeta começou a traduzir a Bíblia não é conhecida, mas a tradução provavelmente estava em andamento já desde o verão de 1830.” (Matthews, “A Plainer Translation”, p. 26.) Em 7 de dezembro de 1830, o Senhor ordenou a Sidney Rigdon que fosse o escrevente do Profeta Joseph Smith no trabalho de fazer as alterações inspiradas na Bíblia. (Ver D&C 35:20.)

Antes de Sua Crucificação e Ressurreição, o Senhor Jesus Cristo respondeu às perguntas de Seus discípulos a respeito de Sua gloriosa Segunda Vinda. (Ver Mateus 24:3–25:46; ver também Lucas 21:7–36.) Em 7 de março de 1831, o Senhor revelou ao Profeta Joseph Smith parte do que Ele disse a Seus discípulos. (Ver D&C 45:16–75.) Nessa revelação, falando ao Profeta Joseph Smith, Ele disse:

“E agora, eis que vos digo que nada mais vos será dado saber concernente a este capítulo [Mateus 24], até que o Novo Testamento seja traduzido; e nele todas estas coisas serão dadas a conhecer;

Portanto agora vos permito traduzi-lo, para que estejais preparados para as coisas que hão de vir.

Pois em verdade vos digo que grandes coisas vos esperam.” (D&C 45:60–62)

Tendo recebido essa instrução, o Profeta começou no dia 8 de março de 1831 o trabalho de tradução do Novo Testamento, começando por Mateus 1.

Uma data anotada em um dos manuscritos da tradução do Novo Testamento indica que em 26 de setembro de 1831 a transcrição e o refinamento de Mateus teve continuidade, começando a partir de Mateus 26:1. (Ver Matthews, “A Plainer Translation”, p. 32.) A tradução de Mateus 24 pode, portanto, ter sido feita durante o mês de setembro de 1831.

Quais São Algumas das Mudanças que o Profeta Fez em Mateus 24?

O Profeta Joseph Smith fez mais mudanças em Mateus 24 do que em qualquer outro capítulo do Novo Testamento. Mateus 24 na versão do Rei Jaime, em inglês, contém 1.050 palavras, ao passo que Joseph Smith—Mateus contém cerca de 1.500 palavras.

Uma diferença importante entre Mateus 24 e Joseph Smith—Mateus é que Joseph Smith—Mateus separa claramente as declarações que Jesus fez a respeito dos eventos que aconteceriam em Jerusalém nos anos logo após a Sua morte (ver Joseph Smith—Mateus 1:5–21) dos que aconteceriam nos últimos dias, antes de Sua Segunda Vinda. (Ver vv. 21–55.)

Três declarações são repetidas duas vezes em Joseph Smith—Mateus (ver vv. 10, 12, 23, 28, 30, 32), mas aparecem apenas uma vez cada uma na versão do Rei Jaime (ver Mateus 24:6, 12, 15). Além disso, os versículos 6–8 de Mateus 24 se tornaram respectivamente Joseph Smith—Mateus 1:23, 29, 19. A Tradução de Joseph Smith de Mateus 24:55 é o único versículo que não tem um versículo correspondente na versão do Rei Jaime.

Como Joseph Smith—Mateus Se Tornou Parte da Pérola de Grande Valor?

A primeira edição da Pérola de Grande Valor foi impressa em Liverpool, Inglaterra, em julho de 1851. Ela foi compilada como um panfleto para ser usado pela Missão Britânica pelo Élder Franklin D. Richards, um membro do Quórum dos Doze Apóstolos e presidente da missão. No prefácio do panfleto, o Élder Richards explicou que praticamente todo o texto nele contido (que incluía Joseph Smith—Mateus) tinha aparecido anteriormente em diversas publicações da Igreja nos Estados Unidos, mas com pouca divulgação. Presume-se que o Élder Richards tivesse essas publicações em mãos; no entanto, ele não identificou nenhuma das fontes.

Por Que Dentre Tantos Outros Trechos da Tradução de Joseph Smith da Bíblia a Tradução de Mateus 24 Tornou-se Parte de Nossas Obras-Padrão?

Em Joseph Smith—Mateus 1:5–55, o Salvador respondeu às perguntas de Seus discípulos a respeito da destruição do templo de Jerusalém, da dispersão dos judeus e dos eventos que aconteceriam antes de Sua Segunda Vinda. É um capítulo de escrituras de grande interesse para todo santo dos últimos dias. Ele fala da dispensação dos últimos dias, inclusive a coligação de Israel que precederia a Segunda Vinda de Cristo. O texto de Mateus 24, na versão do Rei Jaime, tem muitas passagens de significado pouco claro e sua organização é confusa. O trabalho do Profeta Joseph Smith torna a cronologia histórica dessa profecia e o significado doutrinário de seus ensinamentos muito claros e inspiradores.

JOSEPH SMITH—MATEUS 1:1–21

JESUS CRISTO PROFETIZA A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM

Joseph Smith—Mateus 1:1. “Eu Sou Aquele”

Jesus disse: “Eu sou aquele de quem os profetas escreveram”. (Ver também TJS, Mateus 4:18.) Com essas palavras, Ele proclamou a Seus discípulos que Ele era o Messias, o Ungido, sobre quem todos os profetas tinham profetizado. (Ver Helamã 8:16–23.) Suas profecias a respeito do Messias prediziam não apenas Seu sofrimento pelos pecados do mundo, mas também Sua gloriosa Segunda Vinda no fim do mundo.

Joseph Smith—Mateus 1:1. “E Todos os Santos Anjos com Ele”

Muitos anjos aparecerão com Jesus Cristo em Sua Segunda Vinda. As escrituras declaram que esses anjos terão poder para preparar a Terra para a vinda de Cristo e descrevem como eles soarão trombetas em momentos decisivos. (Ver Apocalipse 7:1; 8:2; 14–16; ver também D&C 77:8, 12.) Além disso, os santos justos que morreram irão acompanhar o Senhor em Sua Segunda Vinda. (Ver D&C 45:44–45; 76:50, 63; 88:96–98.)

Joseph Smith—Mateus 1:1. “Ele Retornaria à Terra”

A Segunda Vinda de Cristo é um evento citado muitas vezes, com grande fervor e esperança, em todas as escrituras. Por exemplo: Na época do Velho Testamento, o Senhor mostrou a Adão “tudo que sucederia a sua posteridade, até a última geração” (D&C 107:56), inclusive a Segunda Vinda de Cristo. Adão deu a conhecer todas essas coisas a seus filhos. (Ver Moisés 5:12.) Enoque teve a visão não apenas da vinda de Cristo no meridiano dos tempos, mas também “o dia da vinda do Filho do Homem nos últimos dias, para habitar na Terra, em justiça, pelo espaço de mil anos”. (Moisés 7:65) Outros profetas do Velho Testamento profetizaram a respeito destes maravilhosos últimos dias. (Ver Jó 19:25; Salmos 102:16; Isaías 40:1–11; Daniel 7:13; Miquéias 1:3; Zacarias 13:6; Malaquias 3:2.) No Livro de Mórmon, os profetas jareditas testificaram a respeito da gloriosa vinda de Cristo. (Ver Éter 3:16–25; 9:22; 13:1–12.) O mesmo fizeram os profetas nefitas e lamanitas. (Ver Helamã 8:16–23.) Além disso, os profetas do Novo Testamento e os profetas modernos fizeram muitas declarações inspiradas sobre esse assunto. (Ver Atos 3:20–24; I Tessalonicenses 4:13–18; II Pedro 3:10; Apocalipse 19–22; D&C 29; 45; 133.) De todas as profecias encontradas nas escrituras a respeito dos últimos dias, a Segunda Vinda de Jesus Cristo é de longe a mais fervorosamente esperada.

Joseph Smith—Mateus 1:2–3. A Destruição do Templo

Ver também Marcos 13:1–2 e Lucas 21:5–6. Devido à natureza da construção do templo, a profecia a respeito de sua destruição deve ter parecido praticamente impossível para os judeus. O Élder Bruce R. McConkie, quando era membro dos Setenta, escreveu: “Algumas pedras tinham cerca de 20 metros de comprimento, 2 metros de altura e 3 metros de largura; os pilares que sustentavam os pórticos, todos feitos de pedra, tinham mais de 11 metros de altura. Conta-se que quando os romanos destruíram e arrasaram Jerusalém, ficaram seis dias tentando derrubar as muralhas, sem conseguir mover aquelas enormes pedras. O templo, evidentemente, acabou sendo totalmente demolido, e (…) as pedras foram arrancadas de seu lugar e espalhadas”. (Doctrinal New Testament Commentary, 3 vols., 1966–1973, 1:637.)

Joseph Smith—Mateus 1:4. O Monte das Oliveiras

O Monte das Oliveiras é uma colina de pedra calcária, com pouco mais de uma milha (1.6 quilômetros) de extensão, a leste da cidade de Jerusalém. Ele se eleva a duzentos pés (65 metros) da cidade, com o vale do Cedrom correndo entre ele e a cidade. Em seu lado ocidental está o Jardim do Getsêmani, e a leste, as vilas de Betânia e Betfagé. Esse monte foi o local de muitos acontecimentos bíblicos (ver II Samuel 15:30; Mateus 21:1–9; 26:30–56; Lucas 21:37; João 8:1; Atos 1:12) e será o local de eventos importantes associados aos últimos dias e à Segunda Vinda do Messias (ver Zacarias 14:4–5; D&C 45:48; 133:20).

Joseph Smith—Mateus 1:4. “Dize-Nos Quando Serão Essas Coisas”

A revisão inspirada do Profeta Joseph Smith de Mateus 24:3 deixa claro que os discípulos queriam saber a respeito de dois eventos. O primeiro evento era “a destruição do templo e dos judeus”. Esse evento aconteceu por volta do ano 70 d.C., quando os romanos dominaram uma revolta dos judeus, massacraram a população, destruíram a cidade de Jerusalém e dispersaram os judeus por várias nações.

O segundo evento a respeito do qual os discípulos interrogaram o Senhor era “o fim do mundo, ou seja, a destruição dos íníquos”. Isso acontecerá na Segunda Vinda de Cristo, nos últimos dias. O Élder Bruce R. McConkie, que foi membro do Quórum dos Doze Apóstolos, esclareceu o que significa “o fim do mundo”, dizendo que “não se trata do fim da Terra, mas o fim do mundo, ou seja, das condições sociais existentes entre as pessoas do mundo. O fim do mundo é o fim da injustiça ou do mundanismo, como o conhecemos, e isso será efetuado por meio da “destruição dos iníquos”. (Jos. Smith 1:4 [Joseph Smith—Mateus 1:4]) Quando nosso mundo chegar ao fim, terá início a era milenar, haverá um novo céu e uma nova Terra. (Isaías 65:17–25; D&C 101:23–24) A luxúria, a lascívia e a sensualidade de toda espécie cessarão, pois será o fim do mundo’. (Mormon Doctrine, pp. 767–768.)” (Doctrinal New Testament Commentary, 1:640)

A resposta do Salvador à pergunta de Seus discípulos em relação aos dois eventos proporciona um esquema para compreendermos Mateus 24. Joseph Smith—Mateus 1:5–21 (compare com Mateus 24:4–22) é Sua resposta a respeito da destruição do templo e dos judeus, enquanto que Joseph Smith—Mateus 1:21–55 (compare com Mateus 24:23–51) contém Sua declaração a respeito dos sinais de Sua vinda e do fim do mundo.

Joseph Smith—Mateus 1:6, 9. Muitos Falsos Profetas Tentaram Enganar

O Élder James E. Talmage, que foi membro do Quórum dos Doze Apóstolos, comentou a evidência histórica do cumprimento dessa profecia: “Entre os falsos profetas e homens que afirmavam ser ministros de Cristo devidamente credenciados estavam Simão, o Mago, que levou muita gente atrás de si (Atos 8:9, 13, 18–24; ver também A Grande Apostasia, 7:1, 2), Menandro, Dositeu e Teudas, e os falsos apóstolos citados por Paulo (II Coríntios 11:13) e outros tais como Himeneu e Fileto (II Timóteo 2:17, 18.) O Commentary de Dummelow cita aqui o relato de Josefo concernente a ‘um grupo de homens iníquos que enganaram e iludiram o povo com a jactância de divina inspiração e convenceram a multidão a agir como loucos, e foram à frente do povo para os desertos, fazendo crer que Deus ali lhes mostraria os sinais da vitória’”. (Jesus, o Cristo, p. 567.)

Joseph Smith—Mateus 1:7. Os Discípulos Foram Afligidos e Mortos

A maioria dos Apóstolos originais saíram pelo mundo para ensinar o evangelho, mas acabaram morrendo como mártires. Por exemplo: a história sugere que Pedro foi morto em Roma (tal como Paulo), e Tiago foi morto pela espada em Jerusalém. Mas os Apóstolos não foram os únicos mártires. Muitos dos primeiros cristãos sofreram grandes perseguições e foram mortos por causa de sua fé. Alguns relatos de perseguição e martírio dos primeiros santos encontram-se no Novo Testamento. (Por exemplo: Ver Atos 4:1–3, 17–18, 29; 5:17–19, 40; 7:54–60; 8:1–3; 11:19; 12:1–5; 13:50; 14:1–7, 19–20; 16:19–24; 17:1–9; 21–26; II Coríntios 11:23–29.)

Joseph Smith—Mateus 1:8. O Que Significa “Trair”?

A palavra utilizada em grego é scandalizo que significa “fazer tropeçar”. Dessa mesma raiz provém a palavra skandalon, que traduzida significa “pedra de tropeço”. Em Joseph Smith—Mateus 1:8, o Salvador dizia que muitos cairiam ou se desviariam da fé.

Joseph Smith—Mateus 1:10. O Que Significa Dizer que o Amor “Esfriaria”?

Esfriar significa tornar-se mais frio. A violência e a corrupção são sinais de que as pessoas deixaram de amar ou de se preocupar consigo mesmas e com os outros. A grosseria e a crueldade infectam uma sociedade e se espalham como uma doença. Uma sociedade se torna cruel quando as pessoas “não têm afeição” e “odeiam seu próprio sangue”. (Moisés 7:33) À medida que os seres humanos passam a maltratar cada vez mais seus semelhantes, o coração dos homens esfria e o espírito de Satanás assume o controle de suas ações.

Joseph Smith—Mateus 1:12. “A Abominação da Desolação”

O Élder Bruce R. McConkie explicou:

“Daniel falou profeticamente a respeito de um dia em que haveria ‘a abominação desoladora’ (Daniel 11:31; 12:11), e essa expressão foi reescrita na época do Novo Testamento como ‘a abominação da desolação de que falou o profeta Daniel’. (Mateus 24:15) (…) Baseando-nos unicamente no simples significado das palavras, podemos concluir que essa expressão (a abominação da desolação) se referia a algum grande ato ou estado de corrupção e decadência, de contaminação e imundície, que traria destruição, ruína, devastação e desolação.

Isso é verdade. Essas condições desoladoras, decorrentes da abominação e iniqüidade, ocorreriam duas vezes, em cumprimento das palavras de Daniel. A primeira foi quando as legiões romanas, sob ordens de Tito, em 70 d. C., sitiaram Jerusalém, destruindo e espalhando o povo, não deixando pedra sobre pedra no templo profanado e espalhando tamanho terror e devastação como raramente se viu na Terra.” (Mormon Doctrine, p. 12.)

A segunda vez em que a abominação da desolação ocorreria, conforme profetizado pelo Salvador em Joseph Smith—Mateus 1:32, refere-se a uma destruição nos últimos dias.

Joseph Smith—Mateus 1:13–17. Os Santos Foram Instruídos a Fugir para um Lugar Seguro

A respeito daqueles que atenderam ao aviso para que fugissem, o Élder James E. Talmage escreveu: “A advertência a todos para que fugissem de Jerusalém e da Judéia para as montanhas, quando os exércitos começassem a circundar a cidade, foi seguida de maneira tão completa pelos membros da Igreja, que, de acordo com os mais antigos escritores da Igreja, nenhum cristão pereceu no terrível cerco (ver Eusébio, História Eclesiástica, livro iii, cap. 5). (…) Todos os judeus que tinham fé nas advertências feitas por Cristo aos apóstolos, e por estes ao povo, fugiram para além do Jordão e congregaram-se principalmente em Pela”. (Jesus, o Cristo, p. 568.)

Joseph Smith—Mateus 1:18. A Tribulação dos Judeus

A iniqüidade dos judeus de Jerusalém persistiu e aumentou depois da Ressurreição do Salvador, resultando na destruição profetizada por Jesus. O Élder Ezra Taft Benson, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, referindo-se a uma história escrita por Will Durant, disse: “O cerco de Jerusalém ordenado por Tito [durou] 134 dias, nos quais 1.110.000 judeus morreram e 97.000 foram levados como prisioneiros; (…) os romanos destruíram 987 cidades na Palestina e mataram 580.000 homens, e um número ainda maior, segundo informações colhidas, morreram pela fome, doenças e fogo”. (Conference Report, abril de 1950, p. 74.)

“Milhares [de judeus] foram levados para o Egito para trabalhar nas pedreiras e minas como escravos por toda a vida. Meninos e mulheres foram vendidos a mercadores de escravos, e centenas de outros morreram de fome nos campos de prisioneiros. Um remanescente desse povo conquistado foi espalhado pelos confins da Terra.” (H. Donl Peterson, “The Fall of Jerusalem”, Ensign, maio de 1972, p. 42.)

Joseph Smith—Mateus 1:19. “Somente o Princípio das Dores”

O sofrimento dos judeus após a morte e Ressurreição de Cristo foi claramente profetizado por Néfi e Jacó no Livro de Mórmon. (Ver 1 Néfi 19:14; 2 Néfi 6:9–11; 10:3–6; 25:9–16.) Acontecimentos históricos, como as Cruzadas, a Inquisição e o Holocausto são outras ocasiões desde 70 d. C. em que os judeus foram perseguidos e destruídos.

Joseph Smith—Mateus 1:21. “Essas Coisas Vos Disse”

Ao dizer “após as aflições daqueles dias, que cairão sobre Jerusalém”, Jesus deu uma clara indicação de que tinha acabado de profetizar a respeito da “destruição do templo e dos judeus”, e que passaria a profetizar a respeito do “fim do mundo, ou seja, a destruição dos iníquos”. (Joseph Smith—Mateus 1:4)

JOSEPH SMITH—MATEUS 1:22–37

JESUS CRISTO PROFETIZA A RESPEITO DO FIM DO MUNDO

Joseph Smith—Mateus 1:22. “Nesses Dias”

Começando a partir do trecho final de Joseph Smith—Mateus 1:21, Jesus Cristo respondeu à pergunta que Seus discípulos fizeram no versículo 4, acerca dos sinais do fim do mundo e Sua Segunda Vinda.

Joseph Smith—Mateus 1:22. Falsos Cristos

O Élder Bruce R. McConkie explicou:

“Falsos Cristos! Falsos Redentores, falsos Salvadores! Haverá realmente homens que alegarão estarem cumprindo as profecias messiânicas e que se apresentarão para oferecer seu sangue pelos pecados do mundo? Será possível que alguns dirão: ‘Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; vinde a mim e sede salvos’? Ou que outros professem estar voltando em glória, tendo as feridas com que o verdadeiro Cristo foi ferido na casa de seus amigos?

De fato, existem pessoas loucas que supõem serem Deus, ou Cristo ou o Espírito Santo, ou quase qualquer coisa. No entanto, ninguém a não ser os mais fanáticos e loucos dentre os homens darão muita atenção a essas pessoas. A promessa de falsos Cristos que enganariam, se possível, até os próprios eleitos, desviando aqueles que fizeram o convênio eterno com o Senhor, é um mal muito mais sutil e insidioso.

Um falso Cristo não é uma pessoa. É um falso sistema de adoração, uma igreja falsa, uma seita falsa que afirme: ‘Eis aqui a salvação. Aqui está a doutrina de Cristo. Venham e acreditem nestas coisas e serão salvos’. É um conceito ou filosofia que afirma que a redenção, a salvação, a santificação, a justificação e todas as recompensas prometidas podem ser alcançadas de um modo diferente daquele estabelecido pelos apóstolos e profetas.” (The Millennial Messiah: The Second Coming of the Son of Man, 1982, pp. 47–48.)

Joseph Smith—Mateus 1:22. Falsos Profetas

O Profeta Joseph Smith admoestou: “Quando um homem sai profetizando e ordena aos seus semelhantes que obedeçam a seus ensinamentos, ou é verdadeiro ou é falso. Os falsos profetas sempre se levantarão para opor-se aos verdadeiros, profetizando coisas tão parecidas com a verdade, que quase enganarão os próprios escolhidos”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 357.)

Ele também ensinou: “O mundo sempre tomou os falsos profetas por verdadeiros, e os que eram enviados de Deus foram tidos como impostores. De maneira que mataram, apedrejaram, castigaram e encarceraram os verdadeiros profetas, e estes tiveram que esconder-se nos ‘desertos, nas covas e nas cavernas da terra’ (Hebreus 11:37–38) (…) e embora fossem os homens mais honrados da terra, expulsaram-nos da sociedade como vagabundos, enquanto estimaram, honraram e apoiaram velhacos, vagabundos, hipócritas, impostores e os homens mais vis”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 201.)

O Élder M. Russell Ballard, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, alertou-nos a respeito dos falsos profetas e mestres:

“Jesus advertiu várias vezes que antes de Sua Segunda Vinda ‘surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos’. (Mateus 24:11) Como Apóstolos do Senhor Jesus Cristo é nosso dever servir de atalaias na torre, alertando os membros da Igreja para terem cuidado com os falsos profetas e falsos mestres que aguardam o momento adequado para enganar, destruir a fé e o testemunho. Hoje, prevenimos a todos: Estão surgindo atualmente falsos profetas e falsos mestres, e se não formos cautelosos, mesmo aqueles que são membros fiéis da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias serão vítimas de suas ciladas. (…)

Quando pensamos em falsos profetas e falsos mestres, costumamos imaginar aqueles que advogam uma doutrina obviamente falsa ou presumem ter autoridade para ensinar o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo de acordo com sua própria interpretação. Freqüentemente partimos do princípio de que essas pessoas estão ligadas a pequenos grupos radicais à margem da sociedade. Contudo, reitero que há falsos profetas e falsos mestres que são membros ou, pelo menos, consideram-se membros da Igreja. Existem pessoas que, sem autoridade, reivindicam a aprovação da Igreja para seus produtos e procedimento. Tomem cuidado com elas. (…)

Portanto, sejamos cautelosos em relação aos falsos profetas e falsos mestres, tanto homens como mulheres, que se autodesignam mensageiros das doutrinas da Igreja e procuram espalhar seu falso evangelho e atrair seguidores, patrocinando simpósios, livros e jornais que contestam as doutrinas fundamentais da Igreja. Tomem cuidado com aqueles que falam e publicam coisas contra os verdadeiros profetas de Deus e que pregam suas próprias idéias com entusiasmo, não tendo a menor consideração pelo bem-estar daqueles que desencaminham. Como Neor e Corior no Livro de Mórmon, eles usam de sofismas para enganar e atrair pessoas para suas crenças. São os homens que ‘[se estabelecem] como uma luz para o mundo, a fim de obter lucros e louvor do mundo; não [procuram], porém, o bem-estar de Sião’. (2 Néfi 26:29)

O Presidente Joseph F. Smith advertiu-nos acerca dessas pessoas quando falou dos ‘orgulhosos e pretensiosos, que imaginam saber mais ou compreender melhor as coisas do que os outros; que interpretam as regras de acordo com suas próprias idéias; que se tornaram a lei para si mesmos e se colocam na posição de únicos juízes de suas próprias ações’.” (Gospel Doctrine, p. 381) (A Liahona, janeiro de 2000, pp. 74–75.)

Joseph Smith—Mateus 1:22. Grandes Sinais e Maravilhas

O Élder James E. Talmage alertou os santos dos últimos dias para que não se deixassem enganar pelos milagres realizados pelos falsos profetas. Depois de citar Joseph Smith—Mateus 1:22, o Élder Talmage disse: “Referindo-se ao que aconteceria durante o grande julgamento, estas palavras de Jesus Cristo indicam que os milagres, como prova de um ministério divinamente assinalado, não têm validade: ‘Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios; e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade’. Os judeus, a quem foram dados esses ensinamentos, sabiam que se podiam efetuar maravilhas por poderes malignos, porque acusaram a Cristo de fazer milagres pela autoridade de Belzebu, príncipe dos demônios”. (Regras de Fé, pp. 203–204.)

Joseph Smith—Mateus 1:22. “Se Possível, Enganarão Até os Eleitos”

Depois de citar Joseph Smith—Mateus 1:22, o Presidente Harold B. Lee definiu o eleito como sendo “os membros desta Igreja”. (Stand Ye in Holy Places, p. 384.) De modo semelhante, o Élder Marion G. Romney, quando era membro do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “Os ‘eleitos de acordo com o convênio’ são os membros da Igreja. Fomos, portanto, avisados para termos cuidado”. (Conference Report, abril de 1956, p. 70; ver também D&C 29:7–9.)

O Presidente Joseph F. Smith alertou: “Não nos esqueçamos de que o demônio tem grande poder na Terra, e que por todos os meios possíveis, procurará obscurecer a mente humana, para depois enchê-la de falsidade e engano com a aparência de verdade. Satanás é um hábil imitador, e à medida que a veracidade do evangelho é dada ao mundo, em profusão sempre crescente, ele propaga o engodo da falsa doutrina. Acautelem-se contra essa falsa corrente, porque ela não lhes trará nada, a não ser decepção, miséria e morte espiritual. Ele é chamado o pai da mentira, e tornou-se tão adepto delas, através dos séculos de prática no seu nefando trabalho, que, se fosse possível, enganaria os próprios eleitos”. (Doutrina do Evangelho, p. 344.)

Joseph Smith—Mateus 1:23, 29. “Por Causa dos Eleitos”

A respeito das profecias sobre os últimos dias, o Presidente Wilford Woodruff disse:

“Essas coisas sobrevirão às pessoas desta geração, embora não estejam esperando por isso e tampouco creiam nelas. Mas sua descrença não invalidará a verdade de Deus. Os sinais estão aparecendo nos céus e na Terra, e todas as coisas indicam o cumprimento das palavras dos Profetas. Porque Deus deixaria de revelar Seus segredos a Seus servos os Profetas, para que os santos pudessem ser conduzidos por um caminho seguro e escapar dos males que estão prestes a se abater sobre toda uma geração decadente?” (History of the Church, 6:27.)

Joseph Smith—Mateus 1:23. “Não Vos Inquieteis”

A palavra inquietar usada aqui deriva do grego throeo que significa “clamar” ou “amedrontar-se”. O Profeta Joseph Smith ensinou que o conhecimento do evangelho “dissipa as trevas, assim como a incerteza e a dúvida” e que “não existe castigo mais terrível que o da incerteza”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 280.)

O Élder M. Russell Ballard ensinou:

“Viver nestes tempos difíceis, irmãos, exige que todos nós mantenhamos uma perspectiva positiva, e cheia de esperança no futuro. (…)

Aumenta o número de pessoas que demonstram grande preocupação com o que parece ser a aceleração de uma calamidade mundial. Como membros da Igreja, não podemos esquecer a admoestação do Salvador: ‘Não vos assusteis, porque é mister que ’. (…)

Minha mensagem hoje, irmãos, é simplesmente esta: O Senhor está no comando. Ele sabe o fim desde o começo.” (A Liahona, janeiro de 1993, pp. 33–34.)

Joseph Smith—Mateus 1:25. Se Disserem que Ele Está no Deserto

O Élder Bruce R. McConkie escreveu: “Se esses falsos sistemas religiosos com seus falsos mestres convidarem vocês ao deserto para encontrar Cristo em uma vida de ascetismo [estrita abnegação], não os sigam, Ele não está lá; se eles os chamarem para as câmaras secretas da reclusão monástica [isolamento do mundo] para encontrarem-No, não acreditem, Ele não está lá”. (Doctrinal New Testament Commentary, 1:648.)

Joseph Smith—Mateus 1:26. “Como a Luz da Manhã”

O Élder Bruce R. McConkie ensinou: “Todas as pessoas a verão ao mesmo tempo! Ela se espalhará por toda a Terra como a luz da manhã! (…) Sem dúvida alguma é a esse respeito que Isaías declarou: ‘E a glória do Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente a verá, pois a boca do Senhor o disse’. (Isaías 40:5) Sem dúvida alguma é a esse respeito que nossas revelações declaram: ‘Preparem-se para a revelação que virá quando o véu que cobre meu templo, em meu tabernáculo, que oculta a Terra, for retirado; e toda carne juntamente me verá’. (D&C 101:23) Sem dúvida esse é o dia a respeito do qual Zacarias profetizou: ‘Então virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos contigo. E acontecerá naquele dia, que não haverá preciosa luz, nem espessa escuridão. Mas será um dia conhecido do Senhor; nem dia nem noite será; mas acontecerá que ao cair da tarde haverá luz. (…) E o Senhor será rei sobre toda a terra’”. (Zacarias 14:5–9) (The Millennial Messiah, pp. 419–420.)

Joseph Smith—Mateus 1:27. Uma Parábola sobre a Coligação de Israel

“Foi-nos dito que a maneira em que se realizará a coligação será tão milagrosa e misteriosa como o ajuntamento das águias sobre um cadáver no deserto—elas aparecem súbita e inexplicavelmente dos quatro cantos do céu e se reúnem em um único lugar, vindas de lugares muito distantes.” (Hugh Nibley‚ The Prophetic Book of Mormon, 1989, p. 472.)

O uso da palavra cadáver faz-nos pensar em um corpo morto e sem valor, mas pode também referir-se a uma estrutura, que melhor se adapta a seu uso em Joseph Smith—Mateus 1:27. Isso é corroborado pela linguagem utilizada na Tradução de Joseph Smith de Lucas 17:37: “Onde estiver o corpo reunido; ou, em outras palavras, onde quer que os santos estejam reunidos, aí se ajuntarão as águias, ou seja, aí se ajuntarão os remanescentes”. Atualmente, a estrutura ou corpo da Igreja está espalhada por todo o mundo, em estacas, alas e ramos, enquanto que as águias simbolizam os santos e a contínua entrada de conversos que aceitam o evangelho restaurado e se juntam à Igreja.

Joseph Smith—Mateus 1:28–29. Guerras e Fome

Ver também Doutrina e Convênios 45:26, 63 e 63:33–34. De acordo com essas revelações, o Profeta Joseph Smith declarou: “Profetizo que os sinais da vinda do Filho do Homem já começaram. Haverá uma peste desoladora após outra. Em breve teremos guerras e derramamento de sangue. A lua se tornará como sangue. Presto testemunho dessas coisas e de que a vinda do Filho do Homem está próxima, mesmo às portas”. (History of the Church, 3:390.)

O Presidente Harold B. Lee afirmou que os sinais estão hoje sobre nós:

“Estamos vendo os sinais de nosso tempo, como foi predito pelos profetas e pelo próprio Mestre. (…)

Irmãos e irmãs, este é o dia mencionado pelo Senhor. Vocês podem ver que os sinais estão diante de nós.” (Conference Report, outubro de 1973, pp. 168, 170; ou Ensign, janeiro de 1974, pp. 128–129.)

Em 1992, a respeito do aumento do número de terremotos, o Élder M. Russell Ballard disse: “Recentemente, li um artigo de jornal que citava estatísticas do U.S. Geological Survey indicando que estão aumentando a freqüência e intensidade dos terremotos. De acordo com o artigo, apenas dois terremotos de vulto, atingindo pelo menos seis graus na escala Richter, ocorreram na década de 1920. Na década de 1930, o número aumentou para cinco, diminuindo para quatro na década de 1940, mas na década de 1950, houve nove terremotos violentos, seguidos de quinze na década de 1960, quarenta e seis na década de 1970 e cinqüenta e dois na década de 1980. Já houve quase tantos terremotos na década de 1990 quantos na década de 1980”. (A Liahona, janeiro de 1993, p. 33.)

Joseph Smith—Mateus 1:30. “O Amor dos Homens Esfriará”

O Profeta Joseph Smith contou uma visão que teve do futuro: “Vi homens caçando os próprios filhos, irmãos assassinando irmãos, mulheres matando as próprias filhas, e filhas atentando contra a vida da própria mãe. Vi exércitos armados para enfrentar outros exércitos. Vi sangue, desolação, incêndios. O Filho do Homem disse que a mãe se voltaria contra a filha, e a filha contra a mãe. Essas coisas estão às portas. Elas seguirão os santos de Deus de cidade em cidade. Satanás se enfurecerá, e o espírito do diabo está enfurecido agora”. (History of the Church, 3:391.)

Ele disse mais tarde: “Profetizo, em nome do Senhor Deus de Israel, que está reservada a esta geração a angústia, a ira, e o afastamento do Espírito de Deus da face da Terra, até que, por fim, seja visitada por uma amargura completa. Esta geração é tão corrupta como a dos judeus que crucificaram Cristo; e se Ele estivesse aqui hoje, e pregasse a mesma doutrina, matá-Lo-iam”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 320.)

Joseph Smith—Mateus 1:31. “Este Evangelho do Reino Será Pregado em Todo o Mundo, (…) E Então Virá o Fim”

O Profeta Joseph Smith profetizou o seguinte a respeito do trabalho missionário: “Nossos missionários estão indo para diversos países e (…) o Estandarte da Verdade foi erguido; a mão do ímpio não conseguirá impedir que o trabalho progrida; pode haver perseguições, multidões iradas podem reunir-se, exércitos podem ser convocados, a calúnia pode difamar, mas a verdade de Deus prosseguirá adiante, destemida, nobre e independente, até que tenha penetrado todo continente, visitado todas as regiões, varrido todos os países, soado em todos os ouvidos, até que os propósitos de Deus sejam cumpridos e o Grande Jeová declare estar concluído o trabalho”. (History of the Church, 4:540)

O Presidente Ezra Taft Benson, quando era Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que quando o evangelho for levado a toda a Terra, saberemos que o fim está próximo: “Esse encargo de levar o evangelho a toda nação, tribo, língua e povo é um dos sinais pelo qual os crentes saberão da proximidade da volta do Senhor à Terra”. (Conference Report, abril de 1984, p. 63; ou Ensign, maio de 1984, p. 43.) O Élder James E. Talmage escreveu: “Quando houver sido completado esse testemunho entre as nações, ‘então virá o fim’; e as nações ‘verão o Filho do Homem vindo nas nuvens do céu, com poder e grande glória”. (Jesus, o Cristo, p. 754.)

Joseph Smith—Mateus 1:36. “Então Todas as Tribos da Terra Se Lamentarão”

O Élder Bruce R. McConkie ensinou: “Quando o Senhor voltar, haverá tamanha lamentação e clamor entre os iníquos e ímpios como nunca houve na Terra, porque o verão terá passado, a colheita terá sido concluída, e a alma deles não estará salva”. (Doctrinal New Testament Commentary, 3:439.)

Joseph Smith—Mateus 1:36. “Verão o Filho do Homem Vindo”

Esse é o grande evento que concluirá os últimos dias. Cristo virá para estabelecer um reino terreno por mil anos sobre a Terra. (Ver Regras de Fé 1:10.) “E tão grandiosa será a glória de sua presença, que o sol esconderá a face de vergonha”. (D&C 133:49) “A presença do Senhor será como o fogo de fundição que queima e como o fogo que faz ferver as águas” (v. 41); “o que for de elementos derreter-se-á com calor fervente” (D&C 101:25) e “as montanhas se [escoarão na] presença [de Cristo]” (D&C 133:44).

Nessa ocasião, os santos justos serão “vivificados” e se reunirão aos “que tiverem dormido em sua sepultura”, que também serão arrebatados para encontarem-se com Cristo “no meio do pilar do céu”. (Ver D&C 88:96–98.) Cristo descerá à Terra “como para o céu o vistes ir”. (Atos 1:11) Com a vinda de Cristo, terá início a era milenar de paz, harmonia e justiça. Satanás não terá “poder sobre o coração do povo, porque vivem em retidão e o Santo de Israel reina”. (1 Néfi 22:26)

Joseph Smith—Mateus 1:37. Entesourar a Palavra de Deus

O Presidente Joseph Fielding Smith disse: “Entesourar Sua palavra é muito mais do que lê-la apenas. Para entesourá-la, é preciso não apenas ler e estudá-la, mas procurar com humildade e obediência cumprir os mandamentos dados, e ganhar a inspiração que o Santo Espírito concederá”. (Doutrinas de Salvação, 1:327.)

JOSEPH SMITH—MATEUS 1:38–55

JESUS CRISTO ENSINA-NOS A PREPARAR-NOS PARA SUA SEGUNDA VINDA

Joseph Smith—Mateus 1:38. A Parábola da Figueira

Os figos são um alimento importante no Oriente Médio. Uma colheita ruim de figos é uma calamidade nacional, ao passo que a boa produtividade das figueiras é um sinal de paz e do favor divino. A figueira é uma das primeiras árvores a mostrar os brotos dos frutos, que aparecem antes das folhas. Portanto, quando uma figueira está com folhas espera-se que ela já tenha frutos. Quando as folhas aparecem é sinal de que o verão está próximo. A figueira difere da maioria das outras árvores por seu fruto ser verde e pouco visível, ficando geralmente escondido entre as folhas até perto da época do amadurecimento. (Ver Bible Dicionary, “fig tree”, p. 674.)

Joseph Smith—Mateus 1:40. “Ninguém Sabe”

A respeito da vinda do Salvador, o Profeta Joseph Smith disse: “Jesus Cristo jamais revelou a homem algum o tempo preciso em que viria. Ide e lede as Escrituras, e vereis que não há nada que especifique a hora exata em que o Senhor há de vir; e todos os que dizem o contrário são falsos mestres”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 332; ver também D&C 49:7.)

O Élder Bruce R. McConkie escreveu:

“O momento da Segunda Vinda de Cristo está tão determinado e certo quanto a hora de Seu nascimento. Ele não varia nem um segundo sequer do decreto divino. Ele virá no momento designado. O milênio não terá início prematuramente porque os homens se tornaram dignos, nem será retardado porque a iniqüidade venha a reinar. (…)

[Jesus Cristo] conhece o momento determinado, bem como o Pai.” (The Millenial Messiah, pp. 26–27.)

Ocasionalmente, surgem publicações que circulam entre os membros da Igreja especificando o momento da Segunda Vinda ou fazendo especulações a esse respeito. O Presidente Harold B. Lee alertou os membros da Igreja contra esse tipo de publicações. Depois de citar diversas passagens das escrituras que ensinam a respeito dos sinais da Segunda Vinda de Cristo, o Presidente Lee disse: “Essas [escrituras] são alguns dos escritos com os quais vocês devem se preocupar, em vez dos comentários que possam vir daqueles cujos dados talvez não sejam os mais confiáveis e cujos motivos podem ser questionáveis”. (Conference Report, outubro de 1972, p. 128; ou Ensign, janeiro de 1973, p. 106.)

Joseph Smith—Mateus 1:41–43. “Como Foi nos Dias de Noé”

A respeito dos últimos dias, o Élder Neal A. Maxwell, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, escreveu: “Como nos dias de Noé, as pessoas também se preocuparão com os cuidados e os prazeres do mundo. (Ver Mateus 24:37.) Ironicamente, a maioria deixará de considerar esses sinais como provenientes de Deus com respeito à gloriosa segunda vinda de Jesus”. (Sermons Not Spoken, 1985, p. 62.) Ele também disse: “Não é por acaso que as escrituras preservaram para nós certos pontos de vista preciosos a respeito da época em que Noé viveu. Foi uma época, conforme lemos, em que ‘encheu-se a terra de violência’ (Gênesis 6:11), e a corrupção predominava. Houve aparentemente um sentimento de auto-suficiência, uma condição contra a qual Jesus chamou a atenção das pessoas. (Mateus 24:36–41) Jesus disse que essa condição se repetiria nos últimos dias. As pessoas da época de Noé ficaram insensíveis aos perigos reais. O mesmo pode acontecer em nossa época. Noé e aqueles que permaneceram com ele tiveram que sair do mundo ou perecer com ele”! (Wherefore, Ye Must Press Forward, p. 13.)

Joseph Smith—Mateus 1:44–45. “Será Levado Um e Deixado o Outro”

Com referência às parábolas de Joseph Smith—Mateus 1:44–45, o Presidente Heber C. Kimball, que foi conselheiro na Primeira Presidência, disse: “Os servos de Deus são anjos em certo sentido, enviados para coligar a casa de Israel dos quatro cantos da Terra; e os Élderes desta Igreja cumpriram com seu trabalho, ao menos em parte, os dizeres do Salvador, quando foram encontrados dois trabalhando no campo, sendo que um recebeu o evangelho e foi coligado, e o outro, deixado; dois trabalhando em um moinho, um foi levado, e o outro, deixado; dois deitados na cama, um foi levado, e o outro, deixado. Mas sem dúvida, esses dizeres terão seu cumprimento final e completo por ocasião da segunda vinda do Salvador”. (Journal of Discourses, 10:103.)

Joseph Smith—Mateus 1:46–47. Como um Ladrão à Noite

O Élder Bruce R. McConkie ampliou nosso entendimento dessa passagem ao dizer: “Aqueles que entesouram Sua palavra não serão enganados quanto à ocasião desse dia glorioso, nem quanto aos eventos que o precederão e o acompanharão. (Joseph Smith—Mateus 1:37) Os justos saberão reconhecer os sinais dos tempos. Para os que estão nas trevas, Ele virá súbita e inesperadamente, ‘como um ladrão no meio da noite’, mas para os ‘filhos da luz’, que não são ‘da noite nem das trevas’, como disse Paulo, esse dia não os surpreenderá como se fosse ‘um ladrão’. Eles reconhecerão os sinais com tanta certeza quanto uma mulher em trabalho de parto prevê o momento aproximado do nascimento de seu filho”. (I Tessalonicenses 5:1–6) (Mormon Doctrine, p. 688.)

Joseph Smith—Mateus 1:48. “Por Isso, Estai Vós Preparados”

Com referência à necessidade de estarmos preparados para a Segunda Vinda, mas não temê-la, uma mensagem de Natal da Primeira Presidência, de 1927, declarou: “Cada ano que se passa nos leva para mais perto da data da vinda do Senhor em poder e glória. É verdade que ninguém sabe a hora e o dia em que esse grande evento acontecerá, mas todos os sinais prometidos indicam que ele não está muito longe. Enquanto isso, é dever dos santos vigiar, trabalhar e orar, ser valentes na causa da verdade e realizar muitas boas obras. Apesar da incerteza e descontentamento que existem em muitas partes do mundo, a despeito da suspeita e inveja que existem em meio às nações, da enorme escalada da falta de respeito à lei e do crime, e o aparente crescimento dos elementos de destruição (…) aqueles que continuarem em lugares santos poderão discernir em meio a tudo isso a mão do Todo-Poderoso na consumação de Seus propósitos e no cumprimento de Sua vontade. Aquilo que aos olhos naturais parece catastrófico e ameaçador não causa o menor temor aos que crêem que, a despeito de tudo que possa vir a acontecer, o Senhor Deus onipotente reina”. (Clark, Messagens of the First Presidency, 5:256.)

Joseph Smith—Mateus 1:49–54. A Parábola do Senhor e Seus Servos

Em Joseph Smith—Mateus 1:49, o Senhor fez uma pergunta incisiva: “Quem é, pois, o servo fiel e prudente (…)?” Essa é uma pergunta semelhante à que foi feita em Salmos 24:3: “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?” e em Malaquias 3:2, “Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros”. Essas são perguntas que devemos fazer a nós mesmos.

Os servos fiéis e prudentes sempre serão encontrados fazendo o que lhes foi ordenado, tal como “dar o sustento a seu tempo” (dar alimento no tempo adequado) para as casas sobre as quais foi-lhes confiado o governo. Esses servos receberão a responsabilidade de cuidar de todas as propriedades de seu senhor. O servo mau irá dizer em seu coração que fará mais tarde o que lhe foi ordenado. E em vez de alimentar os de sua casa como deveria, começará a espancar os seus conservos e a comer e beber com os ébrios. E o Senhor virá ao servo mau no momento em que ele menos estiver esperando e em que estiver menos preparado. O servo mau não se tornará um governante, mas será separado e sua parte será designada junto aos hipócritas.

Joseph Smith—Mateus 1:55. “O Fim da Terra”

O fim do mundo é o fim da iniqüidade. Mas o fim da Terra acontecerá quando ela for transformada em um reino celestial. O Presidente Brigham Young disse: “Quando o Salvador tiver concluído a Sua obra, quando os santos fiéis tiverem pregado o evangelho ao último dos espíritos que venha viver aqui e que tenha sido designado a vir à Terra; quando os mil anos de descanso chegarem, e milhares e milhares de templos forem construídos, e os servos e servas do Senhor entrarem neles e oficiarem por si mesmos e por seus queridos amigos, desde a época de Adão; quando o último dos espíritos em prisão que irá aceitar o evangelho já o tiver recebido; quando o Salvador vier e receber Sua noiva que estará preparada, e todos os que puderem tiverem sido salvos nos vários reinos de Deus—o celeste, o terrestre e o teleste—de acordo com suas várias oportunidades e capacidades; quando o pecado e a iniqüidade tiverem sido banidos da Terra, e os espíritos que habitam nesse ambiente tiverem sido expulsos para o lugar que lhes foi preparado; e quando a Terra tiver sido santificada dos efeitos da queda, e tiver sido batizada, limpa e purificada pelo fogo, e voltar a seu estado paradisíaco e se tornar como um mar de vidro, um urim e tumim; quando tudo isso tiver sido feito, e o Salvador apresentar a Terra a Seu Pai, e ela tiver sido colocada no conjunto de reinos celestiais, e o Filho e todos os Seus irmãos e irmãs fiéis tiverem sido recebidos com a proclamação: ‘Entra no gozo do teu Senhor’, e o Salvador tiver sido coroado; só e somente então, os santos receberão sua herança eterna”. (Journal of Discourses, 17:117)