Vinte e cinco anos de espera para uma terna misericórdia

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pai e filha nas Cataratas do Niágara

Fotografia: Cortesia do autor

Enquanto eu estava ensinando no seminário matutino em Eureka, Califórnia, EUA, pedi a meus alunos que pensassem em si mesmos dali a dez anos. Depois, pedi-lhes que escrevessem uma carta com seu testemunho do evangelho e o que mais quisessem compartilhar com a versão mais velha de si mesmos. Disse a eles que enviaria as cartas pelo correio dali a dez anos.

O tempo passou, mas nunca consegui enviar as cartas pelo correio. Um dia, 25 anos depois, minha filha Heidi encontrou as cartas e perguntou o que eram. Depois de eu explicar o que eu havia planejado fazer, ela procurou o endereço de meus antigos alunos por meio das mídias sociais.

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envelopes passando de uma mão para outra

Ilustração: Alex Nabaum

Depois que ela enviou as cartas, recebemos algumas ótimas respostas. Um de meus ex-alunos do seminário escreveu:

“Preciso que seu pai saiba que ele acabou de encontrar aquelas cartas por um motivo. Minha filha de 18 anos tem enfrentado dificuldades com seu testemunho e pensa que ser uma ‘menina perfeita da Igreja’ não é para ela. Ela não compartilha seus sentimentos conosco. Não tem sido fácil”.

Meu ex-aluno, devastado por algumas coisas que sua filha havia escrito recentemente em um blog, acrescentou:

“Eu sabia que precisava conversar com ela sobre isso. Como de costume, quando temos essas conversas, ela fecha a cara, fica emburrada e não diz nada. Entreguei a ela minha carta e pedi que a lesse.

Vi que ela releu o primeiro parágrafo várias vezes. Eu tinha escrito que não sabia se tinha um testemunho, que ser um santo dos últimos dias perfeito era muito difícil e talvez não fosse para mim.

Minha filha começou a chorar. Eu precisava que ela soubesse que eu realmente entendia suas dificuldades. Ela nunca teria acreditado em mim se não fosse aquela carta! Ela ficou menos defensiva, e sinto que o momento em que recebi essa carta foi uma terna misericórdia. Se eu a tivesse recebido há dez anos, poderia tê-la jogado fora ou perdido! Agradeça a seu pai por pedir que escrevêssemos as cartas e por tê-las perdido por todos esses anos! Nada foi por acaso”.

Nosso amoroso Pai Celestial cuida de todas as Suas ovelhas e, em Seu maravilhoso tempo, Ele pode demonstrar ternas misericórdias e milagres por meio de cada um de nós a fim de trazer de volta ao rebanho aqueles que se desviaram.