O Padrão Divino de Amar e Servir o Próximo

Nos primeiros dias da restauração da Igreja de Jesus Cristo, o Senhor deu um padrão ao Profeta Joseph Smith sobre como os élderes que Ele havia escolhido deveriam servir. Ele disse:

“E também eu vos darei um modelo em todas as coisas, para que não sejais enganados; porque Satanás está solto na terra, enganando as nações —

Aquele que fala, cujo espírito é contrito, cuja linguagem é mansa e edifica, esse é de Deus, se obedecer às minhas ordenanças.

E também aquele que estremece sob o meu poder será fortalecido e produzirá frutos de louvor e sabedoria, de acordo com as revelações e verdades que vos dei.

E também aquele que é vencido e não produz frutos, de acordo com este modelo, não é meu.

Portanto, por este modelo discernireis os espíritos em todos os casos debaixo dos céus.

E chegados são os dias; de acordo com a fé dos homens, ser-lhes-á feito” (Doutrina e Convênios 52:14–20).

Colocar nossa confiança e fé no Senhor, ter sempre humildade de coração diante Dele e guardar os convênios que fizemos com Ele são essenciais para obtermos as bênçãos que buscamos em tudo o que fazemos em Seu nome.

Em um tempo anterior, o Senhor ensinou que esse padrão de serviço é fundamentado no amor e que é o padrão que o Pai lhe ensinou e pelo qual o relacionamento deles é governado. Então, como em nosso tempo, o Senhor convidou Seus discípulos a servir de acordo com esse padrão divino:

“Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em…

Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será…

Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor…

O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.

Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.

Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João 15:4, 7, 10, 12–14).

Vamos rever alguns exemplos de como o padrão divino de amar e servir funciona entre o Pai e o Filho.

O Pai testificou que, no conselho pré-mortal, o Filho procurava fazer a vontade do Pai e honrá-lo apoiando o Plano de Salvação e oferecendo-se para pagar o preço pessoal necessário para cumpri-lo:

Mas eis que meu Filho Amado, que foi meu Amado e meu Escolhido desde o princípio, disse-me: Pai, faça-se a tua vontade e seja tua a glória para sempre. (Moisés 4:2; ver também Abraão 3:23-28)

No início da restauração do evangelho, o Pai e o Filho apareceram ao Profeta Joseph Smith. O Pai testificou do Seu amor pelo Filho e Prestou testemunho Dele:

“Quando a luz pousou sobre mim, vi dois Personagens cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição, pairando no ar, acima de mim. Um deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse, apontando para o outro: Este é Meu Filho Amado. Ouve-O!” (Joseph Smith—História 1:17).

O Filho ressuscitado testificou aos nefitas que Ele estava no mundo para não seguir seus propósitos, mas para cumprir a vontade do Pai.

“Eis que vos dei o meu evangelho e este é o evangelho que vos dei — que vim ao mundo para fazer a vontade de meu Pai, porque meu Pai me enviou” (3 Néfi 27:13).

Ao servir seu ministério mortal, o Pai enviou anjos para ministrar e fortalecer o Filho durante os momentos de provação e grande tensão física e espiritual, bem como durante os momentos de alegria. Eis aqui quatro exemplos: 

Quando Ele começou seu ministério após jejuar por quarenta dias, e depois de ser tentado e repreendendo o diabo (ver Mateus 4:10–11);

No monte da transfiguração, quando Moisés e Elias apareceram a Ele como seres transladados, e a voz do Pai testificou a Pedro, Tiago e João do Seu amor pelo Filho (ver Mateus 17:3–5);

Como Ele orou e sofreu no Jardim do Getsêmani (ver Lucas 22:41–44);

Ele também apareceu aos nefitas após Sua Ressurreição (ver 3 Néfi 17:15–25).

O Senhor testifica do padrão divino de amar e servir uns aos outros.

“Eu sou o bom pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas” (João 10:14–15).

O padrão divino de amar o Senhor e servir uns aos outros foi colocado diante de nós — e Ele nos convida pela voz de Seu profeta vivo na Terra, o Presidente Russell M. Nelson:

A ministração é uma maneira mais elevada e mais sagrada de cuidar dos filhos de Deus… Irmãos e irmãs ministradores que amam o Salvador, cumprindo [os] dois grandes mandamentos, conhecerão Seu infinito amor por eles e por aqueles a quem eles ministram … Eles … se tornarão mais como Ele. Eles ensinarão Sua doutrina, darão testemunho de sua verdade e cuidarão das pessoas designadas a eles com o puro amor de Cristo. (Reunião de Liderança da Conferência Geral, outubro de 2018).

Como discípulos de Cristo, cada um de nós pode responder ao convite de amar e servir uns aos outros de um modo mais elevado e santo: em nosso ministério pessoal como Seus discípulos; em nossos chamados eternos como pais, maridos, esposas ou filhos; e em nosso sacerdócio recebemos chamados para servir os outros na Igreja. A aplicação do padrão divino de servir abençoará os que servimos e garantirá a cada um de nós as bênçãos que buscamos nos convênios que fizemos com o Senhor.