Paulo continuou a defender perante os santos de Corinto sua conduta como um ministro de Deus. Ele exortou os santos a se afastarem de toda a injustiça. Ele afirmou sua devoção aos santos e regozijou-se de que haviam experimentado a tristeza segundo Deus e se arrependido de seus pecados.
Paulo descreve as características dos ministros de Deus
Peça aos alunos que reflitam sobre as seguintes situações:
Enquanto você e alguns outros de sua ala ou seu ramo estão fazendo um projeto de serviço, algumas pessoas passam e fazem observações rudes sobre a Igreja. O que pode acontecer se você ou outras pessoas de seu grupo responderem com indelicadeza?
Peça aos alunos que pensem em ocasiões em que sentiram a oposição ou tenham sido ridicularizados enquanto estavam servindo ao Senhor. Peça aos alunos que, enquanto estudam 2 Coríntios 6:1–13, identifiquem uma verdade que pode guiá-los durante esses momentos.
Resuma 2 Coríntios 6:1–2 e explique aos alunos que Paulo referia-se a si mesmo e a seus companheiros como estando “cooperando também com Cristo” [Tradução de Joseph Smith, 2 Coríntios 6:1 (em 2 Coríntios 6:1, nota de rodapé a)]. Paulo citou as palavras do Profeta Isaías (ver Isaías 49:8) para salientar que havia chegado o momento para os santos de refletir sobre a salvação deles.
Peça a um aluno que leia 2 Coríntios 6:3–7 em voz alta. Peça à metade da classe que identifique as palavras ou frases que descrevam a oposição que Paulo e seus companheiros de ministério enfrentaram. Peça à outra metade que identifique as palavras ou frases que descrevam como Paulo e seus companheiros de ministério reagiram à oposição.
Que tipo de oposição Paulo e seus companheiros de ministério enfrentaram?
Que palavras ou frases descrevem como eles reagiram à oposição?
Releia o versículo 3 e explique-lhes que a palavra ministério se refere ao trabalho da Igreja.
Como as ações dos membros da Igreja hoje podem afetar a opinião das pessoas sobre a Igreja?
Como vocês resumiriam os ensinamentos de Paulo nos versículos 3–7 como um princípio? (Os alunos devem identificar um princípio semelhante ao seguinte: Quando respondemos à oposição com amor, bondade e retidão, podemos ajudar outras pessoas a verem a Igreja de modo positivo.)
Relembre os alunos da situação apresentada no início da aula. Peça-lhes que expliquem como uma pessoa poderia reagir a essa situação de modo justo e quais poderiam ser os resultados ao fazê-lo.
Peça aos alunos que leiam 2 Coríntios 6:14–18 em duplas. Peça a um aluno de cada dupla que identifique o conselho de Paulo aos santos. Peça ao outro aluno que identifique as promessas do Senhor que seriam cumpridas se os santos seguissem o conselho de Paulo. Peça-lhes que usem o que encontraram para completar a tabela juntos. Talvez você precise explicar que a palavra concórdia significa harmonia, Belial se refere à iniquidade (ver Bible Dictionary na Bíblia SUD em inglês, “Belial”) e infiel refere-se a um descrente ou alguém que acredita em outros deuses que não sejam o Pai Celestial. Além disso, Paulo havia comparado anteriormente os santos de Corinto com o templo de Deus; assim, a palavra templo refere-se a eles como pessoas.
Reserve tempo suficiente para que as duplas falem uns aos outros o que encontraram e completem a tabela.
Explique-lhes que Paulo estava especificamente advertindo os santos a se afastarem de qualquer “coisa imunda” (versículo 17) — inclusive da idolatria e daqueles que a praticavam — a fim de protegerem-se do pecado. A idolatria é amar ou adorar qualquer criação feita pelo homem mais do que a Deus.
Peça aos alunos que escrevam Se acima do título “Conselho aos Santos” e Então acima do título “Promessas do Senhor” em sua tabela.
Que princípios podemos aprender em 2 Coríntios 6:14–18? (Os alunos podem identificar vários princípios, mas não se esqueça de salientar que, ao nos afastarmos das coisas impuras e práticas falsas, o Senhor vai nos receber.)
Quais seriam alguns exemplos de práticas falsas ou coisas impuras em nossos dias?
Como podemos nos afastar dessas coisas e daqueles que as promovem?
Explique-lhes que esse princípio não significa que devemos tratar rudemente aqueles que têm crenças diferentes ou nos recusarmos a nos relacionar com eles, mas que devemos respeitosamente reafirmar nossas crenças e evitar participar de qualquer atividade que nos levaria a pecar.
Em sua opinião, o que o Senhor quis dizer quando falou “eu vos receberei” (2 Coríntios 6:17)?
Peça aos alunos que ponderem sobre uma ocasião em que sentiram que o Senhor estava com eles quando ficaram longe de práticas falsas que poderiam tê-los afastado do Senhor. Peça que alguns contem como foi essa experiência.
Peça aos alunos que reflitam sobre o que precisam fazer a fim de afastarem-se das coisas impuras e práticas falsas para que possam receber as bênçãos do Senhor.
Paulo regozija-se no arrependimento verdadeiro dos santos
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte situação:
Em uma entrevista para obter uma recomendação para o templo para casar-se, uma moça confessa alguns pecados do passado a seu bispo. Depois de conversarem um pouco mais, o bispo percebe que a moça não se arrependeu verdadeiramente de seus pecados e que estes são graves o suficiente para torná-la indigna de uma recomendação para o templo. O bispo explica que a jovem terá que esperar para receber uma recomendação até que ela se arrependa totalmente. Ela fica assustada, alegando que se arrependeu, porque não tem repetido nenhum desses pecados há muito tempo. O bispo explica-lhe que apenas parar de cometer o pecado não é um arrependimento completo e pede que ela sinceramente inicie o processo do verdadeiro arrependimento.
O que vocês acham que a jovem estava sentindo naquele momento da entrevista?
Peça ao aluno que continue lendo a situação em voz alta:
A moça explica a seu bispo que ela está muito triste porque os convites para o casamento e a recepção já foram entregues. Ela diz que não poderia enfrentar todas as perguntas e o constrangimento de um atraso em seus planos de casamento. Ela pergunta se há um meio para ela ser selada no templo, conforme planejado, e mais tarde trabalhar no processo de arrependimento.
Com base na resposta da moça ao bispo, com o que ela parece estar mais preocupada?
Peça aos alunos que, enquanto estudam 2 Coríntios 7, identifiquem uma verdade que a moça da situação precisa entender antes que possa verdadeiramente se arrepender de seus pecados.
Resuma 2 Coríntios 7:1–7 e explique aos alunos que Paulo continuou sua defesa contra aqueles que procuraram desacreditá-lo e assegurou aos santos de Corinto de que ele não havia prejudicado ninguém.
Peça a um aluno que leia 2 Coríntios 7:8–9 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como uma das cartas anteriores de Paulo havia afetado os santos de Corinto.
Como a carta afetou os santos?
Por que Paulo se regozijou com a tristeza deles?
Peça aos alunos que leiam 2 Coríntios 7:10–11 em silêncio. Você pode sugerir que os alunos marquem os dois tipos de tristeza que Paulo menciona e a que leva cada uma delas.
Quais são os dois tipos de tristeza que Paulo mencionou?
Escreva os títulos Tristeza Segundo Deus e Tristeza do Mundo no quadro. Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente Ezra Taft Benson, que explicou o significado do termo “tristeza do mundo”:
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Presidente Ezra Taft Benson
“Não é incomum encontrarmos homens e mulheres no mundo que sentem remorso pelas coisas erradas que fizeram. Às vezes é porque seus atos trouxeram mágoa e tristeza a si mesmos e a seres amados. Outras, sua tristeza desperta por terem sido apanhados e punidos por seus atos. Tais sentimentos mundanos não constituem ‘tristeza segundo Deus’” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Ezra Taft Benson, 2014, p. 89).
Como vocês resumiriam o que é a tristeza do mundo?
De acordo com o versículo 10, ao que a tristeza do mundo pode levar? (Explique-lhes que a palavra morte, no versículo 10, se refere à morte espiritual, ou seja, separação de Deus. Embaixo do título “Tristeza do Mundo” no quadro, escreva a seguinte verdade: A tristeza do mundo pode levar-nos à morte espiritual, ou à separação de Deus.)
De que maneira a tristeza do mundo pode levar uma pessoa à morte espiritual? (Pode impedir uma pessoa de arrepender-se verdadeiramente e receber o perdão do Pai Celestial.)
Com base no versículo 10, a que a tristeza segundo Deus leva? (Embaixo do título “Tristeza Segundo Deus” no quadro, escreva a seguinte verdade: A tristeza segundo Deus leva ao arrependimento de nossos pecados e ao recebimento da salvação.)
Para ajudar os alunos a entenderem melhor por que a tristeza segundo Deus nos leva ao arrependimento, peça a um aluno que leia em voz alta a declaração a seguir do Presidente Ezra Taft Benson:
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Presidente Ezra Taft Benson
“A tristeza segundo Deus é um dom do Espírito. É o profundo reconhecimento de que nossas ações ofenderam nosso Pai e nosso Deus. É a consciência clara e inequívoca de que nosso comportamento levou o Salvador, Aquele que não conheceu pecado e é o maior de todos, à agonia e ao sofrimento. Nossos pecados levaram-No a sangrar por todos os poros. Essa angústia mental e espiritual tão intensa é a que as escrituras se referem como ‘um coração quebrantado e um espírito contrito’. (…) Esse espírito é o pré-requisito absoluto para o verdadeiro arrependimento” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Ezra Taft Benson,p. 90).
Por que você acha que a tristeza segundo Deus nos leva a arrepender-nos sinceramente de nossos pecados?
Peça aos alunos que reflitam sobre a situação a respeito da moça que desejava uma recomendação para o templo.
Durante a entrevista da moça com o bispo, o que indica que ela não tinha experimentado a tristeza segundo Deus?
O que podemos fazer para substituir a tristeza do mundo pela tristeza segundo Deus?
Se necessário, ajude os alunos a entenderem que os sentimentos de tristeza segundo Deus, que podemos sentir quando nos arrependemos, podem variar dependendo da seriedade do pecado.
Testifique que, à medida que sentirmos a tristeza segundo Deus em vez da tristeza do mundo por nossos pecados, seremos capazes de verdadeiramente arrepender-nos, sermos purificados de nossos pecados e, por fim, receber a salvação. Peça aos alunos que busquem a tristeza segundo Deus em seus esforços para se arrependerem.
Resuma 2 Coríntios 7:12–16 e explique aos alunos que Paulo expressou sua preocupação pelos santos e sua confiança neles.
Examine brevemente as verdades que os alunos identificaram em seu estudo de 2 Coríntios 6–7 e incentive-os a seguir toda inspiração que eles devem ter sentido para aplicar essas verdades.
O Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou a necessidade de separar-nos da iniquidade e as bênçãos que recebemos ao fazê-lo:
“A palavra santo, em grego, significa ‘designado, separado [e] sagrado’ (em Daniel H. Ludlow, ed., Encyclopedia of Mormonism [Enciclopédia do Mormonismo], 5 vols., 1992, vol. III, p. 1249). Se quisermos ser santos em nossos dias, precisamos nos afastar da má conduta e dos objetivos destrutivos que reinam no mundo.
Somos bombardeados com imagens de violência e imoralidade. A música imprópria e a pornografia são cada vez mais toleradas. O uso das drogas e das bebidas alcoólicas está aumentando rapidamente. Há menos ênfase na honestidade e no caráter. Exigem-se os direitos individuais, mas os deveres, as responsabilidades e obrigações são negligenciados. A linguagem tornou-se mais rude e há maior exposição às coisas vulgares e degradantes. O adversário tem sido incansável em seu trabalho de derrubar o plano de felicidade. Se nos separarmos da conduta mundana, teremos o Espírito em nossa vida e sentiremos a alegria de sermos dignos santos dos últimos dias” (“Você é Santo?”, A Liahona, novembro de 2003, pp. 95–96).
O Presidente Dieter F. Uchtdorf, da Primeira Presidência, explicou a diferença entre a tristeza do mundo e a tristeza segundo Deus:
“Há uma diferença importante entre a tristeza pelo pecado que conduz ao arrependimento e o sofrimento que conduz ao desespero.
O Apóstolo Paulo ensinou que ‘a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, (…) mas a tristeza do mundo opera a morte’ (2 Coríntios 7:10; grifo do autor). A tristeza segundo Deus inspira mudança e esperança por meio da Expiação de Jesus Cristo. A tristeza do mundo nos abate, extingue a esperança e nos persuade a ceder a mais tentações.
A tristeza segundo Deus leva à conversão (ver Atos 3:19) e à mudança de coração (ver Ezequiel 36:26; 2 Coríntios 5:17; Mosias 3:19). Faz com que odiemos o pecado e amemos a virtude (ver Mosias 5:2). Incentiva-nos a levantar e a andar na luz do amor de Cristo. O verdadeiro arrependimento tem a ver com transformação, não com tortura ou tormento. Sim, o remorso sincero e o remorso verdadeiro pela desobediência são passos muitas vezes dolorosos, mas muito importantes no sagrado processo do arrependimento. Mas, quando a culpa nos leva ao autodesprezo ou nos impede de nos levantar novamente, ela é mais um obstáculo do que um incentivo ao nosso arrependimento” (“Você Pode Fazer Isso Agora!”, A Liahona, novembro de 2013, p. 56).
O Élder Neal A. Maxwell, do Quórum dos Doze Apóstolos, salientou:
“O orgulho prefere o arrependimento barato, pago com tristeza superficial. Não é de se admirar que quem deseja um arrependimento banal também deseja um perdão superficial, em vez de uma reconciliação verdadeira. Assim, o arrependimento real vai muito além de um simples ‘Sinto muito’” (“Arrependimento”, A Liahona, janeiro de 1992, pp. 34–35).