Seminário
Lição 34: Gênesis 35–37


Lição 34

Gênesis 35–37

Introdução

Deus ordenou a Jacó e sua família que viajassem para Betel, e o Senhor apareceu a ele ali. Depois disso, a esposa de Jacó, Raquel, e seu pai, Isaque, morreram. Jacó tinha preferência por seu filho José, que era odiado e invejado pelos irmãos. Os irmãos de José o venderam como escravo, e ele foi levado para o Egito.

Sugestões Didáticas

Gênesis 35:1–15

Jacó viaja para Betel, e o Senhor renova Seu convênio com Jacó

Peça a quatro alunos que se dirijam à frente da classe. Entregue a cada um deles uma tira de papel com um dos seguintes acontecimentos anotados nela: um concerto musical, uma competição esportiva, uma prova da escola, uma reunião sacramental. Peça a cada aluno que explique o que faria para se preparar para participar desse evento.

  • De que maneira a preparação para cada um desses acontecimentos poderia afetar a experiência?

Ao estudarem Gênesis 35, incentive os alunos a procurar o que Jacó fez para se preparar para uma experiência espiritual e qual foi o resultado disso.

Peça a um aluno que leia Gênesis 35:1 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e observe para onde Deus ordenou que Jacó fosse para adorá-Lo.

Explique-lhes que o significado do nome hebraico Betel é “casa de Deus”. Escreva a seguinte declaração do Presidente Marion G. Romney, da Primeira Presidência, no quadro (extraída de “Temples—the Gates to Heaven” [Templos — Os Portões do Céu], Ensign, março de 1971, p. 16) e sugira aos alunos que a anotem nas escrituras ao lado do versículo 1: “Os templos são para nós o que Betel foi para Jacó”.

Peça a um aluno que leia Gênesis 35:2–4 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Jacó pediu que seu povo fizesse a fim de preparar-se para adorar o Senhor em Betel.

  • De acordo com o versículo 2, o que Jacó pediu a seu povo que fizesse?

  • O que vocês acham que significa “tirar os deuses estranhos”? (Você pode ter de explicar-lhes que o termo “deuses estranhos” se refere a ídolos ou outros objetos associados aos deuses falsos de outras nações.) Por que vocês acham que era importante que o povo de Jacó se “[purificasse]” e “[mudasse as] vestes”?

  • Como vocês acham que fazer cada uma dessas coisas poderia tê-los ajudado a se prepararem para adorar o Senhor em Betel?

  • Como a família de Jacó reagiu a seu conselho?

Resuma Gênesis 35:5–8 e explique que a família de Jacó viajou para Betel e que ele construiu um altar ali.

Peça a um aluno que leia Gênesis 35:9 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que aconteceu em Betel. Peça a um aluno que explique o que aconteceu.

Escreva a seguinte declaração no quadro: Ao preparar-nos para adorar o Senhor, …

Pergunte aos alunos como eles completariam esse princípio com base no que aconteceu com Jacó. Um modo pelo qual os alunos poderiam completar esse princípio é: Ao preparar-nos para adorar o Senhor, propiciamos o recebimento de revelação Dele.

Lembre os alunos de que a família de Jacó se livrou dos deuses estranhos, purificou-se e trocou as vestes com as quais estavam viajando em preparação para adorar o Senhor.

  • Quais são maneiras semelhantes pelas quais podemos nos preparar para adorar o Senhor em nossos dias?

  • O que vocês vivenciaram quando fizeram um esforço especial em preparar-se para adorar o Senhor?

Peça aos alunos que ponderem o que podem fazer para preparar-se melhor para adorar o Senhor e propiciar o recebimento de revelação Dele. Peça-lhes que anotem no caderno ou diário de estudo das escrituras todas as impressões que tiveram em relação ao que devem fazer.

Peça a um aluno que leia Gênesis 35:10–12 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique as promessas que o Senhor reafirmou a Jacó quando ele adorava em Betel.

  • Que promessas o Senhor reafirmou a Jacó?

  • A quem mais foram prometidas essas bênçãos?

  • Qual foi o novo nome que o Senhor deu a Jacó?

Resuma Gênesis 35:13–15 e explique que, depois que Deus o deixou, Jacó ergueu uma coluna no lugar em que conversou com Deus em memória daquele acontecimento.

Gênesis 35:16–29

Raquel morre ao dar à luz Benjamim, Rúben peca com Bila e Isaque falece

Peça aos alunos que reflitam sobre as ocasiões em que enfrentaram provações ou tristeza quando sentiam que estavam se esforçando para fazer o certo.

  • O que vocês diriam para alguém que pensa “eu não devo ser suficientemente justo, porque, se fosse, seria poupado de sofrimentos e dificuldades”?

Divida os alunos em grupos de três. Peça a um aluno de cada grupo que leia Gênesis 35:16–19, a outro aluno que leia Gênesis 35:21–22 e ao terceiro aluno que leia Gênesis 35:27–29. Peça-lhes que procurem o que Jacó vivenciou depois da experiência sagrada com o Senhor em Betel. Depois que os alunos tiverem tido tempo suficiente para ler os versículos designados, peça-lhes que relatem o que encontraram em seus grupos.

  • O que podemos aprender sabendo que Jacó teve provações mesmo quando vivia fielmente? (Os alunos podem sugerir vários princípios, mas certifique-se de que entendam que mesmo os que são fiéis ao Senhor passam por provações e tristezas.)

Peça a um aluno que leia a seguinte declaração do Élder Joseph B. Wirthlin, do Quórum dos Doze Apóstolos. Peça à classe que ouça outras reflexões sobre o motivo pelo qual as pessoas fiéis passam por provações e tristezas:

Imagem
Élder Joseph B. Wirthlin

“Adoro as escrituras, porque elas mostram exemplos de grandes e nobres homens e mulheres, tais como Abraão, Sara, Enoque, Moisés, Joseph, Emma e Brigham. Cada um deles vivenciou a adversidade e a tristeza que os provou, fortaleceu e refinou seu caráter” (“Aconteça o Que Acontecer, Desfrute”, A Liahona, novembro de 2008, p. 26).

  • Quais são alguns motivos pelos quais as pessoas fiéis passam por provações e tristezas?

  • Que exemplos vocês viram em que a adversidade fortaleceu e refinou pessoas fiéis e justas?

Preste seu testemunho de que, embora o fato de vivermos em retidão não signifique que teremos apenas coisas agradáveis na vida, significa que podemos sentir a paz de Deus ao sermos refinados por nossas provações.

Gênesis 36

Enumeram-se as gerações de Esaú

Resuma Gênesis 36:1–43 e explique que os descendentes de Esaú, que era filho de Isaque e irmão de Jacó, são enumerados nesse capítulo.

Gênesis 37

José é o filho favorito de seu pai, tem sonhos proféticos e é vendido pelos irmãos

Peça aos alunos que pensem em como se sentiriam se um irmão ou amigo próximo recebesse um prêmio importante, fosse escolhido para uma equipe esportiva, banda, orquestra ou um coro, ou tirasse a maior nota da classe em um exame.

  • De quais maneiras uma pessoa poderia se sentir em relação à prosperidade de outra nessas situações?

  • Qual é o perigo de termos inveja de pessoas que estejam tendo êxito na vida?

Peça aos alunos que, ao estudarem Gênesis 37, ponderem o perigo que há em sentir ódio ou inveja de outras pessoas.

Peça a um aluno que leia Gênesis 37:1–4 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Jacó tratava seu filho José e como os irmãos de José reagiram. (Você pode ter de explicar-lhes que a expressão “não podiam falar com ele pacificamente” significa que eles não conseguiam ser amigáveis com ele nem desejar-lhe qualquer felicidade.) Peça-lhes que relatem o que encontrarem.

Peça a dois alunos que se dirijam ao quadro. Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Gênesis 37:5–11. À medida que os alunos lerem, peça a um aluno que está perto do quadro que faça um desenho que retrate o primeiro sonho de José (versículos 7–8). Peça ao segundo aluno que faça um desenho retratando o segundo sonho de José (versículos 9–10). (Para ajudar os alunos a entender esses versículos, você pode ter de explicar o seguinte: Molhos são feixes de trigo. Inclinavam significa baixar a cabeça diante de um superior para mostrar profundo respeito. Repreendeu significa corrigir ou censurar. Guardava nesse contexto significa ponderar ou refletir.)

  • De acordo com os versículos 8 e 11, como os irmãos de José reagiram a seu sonho?

  • O que significa ter inveja de alguém?

Peça a um aluno que leia Gênesis 37:12–14 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Jacó pediu que José fizesse. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.

Peça a alguns alunos que se revezem na leitura, em voz alta, de Gênesis 37:18–22. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que os irmãos de José pensaram em fazer com ele por causa da inveja que sentiam.

  • O que a inveja dos irmãos fez com que pensassem em fazer?

Peça a um aluno que leia Gênesis 37:23–28 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que os irmãos de José pensaram em fazer com ele por causa da inveja que sentiam.

  • Que pecados o ódio e a inveja dos irmãos de José os levaram a cometer?

  • Que princípio podemos aprender com esse relato sobre o perigo de decidir ter ódio ou inveja de outras pessoas? (Segue-se um princípio que os alunos podem identificar: A decisão de ter ódio ou inveja de outras pessoas pode levar-nos a cometer outros pecados. Você pode escrever esse princípio no quadro.)

Para ajudar os alunos a entender esse princípio, pergunte:

  • O que você viu o ódio ou a inveja levar as pessoas a fazerem em nossos dias?

  • Quando outras pessoas têm posses, talentos ou atenção que desejaríamos ter, como podemos evitar o sentimento de ódio ou inveja em relação a elas? (Você pode escrever as respostas dos alunos no quadro.)

Explique-lhes que esse princípio é ilustrado mais ainda pelo que os irmãos de José fizeram depois de o terem vendido. Resuma Gênesis 37:29–36 e explique que, quando Rúben retornou à cova e descobriu que José havia desaparecido, ele rasgou as roupas, manifestando assim intensa aflição ou perturbação. Apesar da aflição que Rúben sentiu, mesmo assim ele e os irmãos tingiram a túnica de José com o sangue de um animal e a entregaram ao pai. Jacó supôs que José tivesse sido morto por um animal selvagem. Lamentou profundamente, vestindo pano de saco, que eram as roupas usadas em momentos de tristeza. Ao chegar ao Egito, José foi vendido a Potifar, um dos oficiais do Faraó.

  • Que outros pecados os irmãos de José cometeram naquela situação?

  • Que sentimentos vocês acham que os irmãos de José devem ter tido quando viram a reação do pai?

Peça aos alunos que pensem em situações da vida deles que poderiam suscitar a tentação de sentirem ódio ou inveja de outra pessoa. Peça-lhes que preparem um plano do que farão para não sentir ódio ou inveja em relação a outra pessoa caso surja a tentação de fazê-lo.

Preste testemunho de que, quando mantemos nosso coração livre de ódio e inveja para com os outros, somos abençoados.

Comentários e Informações Históricas

Gênesis 37:3–4. “Uma túnica de várias cores”

“Existe uma certa dúvida sobre em que consistia a túnica de José. A palavra hebraica denota que era ‘uma veste longa com mangas (…) isto é, uma espécie de capa que alcançava os pulsos e tornozelos, semelhante à que era usada pelos nobres e pelas filhas dos reis’ (Keil and Delitzsch, Commentary, 1:1:335; ver também II Samuel 13:18, onde se ensina que as filhas do rei Davi usavam túnicas semelhantes). A túnica, provavelmente, era de cores diferentes, mas o fato mais significativo referente a ela é que seu valor não se resumia apenas em seu colorido e beleza. Um estudioso da Bíblia afirmou que aquela peça de vestuário ‘era de um cumprimento que alcançava a palma das mãos e as solas dos pés: uma túnica longa com manga, usada por jovens e donzelas de alta classe. No caso de José, conforme supõe Bush (…) devia ser um símbolo da primogenitura que Rúben perdera e fora transferida a José’ (Wilson, Old Testament Word Studies, s.v. “colour”, p. 82)” (O Velho Testamento, Manual do Aluno: Gênesis a II Samuel, manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 91). Seja qual for a aparência dessa túnica ou o que ela representava, ela foi motivo de inveja e contenda entre os irmãos de José.

Gênesis 37:11. Inveja

O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou o seguinte sobre a inveja:

“Irmãos e irmãs, haverá momentos em nossa vida em que alguém receberá uma bênção inesperada ou um reconhecimento especial. Peço que não fiquem magoados — e jamais sintam inveja — quando outra pessoa se der bem na vida. Não ficamos diminuídos quando outra pessoa cresce. (…)

Além disso, a inveja é um erro que perdura. É óbvio que ficamos um pouco tristes quando sofremos revezes, mas a inveja nos faz sofrer por tudo de bom que acontece com todo mundo que conhecemos! Que ‘brilhante’ ideia seria beber um copo de vinagre toda vez que alguém a nosso redor tivesse um momento de alegria!” (“Os Trabalhadores da Vinha”, A Liahona, maio de 2012, p. 31.)

Gênesis 37:4, 8, 11, 18–28. Relacionamentos familiares

Os irmãos de José o invejavam e o odiavam. Esses sentimentos são contrários aos sentimentos e às atitudes justas que Deus deseja que os membros de uma família tenham uns pelos outros.

O Presidente Ezra Taft Benson ensinou: “Sua amizade mais importante deve ser com seus próprios irmãos e irmãs e com seu pai e sua mãe. Amem sua família. Sejam leais a ela. Tenham interesse genuíno por seus irmãos e irmãs. Ajudem-nos a carregar seu fardo” (“Aos ‘Jovens de Nobre Estirpe’”, A Liahona, julho de 1986, p. 43).

Gênesis 37:36. “Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda”

“A expressão hebraica que foi traduzida como ‘capitão da guarda’ significa literalmente ‘chefe dos açougueiros ou matadores’. Considerando esse significado, alguns eruditos afirmaram que ele era administrador da cozinha, ou mordomo da casa do faraó. Porém, há quem acredite que os termos açougueiro ou matador são usados no sentido de executor. Assim sendo, Potifar, era ‘o oficial comandante do corpo da guarda que executava as sentenças capitais ordenadas pelo rei’ (Keil and Delitzsch, Commentary, 1:1:338). Seja qual for o caso, Potifar era um homem importante, mas essa última posição, especialmente, por certo teria feito dele um líder de grande poder e prestígio no Egito” (O Velho Testamento, Manual do Aluno: Gênesis a II Samuel, manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 92).